segunda-feira, 30 de março de 2015

BULLYING em Blumenau e região - maio


Famosos aderem à campanha para homenagear gordinho vítima de bullying

Fonte: R7

Sean ficou conhecido depois de ter uma foto divulgada em uma rede social, na qual ele aparecia dançando, com uma mensagem que o ridicularizava por estar acima do peso. O comentário de mau gosto se espalhou pela internet e causou indignação em muita gente. Comovida com a situação, uma blogueira norte-americana resolveu organizar uma festa para que Sena pudesse dançar à vontade. Além de comentários solidários, muita gente resolveu doar dinheiro para o evento. Até agora, foram arrecadados mais de R$ 130 mil; o valor será usado para pagar as despesas da festa e a viagem do dançarino até os Estados Unidos; o restante será doado para uma campanha contra o bullying pela internet.

O melhor e mais eficaz projeto antibullying do país

Fonte: R7

O bullying é considerado como o mal do século para uns e para outros, uma coisa banal. Mas, podemos constatar que as matérias que saem diariamente nos jornais, nos blogs, nos programas de televisão, nos noticiários mostram que, a cada dia que passa, a violência tem aumentado. E violência com perseguição tem um nome e este nome chama-se bullying.

Depois de sofrer violência física, psicológica e verbal na infância e adolescência na própria família; e ter se rebelado com a perseguição sofrida, na adolescência tornando-se agressor; chegando a fase adulta, só começou a mudar com o nascimento da sua primeira filha. Depois, veio seu primeiro filho, que o fez mais ainda refletir, até que há 18 anos teve um encontro com Jesus Cristo, mudando de vez a sua história de vida.

"É um livro autobiográfico, escrito em pequenas histórias, como se fossem capítulos, logicamente das que vieram a minha lembrança, sobre a infância e adolescência sofrida que passei. Foi difícil demais eu me revelar para a sociedade, mas se fez necessário para que pais não cometam os mesmos erros que o meu pai cometeu comigo." relata Mar'Junior autor do livro e criador do projeto EU digo não ao BULLYING.

Mar'Junior criou com seus filhos, os atores Patrick Moraes e Priscilla Moraes, a Cia Atores de Mar' em 2002. No ano seguinte, tomou conhecimento da expressão bullying. Estudou a fundo e descobriu que tinha sofrido e praticado. Era necessário então fazer algo para alertar pais e, principalmente, alunos e professores. Foi quando criou e iniciou-se em 2004 o espetáculo BULLYING que é dividido em quatro cenas que abordam o dia a dia dos alunos em sala de aula, mostrando o problema e dando uma das possíveis soluções.

A partir daí, o projeto cresceu e foi criada a semana do "EU digo não ao BULLYING" dentro das escolas de ensinos fundamentais e médios. Os alunos e professores passam uma semana assistindo filmes, debatendo nas salas de aulas, pesquisando, montando murais e finalizando com uma redação sobre o tema. No fechamento, a Cia Atores de Mar' aparece na escola e faz a apresentação de BULLYING que alguns chamam de musical, já que os atores cantam e dançam cinco músicas voltadas ao tema. Depois, Mar'Junior faz um debate com os alunos. "O debate que Mar' faz é importante, porque os alunos podem entender os seus problemas, já que ele revela acontecimentos de sua vida e faz ligações com os dias atuais. Chega a ser comovente e muitas das vezes encontramos pessoas chorando, pois têm histórias parecidas com a dele." revela o ator e diretor Patrick Moraes.

Inclusive o CD com essas músicas foi lançado em 2012. Tanto o livro quando o CD, podem ser comprados na loja virtual que a Cia Atores de Mar' tem em sua página no Facebook.

A Cia Atores de Mar' mantém um blog, atualizado diariamente, sobre o tema. Hoje, a sua visualização mensal gira em torno de 6 mil, já tendo piques de 18 mil. Lá no blog, além de ter matérias sobre o tema do Brasil e exterior, o que é uma grande fonte de pesquisa, também tem o trabalho que a Cia faz viajando o país com vídeos com depoimentos dos educadores, matérias na imprensa, vídeos de trechos do espetáculo, os clipes das músicas, quase todas as leis existentes no Brasil sobre bullying e a campanha nacional que é feita nas redes sociais, sempre em outubro, com artistas e publico em geral.

São mais de 300 mil espectadores que já presenciaram a peça BULLYING escrita e dirigida pelo Mar'Junior e tem as coreografias assinadas pela Priscilla Moraes. No elenco, estão Patrick Moraes, que faz o espetáculo desde 2004, além de Junior Beéfierri, que entrou no espetáculo em 2009, também a Vick Damascena que está há dois anos nele e a estreante Carolina de Oliveira.

