AGORA MATO GROSSO
Por Gabriela Corsino
Nos últimos dias tem crescido o número de crianças, jovens e adolescentes que sofrem bullying dentro de escolas. Estes comportamentos agressivos e hostis sempre partem de alunos que jugam-se superiores aos outros colegas, este comportamento está longe de ser “inocente”
“Bully” é um expressão em inglês, para “valentão” e bullying pode ser traduzido por “intimidação”. Segundo a lei 13.185, “considera-se intimidação sistemática (bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”
Segundo o psicólogo Antonio Marcos as escolas são sem dúvidas o local onde esse comportamento mais ocorrer devido ter grande quantidade de crianças, jovens e adolescentes com as mais diversas faixas etárias, raças, orientação sexual, etnias e as mais diversas singularidades de cada ser. Segundo uma pesquisa em 2008 realizada no Brasil em 2008 pela Plan International Brasil, uma organização não governamental de proteção à infância, pesquisou cerca de 12 mil estudantes de escolas brasileiras e constatou que 70% dos alunos pesquisados afirmaram ter sido vítimas dessa violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolar como violentas.
“Os agressores assim podemos chamar os indivíduos que praticam este tipo de agressão para com as vítimas na maioria das vezes são meninos que usam de ameaças ou intimidações físicas, já as meninas também existe a violência física, mas o que mais prevalece são difamações, exclusões e agressões verbais. Frequentemente os agressores foram ou são vítimas de abuso físico de seus pais ou familiares ou podem estar envolvidos com atos delinquentes ou fazer uso de álcool e drogas”, aponta.
As vítimas normalmente demonstram ser tímidos, quietos, pouca habilidades sociais, inseguros, possuem poucos amigos e na maioria das vezes não são capazes reagir diante de agressividade. As consequências para com a vítima são de grandes dimensões levando a vítima à queda do rendimento escolar, isolamento, baixa autoestima, medo, falta de vontade de ir à escola, alterações no humor, episódios depressivos e até tentativas de suicídio.
Dicas do psicólogo de como lidar com o bullying nas escolas?
Identificar o bullying possibilita conscientizar alunos, pais, professores e toda comunidade sobre a gravidade, as consequências deste comportamento. É muito importante também sensibilizar todos os envolvidos para a redução deste fenômeno chamado “bullying” uma vez que ele acontece de maneira implícita e sutil.
A capacitação dos profissionais da educação em identificar e conhecer estratégias, e prevenções é o primeiro passo para o combate ao bullying. Ações voltadas para a orientação familiar é de grande importância tendo em vista que muitas das vezes muitos comportamentos são vivenciados dentro de casa, implicar toda a comunidade escolar para o combate a violência é a chave para o combate e a prevenção.
Qual o papel do psicólogo junto a escolar para o combate e prevenção do Bullying?
O psicólogo pode ajudar refletindo com toda comunidade escolar a importância das emoções e como lidar com as mais diversas que existem, pode também abrir espaço para vivencias e a expressão de sentimentos, acolher jovens e adolescentes que são rotulados como “problema” e procurar compreender as vivencias e a realidade familiar de tal indivíduo. Estimular toda a sociedade a quebra de paradigmas em relação a violência e suas consequências. E também ajudar a criar um programa antibullying na escola.
E se você é vítima ou conhece alguém que sofre bullying, não fique calado, DENUNCIE!
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