domingo, 31 de março de 2013

O porquê de o “cyberbully” ser mais do que uma palavra da moda


Por Gustavo Magnani, 

o porquê de o “cyberbully” ser mais

do que uma palavra da moda:

IMPORTANTE: pelas últimas informações, Julia não cometeu suicídio (ainda bem).
p.s2: pelos comentários que já rolaram, preciso fazer um pedido inusitado. LEIAM a matéria antes de comentar, galera.
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Eu estava préstes a ir assistir The Walking Dead e dormir, quando um amigo/leitor me perguntou se eu conhecia a história da Julia Gabrielle, 11 anos. Ele me passou alguns links e logo soube que eu não assistiria o seriado hoje, a cota de “sem cérebros” já havia sido preenchida, infelizmente.
Pedirei para irmos por partes, pois sei que o assunto é polêmico e renderá muita discussão.

A História

Essa parte da matéria terei que ir editando com o tempo, pois a história da Julia Gabrielle, 11 anos, ainda não está muito clara. O boato mais forte, agora, é de que ela tenha se suicidado. Isso por conta de uma (suposta) postagem no facebook da própria mãe, que dizia “VOCÊS MATARAM MINHA FILHA!” – escreverei mais sobre boatos ao final da postagem, vamos ao que, por hora, é “oficial”.
Julia Gabrielle, 11 anos, apenas 11 anos, ainda criança, 11 anos, mal chegou na época em que precisa de 2 números para contar a idade, 11 anos, mal chegara na época em que você não pode mais contar a idade com os dedos das mãos, 11 anos. Mal chegara na idade de se preocupar com beleza… ou… já deveria?
Ficou notável que insisti, a todo instante, na idade da Julia, pois é algo elementar para compreender toda a discussão que se seguirá. A criança, como quase toda hoje em dia, possuía um perfil no facebook, onde, como qualquer pessoa normal, postava suas fotos e gostos. Pois uma dessas fotos chegou nas mãos de um jêniu do humor – daquelas que a gente tem visto de monte por aí: “DKSAPDKA humor negru rlz” – e acabou tomando proporções gigantescas:
JULIA GABRIELE BULLYING
Em suma, Julia Gabrielle foi vítima de piada por causa dos pelos faciais, principalmente da sobrancelha.
Você consegue imaginar a situação? A criança implorando para pararem, sendo submetida a uma tortura psicológica, enquanto os piadistas insistiam em continuar tirando sarro. Eu vou deixar a parte da “zoação” para discutir depois, mas eu gostaria de um exercício de imaginação muito simples: imagine-a chorando, ao lado da sua mãe, postando súplicas pras pessoas pararem e, em contra partida, as piadas apenas aumentavam.
É realmente deplorável. E eu odeio parecer maniqueísta, mas, não há maniqueísmo nenhum em minha ação. Há, na verdade, um caso de crueldade muito sério, que, ao primeiro instante, pode parecer superficial ou algo perto disso. Mas, não, não é.

A “”brincadeira”"
Não sejamos hipócritas, é lógico, “brincadeiras” como essa acontecem o tempo todo e são, por si só, triste de se ver. Mas, digamos, que, em um momento, ela não cruze uma linha de tanta ‘seriedade’. É algo fugaz, rápido, algo que existe demanda na internet – e muitas páginas alimentam-na -. Não estou dizendo que o fato, por si só, já não é grave, mas que, ainda mais sério, foi a insistência na piada quando a menina já se mostrava frágil, triste, atingida. Não só ela, como sua mãe e seu pai.
A permanência – até agora – das piadas é algo deplorável. E, provavelmente, devem acontecer também nesse post – espero eu que não.
“Tem que raspar mesmo…”
Em resumo, esse foi o comentário de centenas de pessoas. E eu pergunto: tem que raspar mesmo? Sei lá… cabe a cada um, ora bolas. Mas, talvez, não coubesse a Gabrielle  - e isso torna o caso muito mais triste -. Repito: ela tinha apenas 11 anos e, com essa idade, não existe tanta autonomia para certas ações. Talvez ela desejasse, mas tivesse vergonha de pedir para sua mãe. Sim, isso é normal. Eu mesmo, com 11/12 anos, tinha “bigode de criança” e morria de vergonha para pedir aos meus pais ajuda, ou admitir que já estava na hora “disso”, por mais visível que fosse. Imagine, então, uma menina com a idade dela.
Veja bem, eu não estou dizendo que ela deveria ou não raspar, estou apenas mostrando que em todas as hipóteses possíveis, a criança permanece sendo a vítima.
a) Ela queria raspar, mas, pela idade, não tinha coragem.
b) Ela não queria raspar.
Independente de qual for a resposta, nenhuma delas faz da Julia merecedora de tanta gozação.
É lógico que a sociedade possui padrões e rejeita o que for diferente a ela. Isso sempre aconteceu e sempre acontecerá, todavia, com a internet, tudo ganha mais força, mais velocidade, mais intensidade. Se estrelas nascem de um dia para o outro, outras morrem – e nem falo da morte física da Julia, que ainda é um mistério -, mas falo de tudo o que ela JÁ passou. O constrangimento virtual e físico, a vergonha de ir à escola, o pai ter que ir à delegia depois de um dia inteiro de trabalho, o choro da mãe, a necessidade de apagar todas suas fotos do facebook para tentar evitar ainda mais polêmica. Tudo o que Julia já viveu nesses últimos dias não é para qualquer -e por isso eu torço firmemente para que ela ainda esteja viva.
JULIA GABRIELE BULLYING
Tratarei agora de alguns pontos mais gerais, que li nos comentários e, provavelmente surgiriam (ou surgirão) por aqui caso eu não escrevesse desde já – aí eu teria que responder individualmente cada um. Por isso, sempre antecipo algumas coisas, como vocês já sabem.