Assista ao depoimento dos educadores e algumas cenas no Colégio São Paulo de Teresópolis https://youtu.be/2WfOeJKViYE

Cia Atores de Mar' está em todas as redes sociais como Youtube Twitter Linkedin Instagram Facebook 

domingo, 29 de março de 2015

Na série ‘As Canalhas’, bullying na infância provoca ira e sede de vingança

Fonte: O Dia por FLAVIA MUNIZ

Trama traz personal vingativa arma para aluna não emagrecer


Rio - Magra versus gorda. O ringue está armado e a disputa vai ser peso-pesado. Thaila Ayala (Danielle) irá desfrutar de uma doce vingança contra Fabiana Karla (Carolina), no episódio de terça-feira da série ‘As Canalhas’, do GNT. Tudo começa no período escolar, quando Danielle era a gordinha e sofria bullying de Carolina. O tempo passa, Dani perde peso e vira personal de Carol, agora gorda. Na academia, a professora se deleita com a oportunidade de acabar com qualquer esforço da aluna para emagrecer.

Ícone de beleza, Thaila já sentiu na pele o que sua personagem enfrentou na adolescência, só que seu tormento era por causa da magreza. “Eu era complexada. 

Sempre fui a Olívia Palito, magricela... Na época, não queria nem ir para o colégio. Lembro que vestia três calças, uma por cima da outra, e usava enchimento no sutiã. 

Demorei anos para conseguir usar saia, porque achava minhas pernas horríveis. Queria ser mais forte, gostosa, tipo Sabrina Sato”, revela.

Bem diferente de Fabiana, que não enfrentou preconceito pelos quilos extras: “Nunca sofri bullying. Fui criada em um lar em que meu pai dizia 24 horas por dia que eu era linda. Você cresce com a autoestima bem trabalhada. Se alguém tentou fazer bullying comigo, foi frustrada a tentativa, porque eu nem cheguei a perceber.”

As duas, com objetivos opostos, já lutaram contra a balança. “Fiz regime de engorda mesmo. Comia sem parar e nada. Hoje, sou feliz com meu peso”, diz Thaila.

Já Fabiana entrega: “Fui fixa nessa coisa de balança. Nunca neurótica. A gente quer sair dos três dígitos, amor. Quando eu traço uma meta, vou ser fiel. Mas a gente vai amadurecendo, sabendo lidar melhor com as nossas formas. Eu conheço pessoas que se privam de tanta coisa... Sou nordestina, conversamos ao redor da mesa, e não dá para ser com bolo sem glúten, sem lactose, né? É puxado. Não estou condenando, porque eu passei uma época cortando coisinhas. Mas tem que ter moderação. Estou mais ou menos satisfeita com o meu corpo. Senti que estou com retenção de líquido bem forte, dei uma inchadinha, um probleminha na tireoide. Estou me preocupando com a saúde.”

Que há muita mulher canalha por aí, a pernambucana concorda: “Pra mim, canalhice maior é roubar o namorado da outra, fazer uma fofoca maldosa. Sinceramente, estou tão longe dessa realidade...”

Thaila é outra que não paga na mesma moeda. “Deus me livre, de jeito nenhum”, garante ela, que costuma perdoar, dependendo da punhalada: “Não fui sempre assim, mas agora sofro tudo intensamente, quebro copo, explodo, depois passa, e vida que segue...”

Vaidade para a atriz e humorista só é prioridade fora de cena. “Já fiz coisas no ‘Zorra Total’ em que fiquei horrorosa. Na vida real, quero estar bonita. Mas tento não me expor ao ridículo. Não tem necessidade de mostrar uma banha. Por quê? Porque pode constranger uma menina de 13 anos, que está se formando e não é segura de si. Me preocupo como artista e como mãe. Às vezes, ficar descoberta demais não é pudor do corpo, é pudor de mulher.”

Que beleza abre portas ninguém duvida, mas, para a modelo e atriz, já foi uma barreira, sim. “Já perdi trabalho. Ouvi de um diretor que eu era muito bonita para a personagem, não que não era competente. Não podia dividir atenção com a protagonista. Não tenho o menor problema em desconstruir minha imagem. Acharia incrível. Seria capaz até de raspar o cabelo”, decreta Thaila.

Conversa sobe bullying nas Fazendas de Almeirim

Fonte: Rede Regional

"Vamos conversar sobre... bullying" é o tema da tertúlia que se vai realizar no centro cultural das Fazendas de Almeirim no próximo dia 10 de abril, a partir das 20h30.
O que é o bullying, a que sinais estar atento, como identificar as vítimas ou qual é o papel das escolas serão alguns dos temas em debate durante esta iniciativa.

Polícia conclui que filho adotivo de casal gay morreu de causas naturais

Diário do SuldesteFolhaPress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As investigações policiais e um laudo do IML apontam que Peterson Ricardo Teixeira de Oliveira, 14, que morreu em 9 de março, quatro dias após dar entrada com parada cardiorrespiratória no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, na Grande SP, morreu de causas naturais. 
Havia sido levantada a possibilidade do adolescente ter sido espancado por ser filho adotivo de pais homossexuais, além de supostamente ser alvo de bullying por esse mesmo motivo. 

Segundo laudo do IML, entretanto, Peterson não apresentava lesões externas nem internas, o que descarta a tese de espancamento. 

Foi ainda constatado que o adolescente tinha cardiomiopatia hipertrófica - doença no miocárdio que deixa o coração muito grande para o corpo. 

A enfermidade fez com que Peterson tivesse uma arritmia cardíaca, seguida de um tromboembolismo pulmonar (obstrução da artéria pulmonar) que acarretou numa parada cardiorrespiratória. 

