sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Autoestima elevada é uma arma contra o bullying


Clicrbs

Viviane Bevilacqua


Autoestima elevada é uma arma contra o bullying Renato Bairros/clicRBS
Foto: Renato Bairros / clicRBS
O ano letivo começou, e é importante que os pais saibam que está vigorando desde o dia 6 de fevereiro deste ano em todo o território nacional a lei Anti Bullying. Ela determina que os estabelecimentos de ensino sejam responsabilizados por todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. 
Se você notar que seu filho chega em casa triste, reclamando que não quer mais ir para a escola, ou se queixa da forma como é tratado pelos colegas, informe-se do que está acontecendo e exija providências, pois a escola precisa buscar mecanismos para evitar o bullying nas suas dependências. No livro Manual Antibullying para alunos, pais e professores,  da Editora BestSeller, o psiquiatra infantil Gustavo Teixeira ressalta que crianças e adolescentes que sofrem com essas agressões têm insônia, baixa autoestima e depressão. Podem ter pesadelos constantes e desenvolver transtornos como a fobia escolar, medo exagerado de frequentar a escola, e pensamentos suicidas quando a depressão está instalada. Pelo alto grau de ansiedade, podem apresentar também sintomas físicos como náuseas, vômito e dor de cabeça. 
Enquanto os professores encontram maneiras coletivas de acabar com esta prática danosa no espaço escolar, os pais também podem agir em casa, trabalhando a autoestima de seus filhos. O dicionário define a palavra autoestima como a característica de uma pessoa que valoriza a si mesma e passa a agir, pensar e exprimir opiniões de maneira confiante. Crianças e adolescentes fortalecidos emocionalmente deixam de dar importância a atitudes desagradáveis, aprendendo a não se colocar na posição de agredidos,explica o escritor e psiquiatra Augusto Cury.
Na infância e adolescência, as pessoas se encontram mais fragilizados e propensas a se tornarem vítimas inclusive de padrões impostos pela mídia, como consumismo, beleza e status social. Quando não há uma preparação emocional todo este estímulo pode causar sérios danos para o desenvolvimento do indivíduo, gerando estresse, angústia, ansiedade e sentimento de inferioridade. E aí, ele se torna uma vítima ideal para o bullying. Por isso, é tão importante que os pais, em casa, trabalhem no sentido de reforçar a autoestima dos filhos, para que eles acreditem neles mesmos e aprendam a se valorizar.

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