Facebook não é para criança

Relativo. Não existe uma lei que diga com quantos anos uma pessoa possa ter um perfil em qualquer rede social do mundo [menos as eróticas, lógico]. O facebook é a “segunda casa” de muita gente e não é de hoje. Evitemos a hipocrisia. Ele está aí e está para todo mundo, não apenas para quem você acha que deveria estar. E, pela criança, nada de “vexatório” era postado. Se alguém não deveria ter acesso ao twitter, facebook, orkut, google +, essa pessoa, certamente, não é a Julia, mas sim o tipo de gente que se mantém numa posição agressiva de “troll”.
Aliás, dizer que o facebook não é para criança me parece uma posição absurdamente radical. Onde estamos? Em uma selva, onde não há gente civilizada? O facebook é um antro de animais sedentos por carne nova? Se essa é a esfera que determinadas pessoas têm da rede social, bem, é preciso trocar as páginas curtidas, os amiguinhos e, inclusive, a maneira de se relacionar. Eu tenho uma prima de nove anos que não faz nada mais do que postar suas fotos e brincar com as amigas. ISSO é errado?
Pode-se questionar o tempo que as crianças passam no computador, mas, não para ESSE caso, pois, mesmo se ela passasse 24 horas na internet, isso também não justificaria nenhuma agressão – e se você acha que justifica, aí fica complicado de manter uma discussão razoável.
[editado]: trouxe mais este parágrafo para explicar algumas coisas: as pessoas persistem no questionamento da idade. Uma delas – a qual eu conheço – perguntou o que faz uma criança de 11 anos em uma rede social que só “aceita” acima de 13 – como se isso fosse realmente alguma coisa. Engraçado é que, nesse caso, em particular, o jovem de 14 anos, o qual eu conheço, comenta em postagens em outros sites para maiores de 18 anos, gerencia uma página ERÓTICA no facebook e faz comentários sobre pornografia na internet. Ou seja… pornografia não é só para maiores de 18? COMO DIABOS ele acessa se ele só tem 14? Ora… sabe por que? Porque quando convém, a pessoa solta qualquer tipo de argumento, sem fazer uma reflexão básica.
Eu odeio trazer esse tipo de discussão para o lado “pessoal”, mas o fiz apenas para exemplificar como as pessoas são extremamente hipócritas quando lhes convém. E ver se, de uma vez, esse papo da idade diminui.

Culpa dos pais

Essa foi uma das que eu menos entendi, sinceramente. Do jeito que as pessoas são, eu não captei se algumas falavam da “liberdade” que ela tinha no facebook, ou da “genética” de Gabrielle. Independente do que for, jogar a culpa para os pais por uma coisa que o mundo causou, é muito fácil. Como se eles já não estivessem arrasados o suficiente, alguns comentaristas à lá educadores que não possuem o menor conhecimento da área, querem jogar a responsabilidade para o lugar comum: ou os pais, ou o governo. É difícil entender que só há um culpado. E eles não são nem os pais, nem o governo [!?], nem a própria Julia. Os únicos culpados são os piadistas.
Aliás, pelo que me parece, a criança não tinha nenhuma liberdade maior do que qualquer pessoa normal de sua idade. Ela só postava fotos, coisa sobre seus ídolos etc. Nada que fosse vergonhoso ou absurdo para sua própria imagem ou da sua família.

“pq ela não podia fazer a sombrancelha e ae todos parariam de zoar ? “

Retirei diretamente de um comentário no facebook. Acredito que isso tenha sido explanado acima e não seja necessário explicar tudo novamente. Mas, vale a repetição: ou ela poderia ser muito nova, ou ela poderia não querer. Independente de qual é a resposta, isso não justifica nenhuma ação do tamanho da que aconteceu.

“Você nunca tirou sarro de nenhuma pessoa?”

Defender-se com esse tipo de argumentação é digno de pena. Eu estudava com um colega que passou pelos mesmos problemas da Julia. Assim que ele entrou na classe, logicamente, tornou-se alvo de pequenos comentários. A “brincadeira” chegou até o ouvido dele? Sim, foi feita, inclusive, perante ele [não por mim, que fique claro]. Todavia, não passou JAMAIS de uma “gozação saudável”. Ele tornou-se amigo de todos e sempre souberam qual o limite entre uma rápida piadinha e um bullying cruel. Hoje ele sai com todos e se diverte normalmente.
Não estou a defender a radicalização de que tudo é bullying. Quem acompanha o site, sabe que sempre reitero um ponto importantíssimo: o – tão esquecido [se é que eu um dia foi lembrado] – bom senso. Existiram as primeiras piadas com a menina? “Ok”. Ela suplicou para que parassem? Significa que já havia passado o limite há tempos. Ademais, o bom senso já é chutado quando marmanjos da internet resolvem avacalhar com uma criança de 11 anos.

E se tudo for mentira?

Me parece até bestial acreditar nisso, mas, como a internet é a internet e li alguns comentários a respeito, apenas deixo claro que “se tudo for mentira”, isso não muda nada, pois o que foi dito em torno da criança mesmo depois do fato começar a estourar, serve de exemplo para tudo o que foi tratado aqui. É exatamente como disse lá em cima, mesmo depois de todo o caso começar a sair – até com o possível suicídio da criança -, as piadas e os comentários maldosos ainda persistiam e se for tudo mentira?