Quem tem essa doença está sujeito a sofrer mal súbito sem motivo aparente. O jogador Serginho, que morreu em 2004 durante partida de futebol, por exemplo, tinha cardiomiopatia hipertrófica. 

BRIGA 
Cerca de 3h30 antes de passar mal, Peterson se envolveu numa briga com um colega na escola. 

O delegado responsável pelas investigações, Eduardo Boigues Queroz, descarta relação entre o fato e a morte. 

"[Não há] absolutamente nada. A polícia não encontrou elementos que relacionem a briga e o mal súbito, que ocorreu 3h30 depois. Devido às ausências de lesão tanto externa como internamente, conclui-se que a briga foi leve e rapidamente separada", disse. 

No meio tempo entre o desentendimento e o mal súbito, o adolescente teve um dia normal. Imagens das câmeras de segurança da escola mostram o garoto lanchando e conversando com colegas, também segundo o delegado. 

BULLYING 
À época da morte, levantou-se também a possibilidade de Peterson ser alvo constante bullying por ter pais homossexuais. 

Segundo a polícia, isso também foi descartado durante as investigações. Depoimentos de colegas e dos próprios pais do garoto confirmam que ele nunca havia se queixado de bullying. 

Com as conclusões, as investigações estão encerradas.

sexta-feira, 27 de março de 2015

BULLYING - Depoimentos Colégio São Paulo de Teresópolis/RJ


Quando um All-Star fedorento me salvou do bullying

Cauê Madeira Headshot


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Arroubos juvenis somados à capacidade ócio-criativa de um garoto criado em prédio me levaram a um inusitado projeto no início da adolescência: calçar somente All-Star para o resto da vida. Por puro lifestyle. Não deu certo, já adianto.
Mas eu acreditava, e de fato estava convencido, de que algo tão confortável (?) e estiloso deveria realmente me acompanhar para sempre, como uma assinatura pessoal, assim como a gola rolê preta, calça jeans e o New Balance 993 branco de Steve Jobs. 

Possivelmente caracterizado como um dos primeiros indicativos do que poderia ser chamado de estilo próprio - uma prova para mim mesmo, naquela busca obsessiva pela auto-afirmação de todo adolescente -, eu queria encontrar uma maneira de externar minha personalidade. Mas antes disso, queria também participar de um grupo. Não queríamos todos?
Ostentar tal símbolo da contracultura (?) tinha um significado intrínseco para mim. Era como se eu participasse de uma tribo, em uma época que fazia sentido falar em tribos. Cada passo em um Converse era um passo em direção à liberdade. Se você era punk, usava. Os grunges usavam. Se fosse indie, usava também. Metaleiro pobre acabava usando porque coturno era caro demais. Cano baixo, cano longo, de couro, de lona, tanto faz, desde que fosse Converse. Meu All-Star preferido era o modelo clássico Chuck Taylor cano longo, preto.
Via os outros garotos andando com toscos tênis cinzas Reebok sem personalidade e ria por dentro. Definitivamente eu era melhor que todos eles. Nós, da turma do All-Star, éramos melhores. Eu tinha estilo. Nós tínhamos estilo.
O tênis podre no pé foi minha primeira amostra de desobediência civil leite com pêra, e talvez uma amostra de até onde a rebeldia de condomínio poderia me levar. De fato, analisando em retrospecto, esse foi um período em que apanhei menos na escola.
Eu tinha vários modelos e me orgulhava dos mais ferrados. "Esse aqui eu tenho faz três anos" e levantava como um troféu aquele resquício de lona preta fedorenta e borracha mastigada pelo asfalto com remendo de silvertape - para desgosto de vovó, que perdeu seu obediente neto para o descuido material travestido de deliquência juvenil. É inegável que seus copos de leite com Nescau nunca mais foram preparados com o mesmo capricho desde então. (podemos tirar, vó, se achar melhor)
Entre os amigos do condomínio existia uma convenção social que favorecia a prática. Quanto mais zoado seu All-Star fosse, mais legalzão você era. Aliás, legalzão mesmo era quando o pessoal assinava a borracha branca do seu tênis. Aí você era o fodão, mesmo. Se as meninas assinassem, então, você era o cara. Claro que nenhuma assinava o meu, o que me levou a tentar falsificar assinaturas. Não deu certo, e por semanas nem mesmo o mais fedorento dos All-Star me salvou do bullying (ninguém conhecia essa palavra na época), das surras e risadas. Mas eu consegui, afinal, o meu lugar ao sol. E deixei de ser o gordo-nerd-fedido que ninguém gostava para me tornar o gordo-nerd-fedido que todos achavam engraçado. Era pouco, mas era o que tinha sobrado.
E por algum motivo eu dava crédito ao meu All-Star por isso.
Hoje entendo que tudo aquilo foi muito simbólico para a construção de uma auto-estima meio prejudicada pelo azar na cadeia alimentar da selva juvenil. Só que essas modas de turma da juventude são tão rápidas quanto amor de verão (que eu não conhecia, claro, pois era virgem a contragosto), e a diferença entre quem se posiciona melhor ou pior nessa cadeia está justamente na capacidade de identificar oportunidades, ou se arriscar. Se você é daqueles que demorou tempo demais para descobrir que precisava aparar o bigodinho ou ninguém avisou que havia chegado (ou passado) a hora de usar desodorante diariamente, possivelmente você era como eu, e tinha que ficar correndo atrás do prejuízo. O segredo dos populares, além de biotipo - ser o fortinho, o bonitinho, o queridinho - era se arriscar. E eu nunca quis me arriscar muito. Só me toquei da moda do All-Star quando todo mundo já estava usando. E quando todo mundo tinha deixado de se importar tanto, eu ainda achava importante paca. Mas tudo bem. Não sei em que momento exato da vida eu desencanei do Converse, só sei que logo o All-Star podre passou a ser substituído. Vieram outros tênis, e o tal troféu caiu esquecido em algum canto.
Hoje eu não uso um Converse nem que me implorem porque continuo gordo e esse troço ferra o calcanhar, o joelho, a coluna.
É que nem Crocs, que considero uma das coisas mais medonhas que você pode colocar no pé, nunca caí naquele papo de que é muito confortável. Para mim, Crocs só agrega chulé.
Hoje em dia sou meio coxinha, uso sapatênis. Mas só para trabalhar. Para passear, prefiro o bom e velho tênis Reebok cinza com meia de algodão. Acho que a lição mais valiosa disso tudo é que aprendi a não me importar. O Reebokão pode ser feio, mas é confortável pra cacete. Minha mulher acha que eu fico com cara de tiozão. Fico mesmo. Virei o moleque de tênis tosco cinza que eu achava ridículo. Continuo gordo, continuo sendo o engraçadinho da turma. Mas não tenho problema de coluna, nem de joelho. Aliás, descobri que aqueles caras que não se tocavam que "precisavam" aparar o bigode ou que não usavam desodorante se tornaram pessoas muito mais legais do que os outros. E do que eu mesmo, que passava o dia tentando me adaptar. Talvez porque ao invés de tentar agradar os outros eles estavam mais preocupados com outros assuntos... Mas quem disse que eu quero ser o mais legal de todos?
OK, talvez eu queira só um pouquinho.
Vou contar um segredo: ainda tenho o meu Converse fedido guardado. Me avisem quando voltar à moda para que eu possa usar novamente, costumo demorar para perceber essas coisas e quando chegar à crise da meia idade vou ter medo de comprar uma moto.

