Marina Budin (*)
Com este artigo, queremos mostrar aos professores como trabalhar habilidades sociais junto a seus alunos. Nele, falaremos sobre a importância dos alunos trabalharem juntos, como despertar a vontade entre eles, e como ensinar habilidades que melhorem o desempenho acadêmico e o convívio social.
Se pedíssemos aos nossos alunos para atuar em grupos e os deixássemos livres para escolher em sua própria equipe, certamente eles escolheriam de acordo com seus interesses, conquistas e gênero.
Com este artigo, queremos mostrar aos professores como trabalhar habilidades sociais junto a seus alunos. Nele, falaremos sobre a importância dos alunos trabalharem juntos, como despertar a vontade entre eles, e como ensinar habilidades que melhorem o desempenho acadêmico e o convívio social.
Se pedíssemos aos nossos alunos para atuar em grupos e os deixássemos livres para escolher em sua própria equipe, certamente eles escolheriam de acordo com seus interesses, conquistas e gênero.
Se trabalharmos com equipes heterogêneas, mesmo com certa resistência dos alunos no início, designamos a eles a oportunidade de se conhecerem e se aceitarem melhor, aplicando estruturas que possibilitem o grupo a se conhecer.
Tendo despertado o interesse de trabalhar junto, precisamos trabalhar as habilidades para se trabalhar junto. Quando formamos grupos heterogêneos, temos grandes riscos de tornar alunos desmotivados, tímidos, rejeitados etc., isso pelo simples fato de algum membro do grupo não ter aptidão para trabalhar em equipe.
Suponhamos, por exemplo, que em um grupo exista uma aluna de alto desempenho, que tenha mais facilidade com certo conteúdo que está sendo aplicado. Mesmo que não seja sua intenção magoar seus colegas de grupo, a aluna começa a ditar as respostas do exercício sem antes mesmo contar com a participação dos seus pares. Neste exemplo citado, o ideal seria que a aluna explicasse , passo a passo, ensinasse, cooperasse e não simplesmente ditasse.
Atualmente, o tema Bullying tem conquistado grande importância. Diariamente vemos inúmeros comportamentos inadequados como agressões , seja de professores por alunos, seja de aluno por professores, que chocam a sociedade e afetam diretamente o rendimento escolar. Este assunto, que tem vindo à tona apenas recentemente, vem se tornando cada vez mais relevante para estudar comportamentos que atingem milhares de crianças e adolescentes.
Tendo em conta algumas manifestações psicológicas exibidas nos alunos, como agressões, baixa autoestima e depressão, entre outros, as estruturas da Aprendizagem Sistêmica trabalham habilidades sociais que estão em falta para o desenvolvimento humano. Educação é ensinar e aprender. Para isso, podemos desenvolver os alunos para um aprendizado cooperativo e não competitivo, pelo simples fato de trabalharem em grupos o tempo todo. Basta praticar!
Inúmeras estruturas auxiliam no desenvolvimento de habilidades sociais como saber escutar, esperar, elogiar, revezar, ajudar etc. São estratégias que podem ser utilizadas em qualquer conteúdo acadêmico que estimulam o trabalho em equipe, a comunicação e a liderança pessoal. Nosso maior objetivo é contribuir positivamente para os alunos que ensinamos, não só no meio acadêmico, mas para a vida.
Algumas estruturas, tais como “Roda Vida”, “Dupla Dinâmica” e “Troca Cronometrada”, desenvolvem habilidades sociais de revezamento e elogio entre os membros das equipes. Já habilidades sociais, como saber escutar, entender e ajudar, estruturas como “Coach Duplo”, “Quanto vale esta ideia” e “Ciranda”, são excelentes maneiras de estimular estes comportamentos.
O importante neste aprendizado é que o professor deverá deixar todos os alunos cientes de quais habilidades sociais eles estarão praticando naquela determinada atividade; assim, cada um estará consciente do objetivo proposto. Com as estruturas trabalhadas constantemente, rapidamente os alunos aprenderão esses comportamentos e, com o passar do tempo, as habilidades sociais estarão presentes automaticamente em seu cotidiano.
Outro ponto relevante que vale a pena ser citado é a variedade de papéis designados para um aluno desempenhar, no s qua is ele é o maior responsável em realizar aquela determinada tarefa ou ação que melhoram o trabalho em equipe. Todos estes papéis cooperativos, delegados pelo próprio professor, incentivam a liderança e ressaltam a necessidade de adquirir tais habilidades sociais.
Um papel cooperativo, citado no livro de base desenvolvido pelo psicólogo Dr. Spencer Kagan, é o papel de “Encorajador”, no qual o aluno que foi designado a realizar esta responsabilidade terá como maior objetivo motivar a sua equipe. Já o responsável pelo papel do “Parabenizador” será o aluno que trabalhará habilidades sociais, tais como elogiar seus pares ou seu grupo de trabalho, promovendo o aumento da autoestima e o clima do grupo.
“Animador de Equipe”, “Orientador”, “Guia do Foco” e “Pensador” são outros exemplos de papéis cooperativos, que trabalham habilidades como: celebrar conquistas, ajudar, manter-se focado na tarefa e refletir. Por fim, todas as estratégias da Aprendizagem Sistêmica facilitam o aprendizado acadêmico, além de oferecer oportunidades benéficas e positivas na sala de aula, contribuindo para a diminuição da violência escolar e elevando a inclusão social.