“(se ela se matou) (eu também já sofri cyberbully) Ela é fraca”

Típico julgamento de quem está completamente por fora da discussão e só consegue enxergar o próprio umbigo. “Eu já passei por muito pior”, parabéns campeão, já retirou sua medalha hoje? A sua experiência não é a mesma experiência que o outro tem. Existe o indivíduo e ele deve ser tratado com o respeito que lhe cabe, não que o respeito que cabe a você. Entendam isso, nós não estamos falando do fulano ou do cicrano, estamos falando de uma criança de 11 anos.

Comentários Finais

Eu espero, de todo coração, e acredito, que a Julia esteja viva e seu suicídio tenha sido apenas um boato [tanto é que não me foquei nisso ao longo do texto]. Também deixo claro que vou atualizando a postagem assim que novas notícias forem divulgadas. Vocês devem ter percebido que tudo foi escrito e coletado em pouquíssimo tempo, assim, possíveis falhas (espero eu) devem ser perdoadas. Eu não tratei diretamente, mas, com toda a explanação acerca do acontecimento, espero que tenha ficado claro o porquê de o cyberbulli ser muitíssimo perigoso.
Sobre a suposta morta de Julia: agora, na tarde do dia 26, eu também não acredito que ela tenha morrido [ainda bem!]. Mas, o boato era forte pela madrugada e eu não poderia desconsiderar a suposição.
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p.s: vamos deixar BEM claro que essa matéria não reflete, diretamente, a discussão de politicamente correto e politicamente incorreto. Não sou defensor do “politicamente correto”. O foco aqui é outro – que já foi bem tratado ao longo da materia.
p.s[2]: a grafia do nome Julia, no seu facebook, não possui acento, por isso, optei por seguir o perfil da mesma. 
http://http://literatortura.com/2013/03/26/julia-gabriele-e-o-porque-de-o-cyber/

Violência nas escolas é uma questão de orientação

Por Alexandra Lima 
Fonte: Gazeta do Povo


É cada vez mais comum nos depararmos com notícias de violência envolvendo adolescentes nas saídas das aulas, em frente das escolas. Um fato que tem me deixado bastante preocupada é que, além de essas brigas acontecerem, na maioria dos casos envolvem meninas e as discussões geralmente são por causa de relacionamentos afetivos. O mais espantoso é saber que, muitas vezes, os pais incentivam esse comportamento; e, ainda, que existam casos nos quais as mães se envolvem diretamente na confusão, agredindo o outro estudante.
Como exemplo, um episódio recente que tomou bastante repercussão na internet e acabou chamando a atenção da mídia. A violência aconteceu em frente de uma escola, na Região Metropolitana de Curitiba, e a agressão teria ocorrido por causa de uma discussão sobre namorados. A violência foi tão forte que uma das meninas teve de ser levada ao hospital e teve traumatismo craniano. Esse tipo de acontecimento é um absurdo, ainda mais por envolver alunos em frente do colégio em que estudam.
Em uma situação como essa a escola deve, sim, ter responsabilidade e interferir para conscientizar não somente os estudantes, mas também os pais de que incentivar esse tipo de comportamento é totalmente errado. Em todos esses atos de violência que se multiplicam na internet, constatamos que dificilmente existem pessoas dispostas a apartar a agressão.
Quando a família incentiva esse tipo de comportamento e a escola cruza os braços diante do problema, o adolescente fica perdido, achando que aquilo que está acontecendo é natural. Imagino que tipo de cidadão teremos no futuro se ele não é repreendido em um ato como esse e também não é orientado para não fazer isso.
Por esse motivo é muito importante destacar a relação entre pais, alunos e a escola, pois o vínculo entre eles pode ser um dos mediadores nessa situação. Outro ponto que pode ser reforçado no sentido de extravasar sentimentos como raiva e violência é direcionar esse excesso de energia dos adolescentes para outras atividades. Em alguns casos, notamos rapidamente a mudança de comportamento. Por exemplo, no Centro de Educação João Paulo II os jovens fazem aulas de karatê. A partir da prática desse esporte, os alunos ficaram mais disciplinados e aprenderam valores como o respeito ao próximo, o que auxiliou no bom relacionamento entre eles.
Porém, de nada adianta o esforço da escola para evitar esse tipo de problema se não houver o diálogo entre pais e filhos. Os pais precisam mostrar interesse sobre o que o filho realiza na escola, como está o relacionamento dele com outros colegas e aconselhá-lo quando ele estiver passando por alguma dificuldade. Muitos pais nem sabem que o filho está sofrendo alguma perseguição no colégio e só têm ciência do assunto quando acontece a violência. A família deve sempre estar presente na fase escolar do estudante.
Alexandra Lima é coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII).

Violência nas escolas e o descaso das autoridades municipais


“Quantas vezes nos indignamos quando sabemos de casos de agressões a colegas, profissionais como nós. Mas não nos indignamos o suficiente por acharmos que ainda está muito distante…De repente, chega a nós.”. Este é o começo da carta de Leila Soares, diretora da Escola Municipal João Kopke, que levou um soco de um aluno de 15 anos na semana passada.
Entre 2004 e 2007, fomos o primeiro mandato a levantar e discutir esse grave problema, na Câmara Rio, e cobrar ações da prefeitura, na época sob a gestão de César Maia. Fomos procurados por pais preocupados com a crescente violência nas escolas. Segundo relato dos profissionais, eram comuns casos de ex-alunos, considerados delinquentes ou suspeitos, envolvidos em atos de depredação, agressões à funcionários e ameaças à integridade física da comunidade escolar.
Dispostos a trabalhar para inibir a violência e salvaguardar corpo docente e dicente nas escolas, o mandato apresentou projeto de lei propondo a criação do Programa Interdisciplinar de Participação Comunitária para a Prevenção e Combate à Violência nas Escolas da rede municipal – proposta que virou lei em 2007 e nunca foi adotada pela secretaria municipal de Educação.
A lei 4666/07 prevê que o programa será coordenado por um Núcleo Central formado por técnicos das secretarias de Educação, Saúde, Assistência Social, das Culturas e Esporte e Lazer, representantes dos Conselhos Municipais de Educação e de Saúde e membros da Promotoria da Infância e da Juventude e de associações de moradores.
A secretaria municipal de Educação não adotou a lei e ainda alegou, na época, que a violência era problema do governo do estado. Mas atos violentos dentro da escola não são problema da secretaria? A omissão é evidente e atinge diretamente os profissionais de ensino que já tornaram-se reféns do descaso das autoridades municipais.
Fonte: Blog do Vereador Eliomar