Sofro bullying por empreender

Sofro bullying por empreender

"Nunca fale de empreendedorismo com quem não é empreendedor". Essa frase nunca fez tão sentido pra mim quanto nos últimos tempos. E vai fazer pra você também. Ou não.


Por Vicente Sampaio do site Administradores

O bullying é o monstro debaixo da cama

Há que encarar a presença do inimigo. Mas primeiro que tudo há que reconhecer que ele é um animal perigoso e astuto.

Fonte: blastingnews


A importância de darmos nomes às coisas é menosprezada. O monstro do bullying sempre existiu, mas foi preciso um termo ser criado para se começar a falar nele. Ele esteve sempre lá, mas como estava debaixo da cama, ninguém ousava chamar por ele. Apesar de o baptismo do termo o ter transportado de alguma forma para as luzes da ribalta, não foi suficiente. A inércia levou a que fossem precisos casos tão graves como os de suicídio para se começar a debater métodos de prevenção, debates e alertas à consciência comum.

É absurdo mas foi preciso haver sangue, foi preciso o monstro mostrar-se em toda a sua temível força. Foram precisas imagens de horror e de choque a percorreram o mundo, a encheram as redes sociais para que algo começasse a ser feito. Não existe nada que o possa destruir de forma imediata e, principalmente, não existe forma de erradicá-lo. E o mais assustador é que todos os dias são criadas novas formas de exercer este domínio sobre o outro.

A Internet criou um trono para todos aqueles que idealizavam praticar estes actos e conseguir manter o anonimato. A cobardia dos demais recosta-se confortavelmente no sofá enquanto exerce as suas façanhas por entre as teclas de um qualquer computador. É impreterível reconhecer a gravidade deste assunto e relembrar às famílias a importância de redobrarem a sua atenção.

O bullying impele à vítima um silêncio que muitas vezes nos afasta da realidade dos acontecimentos. É preciso quebrar os preconceitos e falar abertamente deste flagelo com que nos debatemos. A violência tem milhares de formas de ser perpetuada e quem acredita que precisa de ser física para doer, está terrivelmente enganada. A violência das palavras pode ser bastante mais esmagadora que a dos atos e instala-se de tal forma que os seus efeitos se prolongam por muito mais tempo. Nos dias de hoje a conjuntura obriga-nos a um constante desassossego e a uma instabilidade que facilmente cria desleixo. Mas não há como descurar algo tão potencialmente perigoso. As consequências desse desleixo podem, em ultima instância, ser fatais e cabe-nos a nós evitar que mais tragédias humanas nos persigam. Comecemos por obrigar o mundo a reconhecer o problema, fazendo com que ninguém se possa recolher por desconhecimento. Vamos falar de bullying e convidá-lo a jantar à mesa connosco antes que ele decida aparecer sem ser convidado.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Mariza, aquela que era mulher de verdade

