Para disfarçar as pernas e os braços, que considerava fininhos demais, Maria Flor, 32 anos, dobrava as refeições e atacava alimentos calóricos
“Sabe aquele sentimento de quando o botão da calça não fecha? Para mim, era sempre sinal de alívio. Sofri anos de bullying por causa do meu shape: eu só pesava 44 quilos. Na época do colégio, colocava três calças para as pessoas pensarem que minhas pernas eram mais grossas e só consegui usar short a partir dos 19 anos.
Além de adotar os truques de roupa para mudar meu corpo, fugia a todo custo de academias (tinha muito medo de perder mais peso) e vivia à base de guloseimas: nuggets fritos, comida congelada, refrigerante, chocolate e salgadinhos compunham meu cardápio de todo dia. Por onde andava, levava bombons e balas na bolsa.
Como a tática não era tão eficaz quanto eu gostaria, aos 20 anos apelei para os remédios que abriam o apetite. Funcionou: dobrei todas as refeições (almoçava, jantava e tomava café da manhã duas vezes) e acordava no meio da noite para fazer lanchinhos. Antes de sair para jantar com as amigas (mesmo que fôssemos comer em um rodízio com direito a sobremesa), engolia algo bem gorduroso ainda em casa.
Em três meses, ganhei 12 quilos, que foram direto para minha barriga, bunda e coxas. Mesmo não me sentindo confortável de biquíni (afinal, eu não tinha curvas firmes como as de quem malha) e meu corpo dando sinais de que não estava saudável (dormia mal, meu cabelo caía aos montes, vivia de unha quebrada e não tinha disposição nenhuma), fiquei feliz com o que vi.
Peso: 52 KG Altura: 1,65 M Conquista: Trocou gordura por músculos
Só me toquei de que não podia continuar daquela forma quando meu marido, que adorava praticar esportes, me convenceu a fazer uma avaliação física. Descobri que minha gordura corporal era de 35% e que meu colesterol estava altíssimo. Fiquei tão assustada que resolvi consultar uma nutricionista para mudar meus hábitos. Mas, como meu paladar era completamente infantil, foi difícil achar uma que montasse um cardápio que eu realmente conseguisse seguir e que me fizesse entender que, até para engordar, eu precisava de uma dieta – morria de medo da palavra!
Além disso, precisei trocar todo o ambiente da minha casa para não cair na tentação: em vez de guardar biscoitos recheados na despensa, passei a deixar a postos os ingredientes para fazer um cookie ou uma mousse fit. Adotei uma alimentação rica em frutas, proteínas (ovos, iogurte, frango, whey), carboidratos complexos (batata-doce, arroz sete grãos) e gorduras boas (pasta de amendoim, abacate).
É verdade que, no começo, tive alguma dificuldade de me desapegar das besteiras e ainda fazia muitas refeições livres. Com o tempo, fui mudando meus gostos e, hoje, troco tranquilamente uma ida à cantina italiana por uma macarronada fit. Começar a frequentar a academia não foi fácil. Meu marido tinha que me levar quase amarrada e eu não suportava permanecer lá por mais que meia hora. Os treinos curtos e de alta intensidade (HIIT) foram minha salvação.
Como eles são super-rápidos, consigo malhar até cinco vezes na semana. Meu estilo de vida mudou completamente e, só nos primeiros três meses, emagreci 10 quilos – ou melhor, troquei gordura por músculos. Ganhei muita disposição e minha pele e meu cabelo também ficaram mais reluzentes. Em um ano, meu corpo era outro, bem mais saudável e definido, e o percentual de gordura batia os 12%. Finalmente, encontrei a minha melhor versão.”
Barrinha de proteína caseira da Maria Flor
Ingredientes
Ingredientes
- 1 xíc. (chá) de pasta de amendoim
- 1/4 de xíc.(chá) de mel ou agave
- 3 scoops de whey
- 1/2 xíc. (chá) de farinha de aveia
- Opcionais: chocolate 70% cacau, nibs de cacau, frutas secas, oleaginosas, chia…
Modo de fazer
Em um recipiente, misture a pasta de amendoim e o mel. Adicione
o whey, a farinha de aveia e os opcionais. Coloque a massa em uma assadeira forrada com filme plástico, amassando com as mãos, e leve para a geladeira por cerca de 20 minutos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário