quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Bullying: retrato de um fenómeno em expansão silenciosa para o cyberespaço

Bullying: retrato de um fenómeno em expansão silenciosa para o cyberespaço
É uma nova forma de violência, dá pelo nome de cyberbullying e amplia as consequências do bullying tradicional. Pouco estudado em Portugal, o fenómeno que difunde ameaças, difamações e violência psicológica através da internet é um meio cada vez mais utilizado pelos jovens para ofender terceiros. Uma investigação realizada pela Universidade de Aveiro (UA) durante um ano letivo numa Escola Secundária com o 3.º Ciclo do Ensino Básico do distrito de Aveiro revela que 31 por cento dos alunos admitiu conhecer um colega que já foi “gozado ou ameaçado na Internet”. O mesmo trabalho, que desvenda o fenómeno do bullying naquela escola e aponta soluções para o erradicar, contabiliza em 13 por cento os estudantes do 10º ano que já foram ameaçados, pelo menos numa ocasião, no ciberespaço, sendo essa percentagem mais significativa (19 por cento) no caso dos jovens dos Cursos Profissionais.
Outro “dado preocupante”, apontado pelo estudo de José Ilídio Sá, diz respeito ao número significativo de sujeitos que admite desconhecer a identidade do seu agressor e que revelou não ter reportado a agressão de que foi alvo a terceiros, “comprovando aqui a forte relutância por parte da vítima em relatar o sucedido junto dos adultos, sobretudo na escola”. Sublinhado está também “o número igualmente significativo de situações em que os pares, na qualidade de testemunhas, revelaram adotar uma postura pouco ativa no sentido de cessarem os conflitos ou procurarem ajuda para o fazer”.
“Este é um problema que diz respeito a toda a sociedade e não apenas às escolas”, aponta José Ilídio Sá, autor da tese de doutoramento "Bullying nas Escolas: Prevenção e Intervenção" realizada no Departamento de Educação da UA. O Diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida (Espinho) sublinha que, no caso concreto do bullying eletrónico, “a fronteira entre o espaço escolar e o exterior torna-se quase impossível de delimitar”. Também por isso, “a responsabilização do agressor, quer seja na vertente disciplinar ou na criminal, torna-se assim muito difícil de comprovar e o próprio transgressor (re)conhece esse embaraço legal, chegando mesmo a explorá-lo ainda mais”.
“Uma vez que um número significativo de situações de ciberagressão tem como palco, para a vítima ou para o agressor, o espaço do domicílio”, o investigador aponta que “o papel das famílias assume particular relevância, designadamente no que diz respeito à vigilância e à monitorização dos padrões de uso e de consumo da Internet por parte dos jovens, e à definição de regras por parte dos pais”. Estas podem incluir e definir a monitorização dos tempos de utilização e dos conteúdos e a localização dos equipamentos, procurando, por esta via, inverter a “cultura do quarto” caraterística nestas faixas etárias.
O cyberbullying, garante o responsável, “traduz inquestionavelmente uma forma mais complexa de bullying”. Em muitos casos, surge como a continuação do bullying presencial, mas noutras situações desponta como o “espaço predileto do agressor”. O anonimato ou a falsa identidade do ofensor, a enorme quantidade de observadores presentes, a velocidade viral de propagação das ofensas, agressões e humilhações, ou mesmo a facilidade de acesso e a facilidade de acesso à Internet, smartphones com câmara fotográficas e de vídeo, tablets e a quantidade de postos com computadores disponíveis “tornam esta problemática muitíssimo difícil de combater e erradicar”.

Ofensas verbais é a agressão mais generalizada
A investigação de José Alves de Sá, que pretendeu delinear os fatores e as dinâmicas que caraterizam o fenómeno do bullying e que contribuem para a sua ocorrência, para que sejam encontradas estratégias e soluções eficazes na abordagem ao fenómeno, envolveu o estudo de duas turmas ‒ uma do 7.º e outra do 10.º ano ‒ e os respetivos 21 professores, entre setembro de 2010 e junho de 2011, daquela escola de Aveiro. Foram, por outro lado, aplicados dois questionários a 190 alunos (99 rapazes e 91 raparigas dos mesmos anos de escolaridade – anos iniciais de ciclo) e ainda efetuadas entrevistas a pequenos grupos no âmbito do projeto-piloto tendo como intervenientes alunos e docentes.
“Foi-nos possível apurar que as percentagens de vitimação de bullying presencial considerado por nós moderado se situavam abaixo dos 10 por cento, sendo que, para as ofensas sofridas de modo mais intenso, e passíveis de serem considerados efetivamente casos de bullying, esses níveis não ultrapassavam os 5 por cento para qualquer uma das formas de agressão apresentadas”, aponta o investigador.
De facto, e para as agressões sofridas “mais do que duas vezes” nos dois meses anteriores ao preenchimento do questionário pelos inquiridos (situações de frequência moderada), 8,4 por cento assinalou ter sido alvo de mentiras sobre si, 7,9 por cento de falsos rumores ou de gozo, 6,8 por cento de nomes impróprios, 5,3 por cento de empurrões e 3,2 por cento de insultos. A percentagem de alunos que foi alvo de agressão “uma ou várias vezes por semana” – forma continuada, mais grave e severa de bullying - não ultrapassou os 5 por cento.
Os dados indicaram igualmente as ofensas diretas verbais e indiretas como sendo as mais frequentes entre os adolescentes inquiridos, surgindo em terceiro lugar as de pendor direto físico. Os índices de vitimação apresentam valores superiores junto dos alunos mais novos, independentemente do seu género.

Quase metade das vítimas sofre em silêncio
A pesquisa permitiu apurar, ainda na ótica dos agredidos, que perto de 45 por cento dos jovens vítimas de agressão admitiu não ter reportado o sucedido a uma terceira pessoa tendo, por isso, “sofrido em silêncio de modo presumivelmente continuado e prolongado”. José Ilídio Sá chama ainda a atenção para o fato de, no papel de observadores, “cerca de 27 por cento dos jovens confessou também assumir uma atitude passiva ou de indiferença perante uma agressão testemunhada”.

Os que optaram pela denúncia fizeram-no a um colega (42,6 por cento) ou a um familiar (29,7 por cento dos casos, sendo que 23,8 por cento aos respetivos pais e 5,9 por cento aos irmãos). “Note-se que apenas uma percentagem muito residual de jovens (13 por cento) mencionou ter participado essa agressão a um adulto da escola”, diz José Alves de Sá.
Quanto à postura dos alunos perante uma agressão testemunhada, os dados atestaram que pelo menos perto de um quarto dos alunos (26,8 por cento) confessaram assumir uma atitude passiva ou de indiferença perante uma agressão testemunhada, um comportamento traduzido em nada fazer, virar as costas ou limitar-se a assistir.
“Estas duas realidades [“relato de agressões sofridas a terceiros” e “postura dos alunos perante uma agressão testemunhada”] confirmam indubitavelmente a grande margem de atuação que as escolas ainda dispõem a este respeito”, aponta o investigador.
“O aparente divórcio aqui verificado entre alunos e adultos nas escolas reproduz, por ventura, a falta de confiança ou o afastamento comunicacional e afetivo dos dois grupos. A aparente apatia dos mais novos no caso das agressões testemunhadas, indicia que devem ser desenvolvidos e incentivados os comportamentos de maior responsabilidade e assertividade social interpares”, acrescenta.

É urgente mobilizar escolas e famílias contra o bullying
O estudo confirma, em primeira instância, a necessidade de sensibilizar e de mobilizar toda a comunidade escolar para a problemática do bullying, prestando especial atenção ao papel vital que cada sujeito desempenha. José Ilídio Sá destaca, por outro lado, “a aposta que deve ser feita na vertente da informação e formação de professores, não docentes, alunos e pais com o claro propósito de serem criados e preservados climas de escola positivos e seguros”.
“A parte empírica do trabalho que realizámos veio confirmar e apontar para a existência de uma matriz assente em três pilares ‒ princípios estratégicos/operacionais ‒ fundamentais à estruturação de qualquer programa que vise prevenir e combater os comportamentos de bullying e cyberbullying nos estabelecimentos de ensino”, aponta.
Desde logo, “destacamos um primeiro pilar – o da sensibilização – e que se desmultiplica necessariamente na difusão de informação baseada em evidências [dados estatísticos e/ou testemunhos assentes em casos reais], na consciencialização de toda a comunidade escolar para a seriedade e perversidade dos fenómenos [realçando todas as possíveis consequências negativas] e para a necessidade de mobilização de todos os sujeitos, seja a direção, os professores, os assistentes operacionais, os alunos e as famílias”.
Segue-se o pilar central da confiança e “que se materializa nos mecanismos ao dispor da escola para obviar ou responder aos diversos relacionamentos de conflitualidade que vão surgindo”. Este “determina a promoção de um clima de escola caraterizado por ser positivo e seguro, alimenta-se da confiança depositada nas escolas, reforça os laços de amizade e de afetividade entre todos os elementos da comunidade escolar - com particular incidência no fortalecimento dos relacionamentos entre jovens e professores - ou da confiança nas capacidades individuais de cada um para evitar a ocorrência de comportamentos de agressão ou para os reportar a terceiros”.
Em terceiro lugar, “o pilar da ação que consiste na mudança de um paradigma assente na apatia, na indiferença ou na insensibilidade perante a dor ou a humilhação vivida por terceiros para um modelo mais humanista e solidário, em que os sujeitos se encontram plenamente capacitados para identificar os comportamentos de cariz ofensivo e disponíveis para agir de acordo com as circunstâncias”. Reflete, por conseguinte, conclui o investigador, “a Escola como palco para a aprendizagem e para o exercício pleno de valores cívicos – ajuda, amizade, convivência, cooperação, paz, solidariedade, tolerância”.
Investigação do diretor do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Gomes de Almeida (Espinho), José Ilídio Sá, pelo Departamento de Educação da Universidade de Aveiro

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Contra bullying, menina de 11 anos cria projeto que transforma vida de criança

Poetisa mirim incentiva público infantil a ilustrar e declamar poesias e planeja lançar livro de coletânea de textos

