terça-feira, 31 de janeiro de 2017

APAV quer "criminalizar o bullying”. Pela paz nas escolas

Neste Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas, a Renascença falou com Daniel Cotrim, da APAV, que defende mais formação e sensibilização no espaço escolar.


A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) defende que o bullying e o ciberbullying sejam tornados crime. “É importante criminalizar”, diz Daniel Cotrim, esta segunda-feira, na Renascença.

As duas formas de violência costumam aparecer associadas, explica: “um jovem é agredido e logo o vídeo aparece no Youtube ou numa rede social”.

Convidado no programa Carla Rocha – Manhã da Renascença neste Dia Internacional da Não Violência e da Paz nas Escolas, o representante da APAV considera que tem havido falta de vontade para aquele tipo de violência nas escolas se torne crime.

“Há uns anos, depois de um caso, estivemos a um passo de criminalizar a situação do bullying em Portugal, mas ainda não o é. Tem havido falta de vontade” para alterar a legislação, defende.

Daniel Cotrim lembra, contudo, que Portugal ratificou alguns tratados nesta matéria: “o Tratado de Lanzarote, que trata da protecção dos jovens e crianças no espaço europeu, e a própria Convenção de Istambul, que apesar de falar de violência doméstica e violência de género, também fala das questões do bullying, como consequência da própria violência doméstica”.

Hoje, em Portugal, “a justiça demora muito tempo a reagir”, lamenta, e “o sistema todo” só reage “quando as imagens já andam pelo Youtube e o caso anda embrulhado na justiça”.

A verdade é que um jovem agressor pode ser alvo de uma punição – “uma medida tutelar educativa, que poderá ir, em última análise, ao cumprimento de um tempo num centro educativo. Mas não é habitualmente aplicável, porque muitas vezes as vítimas acabam poer esconder ou desistir das próprias queixas que apresentam”, refere Daniel Cotrim.

Aos pais das vítimas, deixa um conselho: “não retirem os vossos filhos da escola”, porque isso não os ajuda. “É importante, junto das própria escola, as famílias fazerem pressão para que o assunto seja resolvido e depois denunciar junto das organizações e das forças policiais”.

Formar para a cidadania

O responsável da APAV considera que se fizeram, nos últimos anos, alterações no espaço das escolas com consequências ao nível da violência. “Deixámos de chamar escolas às escolas e passámos a chamar-lhes territórios, o que transforma a escola num espaço fechado à entrada das famílias”.

Além disso, “havia um espaço que, por motivos financeiros, deixou de existir e que de educação para a cidadania – um espaço útil e importante para que os temas da cidadania, do bullying e da paz fossem abordados com os jovens”, defende ainda.

Na opinião de Daniel Cotrim, é fundamental apostar na formação e na sensibilização “de todos aqueles que ainda operam dentro do espaço escola” e desde cedo.

“A APAV defende que este trabalho pela paz e a não violência não deve ser feito só com jovens a partir dos 12/13 anos, mas dos 3 ou 4 anos, quando as crianças começam a frequentar o próprio sistema de ensino”.

Isto, explica, para se trabalhar bem na prevenção e aprofundar “temas como a violência no namoro, o bullying, a própria violência exercida sobre os professores”, promovendo “uma cultura do respeito pelo outro e pela outra, uma cultura pela cidadania e pela igualdade”.

Daniel Cotrim considera por isso que estes temas devem fazer “parte dos próprios currículos das escolas, não afastando deste trabalho as famílias”.

Pela não violência. Em 1964 e hoje

O Dia Internacional da Não Violência e Paz nas Escolas foi instituído em 1964, através de uma iniciativa do poeta espanhol Lorenzo Vidal.

A data coincide com o dia da morte do líder indiado Mahatma Ghandi e pretende alertar a sociedade para valores “como o respeito, a cooperação, a solidariedade, a não violência e a paz”, segundo comunicado da APAV.

