terça-feira, 22 de agosto de 2017

Psicólogo discute papel da família e da escola na criação de uma sociedade tolerante

GSHOW

Alessandro Marimpietri ressalta que ‘a sociedade preconiza mais a liberdade individual do que um acerto para viver no coletivo’

Aprovado de sábado, 19, o psicólogo Alessandro Marimpietri explicou que a intolerância é uma questão cultural e que “nossa sociedade contemporânea preconiza mais a liberdade individual do que um acerto para viver no coletivo”. Para explicar seu pensamento, ele faz uma analogia com o sinal vermelho do semáforo. “Ele não é apenas uma luz vermelha, é um sinal simbólico de que é preciso parar para que outros passem. Se o desejo de passar na hora que eu quero é maior do que o comprometimento com o coletivo, eu vou passar pelo sinal vermelho”, afirma. Com isso, o indivíduo começa a desrespeitar as referências simbólicas, que estruturam uma boa convivência em sociedade.

Para o especialista, a família tem papel indispensável neste contexto, pois deve ensinar os pequenos a lidar com frustrações, e a dar limites. A escola é uma colaboradora, mostrando a eles como viver com as diferenças, já que a instituição une crianças com realidades, valores e crenças diversos. “A escola tem um papel crucial na valorização da cultura de não violência, que seria a prevenção mais eficaz pra situações de bullying”, defende, explicando que estas são caracterizadas por intencionalidade, repetição e desproporção de poder. Nestes conflitos, é necessária intervenção adulta, para garantir a saúde e o bem-estar tanto de quem foi agredido como de quem é o agressor. “Ambos não estão bem. Precisam ser acolhidos, mas de forma diferente”, afirma

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