Carolina Hagemann Fraga (Jornal do Comércio)
Os índices de violência aumentam a cada dia na nossa sociedade. O reflexo disso são consequências que passam a atingir diretamente o seio da sociedade, que é a família. E, por consequência, as fronteiras dessa violência atingem o ambiente escolar caracterizadas pelo bullying. Ele chegou a proporções tão estarrecedoras nos últimos anos que, a partir do dia 9 de fevereiro deste ano, passou a vigorar a Lei Anti Bullying que determinou que é dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática.
O Programa de Combate à Intimidação Sistemática define o bullying como a prática de atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima, que tem prejuízo direto no rendimento escolar e nos relacionamentos com os amigos e com a família. Nos dias de hoje, a instituição chamada escola não pode se ater somente a aplicar conteúdos de Matemática, Física, Biologia e Português em sala de aula. É necessário e fundamental ensinar aos alunos que administrem seus conflitos e suas emoções. Eles precisam saber lidar com suas limitações! É trabalhar a educação socioemocional para colaborar na formação integral dessas futuras gerações. E isso tudo aplicado, também, com as famílias que compõem o ambiente escolar.
Pesquisas revelam que as escolas que aplicam a educação emocional na grade curricular têm redução no nível de violência, pois existe um maior respeito mútuo entre alunos, professores e até mesmo com os pais. Esses alunos apresentaram melhorias nas suas habilidades intrapessoais, que contemplam a autoestima e a resiliência (capacidade de resolver problemas). E, com a autoestima fortalecida, eles ficam menos suscetíveis às ofensas, humilhações e discriminações, que caracterizam o bullying. A educação emocional precisa ser matéria obrigatória dentro da sala de aula. É tratar o lado "ser" dos nossos estudantes, ensinando o respeito, a tolerância e a convivência pacífica.
Orientadora pedagógica
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