Blog da Nina Lemos


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Sabe aquela pessoa “esquisita” (segundo a “galera”) que entra em um ambiente de uma turminha e passa a tomar bullying e ser chamada de louca? Quem nunca passou por isso? Pois Mariza, a participante de 51 anos que saiu ontem do BBB, sabe o que é se sentir assim na pele. Era uma estranha e esquisita em uma festa com gente careta demais (aquele velho elenco de jovens adeptos da malhação e de garotas com corpos estonteantes).
Marisa era uma mulher comum (no melhor sentido do termo). Chorou ao tomar o primeiro banho na casa, pois se sentia mal ao expor o corpo (quem nunca?). Preferia tomar banho de maiô na piscina vazia e tinha medo de pagar mico nas provas (de novo, quem nunca?).
Mariza, que era, e é, mulher de verdade, tomou bullying dos mais variados tipos dos participantes da faixa dos 20 e poucos anos. Talita, uma menina de 25 anos que ficou conhecida por transar sem camisinha no programa e tomar pílula do dia seguinte duas vezes em mais de um mês (um perigo), disse em uma conversa que morreria de vergonha se a mãe dela agisse como Mariza, que um dia pintou a cara. “Ela é louca”, era o que a galera mais dizia sobre a mãe de dois filhos (um deles um jovem cientista premiado) e professora de arte.
Ela estava fora da turma dos que só falavam de pegação, corpo e malhação.
Como os esquisitos sempre se atraem, Mariza ficou mehor amiga de Adrilles, um “poeta” desajeitado, também “louco demais” para aquela casa-academia-de-ginástica.Juntos, conversavam sobre arte, sentido da vida, religião. Como disse o colega Maurício Stycer, os dois calaram a boca de quem diz a frase: “pare de ver BBB e vá ler um livro.”
Bem, era bom demais para ser verdade uma mulher de verdade ganhar o BBB, não? E a senhora foi desclassificada ontem para César, um fortão de 30 anos, de origem humilde, que parece meio boneco e representa aquele clichê de homem do BBB que todo mundo já conhece (fortão, simplão, bonitão).
Talvez Mariza fosse mulher de verdade demais para um programa como o Big Brother. Uma pena.

O Bullying e o medo

Crianças alertadas para o Cyberbullying

Fonte: Jornal Nordeste

Bragança 
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Este foi um dos temas em destaque na Semana Aberta do Centro Social e Paroquial de Santo Condestável
As crianças e jovens que frequentam as valências do Centro Social e Paroquial Santo Condestável, em Bragança, receberam conselhos para evitar o bullying e o cyberbullying, na passada quarta-feira, no âmbito da V Semana Aberta organizada pelo Centro.


Vítor Barrigão, professor da Escola Superior de Educação de Bragança e investigador de cyberbullying, considera que para evitar a violência entre crianças e jovens na Internet é necessário que os pais controlem o que os filhos fazem, mas também que eduquem os filhos de forma a que “possam aceder à Internet com liberdade, mas com regras”.


O número de casos de cyberbullying tem vindo a aumentar nos últimos anos, no entanto, acredita-se que a maioria ainda não seja denunciado. O professor do Instituto Politécnico de Bragança considera importante “alertar os jovens para os sinais deste tipo de violência, de forma a que possam denunciar estas situações aos pais e professores”. 


João Geraldo e David Simões, de 12 anos, garantem que estão bem informados sobre os perigos da utilização da Internet e sabem identificar os casos de cyberbullying. “Muitas vezes aparecem comentários nas redes sociais a insultar as outras pessoas. Por vezes, não fazemos mal nenhum, mas há pessoas que, por nos acharem mais fracos do que eles abusam disso e nós é que sofremos as consequências, constata João Geraldo. 


Já David Simões considera que é mais difícil ultrapassar as marcas deixadas pelo bullying do que pelo cyberbullying. “No cyberbullying podemos ignorar, mas quando se trata de bullying podemos ficar com uma marca difícil de ultrapassar”, afirma o jovem. 


A V Semana Abertada instituição foi, pela primeira vez, dedicada exclusivamente à infância e juventude. “Com esta Semana Aberta pretendemos abrir as portas à sociedade e trazer cá conferências e workshops relevantes para estas faixas etárias”, frisa Sérgio Fernandes, Educador de Infância na instituição. 


O Centro Social e Paroquial de Santo Condestável tem mais de 200 crianças nas valências de jardim-de-infância, creche e Atelier de Tempos Livres.  

terça-feira, 24 de março de 2015

BULLYING se apresentou no Colégio São Paulo de Teresópolis

CIA ATORES DE MAR' em BULLYING com PATRICK MORAES, JUNIOR BEÉFIERRI, VICK DAMASCENA e CAROLINA DE OLIVEIRA, coreografias PRISCILLA MORAES, texto e direção MAR'JUNIOR - Colégio São Paulo de Teresópolis dia 23 de março de 2015. Atendimento 330 alunos e professores.








