Foi recentemente efectuado um estudo, sobre a violência nas escolas do município de Sintra, através de um observatório, o Observatório de Segurança Escolar, OSE, e qual é a conclusão? É esta: “é preciso intervir e quanto mais rápido melhor nos casos de indisciplina grave ou violência escolar”. Mais: é necessário clarificar e explicar as regras de conduta, assim como, a proporcionalidade da justiça na aplicação prática das sanções e em cujo processo devem ser envolvidos os vários níveis hierárquicos das escolas. (Será que é preciso existir um observatório para termos esta análise? Pelos vistos é…).
Este estudo incidiu em sete escolas do 2º e do 3º Ciclo do Ensino Básico, em várias localidades do Concelho. A identidade desses estabelecimentos escolares é secreta, porque segundo o Sr. Coordenador João Sebastião, sociólogo do OSE: “não traria nada de útil”… Sintra foi escolhida para ser objecto de estudo, devido aos graves antecedentes de violência escolar.
Para se ter uma ideia, de 2008 a 2010, esta terra liderou a nível nacional com a seguinte proporção: 456 casos de indisciplina grave e 281 casos de violência escolar registados (desconfio que haverá vários por registar e que por isso mesmo não são contabilizados). O chamado “bulliyng” como está na moda dizer-se, agravando ainda mais o estado da Língua Portuguesa…
Bulliyng é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objectivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying divide-se em duas categorias: a) bullying directo, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indirecto, sendo esta a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o agressor em razão das ameaças ou mesmo da concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
Conforme se vê, foram razões suficientes para o Observatório de Segurança Escolar se debruçar em Sintra e proceder a uma análise entre o contexto social e a organização escolar, locais. Além do exposto em cima, também se chegou às conclusões que se seguem:
a) Excessiva dependência do Ministério da Educação (só se for nesta matéria, porque sabemos que todas as escolas têm cada vez mais autonomia.);
b) Um certo isolamento da escola ao exterior (pergunto: como funcionaria a escola, sem estar resguardada do exterior?! Pior! Muito pior);
c) Dificuldades na mobilização dos pais e dos parceiros locais em algumas escolas, assim como, o acompanhamento dos alunos nos tempos livres fora da escola, onde várias crianças são praticamente abandonadas na rua ou deixadas longas horas sós em casa (neste sistema social igualitário em que ambos os pais trabalham fora de casa 8 ou mais horas diárias e mesmo assim, não conseguem obter rendimento suficiente para sustentar a Família, como podem dar o apoio legítimo e necessário aos seus filhos? Não podem, excepto se se corrigisse o modelo actual antinatural, para um modelo de acordo com a utilidade social e a própria natureza entre sexos diferentes e por isso mesmo, complementares).
Por outro lado, também se concluiu que os Srs. Professores não denunciam os casos a quem de direito, e além disso, colocam os alunos indisciplinados fora das salas de aula e que as escolas em Sintra estão sobrelotadas e degradadas, porque a população em idade escolar não pára de aumentar!
Ora bem. Qual é a função de um professor? Ensinar a matéria de estudo aos alunos e assegurar-se que eles obtêm o conhecimento que lhes é transmitido, o que já não é pouco, se for encarado com eficiência e sentido de responsabilidade e é claro, que isso inclui a denúncia de várias situações comportamentais dos seus alunos, incluindo a indisciplina e a violência, mas não cabe ao Professor Educar, nem efectuar trabalho de secretariado administrativo da instituição escolar em que trabalha, embora o possa fazer esporadicamente, essa não é a sua função principal e essencial, que é: ensinar bem.
As questões da Educação deveriam estar reservadas a outros profissionais das escolas, os Educadores. Estes funcionários escolares, que não existem, dedicar-se-íam (noutro Sistema Educativo que não esta paródia nacional apoiada pelos grandes incompetentes deste país, coadjuvados pelos partidos deste sistema laxista e corrupto), à Educação de Condutas; de Princípios e de Valores, uma vez que os pais, muitos já os esqueceram e nem sequer têm tempo livre para educar os seus filhos, como se sabe.
Quanto ao aumento de crianças em idade escolar, a conclusão a que se chega, mas que foi abafada devido aos interesses dos partidos do costume, que não são os do País ou Município, nem da sua População é que são os filhos dos muitos estrangeiros que por cá fazem a sua vida, que enchem as nossas escolas e que criam algumas vezes, mau ambiente social impondo os seus maus hábitos e costumes, visto que os Portugueses têm cada vez menos filhos ao ponto de termos uma taxa de natalidade negativa e das mais baixas da Europa! Já nem é suficiente para nos mantermos nos tais 10 milhões. Mas é claro que esta conclusão não foi tida nem achada pelo tal observatório OSE! Claro! Não lhes convém…
É também evidente, que o estado de salubridade do parque escolar em Sintra não é dos melhores, mas a grande responsabilidade disso é do Ministério da Educação (educação? Qual?) e da Câmara Municipal, que não se incomodou e aceitou tutelar escolas sem ter verbas pré-definidas e correspondentes a tal tarefa, responsabilidade e encargo onde existem várias escolas degradadas.
Sabemos que é possível fazer mais e melhor, gastando menos, mas de forma mais eficiente, com soluções e correcções políticas, mas também se sabe, que os partidos que têm ocupado a administração sintrense, não têm sabido e/ou querido valer, nos mais variados problemas que afectam a nossa população...
Muito mais havia a reflectir sobre esta temática. Para terminar refiro dois exemplos de escolas públicas: o exemplo estético de uniforme civil no Canadá, na Estate School of Richmond Hill, desde 1895. Em Portugal, o exemplo educativo e estético militar do IPE, Instituto dos Pupilos do Exército, desde 1912:
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