por Portal Brasil


"Era uma vez uma menina chamada Sol. (…) Ela se achava a menina mais feia do mundo! E se julgava assim porque era muito magra, alta e desengonçada. Usava aparelho nos dentes e havia muitas sardas pelo seu rosto. (…) Na escola em que Sol estudava, algumas meninas zombavam dela e isso a deixava ainda mais triste.”
– Trecho do conto “A menina que se achava a mais feia do mundo”
Julia Travassos tinha 10 anos quando começou a ser alvo de piadinhas maldosas de um coleguinha da escola. A insistência do companheiro de turma mexeu com a autoestima dela, que começou a apresentar um comportamento depressivo na escola e em casa. 
Julia, não queria mais voltar à escola. Ficou dois dias fechada em seu quarto, não se alimentava direito, não conseguia falar sobre o assunto. Ninguém sabia o que tinha acontecido, nem os pais nem a professora. A mãe, Verônica de Mello, já sem saber o que fazer, incentivou a filha, que escrevia contos e poemas desde os 6 anos, a por no papel o que sentia. Foi quando a menina fez o conto: “A menina que se achava a mais feia do mundo”.  Ao ler, Verônica entendeu quem era a personagem principal.
 Nesse mesmo dia, Julia começou a se sentir melhor. Voltou a se alimentar direito e tomou uma decisão: “Vou voltar a estudar e escrever outros contos e poesias para me sentir feliz sempre, e não ligar para o que falam de mim, pois sou uma menina inteligente e criativa, agora sei disso.”
 A história se passou em 2013 na comunidade do Meio da Serra, em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.
Em março deste ano, mãe e filha lançaram o livro de contos infantis “De um ponto eu traço o conto”, que reúne textos das duas, incluindo “A menina mais feia do mundo”. Desde então realizam juntas palestras sobre bullying para escolas da cidade. Falam sobre o quanto ações de discriminação e preconceito podem ser nocivas e indicam caminhos de superação por meio da arte.
 Aos 11 anos de idade, Julia mais uma vez surpreendeu.
“Eu estava ouvindo a minha mãe no telefone, ela falava sobre poemas com uma amiga. Foi quando tive a ideia de me reunir com minhas colegas aqui do bairro, para também fazermos poesia. Na mesma hora veio na minha cabeça o nome do grupo: Montando Versos. Pedi ajuda a minha mãe e começamos a nos reunir”, conta Julia.
A poetisa mirim idealizou um projeto em que a arte ajudaria outras crianças a também superar o bullying. Um grupo começou a se encontrar na casa da família de Julia e logo o espaço ficou pequeno. Atualmente as crianças se reúnem todas as sextas-feiras em uma sala de shopping cedida ao projeto. Verônica é quem coordena as atividades.
As crianças são incentivadas a escrever, ilustrar e declamar poesias e contos poéticos, com oficinas gratuitas. Em um processo criativo são combinados versos escritos por elas para montar poesias e contos poéticos a várias mãos. Em 2015, os escritores mirins planejam lançar um livro com uma coletânea dos textos criados por eles.
“As crianças começaram a desenvolver os textos e a estimular a criatividade. Todas apresentaram melhoras na língua portuguesa e os resultados já foram sentidos pelos pais e professores na escola”, relata Verônica de Mello. “É muito recompensador ver que este trabalho tem ajudado essas crianças a desenvolverem seus talentos e contribuído para que possam aperfeiçoar suas habilidades de escrita e até mesmo de socialização”, declara.
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Bullying étnico-racial e homofóbico serão temas de palestras para alunos da rede estadual

A 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) promoverá duas palestras sobre bullying para os alunos de escolas estaduais, orientadores educacionais, professores, alunos do Curso Normal e representantes da comunidade. A primeira delas, sobre bullying étnico-racial, ocorrerá nesta sexta-feira (21), nos turnos da manhã e tarde, no salão de eventos do Sindicato dos Professores Municipais (Siprom) de Cachoeira do Sul. O palestrante será o professor Jayro Pereira de Jesus. O início será às 8h30min.

No próximo dia 5, ocorrerá a segunda palestra, sobre bullying homofóbico, com Amilton Gustavo da Silva Passos, também nos turnos da manhã e tarde, com início às 8h30min, no salão de atos da Coordenadoria. A iniciativa é do Comitê Comunitário de Prevenção à Violência nas Escolas (Copreve) e faz parte de um roteiro de palestras que está ocorrendo nas cidades-sede de CREs, viabilizado pela Secretaria de Estado da Educação.

Conforme a coordenadora do Copreve na 24ª CRE, professora Beth Biscaglia, os alunos que participaram do curso de mediação de conflitos promovido pela Coordenadoria em 2013 e 2014 também são convidados para as duas palestras. A entrada é gratuita.

Fonte: Rádio Fandango

Richie Incognito se reúne com o Denver Broncos

Fonte: Jornal do Comércio


Após ser pivô de um escândalo de bullying na temporada passada, o guard Richie Incognito busca retomar a sua carreira na NFL. O Denver Broncos trouxe o jogador para exercícios e para uma reunião, porém ainda não se sabe se a equipe do Colorado vai assinar com o atleta.

Incognito não joga desde novembro de 2013, quando o Miami Dolphins o suspendeu. Na ocasião, ele e outros dois jogadores de linha ofensiva dos Dolphins foram acusados de praticar bullying com o colega de equipe Jonathan Martin. Em agosto, o guard foi liberado pela NFL para atuar novamente e chegou a negociar com o Tampa Bay Buccaneers. Porém, os Buccaneers assinaram com Logan Mankins, ex-New England Patriots, e Incognito continuou sem time.

Selecionado pelo St. Louis Rams na terceira rodada do Draft de 2005, Richie Incognito já atuou em 102 jogos como titular na liga e foi selecionado para o Pro Bowl em 2012. Além dos Rams e dos Dolphins, ele também já atuou pelo Buffalo Bills.  Em 2009, o guard foi apontado por outros atletas da liga como o jogador “mais sujo” da NFL, em uma votação promovida pelo Sporting News.


Colaborou Leonardo Fister @LeoFister

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Vittorio, filho de 16 anos de Luigi Baricelli, segue dieta radical

Na marmita da escola, ele leva 100g arroz e 150 de frango, e diz que por isso já sofreu bullying. Nos fins de semana, evita programas que o tiram do regime.


Luciana Tecidiodo EGO, no Rio


Vittorio Baricelli (Foto: Isac Luz/ EGO)Vittorio Baricelli, de 16 anos, exibe seus músculos: jovem tem apenas 9% de gordura no corpo (Foto: Isac Luz/ EGO)
Como diz Luigi Baricelli, "os filhos aprendem mais com o exemplo dos pais do que com as palavras ditas por eles". E confirmando essa regra, Vittorio, o filho adolescente do ator com Andréia Baricelli, incorporou direitinho o hábito saudável dos pais.
Como a família, que come só alimentos orgânicos, sem gordura e a açúcar, há um ano o jovem de 16 anos adotou uma alimentaçãocontroladíssima. Preocupado com a forma e fã do personal trainer Felipe Franco “quando ele era menos forte”, como faz questão de ressaltar, Vittorio pesquisou muito na internet até chegar ao cardápio que segue. O frango que consome é preparado na água sem sal, apenas com cebola, e pesado em uma balança digital. O pedaço que vai comer não pode ultrapassar 200 gramas. Em seu prato também só são permitidos 150g de batata doce.