Violência escolar ainda sem controle


Após uma chocante briga entre alunos, SDS admite que não há como vigiar escolas o tempo inteiro

Da Redação

Divulgação
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Brutalidade // Imagens que foram postadas na internet mostram adolescente intimidando e agredindo colega por ciúmes de uma aluna
No dia seguinte à divulgação de imagens chocantes de uma briga entre dois estudantes em uma sala de aula da Escola Estadual Luiz Delgado, no Centro do Recife, a Secretaria de Defesa Social (SDS) admitiu que o programa Patrulha Escolar não tem condições de vigiar todas as unidades ao mesmo tempo e atua sobretudo no início e no fim dos turnos, considerados horários críticos. O órgão acrescentou que não vê necessidade de aumentar a vigilância sobre os alunos da escola, localizada na Rua do Hospício. Já a Secretaria de Educação do Estado (SEE) afirmou, por nota, que as unidades da rede utilizam a “política do diálogo” para resgatar a cidadania e a cultura de paz entre os alunos.

O vídeo da briga foi publicado na internet e repercutiu nas redes sociais. A filmagem, feita na última quarta-feira, mostra um adolescente dando socos no colega enquanto ambos são inflamados por outras pessoas. Cadeiras são jogadas ao ar em meio aos murros e pontapés. Uma mulher adulta testemunha a confusão e não faz nada. O conflito só termina quando a professora de outra turma entra na sala e controla a situação.

A briga teria sido provocada por ciúmes com relação a uma garota que estuda na mesma instituição. Os pais dos meninos foram convocados para uma reunião de urgência, e segundo a SEE, prometeram fazer um acompanhamento periódico do rendimento dos filhos, que continuam estudando na mesma sala. Nenhuma das partes registrou boletim de ocorrência.

Na nota oficial, a Secretaria de Educação também informou que promove projetos de sensibilização a respeito e que o combate à violência é discutido periodicamente. Segundo o órgão, uma parceria com a SDS, por meio da Patrulha Escolar, realiza palestras com pais e estudantes, paralelamente ao trabalho de policiais militares que atuam para prevenir e reprimir crimes dentro e no entorno das escolas, entre eles o tráfico de drogas.

A SDS acrescentou que 800 PMs fazem a segurança nas escolas do Grande Recife, mas o efetivo é insuficiente para manter a vigilância permanente sobre todas as unidades (a rede estadual tem mais de 400 escolas na RMR e a rede municipal do Recife possui 214). Segundo a SDS, a jornada do Patrulha Escolar é de seis horas por dia, mas o horário depende da demanda das unidades.
Fonte: InterJornal

Seminário mostra as boas ações nas escolas

Jornal do Almoço

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Rotina de violência que não vira estatística nas escolas do Rio


O Ciep Nação Rubro-Negra, no Leblon, onde alunos atearam fogo a uma sala de aula: os estudantes, de menos de 10 anos, foram transferidos para outras escolas
O Ciep Nação Rubro-Negra, no Leblon, onde alunos atearam fogo a uma sala de aula: os estudantes, de menos de 10 anos, foram transferidos para outras escolas Foto: Pedro Kirilos / Agência O Globo
Carla Rocha, Maria Elisa Alves - O Globo

RIO - Os socos que um aluno deu no rosto da diretora da Escola Municipal João Kopke, em Piedade, no último dia 21, são um exemplo extremo do que vem acontecendo em várias salas de aula da cidade — conflitos frequentes entre estudantes e educadores. Apesar de a Secretaria municipal de Educação só ter registro de 53 casos de agressão a professores nos últimos dez anos, educadores de conselhos tutelares da cidade sabem que o magistério convive com uma violência diária e estimam em 80% a subnotificação de atos infracionais. São casos que não chegam às delegacias, por medo dos envolvidos ou para evitar a burocracia legal. Um dos últimos episódios aconteceu no Leblon, no Ciep Nação Rubro-Negra. E é de arrepiar, tanto pela idade dos envolvidos, todos com menos de 10 anos, quanto pela irresponsabilidade do ato.

Há duas semanas, quatro estudantes do Ciep atearam fogo a uma sala de aula. Não satisfeitos, os meninos, moradores da Rocinha, escreveram no chão, com as cinzas, o nome da professora. Sem saber que se tratava de uma ação de alunos, ela temeu que fosse uma ameaça. O caso foi discutido em sigilo na 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Uma das pessoas que participaram do encontro conta que, quando se procura saber mais sobre os alunos envolvidos nesse tipo de caso, descobrem-se histórias de vida marcadas pelo abandono e pela miséria.

— Uma criança viveu com o pai no Nordeste até os 6 anos e estava há apenas três meses com a mãe no Rio, uma verdadeira desconhecida para ela. Outra era filha de um bandido, que já tinha matado pessoas. Uma outra era criada pela avó porque a mãe é totalmente negligente. Quando você pega um pouco da história de cada um dos alunos, descobre que eles apenas reproduzem a violência do seu dia a dia — diz um educador.


