A maior preocupação dos brasileiros, atualmente, são as redes sociais. Pelo menos é o que afirma a Kaspersky Lab após analisar dados coletados pela ferramenta de Controle dos Pais de seu software de segurança. No ano passado, a companhia registrou aproximadamente 6,5 milhões de tentativas de visitas a redes sociais, seguidos de mais de 1,3 milhão de tentativas de acesso a e-mails e 1,05 milhão a jogos onlines. Em relação à pornografia, a categoria está somente na sétima colocação, com pouco mais de 200 mil tentativas.
Ainda no ano de 2013, o bloqueio de conteúdo pornográfico ficava em segundo lugar no Brasil, registrando quase 19% das ocorrências. Atualmente, o índice representa apenas 0,65%. Na época, as redes sociais já eram a maior preocupação dos pais, correspondendo a 22,34% das tentativas. Neste ano, esse índice saltou para incríveis 54,47%.
As ferramentas de e-mail não apareciam entre as principais categorias do ranking nacional há dois anos, mas agora, em 2015, elas ocupam a segunda colocação com 11,11% dos bloqueios. Em 2013, o correio eletrônico estava apenas na quinta colocação com 7,39% dos bloqueios.
No comparativo com um ano um pouco mais distante, 2011, outra mudança destacada no comportamento infantil é em relação ao horário dos bloqueios. Há quatro anos, isso acontecia entre as 15h e 20h e agora a detecção é feita mais próxima das 19h, tendo ainda um pico menor entre às 13h e 14h.
Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, acredita que a mudança de comportamento é associada ao crescimento da preocupação dos pais em terem os seus filhos expostos ao cyberbullying. Em outra pesquisa global realizada pela companhia, os dados mostram que quase metade dos pais (48%) possui essa preocupação.
"Nosso estudo mostrou que as crianças são relutantes em admitir que são vítimas de bullying, tanto que 51% dos pais só descobriram depois de um longo tempo (25%) ou quando o abuso online se transformou em assédio moral no mundo real (26%). O impacto emocional do cyberbullying pode ser devastador para os jovens e os pais precisam se informar mais sobre este tema para saber agir", afirma Assolini.
Prevenção
A Kaspersky Lab orienta os usuários de redes sociais que não só façam o controle do conteúdo acessado através das configurações da plataforma e de ferramentas específicas, mas também com o diálogo. Segundo a pesquisa, somente 38% das famílias conversam com os filhos sobre os riscos da internet. "Reflita sobre o que eles estão compartilhando e com quem; e a quem recorrer em busca de apoio quando houver abuso ou alguma angústia", diz o analista.
Combate
Para combater com mais eficiência os casos de cyberbullying, a Kaspersky Lab firmou uma parceria com a ENABLE (European Network Against Bullying in Learning and Leisure Environments), uma rede europeia que trabalha contra o bullying em ambientes de aprendizagem e lazer. Ambas estão mostrando o seu apoio ao evento Hackaton, que promove inovações em TI e combate ao problema.
O evento acontece no próximo dia 13 de outubro, no Eupean Coding Week 2015, e visa incentivar jovens entre 9 e 17 anos a trabalhar em equipe na criação de um aplicativo ou ferramenta para auxiliar na redução do bullying. A Kaspersky Lab, companhia parceira do evento, irá escolher a equipe que apresentar a melhor e mais revolucionária solução tecnológica, premiando-a com uma viagem para a fábrica e o museu da Ferrari na cidade de Maranello, na Itália. Os vencedores também terão a oportunidade de conhecer e conversar com um dos pilotos de Fórmula 1 da Scuderia Ferrari.
"Queremos ver os jovens desenvolvendo suas habilidades online enquanto os ajudamos a entender a dinâmica por trás do bullying e orientamos seu trabalho em equipe para encontrar soluções criativas para combatê-lo", comenta Janice Richardson, consultora sênior da European Schoolnet, ex-coordenadora da Insafe Network e coordenadora da ENABLE.
A Kaspersky Lab está empenhada na missão de transformar a internet em um ambiente seguro. "O bullying, especialmente o cyberbullying, é um problema muito grave com implicações sociais e emocionais. Nossa missão é educar e apoiar as crianças e seus pais na luta contra as ameaças que encontram online", relata David Emm, pesquisador-chefe de segurança da GReAT, equipe global de pesquisa e análise.
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