O tema é cada vez mais actual e o bullying tornou-se uma problemática prioritária a resolver, bem como alvo de preocupação por parte de vários especialistas.

Em algumas escolas, a data é assinalada com algumas iniciativas. A Renascençaesteve no agrupamento de escolas Dr. Azevedo Neves, na Damaia, concelho da Amadora, onde se deparou com um placard com uma pomba gigante, que convidava todos a deixar uma frase alusiva ao dia.

Doador anônimo paga cirurgia para bebê que sofria bullying nas redes

EXTRA


O bebê Brody e sua mãe Sara Heller ganharam um motivo a mais para sorrir: depois de o pequeno ter nascido com o palato fendido e ter recebido ofensa de haters na internet, um doador anônimo se comoveu com a história e decidiu custear a cirurgia da criança.

A condição de Brody, de 3 meses, já era conhecida por sua mãe mesmo antes de ele nascer, quando a ultrassom mostrou seu “largo sorriso”, como ela mesma classificara à época. Muito amorosa, Sara compartilhava contantemente cliques do filho em sua conta no Instagram, mas com o tempo, não eram poucos os que visitavam a página apenas para deixar mensagens cruéis sobre a aparência do bebê.
Brody já estava com cirurgia marcada para curar o palato, mas Sara decidiu que continuaria postando fotos de antes da cirurgia como um modo de educar as pessoas a respeito do palato fendido. Apesar disso, as pessoas seguiam sendo maldosas, o que deixou a mãe de Brody abalada.
Em uma noite de folga com o marido em um bar, ela desabafou sobre como as pessoas podem ser cruéis e de como é triste que as pessoas tenham capacidade de dirigir ofensas a uma criança indefesa. Foi quando ela recebeu em sua mesa um bilhete com um cheque (de muitos zeros) junto: o recado dizia "para o seu bebê magnífico".
Quatro dias após a cirurgia, Sara compartilhou um novo clique do bebê dizendo: “Eu poderia morrer agora. Ganhamos um pequeno bebê feliz de novo”.
E a evolução de Brody tem sido incrível:
Agora, Sara mudou a descrição de seu Instagram para "a mãe medíocre do formidável Brody".


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/doador-anonimo-paga-cirurgia-para-bebe-que-sofria-bullying-nas-redes-20843027.html#ixzz4XL5G6THY

Site permite fazer "bullying" virtual com usuários da PSN


Do UOL, em São Paulo


  • IronPhoenix87/Reprodução
    Imagem divulgada por jogador mostra o resultado de um ataque à sua conta usando o site Spam PSN
    Imagem divulgada por jogador mostra o resultado de um ataque à sua conta usando o site Spam PSN
Um site chamado "Spam PSN" tem oferecido um serviço bastante controverso: por meio dele, é possível escolher um perfil da PlayStation Network para receber uma sequência de 25 mensagens de perfis fantasmas. O procedimento pode ser repetido a cada três minutos e por indefinidas vezes.
Isso tem sido usado para uma espécie de "bullying" virtual: um uso comum é enviar esse pacote de mensagens para algum desafeto ou adversário em partidas online. A situação é especialmente desagradável para jogadores que deixam as notificações de mensagens ativadas.
No próprio site, porém, há uma opção para quem não quiser ser incomodado por mensagens de spam provenientes do serviço: por meio de um pagamento de US$ 1, é possível colocar o seu nome de usuário na PSN em uma "lista negra", o que impossibilita que o nome seja alvo do ataque. Da mesma forma, é possível assinar uma versão "Pro" do serviço, que permite mandar quantas mensagens quiser sem o tempo de espera de três minutos.
Em entrevista ao site Kotaku, um dos criadores do site disse que a ideia era que o serviço fosse utilizado "para quem quisesse zoar seus amigos". O resultado, porém, foge bastante disso, uma vez que ele tem sido usado para ofensas de todo tipo.
Essa postura tóxica, segundo os criadores do site, tem sido combatida com o banimento constante de usuários. Não é difícil imaginar, porém, que isso é algo que está bem além do controle desses desenvolvedores, uma vez que o envio dos spams é feito de maneira anônima.
Além de desativar as notificações de mensagens, uma forma de evitar o problema é ativar a opção de privacidade que permite o recebimento de mensagens apenas se elas forem provenientes de sua lista de amigos.
Procurada pelo Kotaku, a Sony não se manifestou sobre o tema. 

Walter reclama de bullying: ‘Juiz falou para eu emagrecer’


Atacante do Goiás, que admitiu ter voltado fora de forma das férias, se desentendeu com o árbitro Bruno Rezende após empate com a Aparecidense


Walter admitiu ter voltado das férias oito quilos acima do peso ideal (Reprodução/Instagram)

O carismático atacante Walter está acostumado com as provocações vindas de torcedores e jornalistas em relação à sua forma física e, às vezes, até entra na brincadeira. Neste domingo, no entanto, o jogador do Goiás demonstrou bastante incômodo quando o bullying partiu de ninguém menos que o árbitro da partida. Após o empate em 2 a 2 diante da Aparecidense, Walter afirmou que o juiz Bruno Rezende o aconselhou a perder peso em vez de reclamar.
“Ele falou para mim ‘vai emagrecer mais um pouco, que eu apito meu jogo aqui’. Eu sou um jogador muito experiente, todo mundo me conhece e sabe que não sou de briga. Mas o juiz falar isso para mim é uma falta de respeito”, afirmou o jogador à TV Anhanguera.
O árbitro negou. “De maneira alguma houve isso. Tenho o maior respeito tanto pelo Walter como por qualquer jogador do Campeonato Goiano e do Brasileiro. O que houve foi que no momento da expulsão os jogadores do Goiás me cercaram e o Walter estava no meio deles, muito agitado. Falei que ele não precisava colocar a mão em mim e me empurrar”, alegou Bruno Rezende.
Walter, que teve seu peso contestado durante as passagens por Inter, Fluminense e Atlético-PR, afirmou durante a pré-temporada que voltou das férias oito quilos acima do que considera seu peso ideal (cerca de 95 quilos). Neste domingo, ainda visivelmente fora de forma, ele entrou aos 13 minutos da segunda etapa e teve atuação apagada.
Walter durante os treinamentos do Goiás em janeiro de 2017
Walter durante os treinamentos do Goiás em janeiro de 2017 (Reprodução/Instagram)

Zendaya oferece trabalho como modelo a jovem vítima de bullying online

A estrela respondeu a um bully e realizou o sonho de uma fã de uma só vez.

Cláudia Turpin
Theo Wargo
Um momento de bullying online pode ter mudado a vida de uma utilizadora do Twitter - com a ajudinha de Zendaya.
Tudo começou quando a estrela reparou numa publicação com fotografias de uma jovem anónima que insultavam o seu tipo de corpo.
"Dei com esta m**** estúpida", escreveu Zendaya. "Ela é linda da cabeça aos pés e com certeza nem sequer sabe que existes, meu. Quanto a ela, continua a arrasar", acrescentou.




















Reprodução
A atriz e cantora foi mais longe e decidiu 'fazer justiça' pelas próprias mãos. Para tal, pediu aos seus seguidores para a ajudarem a identificar a jovem em questão.
"Será que conseguimos encontrá-la [no Twitter] adorava que ela fosse modelo da Daya by Zendaya [a sua linha de roupa]".
Não tardou até que a jovem, que responde por 'Honey Dip' no Twitter, fosse encontrada e, ao que parece, está prestes a realizar o maior sonho da sua vida.
"Estou sem palavras neste momento porque tornar-me uma modelo 'plus-size' sempre foi o meu principal objetivo", tweetou.








Reprodução
A página da jovem está recheada de mensagens de apoio dos muitos seguidores que ganhou com o incidente.

Miss Brasil 2016, Raissa Santana desabafa sobre preconceito: “mundo igualitário para todos”

Daniel Neblina

Editor-chefe do Registro POP. Escreve sobre entretenimento há 5 anos. É também responsável pelo portal Minuto Livre.
Através de uma publicação em seu Facebook, a Miss Brasil 2016, Raissa Santana, fez um desabafo sobre os desafios enfrentados ao longo da vida e destacou o desejo por um mundo mais justo e igualitário para todos.
Ela, que é a presentante do Brasil no Miss Universo, contou que foi abandonada pelo pai, falou sobre as dificuldade na infância e adolescência e os, infelizmente, momentos de bullying por ser negra. “Às vezes, nas nossas vidas, acontecem coisas que vão além do nosso entendimento. Quando Deus tem um plano para nós, Ele planta esse sonho como uma semente em nossos corações. E essa semente Ele plantou em mim antes mesmo de eu nascer, plantou uma semente em uma garotinha que veio de uma família muito simples, de uma mãe muito guerreira que a criou com muita garra, porque o seu pai não aceitou a garotinha. Mas essa mãe bateu no peito e criou cinco lindos filhos, e essa garotinha foi uma guerreira junto com sua mãe! Essa menina era muito alegre e esbanjava sorrisos para todos que se aproximavam. Ela não tinha a autoestima muito alta e em sua adolescência sofreu muito preconceito e bullying porque era feia e negra”, escreveu.
Após isso, Raissa completou o texto falando sobre superação. “Era feia por fora como uma lagarta quando vai se transformar em uma borboleta, aquelas pessoas não a olhavam de verdade, não viam que o que ela tinha de mais lindo estava por dentro. Até que Deus falou: ‘Vou começar a agir na vida dessa garotinha e enviou dois anjos @pauloquinalia e @ivandroalmeida que olharam e viram algo. Hoje, ela está muito feliz porque sua missão já está sendo cumprida, ela mudou vidas, mesmo com um simples sorriso ou assumindo seu cabelo, a cor de sua pele, sendo mulher que conquistou seu espaço, que quer um mundo mais justo e igualitário para todos. Esse é o seu destino!”, declarou.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Os atores Mar'Junior e Babi Xavier a foto que marcou a campanha #EUdigonãoaobullying no ano passado


Relatório da Unesco mostra que bullying afeta tanto o bem-estar quanto o aprendizado de todos


POR ANTÔNIO GOIS
O Globo
Apesar de o Brasil já ter até uma lei nacional, aprovada em 2015, contra o bullying, ainda hoje há quem encare esse problema como um mal menor nas escolas. Algo que seria corriqueiro, natural da infância ou adolescência, e que bastaria aos professores e diretores punirem os agressores quando praticarem o ato para garantirem que todos estejam seguros e focados no aprendizado.
Um relatório internacional sobre o tema, produzido pela Unesco e divulgado há duas semanas, reforça a importância de encarar o tema como prioritário. O documento faz uma extensa revisão dos estudos acadêmicos em vários países. Lida majoritariamente, portanto, com um conjunto abundante de evidências sobre o assunto, e não com suposições ou opiniões.
Não surpreende, ou ao menos não deveria surpreender, a constatação de que a violência na escola afeta o bem-estar físico e emocional de crianças e adolescentes. Vítimas de bullying sistemático são mais propensos a sofrer de depressão, ansiedade e baixa autoestima, para citar apenas alguns dos efeitos observados. Como é dever da escola zelar pela saúde e bem-estar dos alunos, apenas isso já seria suficiente para justificar ações. Esta é, aliás, uma preocupação mundial, presente em legislações ou políticas nacionais de países como a Coreia do Sul, Finlândia, Austrália, Japão, Chile, Noruega, entre outros.
Mas os estudos citados no documento provam também que há sérios efeitos negativos para todos na aprendizagem. Obviamente, vítimas são as maiores prejudicadas, e há grupos com maior risco de sofrerem bullying. O relatório cita pesquisas na Tailândia, Argentina, Austrália, Chile, Dinamarca, El Salvador, Itália e Polônia que mostram que alunos LGBT que vivenciaram homofobia faltavam mais às aulas, apresentavam maior risco de evasão e tinham notas mais baixas em relações aos colegas que não passaram por essa situação. Outras pesquisas identificaram efeitos semelhantes do bullying por questões de gênero, raça, pobreza, aparência física, religião, deficiência ou imigração. Portanto, é grande o leque de alunos que podem ser vítimas.
No Brasil, um estudo encomendado pelo MEC à USP em 2009 mostrou que em escolas onde é identificado algum tipo de preconceito contra algum grupo, é maior também a chance de outros grupos serem também vítimas. Ou seja, esta não é uma agenda que deveria preocupar apenas a uma minoria, pois a existência de um clima propício ao bullying e à violência na escola acaba afetando a todos.
O relatório da Unesco avança também em algumas recomendações sobre como lidar com o problema nas escolas. Uma constatação é de que é preciso agir preventivamente, propiciando um ambiente em que os alunos se sintam confortáveis em relatar situações pelas quais passaram. Esperar o problema acontecer para depois agir, portanto, é péssima estratégia, até porque é comum que as vítimas tenham medo de relatar agressões. É preciso capacitar todos os profissionais na escola, inclusive com material pedagógico adequado, sobre como agir para garantir um ambiente seguro e um clima de respeito à diversidade.
Como afirma a Unesco num trecho de seu relatório: “A escola é também um lugar onde atitudes que geram violência podem ser mudadas, e a não-violência pode ser aprendida. Tanto o ambiente escolar quanto o conteúdo educacional podem estimular a compreensão de temas como os direitos humanos, igualdade de gênero, valores de respeito e solidariedade, além habilidades para comunicar, negociar e resolver problemas pacificamente”.

Gabriel é vítima de bullying da imprensa italiana: 'Gabi-não-gol'

Brasileiro entrou nos 15 minutos finais do jogo de sábado (28) e continuou sem marcar


POR NOTÍCIAS AO MINUTO

Com poucas chances na Inter de Milão, Gabigol vem sendo um dos alvos preferidos da torcida e da imprensa. Neste sábado (28), ele entrou nos 15 minutos finais da partida contra o Pescara, chutou a gol, deu passe de calcanhar, mas ainda assim não conquistou a crítica.

"Foi criada uma condição para a entrada de Gabriel Barbosa, que foi saudado pelo estádio como se fosse Ronaldo. Respondeu com um belo tiro que fez Bizzarri trabalhar, mas, por enquanto, segue como 'Gabi-não-gol'. Mas paciência. O importante é que isso já é questão do passado para a Inter", diz matéria do Corrieri della Sera.
A partida terminou 3 a 0 para a Inter com gols de D'Ambrosio, João Mário e Eder.

Filho de Donald Trump é alvo de bullying virtual.


Bullying é uma atitude agressiva intencional e repetitiva. As agressões podem ser verbal ou física, geralmente são exercidas por um ou mais indivíduos, causam dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa. 

O menino Barron Trump, de 10 anos, tem sido alvo de bullying. Os ataques contra o filho do atual presidente dos Estados Unidos ocorreram em ambiente virtual. 

De acordo com informações da "BBC Brasil", Barron Trump foi alvo de bullying após aparecer com uma expressão de aparente aborrecimento, depois que o pai dele venceu as eleições. Piorou depois que Katie Rich, apresentadora do programa Saturday Night Live, publicou um tuíte afirmando que "Barron será o primeiro franco-atirador do país a aprender o ofício em casa".

Após a polêmica, Katie Rich se desculpou pela falta de sensibilidade. A NBC anunciou na última terça-feira (24/01) sua suspensão, por tempo indeterminado. A Casa Branca emitiu um comunicado citando "uma antiga tradição de que os filhos dos presidentes usufruam da oportunidade de crescer fora do jogo político".

bullying é um problema mundial. De acordo com o site "Brasil Escola", as crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. 

Washington Luiz, repórter do Momento Verdadeiro.

Miss Brasil relata infância pobre e preconceito por ser “feia e negra”


No dia em que representa o Brasil no concurso Miss Universo, Raíssa Santana utilizou as redes sociais para fazer um desabafo


Pedro Alves

PEDRO ALVES



Prestes a competir no Miss Universo, que ocorre neste domingo (29/1), a Miss Brasil 2016, Raíssa Santana, fez um desabafo nas redes sociais. Segunda mulher negra a ser eleita para representar a beleza da brasileira no concurso mundial, a jovem de 21 anos, relata ter sofrido preconceito por ser “feia e negra”.

No texto em terceira pessoa, a miss afirma: “Ela não tinha a autoestima muito alta e em sua adolescência sofreu muito preconceito e bullying porque era feia e negra, era feia por fora como uma lagarta quando vai se transformar em uma borboleta, aquelas pessoas não a olhavam de verdade, não viam que o que ela tinha de mais lindo estava por dentro”.
Raíssa conta ainda sobre a infância pobre, o abandono do pai e a vida ao lado dos cinco irmãos em uma casa pequena na cidade de Umuarama (PR), estado que representou no concurso Miss Brasil. Apesar das dificuldades, Raíssa também relembra os momentos felizes da vida e termina o desabafo expressando alegria por poder o país no Miss Universo. Confira abaixo o texto na íntegra:
Às vezes nas nossas vidas acontecem coisas que vão além do nosso entendimento! Quando Deus tem um plano para nós Ele planta esse sonho como uma semente em nossos corações, e essa semente Ele plantou em mim antes mesmo de eu nascer, plantou uma semente em uma garotinha que veio de uma família muito simples, de uma mãe muito guerreira que a criou com muita garra, porque o seu pai não aceitou a garotinha, mas essa mãe bateu no peito e crio 5 lindos filhos e essa garotinha foi uma guerreira junto com sua mãe! Essa menina era muito alegre e esbanjava sorrisos para todos que se aproximavam, teve uma infância linda morando com todos os seus primos, tias, e sua avó em uma casa pequena. Ela não tinha a auto estima muito alta e em sua adolescência sofreu muito preconceito e bullying porque era feia e negra, era feia por fora como uma lagarta quando vai se transformar em uma borboleta, aquelas pessoas não a olhavam de verdade, não viam que o que ela tinha de mais lindo estava por dentro. Até que Deus falou: vou começar a agir na vida dessa garotinha e enviou dois anjos @pauloquinalia e @ivandroalmeida que olharam e viram algo, mesmo aquela menina, magrela, com sobrancelhas sem fazer e um dente a mais, mas que ela poderia se transformar em uma linda borboleta! E foi assim como uma planta eles foram regando esse sonho em mim, e a semente virou planta e está a desabrochar muitas rosas, rosas essas que ela tem como troféu porque já é uma vencedora! Hoje ela está indo em buscar de mais uma rosa e está muito feliz porque a sua missão já está sendo cumprida, ela mudou vidas, mesmo com um simples sorriso ou assumindo seu cabelo, a cor de sua pele, sendo mulher que conquistou seu espaço, que quer um mundo mais justo e igualitário para todos! Esse é o seu destino!

“É mais fácil largar as drogas do que a internet”, diz hater


Diego Novak chegou a procurar ajuda para controlar seu impulso de disseminar o ódio na internet


Diego Novaes
Diego Novak (Reprodução/VEJA.com)

Reportagem publicada em VEJA nesta semana abordou como a disseminação do discurso do ódio tem prejudicado e sufocado as discussões nas redes sociais. Além de ouvir as vítimas do linchamento onlineVEJA entrevistou os ditos haters — como são chamados, no termo em inglês, os promotores da intolerância virtual.
No caso do psicólogo Diego Novak, ele se defende dizendo que seu problema foi germinado ainda na infância, por ter sido alvo de bullying na escola. A reportagem exibe que, entre adolescentes americanos, 34% deles dizem ter sido vítimas diretas do ódio, enquanto 15% admitiram ter agido como haters em algum momento.
Novak buscou acompanhamento profissional para tratar de sua dependência em internet — e, principalmente, em espalhar comentários maldosos pelas redes sociais — e para controlar os impulsos que o fizeram interferir indevidamente na vida de outras pessoas, conhecidas ou não por ele.

SOMOS TODOS CIDADÃOS DOS EUA?

Paulo Dentinho para o RTP Noticias

Donald Trump entrou nas nossas vidas com uma atitude de bullying. Ele é notícia diária à escala do planeta. Há um permanente "chega para lá" a tudo e todos, dos vizinhos mexicanos às Nações Unidas.
É verdade que sabíamos ao que ele vinha. Mas veio sem maneiras, atropelando quem quer que seja, o que quer que seja (até mesmo a si próprio, pormenor que não o parece incomodar porque inventou "factos alternativos" para afirmar a "verdade" que é a sua).

Foi eleito democraticamente, é certo, e com as mesmíssimas regras que elegeram muitos outros presidentes antes dele. As suas atitudes são, por isso, absolutamente legítimas, o que é inquestionável. Mas também são legítimas as reacções contra as suas políticas, porque elas são o reflexo de uma sociedade livre. Ou que ainda é livre.

Dos sinais mais incómodos que surgiram na miríade informativa do que têm sido estes dias de Trump, saliente-se a legitimizacão da tortura e o recuo na defesa de direitos humanos básicos. Ao recusar receber cidadãos de países devastados por guerras e conflitos, muitos deles em consequência directa de políticas norte-americanas, os EUA versão Trump mostram um total desdém pela vida do outro, como se esse outro fosse um objecto que se usa e deita fora.

Aparentemente, esta medida destina-se a combater o terrorismo, embora ela tenha tudo para o vir a adensar, arriscando-se a desencadear uma rejeição e uma carga de ódio ainda maior ao Ocidente e aos seus valores. É a humanidade inteira que sofrerá as consequências.

Ainda pouco falado, mas igualmente preocupante, o ataque que Trump e os seus pretendem desencadear contra a comunidade científica. Está em curso uma lei da rolha que visa impedir a divulgação de dados científicos. E isto em simultâneo com receios crescentes dos empregados de agências e laboratórios federais que as suas pesquisas possam vir a ser destruídas.

Sobretudo aquelas que estão relacionadas com as alterações climáticas. A razão é simples. Trump rodeou-se de gente ligada aos interesses petrolíferos. Rex Tillerson, o homem da Exxon Mobil, é o responsável pela política externa. Scott Pruitt, que é um negacionista das alterações climáticas, é o chefe da Agência de Protecção do Ambiente. Rick Perry, que defendia a extinção do Ministério da Energia, é agora o ministro da Energia. A ele se junta Harold Hamm, com o papel de conselheiro do presidente para assuntos energéticos. Trata-se de outro personagem ligado aos interesses das petrolíferas - é o rei da exploração do gás de xisto.

Podemos recear o pior. Sendo que o pior é a corrida à exploração petrolífera do Ártico, a recusa dos acordos de Paris sobre alterações climáticas, o corte nos apoios às energias renováveis. O mundo ficará mais pobre e mais perigoso para milhões de pessoas. Algumas ficarão muito mais ricas.

Se Terra é a nossa herança comum, preservá-la é uma obrigação de toda a humanidade. Somos é todos cidadãos do mundo.