Alunos provocaram incêndio
A Secretaria municipal de Educação informou que, de acordo com a 2ª CRE, foi aberta uma sindicância para apurar um princípio de incêndio, provocado intencionalmente por alunos, no dia 14 deste mês. Após reunião entre a coordenação, a direção da unidade e os responsáveis pelos estudantes, o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar, que decidiu pela transferência dos alunos, cada um para uma escola diferente.

A conselheira tutelar Andreza Alves, há mais de cinco anos atuando na região do Centro, percebe um aumento dos casos de agressão, que ela atribui à negligência familiar e à falta de profissionais nas unidades educacionais.

— A impunidade é um fator importante. Se um aluno joga uma lata de lixo, agride um professor ou furta um celular e nada acontece, há um estímulo para que a situação se repita. Os casos têm aumentado muito e, ao mesmo tempo, há muita subnotificação. Além do medo, muitas vezes o aluno é filho de um traficante local, a escola não quer enfrentar a rotina de depoimentos, exames de corpo de delito, audiências judiciais — conta a conselheira, que teve uma de suas visitas a colégios recebidas com uma explosão de bomba dentro de uma lixeira, que por sorte não feriu ninguém.

Para Edmílson Ventura, conselheiro tutelar da Zona Sul, o comportamento inadequado de muitos estudantes não ocorre só em escolas próximas a comunidades, embora nessas áreas o problema seja mais acentuado:

— São alunos vítimas de um quadro social muito grave. O comportamento deles nunca vai ser como a traquinagem de uma criança normal, vai ser sempre uma coisa que descamba para algo próximo de uma tragédia, se não for uma tragédia.

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), os casos dentro do ambiente escolar são responsáveis por cerca de 10% do total de ocorrências da unidade, que fechou o ano passado com cerca de 1.300 atendimentos. Ela observa, porém, que há uma predominância de casos de lesões corporais por conflitos entre alunos. Sobre uma possível subnotificação, a delegada acredita que, em alguns casos, é válido tentar resolver o problema dentro da escola.

— Conflitos menos graves podem ser resolvidos dentro da escola e não precisam virar casos de polícia. Mas os atos infracionais têm previsão legal no Estatuto da Criança e do Adolescente. O que procuramos fazer aqui é encaminhar para a Justiça, mas também buscar parceria com os conselhos tutelares e o Ministério Público para uma ação junto às famílias — disse a delegada.

O caso do professor de matemática das redes municipal e estadual Rámon Ricardo Ribeiro virou estatística da polícia, após ele ser agredido, em outubro passado, dentro do Ciep Raul Seixas, em Costa Barros. A confusão começou a ser delineada quando, cansado da indisciplina de um aluno de 17 anos, que não parava de conversar, Rámon mandou que o estudante deixasse a sala. Ele continuou explicando a matéria à turma de ensino médio do horário noturno, mas, pouco depois, foi surpreendido pelo retorno do jovem, que invadiu a sala com a mãe, um irmão e um amigo, todos moradores do Morro do Chapadão, vizinho à escola. A mulher foi a primeira a agir: aos berros, deu um tapa no rosto do professor, que revidou.

O que se seguiu foram cenas explícitas de pugilato: o aluno e sua família, ajudados pelo amigo, jogaram Rámon no chão e o atacaram com socos e pontapés. A turma, que assistia a tudo atônita, teve que intervir e salvar o mestre da agressão. O professor registrou queixa na polícia e agora processa o Estado por danos morais.

— Se todos os professores que são agredidos, tanto física quanto verbalmente, dessem queixa na delegacia, o comportamento dos alunos mudaria na hora. Mas, infelizmente, a cada dez agredidos, apenas um faz registro — diz Rámon, que conta já ter apartado muitas brigas, de diferentes tipos. — Tem de aluno com aluno, aluna com aluna, agressão a professor. Quando a gente chama a família, nem sempre resolve. Muitas mães dizem que a criança tem que ir para a escola, causando ou não conflitos, para que elas não percam benefícios como o Bolsa Família — acrescenta, relatando uma rotina exaustiva, que inclui crianças de 11 e 12 anos que xingam os mestres sem economizar nos palavrões.


Professora foi ameaçada por aluno
Rámon é um dos poucos professores que rompem o silêncio que marca, muitas vezes, as relações entre docentes e a secretaria quando o assunto é violência. Professora de inglês, R., que não quer se identificar temendo problemas, diz que pediu transferência de uma escola, na área da Leopoldina, após sucessivos conflitos com um grupo de alunos:

— No ano passado, mandei que um aluno, que sempre ficava com fone no ouvido escutando música na minha aula, saísse de sala. Ele me mandou tomar em tudo que é lugar. Pouco tempo depois, entrou com amigos na turma e colocou contra a parede vários alunos da 6ª série. Eu vi que eles iam apanhar, fiquei desesperada. Liguei do meu celular para o porteiro da escola, que subiu correndo para ajudar. Como ele é da mesma comunidade dos alunos, é respeitado. Agora, esse mesmo aluno me ameaçou de novo, disse que eu não sabia quem era o pai dele, que ia ver o que me aconteceria do lado de fora da escola. Não tive mais condições de ficar.

A professora teve que apelar para o porteiro da escola porque a unidade em que ela trabalhava só tem dois inspetores, que precisam se dividir por três andares e centenas de alunos.

— O horário deles também não é igual ao do turno escolar. Há momentos em que só há um inspetor para a escola toda. Os alunos saem de sala na hora em que bem entendem, matam aula no pátio sem ser incomodados, fazem baderna no corredor. Não há quem os repreenda — diz R., acrescentando que as agressões são frequentes. — Se os professores que são ameaçados, que ouvem que devem tomar cuidado do lado de fora da escola, forem reclamar toda vez, não fariam outra coisa na vida.

