Um fator que tem colocado o bullying como pauta constante da mídia são as redes sociais, instrumentos que podem ser utilizados de modo benéfico ou maléfico. “Quando a tecnologia passou a ser usada como meio de agressão, os efeitos devastadores sobre as vítimas aumentaram significativamente: no cyberbullying, a perseguição implacável por meio do celular, dos sites de relacionamento e dos sites de vídeos pode acontecer sete dias por semana, 24 horas por dia. É desesperador”, lamenta a psicóloga Maria Tereza Maldonado, do Rio de Janeiro, membro da American Family Therapy Academy, e autora do livro "A Face Oculta – Uma história de bullying e cyberbullying", da Editora Saraiva.
Para os especialistas, a escola – e a comunidade, de uma forma geral – deve promover programas antibullying que envolvam toda a equipe, os alunos e as famílias no sentido de criar uma cultura de não tolerância às ações do bullying e do cyberbullying. É preciso colocar os limites devidos e as consequências cabíveis às condutas de agressão, estimular a expansão dos recursos para fortalecer as vítimas e propiciar aos agressores o bom uso de suas capacidades de liderança e o aumento da empatia, estimulando a ação eficaz das testemunhas.
O resultado é a melhoria da qualidade dos relacionamentos e o uso responsável da tecnologia. “Quando a escola adota uma postura clara de não tolerância ao bullying, pode elaborar um ‘contrato de convivência’ a ser apresentado à família no ato da matrícula e a ser trabalhado com todos os alunos e a equipe no cotidiano da escola. O contrato de convivência coloca regras claras, evita muitos episódios de agressão, mas mesmo assim há os transgressores que gostam de testar os limites para ver se as consequências combinadas realmente acontecerão ou se tudo ‘acabará em pizza’. Portanto, episódios de bullying acontecerão e precisarão ser abordados”, comenta Maria Tereza Maldonado. (Fernanda Junqueira) Colaboração para o UOL
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