“Uma das crianças me disse que eu deveria me matar, porque ninguém gostava de mim mesmo”, conta Corey Maison, de 14 anos, na gravação que já foi vista mais de um milhão de vezes na web
Os números que cercam a realidade dos jovens transgênerosão alarmantes. Segundo algumas estatísticas divulgadas pela ONG No Bullying, 82% deles relatam se sentir inseguros nas escolas e 67% já sofreram algum tipo de bullying online. Porém, apenas 54% já reportou a humilhação a alguma autoridade.
De olho neste cenário perturbador e a fim de alertar para os altos números de jovens que enfrentam episódios de bullyinganualmente, o projeto “The BULLY Project” decidiu compartilhar vídeos de crianças dividindo publicamente suas histórias.
Entre elas está a norte-americana Corey Maison, de 14 anos, que explicou em um vídeo tocante como superou o preconceito por ser uma garota transgênero. Em menos de uma semana, a gravação atingiu mais de um milhão de visualizações no Facebook.
“Eu posso parecer feliz hoje, mas nem sempre foi assim. Sempre soube que era diferente”, diz logo no início do depoimento. “Quando eu era pequena, adorava brincar de boneca e me arrumar. Adorava pintar minhas unhas. Usar os sapatos altos da minha mãe era uma das minhas brincadeiras preferidas.”
Porém, fora de casa, sua vida não costumava ser tão divertida. “Eu nasci menino. Nunca tive muitos amigos. Não me sentia aceita entre as meninas e os meninos zombavam de mim. Quase todos os dias, eu voltava para casa chorando.”
Os preconceitos foram aumentando até que, na quinta série, um comentário de um colega a marcou profundamente. “Uma das crianças me disse que eu deveria me matar, porque ninguém gostava de mim mesmo. Ele me disse que ninguém iria sentir minha falta se eu morresse. Ele foi tão mau, que eu quis morrer”, contou com uma expressão triste. Desde então, ela passou a estudar em casa.
Na rua, os problemas se repetiam. Quando saia de vestido e salto alto, era apontada e ridicularizada por desconhecidos. “Uma mulher em uma loja começou a me fotografar com seu telefone. Me sentia tão ridícula.”
Mas logo as coisas começaram a mudar. Ela foi aconselhada pela mãe a assistir aos vídeos da youtuber Jazz Jennings, uma menina transgênero. “Eu imediatamente disse a ela: ‘Meu Deus, eu sou como ela. Sou uma menina!’.” Desde então ela se deu conta de ter nascido menina em um corpo de menino. “Não há nada de ‘errado’ comigo. Eu sou transgênero”, contou animada.
“Meus pais encontraram um terapeuta que já trabalhava com outras crianças transgênero. E ele me ajudou na transição. Deixei meu cabelo crescer e aprendi a me maquiar. E quando completei 14 anos, iniciei meu tratamento de reposição hormonal, para entrar na puberdade como uma menina. O dia que tomei minha primeira dose foi o mais feliz da minha vida. E decidi voltar à escola.”
Apesar de se sentir assustada, ela viu que tinha chegado a hora de retomar a vida social. “Eles me deixavam usar o banheiro feminino e jogar no time de futebol feminino. Estou muito feliz agora.”
E para encerrar o relato, ela ainda deixa uma mensagem a outras crianças que passam pela mesma situação: “Você é incrível. Você é linda. Você vale muito e... Você é amada.”
De olho neste cenário perturbador e a fim de alertar para os altos números de jovens que enfrentam episódios de bullyinganualmente, o projeto “The BULLY Project” decidiu compartilhar vídeos de crianças dividindo publicamente suas histórias.
Entre elas está a norte-americana Corey Maison, de 14 anos, que explicou em um vídeo tocante como superou o preconceito por ser uma garota transgênero. Em menos de uma semana, a gravação atingiu mais de um milhão de visualizações no Facebook.
“Eu posso parecer feliz hoje, mas nem sempre foi assim. Sempre soube que era diferente”, diz logo no início do depoimento. “Quando eu era pequena, adorava brincar de boneca e me arrumar. Adorava pintar minhas unhas. Usar os sapatos altos da minha mãe era uma das minhas brincadeiras preferidas.”
Porém, fora de casa, sua vida não costumava ser tão divertida. “Eu nasci menino. Nunca tive muitos amigos. Não me sentia aceita entre as meninas e os meninos zombavam de mim. Quase todos os dias, eu voltava para casa chorando.”
Os preconceitos foram aumentando até que, na quinta série, um comentário de um colega a marcou profundamente. “Uma das crianças me disse que eu deveria me matar, porque ninguém gostava de mim mesmo. Ele me disse que ninguém iria sentir minha falta se eu morresse. Ele foi tão mau, que eu quis morrer”, contou com uma expressão triste. Desde então, ela passou a estudar em casa.
Na rua, os problemas se repetiam. Quando saia de vestido e salto alto, era apontada e ridicularizada por desconhecidos. “Uma mulher em uma loja começou a me fotografar com seu telefone. Me sentia tão ridícula.”
Mas logo as coisas começaram a mudar. Ela foi aconselhada pela mãe a assistir aos vídeos da youtuber Jazz Jennings, uma menina transgênero. “Eu imediatamente disse a ela: ‘Meu Deus, eu sou como ela. Sou uma menina!’.” Desde então ela se deu conta de ter nascido menina em um corpo de menino. “Não há nada de ‘errado’ comigo. Eu sou transgênero”, contou animada.
“Meus pais encontraram um terapeuta que já trabalhava com outras crianças transgênero. E ele me ajudou na transição. Deixei meu cabelo crescer e aprendi a me maquiar. E quando completei 14 anos, iniciei meu tratamento de reposição hormonal, para entrar na puberdade como uma menina. O dia que tomei minha primeira dose foi o mais feliz da minha vida. E decidi voltar à escola.”
Apesar de se sentir assustada, ela viu que tinha chegado a hora de retomar a vida social. “Eles me deixavam usar o banheiro feminino e jogar no time de futebol feminino. Estou muito feliz agora.”
E para encerrar o relato, ela ainda deixa uma mensagem a outras crianças que passam pela mesma situação: “Você é incrível. Você é linda. Você vale muito e... Você é amada.”
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