A falta de inspetores em número adequado é um dos problemas apontados por Wiria Alcântara, diretora do Sindicato Estadual de Profissionais do Ensino. Para ela, a falta do profissional favorece a ocorrência de conflitos como o da Escola João Kopke, onde a diretora Leila Soares foi agredida.

— Sem o inspetor, muitas vezes cabe ao diretor da escola impor limites. Ele tem que, além de lidar com as questões administrativas, cuidar de conflitos que caberiam a um psicólogo — critica.

A Secretaria municipal de Educação informou que, das 1.005 escolas da rede, 942 já contam com agentes educadores, como são chamados os inspetores. Cada um deles, nas unidades de 6º ao 9º ano, é responsável por 12 turmas. Na João Kopke, onde estudam 613 alunos, há apenas dois funcionários nessa função.

Para mediar tantos confrontos, a secretaria criou há três anos o Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares, que costuma atuar em escolas onde os ânimos estão acirrados.

— Procuramos incentivar a convivência, as noções de respeito, mostrar a importância do diálogo — diz Mércia Cabral de Oliveira, coordenadora do núcleo, que garante que a situação está sob controle. — Esse caso de Piedade é uma situação extrema, as escolas não estão nessa situação.
Mércia explica que, em muitos casos, a equipe, que conta com psicólogos, presta atendimento ao estudante e à família.

Já na Secretaria estadual de Educação, que não tem um levantamento de casos de agressão, um núcleo parecido foi formado após a tragédia na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, onde um ex-aluno entrou em abril de 2011 e matou 12 crianças.

— Fizemos cartilhas voltadas para os professores para que eles saibam o que é crime, o que deve ser encaminhado ao Conselho Tutelar. Também mediamos conflitos dentro das escolas — informa Heloísa Werneck, assessora técnica de Saúde e Bem-Estar da secretaria estadual.
Segundo Heloísa, um concurso público foi realizado para contratar psicólogos e assistentes sociais para trabalhar no grupo. Coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais também estão sendo chamados.

— Esses profissionais poderão identificar mais facilmente os alunos que precisam de ajuda e encaminhá-los para tratamento psicológico.

Fonte: Jornal Extra

sábado, 30 de março de 2013

Pesquisa aponta violência escolar


Rondas da Polícia Militar ampliam segurança nas escolas / Foto Arquivo

Segundo a última pesquisa do Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), feita em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os conflitos entre alunos, uso de drogas e álcool, falta de funcionários e a pobreza generalizada são apontados por professores e delegados da entidade como as principais causas da violência nas escolas. As estatísticas, divulgadas no final do ano passado, só confirmam o que as cidades presenciam no cotidiano, especialmente nas unidades que compõem a Rede Estadual de Ensino.
Em Mogi das Cruzes, por exemplo, em 2012 uma supervisora de alunos da Escola Estadual Doutor Deodato Wertheimer, ao tomar conhecimento de que uma adolescente que estuda na unidade, de 15 anos, estaria se comportando mal em sala de aula e que teria, inclusive, deixado o local, foi até a estudante para repreendê-la. A funcionária contou à polícia que a menina desferiu socos contra o peito dela e que, por isso, perdeu o equilíbrio e caiu.
Também no ano passado, a vice-diretora da Escola Estadual Dora Peretti de Oliveira, no Distrito de César de Souza, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. A funcionária teria sido agredida pelo pai de um aluno.
A pesquisa da Apeoesp aponta que 87% dos mais de 700 entrevistados disseram já ter tomado ciência de algum tipo de violência em escola e os casos mais comuns são agressão verbal (96%), atos de vandalismo (88,5%), agressão física (82%) e furtos (76,4%). (Sabrina Pacca)
Fonte: O Diário

Violência escola: estudantes brigam dentro de sala de aula

Os alunos teriam começado a briga por causa de uma namorada. A briga foi registrada por um outro aluno. As imagens mostram um dos meninos espancando o colega. Veja!

ASSISTA AO VÍDEO - CLIQUE AQUI

Venezuela enfrenta altas taxas de violência escolar



Dos 289 centros educacionais pesquisados pela Federação Venezuelana de Professores (FVM), 85% relataram incidentes com agressões.

