sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Milhões de crianças sofrem intimidação

Jornal de Angola


Fotografia: Arimateia Baptista| Edições Novembro
Um relatório divulgado na terça-feira pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) mostra que quase 250 milhões de crianças no Mundo sofrem algum tipo de intimidação nas escolas, o chamado “bullying”.
Segundo a agência da ONU, os responsáveis pela intimidação geralmente escolhem as suas vítimas pela aparência física, etnia, diferenças culturais ou pelo género ou orientação sexual.
A directora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que “a violência e o ‘bullying’ nas escolas representam uma grave violação do direito à educação”. Neste momento, decorre em Seul, capital da Coreia do Sul, um simpósio internacional para debater o problema.

Factores de vulnerabilidade

O relatório diz que todas as crianças e adolescentes correm o risco de sofrerem violência ou “bullying” nas escolas, mas os responsáveis têm como alvo factores que mostram algum tipo de vulnerabilidade.
Entre estes factores, o documento cita a pobreza ou o estatuto social da vítima. Além disso, mostra que as crianças que têm algum tipo de deficiência ou aparência diferente, como obesidade ou muito magras, também se tornam vítimas de intimidações. Os autores do relatório constatarm também onde esses problemas ocorrem. De acordo com o relatório, a agressão física é mais frequente no ensino secundário. 

Cyberbullying

Já o “cyberbullying”, intimidações feitas pela Internet, é o factor mais comum entre os alunos do ensino médio. Segundo o representante da Unesco no simpósio, Christopher Castle, o problema tem sido “negligenciado e ignorado há muito tempo”. O funcionário da Unesco  lembrou que o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável número 4 trata especificamente do assunto. 
Chistopher Castle explicou que a meta da Agenda 2030 é alcançar “um ambiente de aprendizagem seguro, sem violência, inclusivo e eficaz para todas as crianças e jovens em todo o Mundo”.

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