Setúbal - Problemática do bullying entre os jovens
A problemática do bullying entre os jovens foi abordada hoje de manhã, numa conferência em Setúbal na qual o vereador Pedro Pina assegurou que esta é uma preocupação constante, na área da Juventude, para a Câmara Municipal.
Pedro Pina, a quem coube, juntamente com o presidente da LATI, Sertório Herrera, a abertura dos trabalhos da conferência “Bullying em Contexto Escolar” , no Centro Comunitário Bocage, salientou que a Câmara Municipal “tem como preocupação permanente o combate a esta forma de violência”.
“Só de uma forma coletiva se poderá fazer frente a um problema que é uma realidade latente e persistente”, sublinhou o vereador dos pelouros da Educação, Juventude e Desporto na abertura do encontro promovido pela LATI – Liga dos Amigos da Terceira Idade no âmbito de um ciclo de conferências sobre juventude.
Pedro Pina, a quem coube, juntamente com o presidente da LATI, Sertório Herrera, a abertura dos trabalhos da conferência “Bullying em Contexto Escolar” , no Centro Comunitário Bocage, salientou que a Câmara Municipal “tem como preocupação permanente o combate a esta forma de violência”.
A presença de alunos da Escola Secundária D. Manuel Martins entre a plateia constituída, principalmente, por profissionais com atividade relacionada com a problemática do encontro, levou Pedro Pina a dirigir uma palavra especial ao público mais jovem. “É também com vocês que se começa a combater o bullying. Com a vossa participação, envolvimento, pró-atividade. São agentes muito especiais no processo de se encontrar uma solução para este problema”, destacou.
O encontro, o terceiro e último do I Ciclo de Conferências Juventude LATI, apresentou no primeiro painel as intervenções de Marta Reis, da Faculdade de Motricidade Humana, que falou sobre “Violência entre pares no contexto escolar”, e da juíza de Direito Belmira Felgueiras, autora da comunicação “O Bullying escolar no ordenamento jurídico vigente: a intervenção tutelar e protetiva e seu enquadramento à luz do direito legal”.
“Bullying é uma das formas de comportamento violento e agressivo entre pares, mas, se for um ato isolado, não é bullying”, definiu Marta Reis, que acrescentou o facto de existir “violência de várias formas, pelo que não se deve confundir todos os atos violentos entre jovens como bullying. O bullying é repetitivo”.
Durante o primeiro painel foram traçados os perfis mais comuns dos típicos agressores e vítimas de bullying, sobressaindo a observação, na intervenção de Marta Reis, de que os primeiros são jovens que manifestamente apresentam “dificuldades em gerir a frustração”.
Graças à experiência vivida durante quatro anos como juíza no Tribunal de Família e Menores de Setúbal, Belmira Felgueiras adiantou que os agressores apresentados nos processos “eram frequentemente vítimas das mais variadas formas de violência parental”.
A magistrada acrescentou, ainda, o facto de ser muito comum os agressores degenerarem para casos de toxicodependência, prostituição e alcoolismo.
Sobre as vítimas, que podem ser tanto passivas como ativas, Marta Reis salientou que é frequente, com o crescimento, tornarem-se também elas em agressoras.
Marta Reis enumerou ainda os diferentes tipos de bullying, que pode ser físico, psicológico, cyberbullying, sexual ou relacional.
“Apesar de ser um assunto muito presente na atualidade da nossa sociedade, nem tudo são más notícias”, adiantou, ao referir-se ao estudo internacional HBSC – Health Behaviour School Aged Children.
O HBSC, com quatro edições desde 1998 e executado, em parceria com a Organização Mundial de Saúde, em 44 países, aponta, na versão de 2014, para uma tendência de diminuição na maioria dos tipos de bullying em Portugal.
Belmira Felgueiras, sobre o papel do Direito como agente dissuasor do bullying, afirmou que “terá que se entender que, paulatinamente, vai ter que se criar outras respostas para esta problemática, de preferência articuladas entre instâncias de primeira linha”.
O encontro de esta manhã abordou também as temáticas “Bullying em Idade Escolar – Algumas Estratégias”, apresentada por Luís Fernandes, da Associação Sementes de Vida, de Beja, e “Indisciplina na sala de aula”, alocução de José Morgado, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
O encerramento da conferência foi conduzido por Ângela Lemos, membro da direção da LATI, e Jorge Souto, técnico da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens.
