'Elas diziam que iam me jogar de cima da escada', diz adolescente. Promotoria da infância e juventude abriu procedimento para investigar caso.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba
A adolescente de 14 anos agredida dentro de uma escola estadual de Guararapes(SP), denunciou nesta quarta-feira (12), durante entrevista ao Tem Notícias, que é vítima de bullying e ameaças frequentes. O motivo seria o bom comportamento durante as aulas.
Segundo a aluna, ao ser usada como bom exemplo pelos professores, ela era alvo de agressões. "Elas diziam que iam me jogar de cima da escada, diziam que eu era ‘puxa-saco’ de professor, que eu era ‘patricinha’ w tinha que apanhar na cara e se eu continuasse a ser do jeito que eu era, eu ia apanhar feio”, relata a jovem agredida.
Nesta terça-feira (11), os pais da jovem procuraram a polícia depois que ela desmaiou ao ser agredida dentro de um banheiro e ficou traumatizada. A ação foi gravada por um celular. Nas imagens, a jovem recebe socos e chutes de várias adolescentes. "Eu sinto vergonha, eu sinto medo porque elas disseram que não acabou ainda”, conta a jovem agredida.
Além do exame de corpo de delito feito pela polícia, os pais fotografaram os hematomas. A mãe, Sueli Mendes, diz que avisou a direção da escola várias vezes sobre o perigo. “Ela sofria ameaças anteriormente, inclusive eu procurava diariamente a escola e a diretora para falar que ela sofria bullying e ameaça dentro da escola. Nada foi feito”, comenta a mãe.
O caso chegou ao Ministério Público e encaminhado para a delegacia da cidade onde foi registrado um boletim de ocorrência de ato infracional. O delegado responsável está reunindo as provas necessárias e deve começar a ouvir as testemunhas nos próximos dias.
A dona de casa Kátia Mariana dos Santos Silva é mãe de uma adolescente de 13 anos que estuda na mesma escola. Preocupada, ela alega que a filha tem enfrentado uma situação parecida e firma que as ameaças partem do mesmo grupo de meninas que aparecem no vídeo. “As meninas ameaçam pegar ela na saída, empurram ela no corredor. Estou com medo de enviá-la para a escola”, comenta Kátia.
A direção da escola Waldemar Queiroz não quis falar sobre o caso. Segundo o local, ninguém na unidade está autorizado a comentar o assunto. A Secretaria Estadual da Educação informou que a suposta agressora foi transferida para outra escola da cidade, com o consentimento dos pais.
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