terça-feira, 22 de abril de 2014

Uma análise psicológica e espiritualista sobre a violência (bullying) na infância e na adolescência – II

DIÁRIO DA MANHÃ
JOSÉ GERALDO RABELO
O Pai da Psicanálise deixou grandes escritos sobre suas pesquisas e vivencias sobre a alma humana e seus conflitos – o inconsciente. Ele chamou-os (conflitos primitivos) de “escorpiões” que o homem carrega dentro de seu inconsciente, portanto, dentro de si.  Seu colega Dr. Breuer, perguntou para que “mexer” com esses “escorpiões”?  Deixe-os quietos. Mas Freud respondeu: Se não soubermos lidar com eles e fazer com que eles tornem nossos “amigos”, um dia ele vai despertar e matar o próprio dono. Eis um dos motivos porque vemos pessoas ainda crianças matando e depois se matando. Os “escorpiões”, antes latentes, hoje despertam na agressividade de toda ordem.
Freud, na verdade, deixou muita riqueza literária e experiências, embora a maioria dos psicanalistas atuais não souberam interpretá-lo e, muitos, transformou a bela psicanálise apenas numa forma de ganhar dinheiro. Não levando em consideração a história que está atrás da história contada pelo paciente – suas vidas passadas.  
Criou-se um amontoado de abordagens psicoterápicas e terapias sem respaldo e respeito real por aquele que sofre. Muitos se intitulam terapeutas da noite para o dia, sem uma bagagem necessária para adentrar em caminhos tão complexos e desconhecidos da alma humana.
Ora, a diferença entre um e outro (adulto e adolescente), quando aparente, é apenas uma questão de “altura” e idade cronológica. Você é adulto, eu sou adolescente, porém vivemos os mesmos problemas vistos por lados diferentes de uma mesma moeda. A minha violência, portanto, nada mais é do que a sua vida manifesta em meu comportamento.
A projeção ou deslocamento também oriundo da psicanálise é quando acusamos o outro pelas coisas que eu faço; mas não me permito enxergar.
Outro fator que vejo na violência entre os adolescentes está em pais infantis tentando criar filhos adultos. Um cego não guia outro cego. Pais imaturos emocionalmente, mas que fez sua vida financeira ser sempre o alvo para seu destaque na sociedade capitalista, esquecendo o ser que habita nele. Incentiva seus filhos a buscar os mesmos caminhos e impõem, muitas vezes, profissões que eles (pais) não conseguiram e hoje projetam nos filhos seus desejos latentes – narcisismo secundário.
Evitar que os filhos passem por sofrimentos é mesmo que ensiná-los a nadar e não deixar que eles se molhem. Esquecem que uma das coisas que o fez crescer foram também o sofrimento e as dores que fazem parte da vida na terra.
Filhos são espíritos que se reencarnam para dar continuidade ao seu crescimento espiritual, trazem bagagens de outras vidas. Muitas crianças, embora não lembrem no consciente de suas vidas passadas, trazem gravados em seu inconsciente (perispírito) todos seus anseios, sonhos, vinganças, mágoas, rancores e mazelas de outras experiências vivenciadas no corpo material de outros tempos.
Muitas crianças não se suportam num pequenino corpo e ser “mandado” pelos pais, muitas vezes inimigos de outras existências, desperta seu espírito na agressividade e na maldade de lembranças do passado.
Lembremos que é através do mental que despertamos o espírito que habita em nós.
Escrevemos nesse conceituado jornal sobre as crianças “Índigos”, que iniciaram suas reencarnações, são essas crianças agressivas e revoltadas que se encontram em meio às outras crianças.
A partir da década de 80, começaram chegar à terra crianças “Ìndigos”. São crianças espetaculares, que chegam para ajudar a Humanidade na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e das classes sociais. Estas crianças são como catalisadores da nova consciência e vêm desencadear as reações necessárias para as transformações.
