Por Juliana Leita
Para evitar problemas com crianças e adolescentes declarados homossexuais, o Colégio Estadual Vicente Rijo, no Centro de Londrina, adotou uma medida inusitada nos últimos anos. Devido ao pedido de alunos, a direção optou em oferecer banheiro alternativo para os meninos que não se sentiam à vontade de usar o mesmo que os demais colegas.
De acordo com o diretor geral do colégio, Donizete Brandino, foram dois casos pontuais, um em 2010 e outro em 2011. Um dos garotos era travesti e não se sentia confortável de usar o mesmo espaço, nem mesmo o banheiro das meninas.
Por isso, a diretoria decidiu oferecer um banheiro alternativo, mas sem alarde ou comunicar aos demais colegas da escola. "Optamos por um banheiro que já temos nas bibliotecas. Não foi construído um. Esse era pouco usado, só por funcionários. Não que fosse especial, mas apenas para que eles se sentissem mais à vontade", comentou.
De acordo com Brandino, a situação nunca foi discriminatória e não teve a intenção de isolar os alunos. "A nossa ação é esclarecedora. Nós colocamos a situação para o Conselho Escolar. Foi uma decisão tomada pela equipe diretiva e pedagógica", destacou. A situação ocorreu apenas com meninos e nenhuma das garotas apresentou até o momento a demanda à diretoria.
O diretor geral da instituição ainda comentou que a abordagem também é igual quando há caso de casais homossexuais se beijando no pátio da escola. "A escola tem novos sujeitos que antigamente eram marginalizados e esquecidos, muitas vezes colocados em comportamento de forma punitiva. Fazemos a mesma abordagem de casal hetero ou homo. Ninguém é tratado diferente", alegou. "É preciso trabalhar dentro dessa diferença, como indivíduos integrantes da sociedade", afirmou.
Orientação do Estado
A técnica pedagógica no Núcleo Regional de Ensino (NRE) em Londrina, Sandra Mara de Andrade, informou que a destinação de um banheiro para os homossexuais não faz parte de uma instrução da Secretaria de Estado de Educação.
"A escola não impõe para a criança ou adolescente. A situação do banheiro alternativo só acontece quando o aluno se manifesta. Não se faz alarde e isso é trabalhado de forma respeitosa, focando o não preconceito e discriminalização", comentou.
Na opinião de Mara, o cenário atual caminha para que não seja mais determinado o sexo do banheiro. "Acredito que tudo vá caminhar para não ter mais separação. Na nossa casa não tem. A gente usa o mesmo banheiro que os pais, que os tios. Mas esse é meu entendimento pessoal. O assunto ainda tem que ser muito debatido", disse.
Sandra trabalha atualmente com a questão de gênereos e diversidades nas escolas. Concomitante com o trabalho com os alunos, os professores também passam por capacitações e orientações sobre como agir nas situações. "Há muitos professores de geração mais antiga. Alguns são de uma sociedade mais tradicional. É um desafio, pois eles também tem interesse e é por isso que são feitas as capacitações", contou.
Na promotoria
A promotora da Vara da Infância e Juventude, Yara Raquel Faleiros, disse desconhecer a situação e que a princípio achava a medida interessante. "É um fato desconhecido pelo Ministério Público", disse.
Ela informou que há casos de bullying nas escolas em razão do comportamento dos jovens e por isso há uma maior preocupação. "Eles estão mais abertos e demonstram mais suas escolhas. Não acho que a medida seja ruim", afirmou, alegando que irá se inteirar melhor do teor dessa medida do governo do Estado.
Fonte: O Diário
Para evitar problemas com crianças e adolescentes declarados homossexuais, o Colégio Estadual Vicente Rijo, no Centro de Londrina, adotou uma medida inusitada nos últimos anos. Devido ao pedido de alunos, a direção optou em oferecer banheiro alternativo para os meninos que não se sentiam à vontade de usar o mesmo que os demais colegas.
De acordo com o diretor geral do colégio, Donizete Brandino, foram dois casos pontuais, um em 2010 e outro em 2011. Um dos garotos era travesti e não se sentia confortável de usar o mesmo espaço, nem mesmo o banheiro das meninas.
Por isso, a diretoria decidiu oferecer um banheiro alternativo, mas sem alarde ou comunicar aos demais colegas da escola. "Optamos por um banheiro que já temos nas bibliotecas. Não foi construído um. Esse era pouco usado, só por funcionários. Não que fosse especial, mas apenas para que eles se sentissem mais à vontade", comentou.
Divulgação
A pedido de estudantes que se declaram homossexuais e que não se sentem à vontade nos banheiros masculinos, a direção destinou um exclusivo a eles
De acordo com Brandino, a situação nunca foi discriminatória e não teve a intenção de isolar os alunos. "A nossa ação é esclarecedora. Nós colocamos a situação para o Conselho Escolar. Foi uma decisão tomada pela equipe diretiva e pedagógica", destacou. A situação ocorreu apenas com meninos e nenhuma das garotas apresentou até o momento a demanda à diretoria.
O diretor geral da instituição ainda comentou que a abordagem também é igual quando há caso de casais homossexuais se beijando no pátio da escola. "A escola tem novos sujeitos que antigamente eram marginalizados e esquecidos, muitas vezes colocados em comportamento de forma punitiva. Fazemos a mesma abordagem de casal hetero ou homo. Ninguém é tratado diferente", alegou. "É preciso trabalhar dentro dessa diferença, como indivíduos integrantes da sociedade", afirmou.
Orientação do Estado
A técnica pedagógica no Núcleo Regional de Ensino (NRE) em Londrina, Sandra Mara de Andrade, informou que a destinação de um banheiro para os homossexuais não faz parte de uma instrução da Secretaria de Estado de Educação.
"A escola não impõe para a criança ou adolescente. A situação do banheiro alternativo só acontece quando o aluno se manifesta. Não se faz alarde e isso é trabalhado de forma respeitosa, focando o não preconceito e discriminalização", comentou.
Na opinião de Mara, o cenário atual caminha para que não seja mais determinado o sexo do banheiro. "Acredito que tudo vá caminhar para não ter mais separação. Na nossa casa não tem. A gente usa o mesmo banheiro que os pais, que os tios. Mas esse é meu entendimento pessoal. O assunto ainda tem que ser muito debatido", disse.
Sandra trabalha atualmente com a questão de gênereos e diversidades nas escolas. Concomitante com o trabalho com os alunos, os professores também passam por capacitações e orientações sobre como agir nas situações. "Há muitos professores de geração mais antiga. Alguns são de uma sociedade mais tradicional. É um desafio, pois eles também tem interesse e é por isso que são feitas as capacitações", contou.
Na promotoria
A promotora da Vara da Infância e Juventude, Yara Raquel Faleiros, disse desconhecer a situação e que a princípio achava a medida interessante. "É um fato desconhecido pelo Ministério Público", disse.
Ela informou que há casos de bullying nas escolas em razão do comportamento dos jovens e por isso há uma maior preocupação. "Eles estão mais abertos e demonstram mais suas escolhas. Não acho que a medida seja ruim", afirmou, alegando que irá se inteirar melhor do teor dessa medida do governo do Estado.
Fonte: O Diário
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