É importante enfatizar a necessidade de formar alunos que saibam, acima de tudo, respeitar as diferenças e saber conviver com elas, propondo desafios que trabalhem habilidades individuais para serem sempre praticadas e compartilhadas.
* Marina Budin é Orientadora e Consultora do Planeta Educação ( www.planetaeducacao.com.br ). Graduada em Administração de Empresas, cursando MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas.
Tendo despertado o interesse de trabalhar junto, precisamos trabalhar as habilidades para se trabalhar junto. Quando formamos grupos heterogêneos, temos grandes riscos de tornar alunos desmotivados, tímidos, rejeitados etc., isso pelo simples fato de algum membro do grupo não ter aptidão para trabalhar em equipe.
Suponhamos, por exemplo, que em um grupo exista uma aluna de alto desempenho, que tenha mais facilidade com certo conteúdo que está sendo aplicado. Mesmo que não seja sua intenção magoar seus colegas de grupo, a aluna começa a ditar as respostas do exercício sem antes mesmo contar com a participação dos seus pares. Neste exemplo citado, o ideal seria que a aluna explicasse , passo a passo, ensinasse, cooperasse e não simplesmente ditasse.
Atualmente, o tema Bullying tem conquistado grande importância. Diariamente vemos inúmeros comportamentos inadequados como agressões , seja de professores por alunos, seja de aluno por professores, que chocam a sociedade e afetam diretamente o rendimento escolar. Este assunto, que tem vindo à tona apenas recentemente, vem se tornando cada vez mais relevante para estudar comportamentos que atingem milhares de crianças e adolescentes.
Tendo em conta algumas manifestações psicológicas exibidas nos alunos, como agressões, baixa autoestima e depressão, entre outros, as estruturas da Aprendizagem Sistêmica trabalham habilidades sociais que estão em falta para o desenvolvimento humano. Educação é ensinar e aprender. Para isso, podemos desenvolver os alunos para um aprendizado cooperativo e não competitivo, pelo simples fato de trabalharem em grupos o tempo todo. Basta praticar!
Inúmeras estruturas auxiliam no desenvolvimento de habilidades sociais como saber escutar, esperar, elogiar, revezar, ajudar etc. São estratégias que podem ser utilizadas em qualquer conteúdo acadêmico que estimulam o trabalho em equipe, a comunicação e a liderança pessoal. Nosso maior objetivo é contribuir positivamente para os alunos que ensinamos, não só no meio acadêmico, mas para a vida.
Algumas estruturas, tais como “Roda Vida”, “Dupla Dinâmica” e “Troca Cronometrada”, desenvolvem habilidades sociais de revezamento e elogio entre os membros das equipes. Já habilidades sociais, como saber escutar, entender e ajudar, estruturas como “Coach Duplo”, “Quanto vale esta ideia” e “Ciranda”, são excelentes maneiras de estimular estes comportamentos.
O importante neste aprendizado é que o professor deverá deixar todos os alunos cientes de quais habilidades sociais eles estarão praticando naquela determinada atividade; assim, cada um estará consciente do objetivo proposto. Com as estruturas trabalhadas constantemente, rapidamente os alunos aprenderão esses comportamentos e, com o passar do tempo, as habilidades sociais estarão presentes automaticamente em seu cotidiano.
Outro ponto relevante que vale a pena ser citado é a variedade de papéis designados para um aluno desempenhar, no s qua is ele é o maior responsável em realizar aquela determinada tarefa ou ação que melhoram o trabalho em equipe. Todos estes papéis cooperativos, delegados pelo próprio professor, incentivam a liderança e ressaltam a necessidade de adquirir tais habilidades sociais.
Um papel cooperativo, citado no livro de base desenvolvido pelo psicólogo Dr. Spencer Kagan, é o papel de “Encorajador”, no qual o aluno que foi designado a realizar esta responsabilidade terá como maior objetivo motivar a sua equipe. Já o responsável pelo papel do “Parabenizador” será o aluno que trabalhará habilidades sociais, tais como elogiar seus pares ou seu grupo de trabalho, promovendo o aumento da autoestima e o clima do grupo.
“Animador de Equipe”, “Orientador”, “Guia do Foco” e “Pensador” são outros exemplos de papéis cooperativos, que trabalham habilidades como: celebrar conquistas, ajudar, manter-se focado na tarefa e refletir. Por fim, todas as estratégias da Aprendizagem Sistêmica facilitam o aprendizado acadêmico, além de oferecer oportunidades benéficas e positivas na sala de aula, contribuindo para a diminuição da violência escolar e elevando a inclusão social.
É importante enfatizar a necessidade de formar alunos que saibam, acima de tudo, respeitar as diferenças e saber conviver com elas, propondo desafios que trabalhem habilidades individuais para serem sempre praticadas e compartilhadas.
* Marina Budin é Orientadora e Consultora do Planeta Educação ( www.planetaeducacao.com.br ). Graduada em Administração de Empresas, cursando MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: Jornal Dia Dia
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