Por Patrícia Maldonado | Mãe de Salto Alto
Como saber se seu filho sofre bullying?Oi, gente! Quem na época da escola nunca viu um amigo ser vítima de gozação porque era gordo demais, magro demais, porque tinha espinha, aparelho, orelha de abano, era japonês, negro, nordestino? Pois bem, esses casos continuam a acontecer nos dias de hoje. Só que as consequências têm sido cada vez mais violentas, mais preocupantes, nos deixam (mães e pais) cada vez mais em alerta. Como agir pra proteger nossos filhos?
O caso que me leva a tratar de bullying aqui hoje aconteceu em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Alexandre Santos, de 19 anos, entrou na escola com uma arma escondida na mochila. Ela tinha sido roubada dias antes de um tio, que é PM. Alexandre atirou em dois colegas, ainda no corredor. A explicação: era vítima de agressões verbais e físicas dos amigos por estar acima do peso. Era o "gordo" da classe.
Os alunos da escola em geral se espataram com a atitude, claro. Os professores nem se fala. Todos relatam que Alexandre é tranquilo e sempre foi muito estudioso. De repente, surtou.
Minha dúvida é: como ajudar nossos filhos pra que casos como esse não se repitam? Como evitar que nossos fihos sejam não só os agredidos, como os agressores? Como ensinar que as diferenças não são problema? Como ensinar que não se deve provocar alguém só porque essa pessoa não é igual as outras? Como ensinar nossos filhos a se defenderem? Como ensiná-los a reclamarem para quem pode ajudá-los? Penso que o primeiro passo seja ouvir nossos filhos. Até quando eles não falam. "Ouvir" o que eles gostariam de dizer e não conseguem. Quem sabe a menina que está acima do peso não esteja pedindo socorro pra emagrecer? Quem sabe o menino com o rosto todo cheio de espinhas não queira saber como melhorar a situação do rosto, mas tem vergonha de falar?
Precisamos também prestar atenção aos sinais. Se a criança ou o adolescente não quiser mais ir para escola, não tiverem nenhum amigo, é bom conversar com ele pra saber se há algo errado. E, se houver, procurar a direção da escola ou até trocar o filho de colégio.
Enfim, precisamos não só de diálogo, mas de ouvidos e corações atentos.
Um beijo
Pati
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