Por conta de sua dieta, Vittorio já sofreu bullying dos amigos na escola. Tudo por causa da marmita que leva diariamente. “Me alimento a cada três horas. De manhã, antes de ir para a escola, como uma banana e uma omelete só de claras. Meu lanche no colégio é 100 gramas de arroz branco e 150 de frango. Almoço na escola arroz e salada, mas o frango eu levo, porque o de lá é feito com gordura. No início meus amigos me zoavam muito, mas agora se acostumaram com minha marmita”, conta ele que não bebe leite e repõe o cálcio com ajuda de suplementos.
Vittorio com o pai, Luigi Baricelli (Foto: Isac Luz/ EGO)Vittorio Baricelli pesa tudo que come
(Foto: Isac Luz/ EGO)
Na ampla geladeira que a família tem na cozinha em sua casa no Rio, há também hambúrgueres à disposição de Vittorio. Todos preparados pelo caseiro da família, com carne de patinho e mais nenhum tempero. O dia do lixo, no qual é permitido comer o que quiser sem culpa, praticamente é inexistente. “Ele substitui o pão pela alface americana, fazendo um embrulhinho da carne com ela. Vittorio disse que o patinho é a carne menos calórica”, explica a mãe Andréia, uma das maiores incentivadoras dos hábitos de vida do filho.
Orgulho dos pais
Andréia diz que fica tranquila com as escolhas de Vittório. Depois de passar o dia inteiro na escola, por volta das 17h, ele segue para a academia, onde treina musculação por 45 minutos. Para não sair da dieta, os programas do jovem nos fins de semana são em casa, sob o olhar atento dos pais. “Ele gosta de reunir os colegas para jogar pôquer. Tem vezes que dormem vários espalhados pelo quarto, em colchonetes. Vittorio gosta de fazer programas que não vão tirá-lo da dieta nem fazê-lo perder noites de sono, pois nos fins de semana, além da musculação, ele também gosta de jogar futebol”, conta a mãe.
Luigi e Vittorio Baricelli (Foto: Isac Luz/ EGO)Luigi e Vittorio tomam suco verde. "Quem come
bem tem menos chances de ficar doente", diz ator
Vittorio tomou gosto pela academia depois de passar férias na casa da família em Orlando, na Flórida. Nos EUA, foi apresentado por um amigo à musculação e não parou mais. Tudo o que sabe e segue hoje sobre queima de gordura, ganho de massa muscular e outros assuntos relacionados à boa forma foi através de sites e blogs. “Aprendi tudo pela internet. Era muito magrinho e tenho o metabolismo muito acelerado. Resolvi seguir essa linha para ganhar mais músculos e adoro”, comenta ele, que mede 1,79m e tem 9% de gordura no cor
Para ajudar o filho a organizar os suplementos que consome, Andréia mandou instalar uma estante no quarto dele, para armazenar os produtos que toma. “Quando tenho vontade de comer um doce, pego uma barrinha de proteína”, aponta Vittorio para a estante do quarto.
O pai, Luigi, também está feliz com rotina alimentar de Vittorio. “Ele tem acompanhamento médico e isso tudo só traz benefícios para seu organismo. Quem come bem e vibra pela saúde tem menos chances de ficar doente.”
Vittorio Baricelli (Foto: Isac Luz/ EGO)O jovem tem apenas 9% de percentual de gordura no corpo (Foto: Isac Luz/ EGO)
Vittorio Baricelli (Foto: Isac Luz/ EGO)Na camisa, homenagem ao personal Felipe Franco, noivo de Juju Salimeni, e inspiração de Vittorio (Foto: Isac Luz/ EGO)

domingo, 16 de novembro de 2014

Não é brincadeira: como o “bullying corporativo” destrói profissionais e empresas


Problema impacta produtividade, prejudica resultados e arrasa carreiras promissoras


Marcela Agra, www.administradores.com

A palavra bullying ganhou notoriedade no Brasil conforme mais e mais casos extremos e consequentes dessa prática encontraram lugar no cotidiano do brasileiro. Quer pontuados na mídia ou comentados em rodas de amigos, os casos não constituem mais  apenas um cenário tipicamente norte-americano no imaginário da sociedade, mas fazem parte de realidades ao redor do mundo, em vários níveis e esferas. E engana-se quem pensa que se trata de uma prática restrita ao universo jovem, como escolas, praças, condomínios e clubes.
Práticas de constrangimento e menosprezo para com colegas passaram a ser identificadas também no âmbito de trabalho como bullying. André Freire, presidente da Odgers Berndtson do Brasil, companhia especializada no recrutamento de executivos, cita a constante busca por produtividade e situação econômica mundial deprimida como fatores que tornam o ambiente de trabalho mais "nervoso", conjuntura que pode criar um clima de cobranças doentias. "A cobrança, quando mal administrada e feita por executivos já estressados e com baixo suporte emocional, pode acarretar bullying profissional", afirma.
Comportamentos que antes não levavam esse nome ou não se aglutinavam em um termo que os estabelecesse como um problema, passaram a ser considerados como tal em nível corporativo. Consequentemente, o bullying tornou-se objeto de estudos. A psicóloga Gisele Meter, com vasta experiência na área de Recursos Humanos, se dedica a pesquisar o tema como fenômeno social, com foco em identificar como ele se insere no ambiente profissional brasileiro. Ela define o bullying como "uma afirmação de poder através de agressão, feita de forma intencional e repetitiva, causando dor e angústia à vítima, que normalmente acaba tendo sua autoestima rebaixada e se sentindo cada vez mais fragilizada para reagir aos ataques".
No trabalho, essa prática frequentemente está relacionada ao abuso ou mau uso de autoridade, quando chefes e pessoas que ocupam posições de poder se sentem no direito de agredir seus subalternos. "O dono da empresa chamava as secretárias de jumento do Ceará, macaco e, inclusive, colocou uma campainha dentro da sala para espantar as funcionárias quando estavam sorrindo ou conversando", conta E.S., secretária.
Comportamentos como esse, que intimidam, agridem e humilham um funcionário, normalmente na frente de outras pessoas, geram sentimentos de impotência no alvo. A experiência de R.O., administrador na área de Varejo, confirma o conceito. "Quando a empresa falava muito em 'profissionalização', mas não dava base alguma aos gestores e heads, [o bullying] acontecia diariamente. Colaboradores sendo chamados de burros, sendo ameaçados de perder seus empregos, preconceitos 'indiretos', intimidações, apelidos pejorativos etc...", revela.

