A francesa de sangue brasileiro mostrou para a internet que sabe lidar com preconceitos de forma simpática e criativa
METRÓPOLES
Cabelos azuis, piercing no nariz e roupas coloridas. Com um “Oi” mais sorridente do que tímido e o olhar tão brilhante quanto a blusa de lantejoulas prateadas, a pequena francesa de sangue brasileiro não esconde o que os 9 anos de idade também representam: alegria e inocência.
Cabelos azuis, piercing no nariz e roupas coloridas. Com um “Oi” mais sorridente do que tímido e o olhar tão brilhante quanto a blusa de lantejoulas prateadas, a pequena francesa de sangue brasileiro não esconde o que os 9 anos de idade também representam: alegria e inocência.
Rebecca Rangel, provou para a internet que tem muito a ensinar sobre como lidar com adversidades. Ficou seis meses numa escola em que sofria bullying pelo seu jeito “gringa” de ser – a família do pai dela é francesa.
Ela escolhia looks que as meninas da turma não costumavam usar e tinha um sotaque confuso. Mas a pequena transformou tristeza em criatividade: criou o Rebecca AG, canal no YouTube que já conta com quase 5 mil inscritos.“Finalmente eu teria com quem conversar”, lembra.
“As meninas da minha escola diziam que meu cabelo pintado era feio. Eu respondia que não fazia escolhas para agradá-las”, recordou Rebecca às gargalhadas.
Em maio de 2016, ela postou o primeiro vídeo e se surpreendeu com as quase 500 visualizações. Com temas bem infantis que variam de bonecas, brinquedos, apps e o dia a dia dela, a pequena fã do Michael Jackson conta que, com menos de um ano de canal, já recebe presentes e cartas dos seguidores. “Eu chorei quando recebi a primeira correspondência. Me senti amada e acho que estou acertando nos vídeos”, analisa.
A meta agora é comprar uma câmera, pois o conteúdo é produzido direto do próprio celular. “Eu vejo que estou melhorando cada vez mais. Quando eu crescer, penso em trabalhar com isso e me aperfeiçoar”, completou.
FELIPE MENEZES/METRÓPOLES
“Oi suas lindas, tudo bem?”A YouTuber sempre começa os vídeos de forma simpática e empolgada. O jargão que usa não é à toa: “Começo meus vídeos assim porque, para mim, todas as meninas são lindas do jeito que são. Gordinhas, magras, de cabelos coloridos ou não”, avalia.
Apesar da preocupação com os perigos da internet, Valesca Rangel, mãe da YouTuber, mergulhou de cabeça na ideia da filha. “Sei que essa foi a maneira que ela usou para driblar o bullying e para se sentir mais amada. Ajudo ela a administrar as redes sociais e aprovo os temas para os vídeos”, completou.
A mãe precisou tirá-la da escola, pois as conversas com a direção não tiveram sucesso. Hoje, Rebecca estuda em um local onde tem amigos de 47 nacionalidades diferentes. Ali, nunca sofreu preconceitos e aprendeu que as diferenças fazem as pessoas serem mais interessantes.
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