Muitos Pais não Sabem Lidar com Cyberbullying

Fonte: Lunux

Através de um levantamento feito, foi constatado que 54 por cento dos pais que vivem no Reino Unido, não teria nenhuma idéia se seu filho estava sofrendo ciber bullying, destacando que a maioria dos pais são completamente mal informados e não sabe lidar e nem reconhecer esta ameaça crescente para as crianças. As práticas de cyber ​​bullying são cada vez mais fortes na Internet e envolvem o uso de telefones celulares ou computadores para intimidar, ameaçar ou aborrecer alguém. Quase 45 mil crianças conversaram com a ChildLine sobre o bullying que sofreram no ano passado e muitos especialistas acreditam que a maioria dos jovens ainda passará por essa experiência em algum momento da sua vida. 


No entanto, apesar de cyber bullying estar em ascensão, a pesquisa da ESET também revelou que 52 por cento dos pais não teria absolutamente a mínima idéia do que fazer se seu filho estivesse sendo intimidado no mundo cibernético. Em resposta às conclusões de um novo estudo, Mark James, especialista em segurança no ESET, disse: "Cyber ​​bullying é uma ameaça crescente para as crianças; no entanto, é um território relativamente desconhecido para a maioria dos pais, porque muitos não têm experiência anterior em lidar com o problema. Outras conclusões do estudo revelaram que, quando os pais foram questionados sobre onde seu filho estaria sendo intimidado e quem seriam as pessoas que estariam fazendo isso, as respostas foram as seguintes:

- 45 por cento disse que a escola do seu filho era o palco das investidas;
- 70 por cento disse que iria entrar em contato com o site onde seu filho estaria sendo vítima de cyberbullying;
- 38 por cento disse deles que iria entrar em contato com a pessoa que estaria intimidando o seu filho.

Filme mostra como mulher chamada de 'mais feia do mundo' superou bullying

Essa história aconteceu quando ela tinha 17 anos

Kathleen Hawkins Da BBC News, em Tribuna do Norte 
Lizzie é ativista anti-bullying e tema de documentário
Com preguiça de fazer o dever de casa, a americana Lizzie Velasquez resolveu assistir a clipes de músicas on-line. Encontrou um vídeo que se chamava "A mulher mais feia do mundo" e clicou. Não esperava que o vídeo fosse sobre ela.
Essa história aconteceu quando ela tinha 17 anos. O vídeo, de oito segundos, já havia sido assistido 4 milhões de vezes. Agora, nove anos depois, Velasquez é uma ativista anti-bullying e protagoniza um documentário que estreou nos Estados Unidos no sábado. 
 "Fiquei chocada" com o vídeo, conta Velasquez. "Mas foi quando comecei a ler os comentários que meu estômago realmente virou." "Por que os pais ficaram com ela?!" dizia um dos internautas; "Matem isso com fogo", disse outro.
E assim por diante. Alguns disseram que ela deveria se matar, e um deles disse que as pessoas ficariam cegas se a vissem nas ruas. Velasquez não resistiu e leu todos os comentários - eram milhares. "Eu chorei por muitas noites - era adolescente, pensei que a minha vida tinha acabado", diz ela. "Eu não conseguia falar com ninguém sobre isso, não contei a nenhum dos meus amigos. Estava tão chocada com o fato de que isso tinha acontecido."

domingo, 22 de março de 2015

BULLYING se apresenta no Colégio São Paulo de Teresópolis nesta 2ª feira

A Cia Atores de Mar' estará se apresentando amanhã, 2ª feira, dia 23, no Colégio São Paulo de Teresópolis com o espetáculo BULLYING. Serão apresentações pela manhã e pela tarde.

No elenco estarão Patrick Moraes, Junior Beéfierri, Vick Damascena e Carolina de Oliveira, coreografias Priscilla Moraes, com texto e direção de Mar'Junior.

BULLYING em cena Vick Damascena, Carolina de OliveiraJunior Beéfierri e Patrick Moraes


Congresso avança em proposta que cria programa de combate ao bullying

Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil
A proposta estabelece para profissionais de educação e famílias iniciativas de prevenção e combate ao bullying nas escolasTânia Rêgo/Agência Brasil
O Brasil está mais próximo de uma política de combate ao bullying nas escolas. Denominado Programa de Combate à Intimidação Sistemática, a proposta (PLC 68/2013) foi aprovada pelo Senado, em turno suplementar, na quinta-feira (19). Como sofreu alterações na Comissão de Direitos Humanos da Casa, terá de voltar à Câmara dos Deputados antes da sanção presidencial.

O texto define bullying como “sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados reincidentemente por indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais”.
Entre outros pontos, a proposta destaca que  ataques físicos, insultos pessoais, xingamentos, comentários sistemáticos, apelidos, ameaças por quaisquer meios e até grafites depreciativos podem carcterizar a prática.

A proposta não trata de criminalização, mas de ações para prevenir e combater obullying nas escolas. Além da publicação bimestral de relatórios das ocorrências de violência em escolas e redes de ensino, o texto determina que profissionais de educação deverão ser capacitados para implementar iniciativas de discussão, prevenção e solução do problema.
As famílias e responsáveis também serão orientadas sobre como identificar e enfrentar as situações de bullying, bem como garantir assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e agressores.

