Um debate sobre a cultura étnico-racial foi realizado nesta sexta-feira (17) na Escola Estadual Cidadã Integral Heliton Santana, em Santa Rita.
O evento faz parte do ciclo de discussões, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), nas escolas da rede estadual de ensino. Este foi o terceiro encontro. Até o dia 29 de julho, vários temas serão debatidos em outras unidades.
Para a secretária executiva de Gestão Pedagógica da Educação, Roziane Marinho, que esteve no evento, o ciclo de debates aborda temas da realidade escolar, que podem, também, ser estendidos às relações sociais fora da escola.
“Trazer essa temática da cultura étnico-racial, por exemplo, é muito importante, porque tem toda uma referência à comunidade escolar”, disse.
“Estamos levando mais conhecimento não só para os alunos, mas também para os professores, gestores e todos que estão envolvidos na formação desses jovens”, complementou.
Para o aluno Daniel Berg Martins Silva, que faz o 1º ano do Ensino Médio na Escola Heliton Santana, “essa conscientização ajuda a diminuir o preconceito e a fazer com que as pessoas não julguem os outros por causa da cor da pele”.
O jovem tem 14 anos, é negro e diz que já sofreu bullying. “Eu já passei por várias situações de preconceito, mas decidi não dar mais atenção para isso. Hoje, vejo que o bullying diminuiu comigo, mas outras pessoas precisam de ajuda. Esse debate ajuda nesse sentido”, ressaltou.
Ewerton Francis da Silva também estava no debate sobre a cultura étnico-racial. Ele representou o Projeto Legal, que funciona em Marcos Moura, Santa Rita, com objetivo de resgatar os valores afrodescendentes da comunidade.
“Trabalhamos a dança afro, o hip hop e a capoeira com os jovens, e acredito que debates como esse na escola contribuem para reforçar o pensamento da valorização da identidade negra e da diversidade cultural”, ressaltou.
A donê Isabel Acorodan, do terreiro de candomblé Ilê Axé Bessen Dan, foi outra que participou do debate.
“Meu terreiro fica aqui em Marcos Moura, onde moro há 28 anos, e acho de suma importância debater a cultura afro para eliminar o preconceito”, disse acrescentando que “quanto mais conhecimento for repassado, mais facilmente essas polêmicas serão reduzidas”.
O debate contou, ainda, com as presenças da professora da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e membro do Fórum Estadual de Educação e Diversidade Étnico-racial, Ivonildes da Silva Fonseca; do professor Waldeci Ferreira Chagas, também da UEPB e membro do mesmo Fórum, do professor de História, Valdir de Lima Silva; e da pedagoga, militante do Movimento Negro da Paraíba, Jacinta de Fátima Santos.
Outros debates – Serão debatidos, também, os temas: uso Responsável da Internet, no dia 12 de julho, na Escola Nenzinha Cunha Lima, em Campina Grande; Corrupção, no dia 15 de julho, na Escola Técnica Estadual de Bayeux; Inclusão, no dia 20 de julho, na Escola Antônio Batista Santiago, em Itabaiana; Reciclagem, na Escola Francelino Alencar Neves, no dia 22 de julho, em Itaporanga; e Intolerância Religiosa, no dia 29 de julho, na Escola Técnica Estadual de Mamanguape.
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