Ao publicar o manifesto, o jornal diz que alunos e pais de crianças, que são vítimas de bullying nas escolas francesas, querem quebrar o silêncio de um fenômeno que atinge um em cada dez estudantes no país.
No total, segundo o jornal, 1,2 milhão de alunos sofre de algum tipo de assédio nos estabelecimentos de ensino, sendo que apenas a metade deles fala sobre o assunto com um adulto. Cerca de 18% dos entrevistados de uma pesquisa revelam que são insultados, humilhados ou vítimas de algum tipo de ação que os intimida pelas novas tecnologias, como telefones celulares e internet.
O manifesto pede que pais e alunos não tenham medo de represálias, nem vergonha de denunciar os vários tipos de assédio. A escola não deve ser um local de sofrimento, diz o texto.Le Parisien entrevistou pais e alunos que sofreram assédio e se mobilizam para dar um basta à violência física, moral ou psicológica nas escolas francesas.
Sofrimento que levou à morte
Nora Fraisse assinou o documento para que o caso de sua filha, Marion, não fique impune. A adolescente, de 13 anos, se enforcou e deixou uma carta dirigida a um de seus colegas de classe. Ela se sentia isolada na turma e alvo de insultos pela internet e por torpedos.
Seus pais prestaram queixa na polícia e o Tribunal de Paris abriu uma investigação. A mãe diz que não procura os culpados pelo suicídio da filha, mas acredita que há responsáveis. Nora afirmou que o colégio não admitiu que a aluna foi vítima de bullying. Segundo ela, os professores, assim como os pais, se sentem desorientados diante do fenômeno.
Le Parisien relata o caso de Enzo, de 14 anos, que não quis mais frequentar a escola por ter sido alvo de ameaças de um grupo de colegas. Eles o obrigavam a ceder suas roupas, dar dinheiro e até arrumar maconha. Caso contrário, o intimidavam com frases como: "eu sei onde você mora".
Três estudantes denunciados foram punidos com medidas disciplinares, mas Enzo ainda aguarda uma resposta para seu pedido de transferência de colégio. Segundo seus pais, ele era um menino alegre, mas, recentemente, começou a ter "ideias estranhas".
Dividindo experiência
Em outro artigo que ilustra a longa reportagem especial, Le Parisien conta o percurso do jovem Jacky Pamart, vítima de assédio durante o colégio porque era gago. Ele sofria com imitações, apelidos humilhantes e até violência física, por ter, segundo ele, se transformado em uma espécie de brinquedo para outros colegas.
"Era um inferno", ele conta. Jacky escapou de uma tentativa de suicídio e decidiu, uma vez na faculdade, fundar uma associação para lutar contra a violência na escola. Atualmente ele propõe palestras nas escolas e ajuda os alunos a romper o silêncio sobre o assunto. Ele foi um dos primeiros a assinar o manifesto que pretende ser um instrumento para pôr fim ao sofrimento de alunos e pais.
No total, segundo o jornal, 1,2 milhão de alunos sofre de algum tipo de assédio nos estabelecimentos de ensino, sendo que apenas a metade deles fala sobre o assunto com um adulto. Cerca de 18% dos entrevistados de uma pesquisa revelam que são insultados, humilhados ou vítimas de algum tipo de ação que os intimida pelas novas tecnologias, como telefones celulares e internet.
O manifesto pede que pais e alunos não tenham medo de represálias, nem vergonha de denunciar os vários tipos de assédio. A escola não deve ser um local de sofrimento, diz o texto.Le Parisien entrevistou pais e alunos que sofreram assédio e se mobilizam para dar um basta à violência física, moral ou psicológica nas escolas francesas.
Sofrimento que levou à morte
Nora Fraisse assinou o documento para que o caso de sua filha, Marion, não fique impune. A adolescente, de 13 anos, se enforcou e deixou uma carta dirigida a um de seus colegas de classe. Ela se sentia isolada na turma e alvo de insultos pela internet e por torpedos.
Seus pais prestaram queixa na polícia e o Tribunal de Paris abriu uma investigação. A mãe diz que não procura os culpados pelo suicídio da filha, mas acredita que há responsáveis. Nora afirmou que o colégio não admitiu que a aluna foi vítima de bullying. Segundo ela, os professores, assim como os pais, se sentem desorientados diante do fenômeno.
Le Parisien relata o caso de Enzo, de 14 anos, que não quis mais frequentar a escola por ter sido alvo de ameaças de um grupo de colegas. Eles o obrigavam a ceder suas roupas, dar dinheiro e até arrumar maconha. Caso contrário, o intimidavam com frases como: "eu sei onde você mora".
Três estudantes denunciados foram punidos com medidas disciplinares, mas Enzo ainda aguarda uma resposta para seu pedido de transferência de colégio. Segundo seus pais, ele era um menino alegre, mas, recentemente, começou a ter "ideias estranhas".
Dividindo experiência
Em outro artigo que ilustra a longa reportagem especial, Le Parisien conta o percurso do jovem Jacky Pamart, vítima de assédio durante o colégio porque era gago. Ele sofria com imitações, apelidos humilhantes e até violência física, por ter, segundo ele, se transformado em uma espécie de brinquedo para outros colegas.
"Era um inferno", ele conta. Jacky escapou de uma tentativa de suicídio e decidiu, uma vez na faculdade, fundar uma associação para lutar contra a violência na escola. Atualmente ele propõe palestras nas escolas e ajuda os alunos a romper o silêncio sobre o assunto. Ele foi um dos primeiros a assinar o manifesto que pretende ser um instrumento para pôr fim ao sofrimento de alunos e pais.
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