Filho do presidente americano tem dez anos. Chelsea Clinton saiu em sua defesa depois de ataques no Twitter
É preciso ser-se minimamente especial para fazer com que a filha de Hillary Clinton e Monica Lewinsky saiam em defesa da mesma pessoa. Barron Trump é essa pessoa e é, sem dúvida, mais que minimamente especial.
Nasceu quando o pai já ia nas seis décadas e é com dez anos que chega com ele à Casa Branca. O filho mais novo de Donald Trump conseguiu a proeza de reunir um consenso nas atribuladas paragens da comunicação social americana: não se troça dele.
Até o “New York Times” – assumidamente distante da presidência que quer fazer “a América grande outra vez” – escreveu: “Os filhos dos presidentes estão off limits.” Esta é, segundo o “NYT”, uma norma imutável da política americana.
A polémica despontou quando uma argumentista do programa de comédia “Saturday Night Live” – que ganhou preponderância em 2015 devido a uma paródia de Alec Baldwin em imitação de Trump – ironizou na rede social Twitter: “O Barron vai ser o primeiro atirador furtivo deste país que foi educado em casa.” Isto no dia em que o pai da criança, Donald Trump, tomou posse como presidente dos Estados Unidos da América.
A piada peca na veracidade, na medida em que Barron frequenta a Escola Preparatória de Columbia, em Nova Iorque, e no bom senso, na medida em que os tiroteios domésticos continuam a ser uma das maiores tragédias a assolar a sociedade norte-americana. As reações não foram, portanto, bonitas.
too late now to say sorry?
A argumentista apagou o tweet e, de seguida, a sua conta pessoal naquela página, tornando mais tarde a recuperá-la de modo a pedir desculpa. “As minhas sinceras desculpas pelo tweet insensível. Estou profundamente arrependida pelos meus atos e pelas minhas palavras ofensivas. Foi imperdoável e peço imensa desculpa”, datilografou.
A reação mais destacada de indignação pelo sucedido veio de Chelsea Clinton, que já esteve no lugar de Barron como “primeira-filha” na Casa Branca. A filha do ex-presidente Bill Clinton e da ex-candidata Hillary Clinton escreveu: “Barron Trump merece a oportunidade que todas as crianças merecem: ser um miúdo.”
Coincidentemente, Monica Lewinsky, a conhecida ex-estagiária do gabinete de Bill Clinton, juntou-se a Chelsea na defesa do rebento mais jovem de Donald Trump. A hoje ativista anti-bullying afirmou que “todas as crianças precisam de ser protegidas de bullying e gozo, incluindo Barron Trump”. “Temos de fazer melhor do que isto!,” incentivou.
Apoiantes do presidente Trump reuniram cerca de 80 mil assinaturas para o canal empregador da humorista. Jake Tapper, jornalista destacado da CNN, escreveu também: “Que isto tenha de ser dito já é ridículo, mas gozar com o filho de dez anos de um político de que não gostam é odioso, imoral e derrotista.”
A Casa Branca lançou uma nota de imprensa que não referia diretamente o caso. “É uma longa tradição que os filhos dos presidentes tenham a oportunidade de crescer fora dos holofotes da política. A Casa Branca espera que esta tradição se mantenha na íntegra e agradecemos a vossa cooperação neste assunto”, dizia.
O pequeno Barron continuará a residir em Nova Iorque, na Torre Trump, até terminar este ano letivo, e só depois se mudará definitivamente para a Casa Branca.
Barron será o primeiro pré- -adolescente rapaz a morar na Casa Branca desde o filho de John Fitzgerald Kennedy, John Junior.
A humorista havia recentemente assumido que preferia escrever piadas para o “Saturday Night Live” sob anonimato. Conta até o “New York Times” que a dita terá confessado: “Ninguém sabe quem somos, mas continuas a fazer parte de tudo.”
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