quinta-feira, 4 de julho de 2013

32% das pessoas conhece ou foi vítima de violência na 'net'

por Céu Neves


Uma em cada três pessoas conhece ou foi vítima de uma das novas formas de violência e que utilizam a Internet como meio preferencial de agressão e de perseguição. É a conclusão do estudo para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) sobre o tema da "Perceção da população portuguesa sobre stalking,cyberstalking , bullying e cyberbullying ", que será apresentado esta manhã na sede da associação, em Lisboa.

Os portugueses identificam sobretudo o bullying , mas, depois de ouvirem a explicação, acabam reconhecer casos das outras formas de violência que usam preferencialmente as novas tecnologias.

Estamos a falar do assédio persistente em que uma pessoa se impõe a outra, com um conjunto de comportamentos que são indesejados ou intrusos (stalking); da utilização da Internet ou de outros meios eletrónicos para perseguir e assediar alguém (cyberstalking); da violência entre pares com comportamentos agressivos por um agressor ou grupo de agressores contra uma vítima ou grupo de vítimas (bullying); do uso das novas tecnologias para agredir verbalmente ou contribuir para a exclusão social da vítima, por exemplo, disseminando boatos ou revelando informações por telefone, email, redes sociais, etc (cyberbullying ).

A APAV e outras associações europeias querem lei que considere crimes aqueles tipos de maus tratos.

"Os dados batem certo com o que são as tendências tradicionais. As pessoas podem não conseguir distinguir os conceitos, mas depois de lhes ser explicado reconhecem as situações. Estão mais habituados ao bullying, o que não é diferente das perceções internacionais", diz Daniel Cotrim, assessor técnico da direção da APAV.

O inquérito, a que o DN teve acesso, foi aplicado pela INTERCAMPUS, tendo sido entrevistadas 1104 pessoas, entre os 15 e 64 anos, de norte a sul do País. É o 4.º barómetro que resulta da colaboração das duas estruturas.

Fonte: DN Portugal



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