quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ser excluído no trabalho é pior do que bullying, diz estudo

Homem triste sentado na sarjeta
Solidão: pessoas que relataram terem se sentido isoladas antes tinham mais chance de terem deixado emprego

Adeline Daniele, de INFO Online

Um estudo realizado pela Universidade Sauder School of Business da Columbia Britânica revela que sentir-se excluído traz mais insatisfação do que sofrerbullying no ambiente de trabalho.

Segundo a pesquisa, um funcionário que se sente ignorado está mais propenso a ficar insatisfeito, ter problemas de saúde e vontade de se demitir.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores realizaram uma série de pesquisas.

Na primeira, eles descobriram que as pessoas consistentemente avaliam o ostracismo no ambiente de trabalho como menos inapropriado, menos psicologicamente prejudicial e menos grave do que assédio no trabalho.

“Fomos ensinados que ignorar alguém é socialmente aceitável – se você não tem algo bom a dizer, não diga nada”, diz a co-autora da pesquisa e professora da Sauder, Sandra Robinson ao site ScienceDaily.

“Mas o ostracismo realmente leva as pessoas a se sentirem mais desamparadas, como se elas não fossem dignas de atenção”, diz.

Pesquisas adicionais ainda revelam que as pessoas que dizem ter se sentido excluídas eram significativamente mais propensas a relatar queda na sensação de pertencimento dentro da empresa e compromisso com o trabalho, uma forte intenção de se demitir e uma proporção maior de problemas de saúde.

Os pesquisadores também utilizaram uma pesquisa feita por uma universidade canadense que inclui feedbacks de ambientes de trabalho com isolamento e assédio e compararam com a taxa de rotatividade três anos após sua realização.

A partir desse levantamento, eles descobriram que as pessoas que relataram terem se sentido isoladas na época tinham mais chance de terem deixado o emprego.

“Há um esforço tremendo para conter o bullying em ambientes de trabalho e nas escolas, o que é muito importante. Mas o abuso nem sempre é óbvio”, diz Sandra.

“Há muitas pessoas que se sentem silenciosamente assediadas diariamente, e a maioria das estratégias atuais para lidar com injustiça no trabalho não lhes dá voz."

Nenhum comentário:

Postar um comentário