O projeto funciona em três etapas e as temáticas são repassadas pelo órgão que convida o Papo de Responsa, como escolas, igrejas e associações, dependendo da demanda da comunidade
Folha Vitória
Redação Folha Vitória
A equipe do Papo de Responsa, projeto social da Polícia Civil, deu início de maneira inédita à ação de prevenção junto às comunidades indígenas. As visitas às famílias começaram na quinta-feira (06).
Os policiais integrantes do projeto realizaram na tarde de terça-feira (04) uma reunião de planejamento na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil (Emefi) Dorvelina Coutinho, localizada na Reserva Biológica de Comboios, em Aracruz. Participaram da reunião a diretora da escola, Tayná Tupinikim, juntamente com os professores.
Segundo a integrante da equipe do projeto e investigadora de polícia Danielle Leonel, no mês de agosto o projeto inicia o trabalho com os alunos. “A atividade terá como base a metodologia já desenvolvida por nós, a partir da parceria firmada com a Polícia Civil do Rio de Janeiro”, ressaltou.
Além das unidades de ensino da Aldeia Comboios, o Papo de Responsa também vai atuar em mais duas comunidades indígenas, que são as aldeias Caieiras Velha e Três Palmeiras.
“Durante o projeto, serão contemplados indígenas tupinikins e guaranis. Alguns integrantes da equipe já participaram de uma reunião de planejamento com os caciques das aldeias e com representantes da Funai, visando ao alinhamento do projeto na localidade”, informou Danielle Leonel.
O projeto chegou às aldeias do Norte do Estado no final de maio deste ano quando a subsecretária de Integração Institucional da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesp), delegada Gracimeri Gaviorno, fez uma reunião na aldeia indígena de Caieiras Velhas, em Aracruz, para tratar de segurança na comunidade e dar início ao trabalho do projeto Papo de Responsa nas escolas das aldeias.
Papo de Responsa
Adotado há quatro anos pela Polícia Civil do Estado, o “Papo de Responsa” atua em áreas de maior vulnerabilidade social, realizando um trabalho de educação social nas escolas públicas.
O projeto foi criado por policiais civis do Rio de Janeiro. Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e, em parceria com a polícia carioca, trouxe para o Estado.
‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que, por meio da palavra e de atividades lúdicas, discute temas diversos como prevenção ao uso de drogas e a crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.
No primeiro ciclo, denominado de “Papo é um Papo”, a equipe introduz o tema e inicia o processo de aproximação com os alunos. Já na segunda etapa, os alunos são os protagonistas e produzem materiais, como músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada. No último processo, o “Papo no Chão”, os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão e trocam ideias relacionadas a frases, questões e músicas direcionadas sempre no tema proposto pela instituição. Por fim, acontece um bate-papo com familiares dos alunos, para que os policiais entendam a percepção deles e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.
Durante o ano de 2015, o projeto, sob a coordenação do diretor da Academia de Polícia (Acadepol), delegado Heli Schimittel, atendeu 1.663 jovens em áreas de vulnerabilidade, 210 familiares, 22 professores diretamente envolvidos com a atividade, 16 unidades de ensino, quatro municípios e 15 bairros.
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