Para coibir a violência dentro e fora das escolas, PM aposta em rondas e escolas em projetos socioeducativos
JOSIELI ARAÚJO
Projetos socioeducativos e rondas policiais buscam coibir violência
A Polícia Militar registrou nesta quarta-feira (15) duas agressões em escolas estaduais de Rondonópolis. Mesmo com a realização das rondas escolares feitas pela Polícia Militar, casos de violência em escolas da cidade ainda persistem. Para mudar esse quadro, além das rondas policiais, as escolas desenvolvem projetos voltados para combater a violência. O principal intuito é coibir brigas e ameaças entre alunos.
Na Escola Estadual Professora Amélia O. Silva, duas estudantes, G.N.S., 17 anos e G.A.B., de 16 anos, trocaram ameaças e socos dentro da escola. Segundo relatos da testemunha, Samara de Souza Romão, 19 anos, a aluna G.A.B. foi até a sala de aula da estudante G.N.S. chamar para uma conversa, mas as duas alunas acabaram se desentendendo.
O outro caso foi na Escola Estadual Daniel Martins de Moura. O aluno L.P.A., 16 anos, estava dentro da escola quando foi abordado por três rapazes. Um deles jogou um papel amassado no rosto de L.P.A. provocando-o. Em seguida os três rapazes começaram a bater no aluno. Os professores interviram acabando com a briga, mas os três rapazes fugiram da escola.
Para coibir casos de violência nas escolas da cidade, a PM realiza, diariamente, rondas escolares. Segundo a polícia, o projeto está apresentando balanço positivo e contribuído para diminuir os casos de agressão e ameaças dentro das escolas.
Conforme dados do 5º Batalhão da PM, em 2011, foram realizadas 3.700 rondas em escolas. Um dos principais objetivos das é tentar inibir as tentativas de brigas, ameaças e tráfico de drogas, dentro e fora das escolas. Os policias acompanham a entrada e saída dos alunos das instituições escolares, também conversam com os professores, coordenadores e direção para prevenir algum ato de infração entre menores.
Na Escola Amélia casos de agressão entre alunos não ocorriam há dois anos
Além das rondas policiais, o diretor da Escola Amélia, Nilson Carlos Amaral, defende que o desenvolvimento de projetos de cunho social e educativo seriam um meio ainda melhos de acabar com as brigas de alunos nas escolas.
"A escola tem trabalhado com dois grandes projetos há dois anos, o 'Paz na escola', e outro voltado para o meio ambiente. Os projetos tem a intenção de dialogar com os alunos para a conscientização", afirma e ressalta ainda que há mais de dois anos não ocorriam casos de violência dentro da escola.
Já a coordenadora da Escola Daniel, Kênia Aquino, afirma que a instituição preza pelo dialogo. "Quando ocorre algum atrito entre alunos, dialogamos com os estudantes e com os pais, e ensinamos que a briga não é o meio de resolver as diferenças".
Ela destaca ainda que os projetos que a escola desenvolve tem o objetivo de ensinar os alunos a viver em sociedade.
PROJETO NACIONAL
Está em análise na Câmara proposta que obriga as escolas a definir, em seu regimento interno, normas e princípios para relacionamento e convivência harmônicos dos integrantes da sua comunidade escolar. O Projeto de Lei (PL 3153/12), da deputada Andreia Zito (PSDB/RJ), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei 9394/96).
Na avaliação da autora da proposta, a questão assume especial importância quando se observa, nas redes de ensino, uma elevação dos níveis de violência e de conflito. "As escolas, como espaços que congregam alunos, professores, técnicos, funcionários, pais e responsáveis, formando coletividades com identidade específica, devem definir clara e transparentemente, para conhecimento de todos, as normas internas para o bom e harmônico relacionamento e convivência dos integrantes de sua comunidade escolar", argumenta.
Fonte: Gazeta TM
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