Por Milagros Rodríguez para Infosurhoy.com


       Um estudo financiado pelo Unicef mostra que, para os estudantes, os locais mais perigosos das escolas venezuelanas são as saídas, seguidas dos sanitários. A pesquisa foi apresentada no fórum Violência Escolar (acima), realizado em 28 de fevereiro em Caracas. (Cortesia de Ángel Echeverria)
Um estudo financiado pelo Unicef mostra que, para os estudantes, os locais mais perigosos das escolas venezuelanas são as saídas, seguidas dos sanitários. A pesquisa foi apresentada no fórum Violência Escolar (acima), realizado em 28 de fevereiro em Caracas. (Cortesia de Ángel Echeverria)
CARACAS, Venezuela – A violência responde “presente” nas escolas venezuelanas.
Dos 289 centros educacionais pesquisados pela Federação Venezuelana de Professores (FVM), 85% relataram a ocorrência de agressões em suas instalações. Seis a cada dez escolas disseram que incidentes do tipo acontecem pelo menos uma vez na semana.
Em 8 de janeiro, a aluna Michelle Buraglia, 15 anos, morreu depois de levar um tiro de outro estudante no Liceu Andrés Bello, um dos maiores de Caracas.
Depois do crime, foram realizadas palestras para os estudantes sobre questões como convivência pacífica, respeito e valores para desenvolver uma cultura de paz. O governo também planeja instalar detectores de metais na entrada dos estabelecimentos de ensino.
A morte motivou o debate público sobre o direito de portar facas e armas de fogo em instituições públicas e privadas na Venezuela.
Um estudo financiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que, para os estudantes, os locais mais perigosos das escolas venezuelanas são as saídas, seguidas dos banheiros.
No fórum sobre Violência Escolar, realizado em 28 de fevereiro em Caracas, a ministra da Educação, Maryann Hanson, disse que a pesquisa foi focada em determinar as percepções dos estudantes na faixa dos 12 aos 18 anos, além das reações e castigos que sofrem em casa.
Segundo o estudo, 73% dos adolescentes disseram que os pais não os punem por terem uma arma, enquanto 69% afirmaram que nada acontece quando saem de casa sem permissão.
Gabriela Sotillo, psicóloga de crianças e adolescentes, diz que o nível de belicosidade é tão alto entre a população que qualquer tipo de conflito pode resultar em briga.
“Começa com gritos e insultos, logo acontecem as agressões físicas com armas brancas e até armas de fogo”, diz Gabriela. “Eles buscam resolver o conflito a todo custo, sem nenhum tipo de mediação e sem deixar espaço ao diálogo ou outras alternativas.”
A professora primária Beatriz Marcano alerta que a violência escolar está crescendo assustadoramente.
“Tomamos precauções como proibir a entrada de bolsas que não sejam transparentes. Revistamos continuamente as salas e as áreas comuns. Praticamente nos tornamos a sombra dos estudantes, mas, quando menos se espera, acontece”, explica Beatriz, que prefere não divulgar o nome da escola onde trabalha.
Na instituição de ensino, localizada em Catia, área de baixa renda na zona oeste de Caracas, facas são tomadas de alunos quase todos os dias.
“Eles costumam trazer facas, lâminas, cortadores de unhas e navalhas. Quando perguntamos por que trazem essas coisas à escola, a resposta é simples: ‘Para me defender, caso me aconteça algo na rua ou na escola’”, conta Beatriz.
A professora afirma que a agressividade é também visível nas brincadeiras durante o recreio, quando as crianças se agridem mutuamente sem pensar nas consequências.
“Os xingamentos e as brincadeiras servem de desculpa para que os estudantes agridam uns aos outros”, diz Beatriz. “Começam brincando, mas de repente sobem os tons das ofensas e, apesar de tentarmos reprimi-los, esse comportamento costuma durar semanas.”
Lei do mais forte
Sempre que começa a estudar em uma nova escola, Gabriel, 13 anos, parte para a briga com o primeiro que tentar maltratá-lo.
“Não é que eu goste de brigar. Ao contrário, me dá medo”, afirma o estudante do ensino médio de Caracas, que prefere não revelar seu sobrenome. “Mas é a única forma de parar com as chacotas.”
As agressões físicas de estudantes contra professores, normalmente por terem tirado notas baixas, e os confrontos entre alunos de escolas rivais são outras formas de manifestação da violência escolar na Venezuela.
De 2010 a 2011, 153 roubos e nove tiroteios foram registrados em escolas públicas e privadas do país, segundo o relatório anual do Centro Comunitario de Aprendizaje (Cecodap), ONG que trabalha na proteção dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Pelo menos duas denúncias de atos de violência de vários tipos são feitas todos os dias.
“Começa com algo leve, como uma brincadeira que pode se transformar em uma escalada de violência se não for contornada a tempo”, diz Francisco Pereira, coordenador-geral do Cecodap.
Pereira observa que a principal preocupação é a falta de reação dos pais à violência.
Apenas 30% dos pais ou representantes participam das atividades acadêmicas dos filhos, que incluem a revisão dos boletins e o comparecimento a reuniões ocasionais, de acordo com o Ministério da Educação.
“Os pais e guardiões devem ser mais participativos em relação aos processos educativos de seus filhos”, diz Maryann.
O governo, em coordenação com o Escritório Nacional Antidrogas, organiza reuniões, oficinas e palestras com os estudantes para ensinar o respeito aos direitos humanos e a cultura da paz, enquanto busca prevenir o consumo de drogas entre os alunos.
“É uma questão de formação permanente, de todos os dias, e deve ser tratada em conjunto com família, professores e autoridades”, afirmou Maryann no fórum.

Alunos jogam lixeira em professora na Grande SP


Agressão aconteceu em Franco da Rocha.

Dirigente regional de ensino diz que estudantes serão punidos.


Do G1 São Paulo

ASSISTA AO VÍDEO - CLIQUE AQUI

Uma professora foi agredida por alunos de uma escola estadual de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Na segunda-feira (25), estudantes apagaram a luz da sala de aula e jogaram uma lixeira que acertou o olho da professora de sociologia e filosofia Maria de Fátima.
A agressão aconteceu na Escola Estadual Zilton Bicudo. "Quando eu estava saindo, próximo da porta já, as luzes apagaram e a lixeira veio na minha direção", disse a professora. "Na hora eu senti muita dor, não consegui enxergar nada, deu um desespero."

A Secretaria de Estado da Educação não permitiu a entrada da reportagem da TV Globo na escola. O quadro de luz que foi quebrado e desligado fica no fim de um dos corredores internos. Essa não foi a primeira vez que os alunos provocaram um apagão.
Segundo o dirigente regional de ensino Celso Nicoleti, haverá punição aos envolvidos. “É inadmissível que ocorra um fato como esse dentro de uma unidade escolar. Todos os procedimentos relacionados à apuração dos fatos ocorrerão”.
A Delegacia de Ensino abriu um procedimento disciplinar. Além disso, segundo Nicoleti, o colégio está convocando o conselho de escola, formado por professores, alunos, pais e funcionários para que tome providências. “Pode ocorrer uma suspensão ao aluno ou até mesmo uma transferência compulsória”.
Para Nicoleti, é importante a participação da família junto à unidade escolar para que o caso não se repita. “A família tem o papel de acompanhar o desempenho dos alunos”.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Dona 'Páscoa' brinca com lembrança de bullying: 'Cheguei a matar aula'


Dona de casa foi batizada com o nome 'Páscoa' por causa da avó.

