quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Adolescente é morto a tiros dentro de escola em Queimados






Jovem foi atingido com três tiros na frente dos alunos. Vítima não era estudante do colégio


GUILHERME SANTOS
Rio - O assassinato de um adolescente dentro de uma escola municipal em Queimados, na Baixada Fluminense, no início da tarde de ontem, levou pânico a estudantes. O menor Gabriel Victor Cardoso de Oliveira, conhecido como Esquilo, de 17 anos, foi morto com três tiros no pátio da Escola Municipal Professora Scintilla Exel. Ele não era aluno da unidade. Segundo testemunhas, estava em um bar na Travessa Campo Alegre, no bairro Belmonte, quando um homem passou de moto atirando contra ele.

Mesmo baleado, o rapaz, que seria morador de rua e usuário de drogas, correu para dentro da escola e ainda assim foi perseguido pelo assassino, que usava um capacete e não foi identificado por ninguém. O autor ainda fez mais dois disparos contra a vítima dentro da unidade municipal, por volta das 13h. Esquilo foi atingido com três disparos. 
O barulho dos tiros provocou correria entre os alunos que estavam em atividade nas salas de aula. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Queimados, as aulas foram suspensas no período da tarde e da noite de ontem, mas hoje a unidade deverá funcionar normalmente. 
Autor do crime disparou pelo menos três vezes contra a vítima
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia
Na escola há cerca de 1.500 alunos matriculados em três turnos. Na hora do crime havia cerca de 500 alunos na escola, mas nenhum ficou ferido.Maria Auxiliadora da Silva ficou assustada com o crime, que aconteceu no horário em que sua filha estuda. “Por sorte hoje ela tinha faltado”, disse. 

A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) apura a hipótese de acerto de contas para o crime. Testemunhas contaram aos agentes que Gabriel, garoto adotado que circulava na região, estaria cometendo pequenos furtos nos últimos dias. Os investigadores analisam as imagens das câmeras de segurança, que já foram enviadas pela direção da escola, para tentar identificar o autor. A análise será comparada com depoimentos e o resultado da perícia. 

“A família da vítima confirmou que ele tinha envolvimento com o tráfico. Estamos investigando tudo”, disse João Valentim, delegado adjunto da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. Esquilo morava no bairro Canarinho. 

No ano 2000, a escola Scintilla Exel já foi palco de um outro problema. Uma bomba explodiu no colégio e o vigia Alváro Jesus, aos 46 anos, ficou ferido. Ninguém foi preso pela explosão do artefato e até hoje a polícia não conseguiu descobrir a autoria do crime.

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