Para a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Ângela Branco, as maiores vitimas de bullying são as que apresentam maior dificuldade social de se defender. “Essas pessoas são particularmente afetadas no seu desenvolvimento. Elas começam a se sentir inferiores e, às vezes, até culpadas pelas agressões. Vão internalizando, transformando-se em pessoas inseguras, ansiosas e angustiadas.”

Ângela Branco acrescentou que a prática pode levar as vítimas a problemas graves de depressão e até a transtornos que mais adiante se transformarão em profunda agressividade. “Vítimas de bullying podem se tornar agressores futuros”, alertou a professora, destacando a importância da proposta.

Na avaliação da assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos e especialista em Violência Doméstica Contra Crianças e Adolescentes, Márcia Acioli, o bullying tem dois reflexos principais: o impedimento do desenvolvimento social e naturalização da violência, que, muitas vezes, banaliza o ato.
“Nenhum homem homofóbico começa a ser homofóbico com determinada idade. É um clima que permite que ele cresça não reconhecendo a humanidade do outro. Tem a ver com a educação escolar, mas também está na televisão e família. É a educação no sentido de formação do sujeito cidadão”, concluiu Márcia Acioli.

Editor Armando Cardoso

Monica Lewinsky pede 'mais compaixão na internet' em palestra do TED

Americana fala pela segunda vez sobre o assédio online que sofreu após a revelação de seu envolvimento com o ex-presidente Bill Clinton.


Da BBC

Aos 22 anos, me apaixonei pelo meu chefe. Aos 24, eu aprendi as consequências devastadoras disso", afirmou Monica Lewinsky durante um discurso na conferência TED (acrônimo de Tecnologia, Entretenimento e Design) 2015, no Canadá.
Em sua palestra, Lewinsky – cujo envolvimento com o ex-presidente americano Bill Clinton quando ela estagiava na Casa Branca chamou a atenção de todo o mundo em 1998 – pediu mais compaixão na internet.
Ela começou seu discurso com uma piada, dizendo que era a única pessoa de 40 anos que não queria voltar a ter 22 anos.
Descrevendo-se como uma das primeiras vítimas de cyberbullying, ela afirmou que a internet criou uma cultura em que as pessoas gostam de humilhar as outras online. "Em 1998, depois de me ver envolvida em um romance improvável, me vi no olho de um turbilhão político, legal e midiático sem precedentes."
Este escândalo em particular, disse ela, foi "um oferecimento da revolução digital".
Seu discurso foi aplaudido de pé na exclusiva conferência – na qual já falaram nomes como Steve Jobs, Bill Gates, Stephen Hawking e o economista francês Thomas Piketty.
'Apedrejadores virtuais'
Esta é a segunda vez que Monica Lewinsky fala em público desde que desapareceu dos holofotes em 2005. Em outubro do ano passado, ela foi a uma conferência organizada pela revista Forbes para menores de 30 anos.
"Quando a história apareceu, ela apareceu online. Foi uma das primeiras vezes em que a notícia tradicional foi sequestrada pela internet no caso de um acontecimento importante", disse Lewinsky ao público do TED.
Em 1998, não existiam os sites de redes sociais como os conhecemos hoje. Mesmo assim, o vídeo de Lewinsky – usando uma boina negra – abraçando Clinton em público como se fosse uma admiradora, se tornou viral na rede.
O mesmo aconteceu com os comentários publicados em resposta às reportagens e artigos online, e as piadas baseadas nos detalhes da telação deram a volta ao mundo.
"De pessoa privada, me tornei uma figura publicamente humilhada por todo o mundo. Havia hordas de apedrejadores virtuais", afirmou. "Me chamaram de vadia, prostituta, vagabunda e de interesseira. Perdi minha reputação, minha dignidade e quase perdi minha vida. Há 17 anos não havia definição para isso, mas hoje chamamos de cyberbullying ou assédio online."
O escândalo do caso extraconjugal de Bill Clinton com sua então estagiária foi um dos primeiros a ser divulgado online primeiro
Assédio e suicídio
Diversos estudos indicam um crescimento drástico do fenômeno. De acordo com Childline, uma organização beneficiente do Reino Unido, receberam 87% mais ligações em relação ao assédio na internet comparado ao ano passado.
Outra organização para a proteção de crianças, NSPCC, afirma que um de cada cinco menores é vítima desse tipo de abuso.
Na Holanda, no entanto, uma pesquisa do ano passado concluiu que o cyberbullying tem mais capacidade de levar jovens ao suicídio que seu equivalente no mundo real.
Monica Lewinsky contou a história de Tyler Clementi, um estudante de 18 anos da Universidade de Rutgers, em Nova Jérsei, que foi filmado por seu colega de apartamento enquanto tinha relações sexuais com outro homem.
O vídeo foi publicado na internet, foi um assédio online tão grande que levou Clementi ao suicídio, ao se atirar de uma ponte. "A morte trágica e absurda de Tyler foi um momento decisivo para mim. Ele serviu para recontextualizar minhas experiências, e comecei a ver o mundo da humilhação e do bullying ao meu redor de uma maneira diferente", disse Lewinsky.
"A cada dia há pessoas – especialmente jovens que não têm maturidade para lidar com isso – que sofrem tanto abuso e humilhação online que não podem conseguem suportar a vida desse jeito nem mais um dia. E alguns realmente não conseguem."
Isso, para Lewinsky, era inaceitável. Ela pediu ao público que tivesse mais compaixão ao expressar-se nas caixas de comentários.
Cultura da humilhação
Organizações dizem que cyberbullying pode levar jovens ao suicídio mais do que o bullying fora da internet.
A tecnologia, segundo ela, ampliou o "eco da vergonha". "Antes a vergonha só se estendia até sua família, sua escola ou sua cidade, mas, agora, chega a toda a comunidade online." "Quanto mais humilhação, mais cliques e quanto mais cliques, mais dólares são ganhos com publicidade. Estamos ganhando dinheiro às custas do sofrimento."
Ela também lembrou os casos recentes de fotos de celebridades nuas, como a atriz Jennifer Lawrence, que foram publicadas na internet por hackers. Somente uma das páginas que publicou as imagens recebeu cinco milhões de visitas.
Lewinsky disse ainda que a internet tornou as pessoas mais insensíveis ao sofrimento e à humilhação alheios.
E terminou explicando que decidiu romper o silêncio após uma década porque não queria continuar "pisando em ovos" em relação a seu passado. "Chegou a hora de retomar minha história e dizer a outras pessoas que é possível sobreviver", afirmou.