Apesar das brincadeiras, Dona Páscoa diz que tem orgulho do nome.


Ivair Vieira Jrdo G1 Santos


O nome dela é Páscoa, com muita honra. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)O nome dela é Páscoa, com muita honra. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
O nome dela é Páscoa, Antônia Páscoa Alves Aun. Hoje, a dona de casa, moradora deSantos, no litoral de São Paulo, se sente honrada por ter esse nome, mas nem sempre foi assim. Na adolescência, ela chegou a faltar às aulas da escola, nos dias próximos ao feriado, para não ter que aguentar as brincadeiras dos colegas de classe.
Antonia Páscoa tem 51 anos e foi batizada assim em homenagem a avó por parte de pai. "Ela quis que os filhos dessem o nome dela para as netas, indiferente se fosse o primeiro ou o segundo, mas que tivesse Páscoa", explica.
A dona de casa conta que as pessoas reagem de maneiras diferentes quando ela fala o nome. "Algumas brincam, outras até se assustam, mas todas ficam surpresas quando digo que me chamo Páscoa. Às vezes falo que meu primeiro nome é Antonia, só para amenizar", relata.
As brincadeiras com o nome são constantes e acontecem desde a juventude. "O que eu mais escuto quando a pessoa descobre é se ela vai ganhar de mim um ovo de Páscoa, principalmente na época do feriado. No começo, quando eu era mais nova, não gostava, depois me acostumei. Na época do colégio até fugia nos dias próximos da Páscoa. Eu não ia nas aulas para não ser perturbada pelos colegas de classe", conta Antonia.
Samira e Antonia Páscoa escutam brincadeiras sobre o nome. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)Samira e Páscoa escutam brincadeiras sobre o
nome. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Os quatro filhos de Páscoa também escutam piadas sobre o nome da mãe. A estudante Samira Alves Aun, filha mais velha, lembra um desses episódios. "Uma vez eu contei para uma amiga que o nome da minha mãe é Páscoa. Ela ficou surpresa e perguntou se o do meu pai é Natal. Eu comecei a levar na brincadeira e falei que sim, que todos os meus irmãos têm nomes de datas festivas, que um é Carnaval, menos eu, porque foi meu pai que escolheu", brinca Samira.
Por ser católica, hoje Antônia Páscoa acha um privilégio ter esses dois nomes. "Antônia é em homenagem a Santo Antônio, e o segundo lembra a ressurreição de Jesus. Por ser cristã, me sinto honrada, pela fé que eu tenho a data é mais importante que o Natal', explica a dona de casa.
Atualmente, a data só não é mais festiva porque Antônia Páscoa ficou viúva, perdeu o marido há cinco anos. "Nós nos reuníamos em São Paulo, onde estava a família dele. Ele gostava muito dessa data. Agora, nessa época, isso não acontece mais. Ficam as boas lembranças", conclui.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Violência nas escolas


O jogo é um canal comum para a expressão e descarregue ambos os sentimentos positivos e negativos. Permite que um equilíbrio emocional. Por isso, é comum que se pode observar, a travs desses jogos, a violência que as crianças têm experimentado ou visto no seio de sua família, a televisão, etc.


Esta é uma das razões que a escola muitas vezes é o lugar onde parece que a agressão.
Embora seja verdade que a criança pequena, sem intenção companheiro sb daa, a partir desse momento, o tratamento da fonte de agresin para que seja invertida.
Violência dentro de uma escola é complexo, uma vez que corresponde a uma grande variedade de causas, por vezes difciles identificar, mas nem sempre, o melhor é efectuar um plano, tal como uma solução para este prevencin problemtica. As ações a seguir podem ajudar a alcançar essa convivência harmoniosa entre escopo todos os membros da comunidade educativa.
Embora seja verdade que a criança pequena, sem intenção companheiro sb daa, a partir desse momento, o tratamento da fonte de agresin para que seja invertida.
O primeiro ato de violência (e não o segundo ou o terceiro) indica uma imediata reunin comunidade escolar inteira para discutir, construir um consenso e propor estratégias e soluções.

Estratégias de prevenção da violência nas escolas

A principal coisa sobre este assunto, como mencionado acima, é a prevenção, e para isso temos de tomar medidas a partir do jardim quartos pequeas infantil ms e construir um consenso entre os vários níveis, incluindo o secundário. Por exemplo:
  • Agir junto
  • Respeitar o direito de todos
  • Violência dentro de uma escola é complexo, uma vez que corresponde a uma grande variedade de causas, por vezes difciles individualizada.
  • Permitindo diferentes espaços de expressão
  • Promover baixo ningn discriminacin não a razão (cor da pele, olhos, religião, etc.)
  • Atuando com carinho
Além disso, o professor deve ser um exemplo para todas as crianças, conter e ser exemplos gerador e transmissor de ideais e valores
No recreio, o olhar de cada professor deve ser sentida por todas as crianças e, além disso, permitem intervir imediatamente antes do início de uma ação agressiva de um companheiro para o outro.
Poderíamos, então, dizer que para prevenir a violência dentro da escola devem trabalhar juntos e criar juntos, adultos e crianças, um ambiente saudável no qual prevalece o respeito, a liberdade, a capacidade de se expressar sem medo e afeto.