João da Paz
Nos dias de hoje, ser nerd é legal e rende papel protogonista em série de sucesso, como The Big Bang Theory e Silicon Valley. Há até um Dia do Orgulho Nerd, comemorado todo 25 de maio. Mas, há duas ou três décadas, a pessoa que se dedicava aos estudos e às atividades intelectuais era vítima de bullying e não fazia sucesso com o sexo oposto. Costumava ser execrada nos colégios. Nas séries de TV, ocupavam papéis bem coadjuvantes.
Nos dias de hoje, ser nerd é legal e rende papel protogonista em série de sucesso, como The Big Bang Theory e Silicon Valley. Há até um Dia do Orgulho Nerd, comemorado todo 25 de maio. Mas, há duas ou três décadas, a pessoa que se dedicava aos estudos e às atividades intelectuais era vítima de bullying e não fazia sucesso com o sexo oposto. Costumava ser execrada nos colégios. Nas séries de TV, ocupavam papéis bem coadjuvantes.
Os personagens Greg (Vincent Martella), de Todo Mundo Odeia o Chris, e Carlton (Alfonso Ribeiro), de Um Maluco no Pedaço, ilustram bem como era difícil ser nerd nessa época.
Exibida entre 2005 e 2009, Todo Mundo Odeia o Chris mostrou como foi a infância do comediante Chris Rock na Nova York dos anos 1980. Seu melhor amigo na escola era um garoto branco, descendente de italianos e nerd convicto.
Greg Wuliger era um sabe-tudo que andava com livros e enciclopédias em mãos. Quando Chris passava apuros em trabalhos da escola ou provas, Greg aparecia para salvar o dia.
Ser estudioso deixava Greg longe da popularidade: ninguém na escola conversava com ele, a não ser o próprio Chris, que também era rejeitado pelos estudantes. Mas o garoto não se importava tanto, já que preferia ficar em casa e jogar o seu Atari. A dupla era alvo constante de brincadeiras do valentão Caruso (Travis T. Flory).
Sem sucesso com as meninas, Greg se satisfazia ao ver Chris se dar bem nas paqueras. Daí nasceu o bordão dele, disparado quando descobria que uma garota estava a fim do amigo: "Cara, ela tá tão na sua!".
Mauricinho marrento
Em Um Maluco no Pedaço (1990-1996), Carlton Banks era nerd dos pés à cabeça, literalmente: seu visual incluía sapato, calça e camisa social. E ocasionalmente desfilava com um suéter pendurado nos ombros, como um legítimo mauricinho dos anos 1990 em Bel Air, bairro nobre de Los Angeles.
Primo de Will Smith (interpretado pelo ator homônimo), Carlton se gabava constantemente de ser um estudante nota A no ensino médio e que tinha como objetivo entrar nas melhores faculdades dos Estados Unidos, como a renomada Yale. Para isso, participava de dezenas de atividades extracurriculares, como clubes de debates do colégio. Até se arriscava a praticar esportes, mas as atividades físicas eram seu ponto fraco. Apesar disso, seus passos de dança repercutem até hoje.
A obsessão de Carlton por sempre ser um bom aluno o deixou em frangalhos ao ver Will, longe de ser tão inteligente quanto o primo, tirar notas mais altas do que ele. O nerd teve a autoestima abalada, foi ao fundo do poço e passou a duvidar das suas aspirações acadêmicas.
Vítima de bullying em casa, Carlton era o alvo preferido das brincadeiras de Will, que zombava do fracasso do primo com as mulheres.
As melhores piadas do protagonista serviam justamente para tirar onda de Carlton, seja pela baixa estatura ou por sua falta de habilidade social. Uma situação bem diferente da que os nerds vivem hoje, época em que ser inteligente demais está na moda.
Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/series/coadjuvantes-mostram-como-era-dificil-ser-nerd-nos-anos-1980-e-1990-15240#ixzz4iCpLRGeV
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