Os Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), existentes já na maioria das escolas do país, tendem a resolver cerca de 50 por cento dos processos de violência infantil nas escolas antes de estes passarem para a alçada da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ). Este dado foi revelado por Melanie Tavares, coordenadora de mediação escolar e membro do Instituto de Apoio à Criança, durante a sua intervenção no seminário "Um olhar sobre... os maus tratos e violência nas crianças e jovens de hoje", que teve lugar em Benavente.
Estes gabinetes actuam dentro e fora das escolas, na tentativa de encontrar respostas junto das comunidades em que as crianças vivem. "Fazemos um acompanhamento sistemático junto das turmas e até visitas domiciliárias para tentarmos perceber o que se está a passar com as crianças, quer sejam elas vítimas ou agressoras. Tentamos ainda dinamizar os parceiros a resolverem os problemas em questão", avançou a responsável.
O bullying (violência física e/ou psicológica intencional e reiterada sobre determinado indivíduo) continua a ser um dos factores de maior preocupação para pais e professores. Mas Melanie Tavares afirma que esta "é apenas uma das muitas formas de violência escolar". Falando um pouco sobre o tema, a especialista garante que muitos praticam actos consecutivos de bullying, sobretudo, pela diversão, não sendo reconhecidos como violência por parte de quem os pratica. Vêem os seus actos apenas como uma brincadeira própria da idade e isso leva a uma crescente violência nas escolas.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.
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