Garota de 12 anos está com pressão arterial controlada, diz laudo médico. Estudante foi xingada de 'gorda' e 'baleia' em escola pública de Piracicaba.
Do G1 Piracicaba e Região
A estudante de 12 anos que sofreu bullying dentro de uma escola estadual de Piracicaba (SP) e foi afastada das aulas de educação física por ser obesa está liberada para fazer exercícios de leve intensidade, de acordo com laudo assinado por uma médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde faz acompanhamento de saúde. Segundo o documento, a garota está com a pressão arterial controlada e toma medicamentos para regular a taxa de açúcar no sangue. A jovem, que estava com 146 quilos quando foi vítima de discriminação, engordou em razão da repercussão do caso e agora pesa 148 quilos, informou a vendedora Cláudia de Almeida Martins Rodrigues, de 42 anos, mãe da adolescente, que foi xingada de "gorda" e "baleia" por outros alunos.
A Secretaria Estadual da Educação informou, por meio de assessoria de imprensa, que seguirá a orientação médica. O laudo foi um dos assuntos discutidos na tarde de terça-feira (9) em nova reunião na Diretoria de Ensino de Piracicaba entre familiares da jovem, profissionais da educação e um representante do Conselho Tutelar, que encaminhará a garota a um psicólogo. Na primeira reunião, em 29 de agosto, a Diretoria de Ensino decidiu apurar reclamação da mãe da estudante contra a direção da Escola Estadual Pedro de Mello, na zona rural da cidade.
No dia 8 de agosto, Cláudia relatou que foi obrigada a assinar um termo de responsabilidade de próprio punho para que a filha pudesse frequentar as aulas de educação física. Em entrevista ao G1, a vendedora afirmou no mês passado que o diretor chegou a pedir para que ela retirasse a filha da escola.
Na primeira reunião na Diretoria de Ensino, o diretor negou essa acusação e disse que estava preocupado apenas com a saúde da estudante, "que apresentava comportamento ofegante". O diretor do estabelecimento de ensino não participou da reunião da última terça-feira porque está de licença-prêmio.
Ansiedade
O novo laudo médico informa que a estudante obesa "não possui contra-indicações para frequentar a escola e para a realização de atividade física de leve intensidade (caminhada)". "Minha filha continua indo na escola normalmente, mas ficou um pouco nervosa depois de tudo que aconteceu. Como ela sabe cozinhar, chegou até a acordar de madrugada para fazer brigadeiro escondido. Espero que o retorno às aulas de educação física possa ajudar a diminuir essa ansiedade", relatou Cláudia em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (10).
O novo laudo médico informa que a estudante obesa "não possui contra-indicações para frequentar a escola e para a realização de atividade física de leve intensidade (caminhada)". "Minha filha continua indo na escola normalmente, mas ficou um pouco nervosa depois de tudo que aconteceu. Como ela sabe cozinhar, chegou até a acordar de madrugada para fazer brigadeiro escondido. Espero que o retorno às aulas de educação física possa ajudar a diminuir essa ansiedade", relatou Cláudia em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (10).
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