sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Aluna proibida de ir ao banheiro ganha US$ 1,2 milhão em processo


Adolescente da Califórnia foi orientada a urinar em um balde, depois de professora negar seu pedido de ir ao banheiro




A ex-aluna de uma escola pública na Califórnia, nos Estados Unidos, receberá 1,25 milhão de dólares (cerca de 4 milhões de reais) por ter precisado urinar em um balde, depois que a professora lhe proibiu de ir ao banheiro. A multa pelo incidente, que aconteceu em 2012, deve ser paga pelo distrito escolar à jovem, agora com 19 anos.
A Suprema Corte do Estado tomou a decisão nesta quinta-feira, por entender que o episódio contribuiu para que a menina desenvolvesse depressão, sofresse bullying e tentasse suicídio. Inicialmente, a jovem entrou com um pedido para que o distrito lhe pagasse 25.000 dólares (79.000 reais), mas teve a requisição negada.
Segundo a escola Patrick Henry High School, a professora responsável pelo incidente, Gonja Wolk, não tinha intenção de envergonhar a estudante. Na verdade, ela teria buscado uma solução, por achar que escola não permitia que os alunos fossem ao banheiro durante as aulas.
Depois de diversos pedidos da adolescente, então no primeiro ano do Ensino Médio, Wolk orientou que ela usasse uma espécie de dispensa de materiais ao lado da sala e urinasse em um balde, para depois descartar em uma pia. “Em um erro de julgamento, ela achou que fosse uma boa ideia”, disse Katheryn Martin, advogada do distrito escolar.
De acordo com o representante legal da jovem, Brian Watkins, “algo do tipo nunca poderia ter acontecido com uma garota de 14 anos, que acabara de começar o Ensino Médio”. A menina mudou de escola após o incidente e até hoje faz tratamentos psicológicos para superar o trauma, informou Watkins.
Além da multa milionária, a Justiça também determinou que a jovem deve receber 41.000 dólares (130.000 reais) para despesas médicas. Após o incidente, a professora foi colocada em licença paga e hoje não trabalha mais para escola.

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