quarta-feira, 23 de abril de 2014

Iris sofre bullying?

DIÁRIO DA MANHÃ
CLEVERLAN ANTÔNIO DO VALE
Depois de discorrer sobre o assunto, em seu artigo na página 13 do Diário da Manhã, do dia 22 de abril, Silvana Marta de Paula Silva, líder do movimento “I Love Iris Rezende”, parece não compreender quem realmente é o maior discriminador político da história goiana.
Se bullying é hostilização, a quem cabe a culpa de tantos saírem do PMDB pelo constrangimento, opressão, maldade, mau uso do poder, impertinência e perseguição? É notório que este elemento foi e continua sendo Iris Rezende Machado.
As definições da juíza federal do Trabalho doutora Márcia Novaes Guedes, sobre as características do agressor do bullying, usadas por Silvana, podem ser comparadas com as atitudes de seu amado Iris:
“O instigador: é o perverso clássico que aterroriza a vítima e, está sempre a surpreendendo”. Isto é evidenciado nas rasteiras que Iris sempre deu ou tentou dar em seus aliados, na pretensão de ser o candidato ou indicar um preposto para as candidaturas ao governo do Estado. Primeiro: Henrique Santillo. Segundo: Maguito Vilela. Terceiro: Henrique Meirelles. Quarto: Júnior do Friboi.
“O casual: surge de um desentendimento sem sentido, presumindo inocência e escolhendo prosseguir o conflito e suas manobras imprevisíveis”. Isto se evidencia na atual pré-candidatura de Iris ao governo do Estado.
“O colérico: não tem tolerância com ninguém”. Várias foram as vítimas que opuseram a sua vontade, que o digam Mauro Borges, Santillo, Nion Albernaz, Barbosa Neto, Vanderlan Cardoso, Ivan Ornelas e, agora, Júnior Friboi.
“O megalômano: este possui uma ideia errada de si mesmo. Imagina-se muito importante, especial e poderoso”. Basta observamos as entrevistas de Iris Rezende, que tenta demonstrar uma capacidade inquestionável e ter a solução para tudo. Lembro-me da promessa de resolver a questão do transporte em Goiânia, nos seis primeiros meses de sua administração.
“O frustrado: tem excessiva inveja e ciúmes dos outros e os vê como inimigos, porque não sofrem os seus problemas”. Iris só é candidato por um desejo íntimo de vingança contra o governador Marconi Perillo.
“O crítico: demonstra-se destrutivo com as pessoas que ele acredita serem as causadoras de sua insatisfação”. Aqui está o por que de tantos despautérios ditos pelo senhor Iris ao atual governo, quando a percepção da sociedade é muito diferente e consagrou esse modelo de administração, que se não é perfeita, buscar ser a melhor possível.
“O sádico: é prepotente e sente prazer em ferir moralmente pessoas”. Aqui cabe bem a atitude de alguns dos seguidores de Iris, que, ao seu mando ou cumplicidade, denigrem até seus próprios aliados.
“O bajulador: é muito ambicioso e comporta-se como um tirano diante dos colegas, e como um escravo frente aos seus superiores”. O cenário atual nos bastidores do PMDB comprova este fato indubitável.
“O tirano: é um ditador que sente prazer em escravizar os outros. Geralmente não tem autoconfiança e, por isso, se vale do autoritarismo para manter distância entre os colegas”. Uma característica muito peculiar de quem tanto menosprezou, perseguiu e maltratou o funcionalismo público estadual de Goiás.
“O aterrorizado: é extremamente competitivo, sente pânico em pensar que alguém pode ser melhor do que ele e usurpar o seu cargo”. Em questão de competitividade ao governo de Goiás, as tentativas de Iris são contínuas e, ultimamente, infrutíferas.
“O invejoso: um sentimento crônico que o leva a destruir quem seja melhor ou mais afortunado do que ele”. Que o digam todas as vítimas políticas de Iris Rezende. Aliás, Iris sempre teve uma indisfarçável inveja dos dotes intelectuais de Henrique Santillo.
“O carreirista: preocupa-se apenas com sua própria ascensão profissional, não possuindo qualquer sentimento de colaboração social”. Aqui cabe bem a ganância de Iris Rezende nas eleições de 1998, quando Maguito Vilela possuía alto índice de aprovação popular e foi preterido por Iris.
“O pusilânime: este, em situação de assédio age como cúmplice do agressor, pois tem medo de agir de forma independente. Age escondido, de forma desleal”. Isto é notório na condescendência de Iris, frente a artigos de seus apoiadores, em especial, os de Silvana, que batem injustamente e sem argumentos sólidos, em que se opuser ao ídolo deles.
Eis o que penso.
Quanto às declarações de Nion Albernaz, Silvana, de que Iris está com o prazo de validade vencido, trata-se de uma análise que deve ser vista não só pelo peso da idade (a declaração foi feita também pelo deputado estadual Paulo César Martins, do PMDB), mas por suas ideias e ações.
O ex-deputado federal Marcelo Melo (PMDB), que foi vice na chapa de Iris em 2010, em declaração no último dia 11 de abril, no escritório político de Júnior Friboi, disse que é momento do partido dar espaço a novos nomes. E, em entrevista ao jornal Opção, no mês de fevereiro, declarou que as movimentações pró Iris são inoportunas e imprudentes. Esta ideia, também é compartilhada pelo deputado estadual Daniel Vilela, filho de Maguito.
Nion Albernaz, Silvana, nos altos de seus 84 anos, 14 deles afastados das disputas eleitorais, teve a sabedoria de, no momento certo, parar com candidaturas, mas nunca se dissociou das decisões políticas de Goiás, somando sua experiência e apoio aos governos de Marconi Perillo. Nion foi uma das grandes vítimas de Iris, Silvana, pois, quando ele possuía condições de alçar voos mais altos, foi impedido. Assim têm sido contínuas as ações deste decano peemedebista, Iris Rezende Machado.
Capacidade de governança, não se mede se pelo vigor físico, mas pela sobriedade, criatividade e modernidade das ideias. É preciso sabedoria para perceber o momento certo de parar. Hombridade para a aceitação do surgimento de novas lideranças. E, sobretudo, a humildade de saber reconhecer os seus próprios limites.
Dizem que todo este imbróglio no PMDB é apenas mais uma, entre as tantas, encenações de Iris Rezende. Afirmam que no último momento ele desistirá. Talvez tudo isto seja uma estratégia para buscar o patrocínio de Friboi, no apoio a uma possível candidatura ao Senado. Muitos dizem que ele não gosta de gastar em campanha. Tudo pode ser possível, em se tratando desta figura enigmática.
Sobre as declarações infundadas de perseguições feitas por Marconi Perillo a um major da PM, a pecha de coronel e demais acusações, como bem diz um dos jargões do humorista Pedro Bismarck, o Nerso da Capitinga, que trouxe sagacidade e humor inteligente em diversos momentos das campanhas de Marconi: “Bobo custa a criar, mas quando cria dá gosto de ver”.
(Cleverlan Antônio do Vale, administrador, gestor público, pós-graduado em Políticas Públicas e Docência Universitária, doutorando em Economia. E-mail: cleverlanvale@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário