sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Intérpretes de Billy Elliot contam que sofrem de bullying como o personagem


Intérpretes de Billy Elliot contam que sofrem de bullying como o personagem


Billy Elliot, personagem-título do filme lançado em 2000, multiplicou-se. Além do Billy original, interpretado por Jamie Bell, 27, outros 71 similares passeiam por aí.





Três deles estão agora em São Paulo, para cumprir a temporada de duas semanas de «Billy Elliot - O Musical», no Credicard Hall.

Para viver esse personagem carismático - menino corajoso do norte de Inglaterra que enfrenta preconceito para poder dançar - todos os 71 intérpretes passaram por uma bateria de testes. Uma vez contratados, levaram uma vida espartana.
Em geral, quem interpreta Billy Elliot no musical tem entre 10 e 15 anos, costuma deixar a escola por alguns meses, passa a receber treino rigoroso e é recompensado com aplausos e cachê. Isso dura cerca de um ano e meio. Depois eles crescem demais para o papel. E voltam para a vida quotidiana.
Na primeira fase das audições, explica Nora Brennan, uma das responsáveis pela selecção, eles podem apresentar qualquer tipo de dança.
Depois, «ensinamos uma coreografia do espectáculo e verificamos o potencial para aprender outras coisas além de técnicas de ballet: acrobacia, canto e interpretação», diz. «Levamos em consideração a habilidade de manter o foco e o senso de determinação.»
Entre as dificuldades, vários desses jovens falam sobre continuar com os estudos durante as digressões. Ty Forhan, 15, conta: «A escola na estrada é feita de forma independente, mas temos grandes tutores a ajudar».
«Na maioria das vezes, estudo online. Mas há momentos que isso se torna mais difícil, perde-se facilmente no computador. É preciso muita disciplina para estudar online», diz o suíço Giuseppe Bausilio, 16.
Vários deles também se identificam com aspectos da vida do personagem, especialmente por terem enfrentado preconceito e resistência entre amigos e parentes.
Quando foi escolhido para o papel, Bausilio estava a estudar numa pequena escola de 226 crianças. «Eu era o único dançarino e sofri bullying algumas vezes. Eu agradeço às pessoas [que praticaram bullying comigo], porque deram-me calo, e hoje é mais fácil enfrentá-los.»

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