A desestabilização

À definição da psicóloga Gisele Meter, a médica do trabalho Margarida Maria Silva Barreto acrescenta a questão da desestabilização da relação da vítima com o ambiente de trabalho e com a organização, o que pode resultar em desistência do emprego. "Na última empresa em que atuei, sofria pressão e humilhações por ter crises alérgicas. [A chefe] falava que eu era uma doente, bem como também me dizia: 'você tem problemas psicológicos, precisa se tratar'. Falava para todos da equipe. E, por esse motivo, optei por me retirar da empresa", conta J.R.C., assistente técnica em telecomunicações.
A declaração de J.R.C. é um exemplo de quanto "a exposição de trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções", como define Margarida Barreto, pode afetar a vida da vítima desta prática, causando até a perda da fonte de seu sustento financeiro.

Bullying x agressão x assédio moral

Para a legislação brasileira, não existe ainda a diferenciação formal entre bullying, agressão e assédio moral, sendo todas essas práticas abarcadas pelo último termo, conforme a cartilha sobre assédio moral e sexual produzida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Está em trâmite, porém, projeto de lei (PL 1011/2011) que visa incluir o bullying como forma específica no Código Penal Brasileiro, tipificando o comportamento como crime contra a honra.
Na prática, pesquisadores e profissionais de RH costumam diferenciar o bullying do assédio moral e da agressão, para fins de entender cada fenômeno e criar ferramentas para melhor lidar com eles. O assédio moral geralmente se dá em relação vertical, em que há desigualdade de poder, e apenas um ato já o configura. A agressão também se constitui em um ato isolado, mas é considerada como tal tanto horizontal como verticalmente. O bullying pode acontecer em todos os níveis e seu grande diferencial é ser definido por ataques repetitivos, que se sucedem com certa constância durante um longo período de tempo.
O bullying é um padrão de comportamento marcado pela reincidência. Um ato que constitua assédio moral ou agressão não é necessariamente bullying. Por isso é que nem toda cobrança mais dura por parte de um chefe pode ser definida dessa forma. "É muito importante diferenciar bullying de cobrança firme de resultados. Esse fenômeno somente se caracteriza quando a cobrança é complementada pela falta de respeito ou a desmoralização do profissional frente a seus colegas, de forma frequente", explica André Freire, presidente da Odgers Berndtson do Brasil.

Quem faz e quem sofre

O que levou a psicóloga Gisele Meter a se aprofundar no tema foi o fato de ter se deparado com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Bullying no Trabalho, organização norte-americana que estuda o bullying profissional. Os dados mostravam um crescimento da prática entre profissionais mulheres; segundo o estudo, são 50,2% delas que fazem esse tipo de agressão no meio profissional, contra 44,7% dos homens. Essas informações despertaram na psicóloga a curiosidade com relação à situação no Brasil.
Seus estudos, que consideram especialmente a questão de gênero no bullying profissional, levaram-lhe à conclusão de que esse tipo de comportamento em solo brasileiro é equilibrado entre os gêneros. Gisele Meter entrevistou 306 pessoas de ambos os sexos e diferentes cargos e empresas, em 19 estados, com idades entre 18 e 61 anos. Ela constatou que não existem diferenças significativas entre os homens e mulheres na prática do bullying, de acordo com as respostas obtidas.
Em sua experiência, porém, Gisele afirma ver mais mulheres praticando bullying velado, através de fofoca, exclusão e maledicências, e mais homens realizando agressões abertas, por meio de xingamentos e apelidos pejorativos. "Este é um viés pessoal que já observei dentro da minha empresa, que conta com aproximadamente 300 colaboradores, e que é diferente do apontado na pesquisa", afirma, deixando claro que essa é a realidade do seu local de trabalho e não uma regra.
O perfil de quem pratica o bullying, portanto, não é exatamente padronizado. Os comportamentos abusivos é que apresentam traços em comum. Apesar de acontecer normalmente em nível vertical, quando relações de comando ultrapassam os limites do saudável, o bullying horizontal é surpreendentemente comum.
Pode ser mais difícil percebê-lo pois geralmente em relações horizontais os abusos se disfarçam como "brincadeiras" e comportamentos passivo-agressivos, como no caso de A.T., que atua no setor financeiro de uma empresa. "Já falaram que eu preciso de um spa. Ontem me compararam a uma atriz muito feia. Riram de mim. Debocharam de mim. Fui embora chorando e ainda estou muito mal", disse.
Os números comprovam a gravidade do problema: pesquisa feita pelo já citado Instituto de Bullying no Trabalho dos Estados Unidos, divulgada em 2014, mostrou que 72% dos empregados norte-americanos estão sendo ou já foram vítimas, ou conhecem casos de bullying profissional. Dentre esses, 28% afirmam que essa prática partiu de colegas e não de chefes.
A história de P.L., assistente contábil, exemplifica como o bullying horizontal é comum no ambiente corporativo. "Eu sempre fui boa funcionária, e em uma certa empresa estava me destacando muito, o que causou inveja e incômodo nos demais, que se juntavam e faziam fofocas para o diretor, socavam meu braço quando passavam por mim e fingiam que foi sem querer, davam beijo no pescoço e riam", conta. 
Eduardo Carmello, diretor da Entheusiasmos, empresa especializada em gestão de talentos, reforça esse ponto. “Esse é um fenômeno ainda invisível nas empresas, quando as pessoas sofrem assédio por parte de colegas. Por incrível que pareça, esse tipo de bullying tem geralmente a ver com o fato de a vítima ser um bom profissional, ter ótimo desempenho e começar a incomodar os colegas, que se sentem ameaçados”, explica.
Ainda segundo a pesquisa do Instituto de Bullying no Trabalho, 37% das pessoas que mais sofrem com a prática do bullying são consideradas gentis e dotadas de compaixão, enquanto 22% conseguem driblar o bullying ou de alguma forma lidar com ele. Pessoas agressivas e abusivas são normalmente os agressores.