Lei contra o bullyng

Os legisladores brasileiros, sejam eles senadores, deputados ou vereadores, têm uma visão bastante peculiar a respeito do próprio trabalho. Acreditam que leis, muitas delas criadas e aprovadas sob o calor do momento, são capazes de resolver qualquer problema. Até se tentou manter os juros ao consumidor em 12% ao ano através de artigo na Constituição Brasileira. Como se vê hoje, impossível. E assim seguimos, com vários dispositivos legais que obrigam o Estado a oferecer Saúde e Educação para todos os brasileiros. Mas eles são ignorados e a lei não tem como obrigar o cumprimento. Há diversos casos assim, quando se busca resolver na canetada algo que depende de um processo mais complicado.
 
A situação se repete agora, com a criação de um Programa de Combate à Intimidação Sistemática, através de um projeto de lei aprovado pelo Senado no meio da semana. Como sofreu alterações na Comissão de Direitos Humanos da Casa, a matéria terá de voltar à Câmara dos Deputados antes da sanção presidencial. É uma tentativa dos parlamentares brasileiros de acabar com a prática do bullying nas nossas escolas, definido como “sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados reincidentemente por indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais”.
 
Entre outros pontos, a proposta destaca que ataques físicos, insultos pessoais, xingamentos, comentários sistemáticos, apelidos, ameaças por quaisquer meios e até grafites depreciativos podem caracterizar a prática. A proposta não trata de criminalização, mas de ações para prevenir e combater o bullying nas escolas. Além da publicação bimestral de relatórios das ocorrências de violência em escolas e redes de ensino, o texto determina que profissionais de educação deverão ser capacitados para implementar iniciativas de discussão, prevenção e solução do problema. Porém, ao colocar a responsabilidade pelo fim da prática nos profissionais de educação, a lei (caso seja sancionada como está) não apresenta nada de novo em relação ao que existe hoje. Professores e funcionários de escola já tentam combater a prática que, nas últimas décadas, passou a ser motivo de preocupação.
 
A não criminalização daqueles estudantes que se utilizam sistematicamente do bullyng contra colegas — uma forma de discriminação racial, de gênero e contra o que é diferente — é outro fator que aponta para a inocuidade da lei aprovada pelo Senado. Acontece que não se cria um instrumento capaz de impedir que a prática continue. Neste caso, seria melhor um programa desenvolvido fora da escola e nela inserido por profissionais capazes de mostrar os danos que este tipo de ação traz e suas consequências futuras, o que, aparentemente, o projeto não contempla. O que é uma pena, já que se perdeu uma grande oportunidade de provocar um debate mais amplo, envolvendo não só profissionais de educação, mas também pais, alunos, médicos e autoridades.
 
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Senado aprova projeto de Lei que cria programa de combate ao 'bullying' nas escolas

Agora, a proposta deve passar pela Câmara e depois seguir para sanção da presidente.

R 7

Bullying é definido como uma sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos,Reprodução/Record
O Senado aprovou nesta quinta-feira (19) o projeto de Lei que cria o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, o bullying. Agora, a proposta deve passar pela Câmara e depois  seguir para sanção da presidente da República.
O texto tem o objetivo de prevenir e combater a prática de bullying nas escolas. Para tanto, os profissionais de educação deverão ser capacitados para implementar ações de discussão, prevenção e solução do problema.
Além disso, serão publicados relatórios anuais das ocorrências de violência nas escolas e nas redes de ensino. 
Outro propósito é orientar as famílias e responsáveis para que possam identificar e enfrentar as situações de bullying, bem como garantir assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.
Bullying, segundo o texto enviado para a Câmara, é definido como uma sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados reincidentemente por um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais.
* Com informações da Agência Senado