Além do encontro de hoje, o I Ciclo de Conferências Juventude LATI, com início em 2015, incluiu sessões dedicadas aos temas “Adolescência: Etapas de Mudanças” e “Desporto, Deficiência e Juventude: A realidade portuguesa”.
Fonte - CMS
Pedro Pina, a quem coube, juntamente com o presidente da LATI, Sertório Herrera, a abertura dos trabalhos da conferência “Bullying em Contexto Escolar” , no Centro Comunitário Bocage, salientou que a Câmara Municipal “tem como preocupação permanente o combate a esta forma de violência”.
A presença de alunos da Escola Secundária D. Manuel Martins entre a plateia constituída, principalmente, por profissionais com atividade relacionada com a problemática do encontro, levou Pedro Pina a dirigir uma palavra especial ao público mais jovem. “É também com vocês que se começa a combater o bullying. Com a vossa participação, envolvimento, pró-atividade. São agentes muito especiais no processo de se encontrar uma solução para este problema”, destacou.
O encontro, o terceiro e último do I Ciclo de Conferências Juventude LATI, apresentou no primeiro painel as intervenções de Marta Reis, da Faculdade de Motricidade Humana, que falou sobre “Violência entre pares no contexto escolar”, e da juíza de Direito Belmira Felgueiras, autora da comunicação “O Bullying escolar no ordenamento jurídico vigente: a intervenção tutelar e protetiva e seu enquadramento à luz do direito legal”.
“Bullying é uma das formas de comportamento violento e agressivo entre pares, mas, se for um ato isolado, não é bullying”, definiu Marta Reis, que acrescentou o facto de existir “violência de várias formas, pelo que não se deve confundir todos os atos violentos entre jovens como bullying. O bullying é repetitivo”.
Durante o primeiro painel foram traçados os perfis mais comuns dos típicos agressores e vítimas de bullying, sobressaindo a observação, na intervenção de Marta Reis, de que os primeiros são jovens que manifestamente apresentam “dificuldades em gerir a frustração”.
Graças à experiência vivida durante quatro anos como juíza no Tribunal de Família e Menores de Setúbal, Belmira Felgueiras adiantou que os agressores apresentados nos processos “eram frequentemente vítimas das mais variadas formas de violência parental”.
A magistrada acrescentou, ainda, o facto de ser muito comum os agressores degenerarem para casos de toxicodependência, prostituição e alcoolismo.
Sobre as vítimas, que podem ser tanto passivas como ativas, Marta Reis salientou que é frequente, com o crescimento, tornarem-se também elas em agressoras.
Marta Reis enumerou ainda os diferentes tipos de bullying, que pode ser físico, psicológico, cyberbullying, sexual ou relacional.
“Apesar de ser um assunto muito presente na atualidade da nossa sociedade, nem tudo são más notícias”, adiantou, ao referir-se ao estudo internacional HBSC – Health Behaviour School Aged Children.
O HBSC, com quatro edições desde 1998 e executado, em parceria com a Organização Mundial de Saúde, em 44 países, aponta, na versão de 2014, para uma tendência de diminuição na maioria dos tipos de bullying em Portugal.
Belmira Felgueiras, sobre o papel do Direito como agente dissuasor do bullying, afirmou que “terá que se entender que, paulatinamente, vai ter que se criar outras respostas para esta problemática, de preferência articuladas entre instâncias de primeira linha”.
O encontro de esta manhã abordou também as temáticas “Bullying em Idade Escolar – Algumas Estratégias”, apresentada por Luís Fernandes, da Associação Sementes de Vida, de Beja, e “Indisciplina na sala de aula”, alocução de José Morgado, do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
O encerramento da conferência foi conduzido por Ângela Lemos, membro da direção da LATI, e Jorge Souto, técnico da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens.
Além do encontro de hoje, o I Ciclo de Conferências Juventude LATI, com início em 2015, incluiu sessões dedicadas aos temas “Adolescência: Etapas de Mudanças” e “Desporto, Deficiência e Juventude: A realidade portuguesa”.
Fonte - CMS
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