Fotos de adolescentes com conteúdo ofensivo circula na web. Delegado e psicólogo explicam sobre o que fazer nesses casos.
Do G1 de Mogi das Cruzes e Suzano com informações da TV Diário
Jovens de Itaquaquecetuba com idade entre 14 anos e 18 anos tiveram fotos pessoais divulgadas na internet com conteúdo ofensivo. As mães das vítimas do cyberbullying não sabem o que fazer para tentar localizar e punir os responsáveis pelo vídeo que exibe as fotos das filhas.
O conteúdo causou a indignação de uma das mães que recebeu o arquivo no próprio celular. “Minha filha enviou o vídeo e disse: mãe, olha o que fizeram comigo. Ficamos sabendo sobre o vídeo pela internet e o arquivo ainda está circulando”, disse uma das mães.
Os vídeos foram postados em sites popularmente conhecidos e compartilhados em redes sociais. Neles, aparecem fotos das meninas que, segundo elas mesmas, foram tiradas de páginas pessoais, com descrições sexuais ofensivas sobre cada uma delas.
Segundo uma das mães, desde que os vídeos foram divulgados, as filhas estão sendo perseguidas nas ruas e principalmente na escola onde estudam, muitas não querem frequentar a sala de aula. “Ela vai para a escola e na saída jogam lixo nela, cospem nela, dão chutes nela”.
Uma garota, de apenas 14 anos, que está em um dos vídeos, conta que sequer conversava com as outras meninas que também aparecem no vídeo e não tem muito contato com os colegas da escola. Quando viu sua foto, associada a conteúdos sexuais e músicas com letras ofensivas, pensou em não sair mais de casa. “Quando eu passo na rua recebo muitos xingamentos, jogam lixo na gente, jogando ovo, essas coisas”.
A psicóloga Cândida Maria Plaza Xavier alerta sobre os perigos do mundo virtual. Em casos como este, as vítimas do chamado ciberbullying, aquele cometido por meio da internet, quase sempre entram em depressão. O conteúdo se espalha muito rápido, não existe controle sobre ele e a vítima se vê impotente.
“Existem vários tipos de vítimas, inclusive aquela que vai se afastar do convívio social. A sua auto-estima pode baixar e pode levar inclusive a depressão. Hoje o bullying está se tornando um problema de saúde pública. Pelas estatísticas, 30% dos alunos de escolas foram vítimas de bullying e 70% dos alunos já presenciaram algum tipo de bullying. Então é importante sim que medidas sejam tomadas rapidamente”, explica a psicóloga.
As mães estiveram no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), mas o boletim de ocorrência desse caso ainda não foi registrado.
O delegado assistente da Seccional de Mogi das Cruzes, Júlio Vaz, orienta sobre que providências tomar sobre problemas como esse. “Todas as delegacias da região estão hábeis a registrar o boletim de ocorrência, assim como todas estão preparadas a investigar crimes. Hoje existe a invasão em sistemas computadorizados e alguns sistemas são muito frágeis. Em crimes virtuais existem mais de uma infração penal, previstas no Código Penal”.
A Delegacia Seccional mantém atendimento de segunda-feira a sexta-feira. Informações podem ser obtidas pelo telefone 4799-2075.
O conteúdo causou a indignação de uma das mães que recebeu o arquivo no próprio celular. “Minha filha enviou o vídeo e disse: mãe, olha o que fizeram comigo. Ficamos sabendo sobre o vídeo pela internet e o arquivo ainda está circulando”, disse uma das mães.
Os vídeos foram postados em sites popularmente conhecidos e compartilhados em redes sociais. Neles, aparecem fotos das meninas que, segundo elas mesmas, foram tiradas de páginas pessoais, com descrições sexuais ofensivas sobre cada uma delas.
Segundo uma das mães, desde que os vídeos foram divulgados, as filhas estão sendo perseguidas nas ruas e principalmente na escola onde estudam, muitas não querem frequentar a sala de aula. “Ela vai para a escola e na saída jogam lixo nela, cospem nela, dão chutes nela”.
Uma garota, de apenas 14 anos, que está em um dos vídeos, conta que sequer conversava com as outras meninas que também aparecem no vídeo e não tem muito contato com os colegas da escola. Quando viu sua foto, associada a conteúdos sexuais e músicas com letras ofensivas, pensou em não sair mais de casa. “Quando eu passo na rua recebo muitos xingamentos, jogam lixo na gente, jogando ovo, essas coisas”.
A psicóloga Cândida Maria Plaza Xavier alerta sobre os perigos do mundo virtual. Em casos como este, as vítimas do chamado ciberbullying, aquele cometido por meio da internet, quase sempre entram em depressão. O conteúdo se espalha muito rápido, não existe controle sobre ele e a vítima se vê impotente.
“Existem vários tipos de vítimas, inclusive aquela que vai se afastar do convívio social. A sua auto-estima pode baixar e pode levar inclusive a depressão. Hoje o bullying está se tornando um problema de saúde pública. Pelas estatísticas, 30% dos alunos de escolas foram vítimas de bullying e 70% dos alunos já presenciaram algum tipo de bullying. Então é importante sim que medidas sejam tomadas rapidamente”, explica a psicóloga.
As mães estiveram no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), mas o boletim de ocorrência desse caso ainda não foi registrado.
O delegado assistente da Seccional de Mogi das Cruzes, Júlio Vaz, orienta sobre que providências tomar sobre problemas como esse. “Todas as delegacias da região estão hábeis a registrar o boletim de ocorrência, assim como todas estão preparadas a investigar crimes. Hoje existe a invasão em sistemas computadorizados e alguns sistemas são muito frágeis. Em crimes virtuais existem mais de uma infração penal, previstas no Código Penal”.
A Delegacia Seccional mantém atendimento de segunda-feira a sexta-feira. Informações podem ser obtidas pelo telefone 4799-2075.
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