Estas crianças possuem uma estrutura cerebral diferente naquilo que toca ao uso das potencialidades dos hemisférios esquerdo (menos) e direito (mais). Isso quer dizer que elas vão além do plano intelectual, sendo que no plano comportamental está o foco do seu brilho. Elas exigem do ambiente em volta delas certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades atuais. Elas ajudar-nos-ão a destituir dois paradigmas da humanidade.
Não são crianças gênios, nem tão pouco, crianças superdotadas.  Mas são crianças diretas, com grande conteúdo moral, fraternais, humanistas e pacifistas.
Jamais aceitam um não como resposta, entretanto, querem um acordo com o adulto; pois não aceitam um não sem uma explicação. A criança índigo não tem medo – ela não se deixa ‘castrar’. Impõe sua opinião e são grandes questionadores. Mas ao mesmo tempo são passivas e preferem o diálogo aberto às desculpas sem um sentido lógico, muitas vezes, usadas pelos pais.
Elas falam o que acha do adulto, por serem capazes de perceber e identificar a maldade dos adultos. Muitas irão copiar esses comportamentos na agressividade. Sua sinceridade, muitas vezes, deixam os adultos em “dificuldades”.
A família que tem uma criança índigo deve, a priori, rever seus conceitos, seus comportamentos e atitudes que geram energias positivas ou negativas no ambiente familiar e essas energias são facilmente “capitadas” pelas crianças índigos
Nessa época, tem lugar um processo que se poderia chamar de “descoberta do eu real ou da própria realidade dentro e fora”. Portanto, tal designação, não deve ser compreendida como um primeiro aparecimento do eu (que é absurdo), mas uma tomada especial de posição do eu, primeiro, em relação a si mesmo. Antes de ter sido realizada essa tomada de posição (enquanto – metáfora – o eu é procurado, ou se procura, mas não foi ainda encontrado) a situação geral só pode ser altamente problemática. Ela será, de novo, uma situação de insegurança, porque se trata, como nos primeiros anos da infância, de atingir uma posição, que não está ainda claramente definida, nem se acha distintamente delineada aos olhos do adolescente. E todos os caminhos para fins ainda incertos são caminhos de perigo e aventura.
É na adolescência que desperta o amor e o também o ódio pela vida, o sexo, uma explosão de hormônios, de desejos e o despertar da grandeza ou pequenez de todos seres humanos; mas esses devem ser, a priori, bem orientados, disciplinados, equilibrados e junto aos devidos limites uma grande dose de amor e firmeza.
Finalmente, não podemos deixar de dizer que o “bullying” que nada mais é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo “bullying” tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Pelo que me consta desde minha infância isso já existia (bullying) dentro e fora das escolas entre as crianças e adolescentes, a diferença é os nomes e as formas de escapar das responsabilidades e do mundo que nós construímos para nós e para nossos filhos. Não adianta combater o “bullying” nas escolas; antes de compreendermos o que se passa no interior de cada um de nós e de nossos filhos(as). Achar que está tudo bem, não é o mesmo que estar tudo bem. Vai ai uma dica: “Aprenda a enxergar melhor os pedidos de socorro de seus filhos e caso não consiga ver, procure com urgência um profissional que possa ajudar”, mas não pense apenas que é ‘coisa da idade’ ou lhe compense com presentes e ‘coisas’ pois estas (coisas como celulares) nunca irão substituir o amor de nós pais. Ao limitar seu coração pode doer; mas será melhor do que a dor de ver seu filho preso, nas drogas, na “prostituição” de toda ordem, numa cadeira de rodas ou debaixo da terra. Ainda a tempo de termos um mundo melhor. Lembrando que não existem pais perfeitos, filhos perfeitos, esposas perfeitas, nem maridos perfeitos. “Faça da tua parte que Eu te ajudarei” – Jesus!
(José Geraldo Rabelo, dr.,psicólogo holístico, psicoterapeuta espiritualista, parapsicólogo, filósofo clínico, especialista em Família, Depressão, Dependência Química e Alcoolismo, escritor, palestrante, e-mails.:rabelojosegeraldo@yahoo.com.br e/ou rabelosterapeuta@hotmail.com)

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