Consequências: o ciclo sem fim

A prática do bullying obviamente afeta grandemente a vida da vítima, não só em aspectos psicológicos, mas também físicos, em casos mais graves. Os níveis de estresse podem afetar padrões de alimentação e de sono, contribuindo para um estado de depressão e pessimismo. "Entrei em depressão e saí dessa empresa com muito medo. Hoje estou bem melhor, sei lidar melhor, mas cheguei a ter transtorno delirante com as brincadeiras, fora a depressão e síndrome do pânico", compartilha P.L., assistente contábil.
Essas consequências são prejudiciais para a empresa também. A pesquisa realizada por Gisele Meter revelou a existência de um ciclo nocivo para as organizações, advindo do bullying. Por ser muitas vezes um conjunto de comportamentos difícil de ser identificado de fato como um problema, o bullying pode passar despercebido e só ser notado quando já está ocorrendo em nível avançado.
"O ciclo do bullying se inicia com a raiva, passando para o sentimento de humilhação, vergonha, impotência, baixa autoestima e tristeza. E o que se percebe é que, já no segundo estágio, impacta a produtividade do indivíduo, e a partir do penúltimo estágio pode envolver estresse, afastamento do emprego e, em último grau, depressão ou até mesmo fobia social", afirma Gisele, com base em sua pesquisa. As consequências individuais, portanto, ultrapassam os limites do pessoal e prejudicam o ambiente ao redor do funcionário.
André Freire reforça a fala de Gisele, apontando a diminuição da produtividade, clima organizacional negativo, medo e falta de transparência de funcionários que temem repreensões como desdobramentos do bullying que são extremamente prejudiciais para as organizações. A perda de um colaborador talentoso, o descontrole da harmonia da empresa, a alta rotatividade de funcionários, todas são consequências de um ambiente em que faltam confiança e respeito.
Recontratar funcionários que deixam a empresa por serem alvos do bullying, gastar tempo resolvendo conflitos relacionados à prática e até potenciais processos trabalhistas são elementos que podem ser evitados com a adoção de uma política preventiva. O objetivo deve ser evitar que os funcionários sejam impedidos de contribuir com o melhor desempenho possível para a organização por causa de um clima de medo e da quebra de confiança.

Existe luz no fim do túnel

Somado ao fato de que o bullying profissional pode ser de difícil identificação há a dificuldade de falar abertamente sobre o tema. Essa situação pede mudança. Pessoas que estão em posição de poder nas empresas precisam tratá-lo como um problema relevante a fim de que ele deixe de fato de ser um problema. Um dado curioso da pesquisa realizada por Gisele Meter é que apesar de as pessoas saberem quais são os impactos do bullying, 32% dos respondentes afirmaram não saber dizer se já praticaram ou não bullying no ambiente de trabalho. Essa informação reforça a importância da discussão aberta sobre o tema no mundo corporativo.
O estudo mostrou ainda que 58% dos participantes já sofreram bullying profissional, e 89% deles acreditam na importância de adotar políticas claras contra esta prática. Apenas 5% afirmam trabalhar em empresas nas quais há políticas anti-bullying por escrito. A instauração de uma atitude clara em relação ao assunto é, portanto, urgente. No caso do bullying, a máxima "antes prevenir do que remediar" cabe perfeitamente.
"O ideal é que o primeiro passo a ser dado seja a instauração de politicas claras de anti bullying, além de muita conversa sobre o tema. Outra coisa que percebo é que quando falamos sobre isso, as pessoas acham que é apenas uma brincadeira e que a empresa estaria tolhendo o direito dos trabalhadores de se expressar e interagir", lamenta Gisele Meter. Por esse motivo é que a psicóloga afirma a necessidade de explicar claramente, através de palestras, cartilhas e discussões em grupo, a diferença entre brincadeiras saudáveis e bullying. No segundo caso, a diversão não é compartilhada, mas alcançada através do sofrimento de outras pessoas.
André Freire aponta como alternativas serviços externos de suporte, como por exemplo ouvidorias, para que os funcionários possam denunciar abusos sem medo de represália. Além disso, o envolvimento do RH com treinamentos de liderança é importante para esclarecer a diferença entre cobrança de resultados e assédio moral. Acima de tudo, é preciso pensar e lidar com o bullying de forma séria. "É preciso saber que bullying é um tipo de violência e deve ser tratado como tal", conclui Gisele Meter.

Primeiro-ministro australiano promete “atirar ao chão” Vladimir Putin

por David Santiago | dsantiago@negocios.pt
Na véspera da cimeira que reúne as 20 maiores potências económicas mundiais, os primeiros-ministros da Austrália e do Reino Unido fizeram duras críticas a Vladimir Putin que acusam de tentar reeditar os feitos da antiga União Soviética. Ambos acusam Putin de estar a fazer “bullying” com a Ucrânia.
As palavras do primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, que antecipam a recepção a Vladimir Putin, presidente russo, no âmbito da cimeira do G-20, não foram nada calorosas. Antes pelo contrário. Abbott garantiu que terá uma atitude dura para com o líder russo, tendo mesmo prometido "atirar ao chão" Putin, fazendo referência a uma jogada, bastante agressiva, típica do futebol australiano – "shirtfront".

Apesar de o encontro, em Brisbane, dos líderes das maiores 20 potências económicas mundiais só se iniciar este sábado, prolongando-se até domingo, Tony Abbott, acompanhado pelo primeiro-ministro britânico David Cameron, em Camberra, sustentou que com a sua atitude autoritária, Putin parece querer "recriar as velhas glórias do czarismo e da União Soviética".

O Financial Times escreve que para adensar o clima internacional de alguma forma semelhante ao da Guerra Fria, Vladimir Putin ordenou que uma frota de quatro navios militares russos se dirigisse até próximo da costa de Queensland, a cerca de 100 km de Brisbane, cidade que acolherá o encontro dos representantes das maiores economias mundiais.

Possivelmente acossado por esta decisão do Kremlin, o governante australiano notou que este tipo de comportamento "assertivo" por parte da Rússia se enquadra perfeitamente naquilo que designou de prática de "bullying" que Moscovo tem prosseguido em relação à Ucrânia.

Tony Abbott criticou também a detecção de aviões militares russos a sobrevoar o espaço aéreo japonês, algo que sucede já depois de a força aérea russa ter sido detectada a sobrevoar zonas económicas exclusivas do oceano Atlântico. Esta quinta-feira, as autoridades norte-americanas revelavam que, nos últimos meses, a Rússia tem realizado um número crescente de voos junto à costa da América do Norte.

"A Rússia teria muito mais a ganhar se aspirasse a ser uma potência pela paz, liberdade e prosperidade", sublinhou Abbott. Recorde-se que o avião da Malaysian Airlines presumivelmente atingido pelas forças separatistas ucranianas transportava 28 cidadãos australianos, facto que poderá também contribuir para o ambiente tenso que aguarda Putin em solo australiano.

Cameron acusa Putin de "bullying" e ameaça com mais sanções económicas

David Cameron, num discurso feito esta sexta-feira no parlamento australiano, lamentou que "alguns países, simplesmente, não pareçam feitos para a democracia", numa clara alusão a Moscovo.

Cameron também enveredou pela comparação com a prática de "bullying" ao referir-se à actuação moscovita nas regiões do leste da Ucrânia, que classifica de "inaceitável", isto numa altura em que a NATO afiança que nos últimos quatro dias se tem assistido à continuada entrada de forças militares russas em solo ucraniano.

"É um país grande a fazer 'bullying' a um país pequeno na Europa. E nós já vimos as consequências deste tipo de acções no passado. Devíamos aprender as lições da história e fazer com que não se repitam", insistiu o líder inglês.

A reunião do G-20 que começa amanhã pretende discutir quais as formas para alcançar o crescimento económico, num momento em que a economia global se encontra em claro arrefecimento, também provocado pelas tensões geopolíticas internacionais como é o caso da crise na Ucrânia e do Estado Islâmico.

A penalizar as trocas comerciais mundiais está também a guerra de sanções entre Moscovo e o ocidente, na sequência das acções russas na Ucrânia. Washington alertava esta semana para a possibilidade de um agravar das penalizações económicas contra o Kremlin, isto já depois de Angela Merkel, chanceler alemã, ter admitido isso mesmo na semana passada.

Cameron avisou esta manhã que "se a Rússia continuar a piorar a situação, nós poderemos aumentar as sanções". "Tão simples como isso", atirou o líder britânico. A reunião deste sábado e domingo dificilmente poderá passar ao lado das questões geopolíticas que poderão, mesmo numa altura de abrandamento da economia global, concentrar mais atenções do que as questões puramente económicas. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sara Sampaio nega-se a ser vítima de bullying

Sara Sampaio tem orgulho no corpo e em ser magra. Numa mensagem no Facebook, que escreveu em inglês, a manequim do Porto garantiu aos críticos que não vai deixar ser maltratada por ser magra. “Provavelmente como mais ‘burguers’ do que vocês”, afirmou.
Fonte: PT Jornal
Sara Sampaio, a mais prestigiada manequim portuguesa, voltou a atacar quem ataca os modelos por serem (excessivamente) magros
Numa mensagem no Facebook, escrita em inglês (reside em Nova Iorque, nos EUA), Sara Sampaio garante que não se deixa intimidar por qualquer “bully”.
“Tenho orgulho no meu corpo e não vou deixar que me façam bullying só porque sou magra!”, garantiu.
“Todos os corpos são diferentes e cada metabolismo é diferente! Eu como imenso, por isso da próxima vocês que um de vós me mande comer um ‘burger’ lembrem-se que, provalmente, eu como mais ‘burguers’ do que vocês, só que sempre fui magra e provavelmente sempre serei”, comentou.
No texto, Sara Sampaio lembrou que, por motivos de saúde, faz exercício físico, pelo que se sente “saudável e feliz”.
“A quantidade de ódio com que tentam atingir-me e a outros modelos que são naturalmente magros é ridícula! Vocês não nos vêem a lamentar termos um corpo mal formado, por isso não venham vocês lamentar o nosso corpo. Sejam felizes com o vosso corpo e parem de acusar os outros, sejam magros, gordos, em forma, com mamas grandes, mamas pequenas, etc. Não espalhem o ódio”, concluiu a modelo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Fernanda Paes Leme afirma que sofre bullying por conta do bigode grosso do namorado

Atriz fala com bom humor sobre as piadas envolvendo o produtor de eventos

Fernanda Paes Leme, 31, revelou que por conta do seu novo namorado, o produtor de eventosMarcel Mangione, ela tem ouvido bastante piadinhas por aí.

“Sofro bullying dos amigos por conta da história do bigode grosso (risos)”, disse a atriz ao jornal “Extra” se referindo ao visual do companheiro.

Sem querer falar muito do relacionamento, a famosa explicou que pretende deixar o amado longe dos holofotes. “Quero preservar o cara, porque ele não é do meio (artístico). Mas estou muito feliz”, garantiu ela.

Fernanda e Marcel estão juntos há poucos meses. Há algumas semanas, os dois foram vistos aos beijos em um barzinho na região do Baixo Gávea, no Rio de Janeiro. 

 FERNANDA PAES LEME

Sucesso contra obesidade infantil

DIÁRIO DA MANHÃ
DA BBC NEWS


Um projeto que incentiva mudanças no estilo de vida de crianças e suas famílias está sendo adotado na Dinamarca com o objetivo de combater a obesidade infantil - hoje uma epidemia global. 
Na cidade dinamarquesa de Holbaek, 1,9 mil crianças foram atendidas e 70% delas conseguiram manter um peso adequado por quatro anos após ajustar até 20 aspectos de seu estilo de vida.
A forma como o projeto lida com a criança e seus familiares difere dos “pequenos passos” das dietas tradicionais.
O plano começa com as crianças sendo internadas durante 24h em um hospital para uma bateria de exames, medição da gordura corporal e preenchimento de um questionário sobre hábitos alimentares e padrões de comportamento.
O programa exige amplas mudanças de estilo de vida para derrotar a resistência natural do corpo a perder gordura. Cada criança tem um tratamento personalizado para modificar entre 15 e 20 hábitos diários. "Não é divertido. É dureza", diz o médico Jens Christian Holm, que coordena o projeto, a Jakob Christiansen, de dez anos, durante uma consulta.
Jakob pesa 72 kg, pelo menos 20 kg acima do ideal. Ele tem sofrido bullying na escola, depressão, e compensado esses dissabores comendo doces para buscar conforto emocional. "Ele comia (doces) escondido", diz a mãe, Elisabet. "Só queremos que os médicos ajudem Jakob a perder peso para que ele volte a ser um menino feliz."
Jakob conta ao médico que pedala 3 km para ir à escola. Mas o exercício, por si só, não basta para combater o que o pediatra chama de "doença crônica".
Leia mais: Nutricionistas recomendam 'apenas água' em refeições para combater obesidade infantil Entre um teste e outro, o menino almoça peito de frango sem pele, cenoura crua, pimentão vermelho e salada verde. "Vai ser difícil, mas lutarei com todas as minhas forças. Sei que vou sentir falta do açúcar e de ser preguiçoso", diz Jakob.
'Negligenciadas'
"Em geral, crianças obesas são negligenciadas", argumenta Holm, acrescentando que a obesidade é algo muito difícil de combater sozinho.
"São muitas vezes solitárias e muitas não participam de atividades com seus colegas. Têm baixa autoestima. Com o programa, elas têm uma chance real de perder peso e melhorar sua qualidade de vida."
A mudança de hábitos é essencial para evitar que a obesidade persista e que os pacientes "se sintam frustrados e perdidos". Holm acredita que o programa possa ser replicado em outros países. Até o momento, foi adotado por oito cidades dinamarquesas.
No distrito de Hedensted, oeste do país, o projeto é coordenado pela agente de saúde Rikke Christensen, que diz que a abordagem é melhor do que outras usadas no passado. "Infelizmente, vimos diversas vezes como era difícil envolver as famílias. Agora finalmente encontramos uma forma", diz.
Um de seus casos de sucesso é o de um menino de nove anos que tinha 40% de gordura corporal e pressão alta. Era introvertido, ia mal na escola e evitava exercícios físicos.
Ele ainda está em tratamento, mas reduziu sua gordura corporal em 25%. Está mais expansivo, participou de uma corrida de 5km e começou a jogar futebol.
Mudança de vida
Holm é um forte crítico do tempo que as crianças gastam passivamente diante do computador ou da TV. Algumas ficam grudadas na tela por até 12 horas diárias - sendo que o limite defendido por ele é de 2 horas. "Toda a vida precisa mudar, porque (as crianças) tendem a ficar solitárias, envergonhadas de si mesmas. Elas precisam interagir com outras crianças em sua vida diária."
Os participantes do programa de Holm também têm que dormir na hora certa, para garantir uma quantidade adequada de horas de sono. Algumas pesquisas sugerem que isso pode ajudar a controlar a obesidade, ao regular hormônios e reduzir o ímpeto do corpo cansado de consumir "bobagens".
Mike Nelausen, 14, se tornou um caso de sucesso para o projeto em Holbaek: perdeu 25 kg dos 85 kg que pesava e parou de ser alvo de bullying. "O começo foi difícil, mas ficou mais fácil quando se tornou parte da minha rotina", diz ele. "Eu vivia triste por causa do bullying, mas agora estou mais magro. E mais feliz, tenho mais energia. E não fico mais desanimado quando subo na balança."
Sua mãe, Karina, chora ao recordar a vida antes da reeducação de hábitos. "Era muito difícil vê-lo daquele jeito. Tentávamos de tudo, e ele continuava a ganhar peso. Quando finalmente começou a funcionar, ficamos muito felizes."
No jantar, Mike come apenas uma porção de comida, em vez das três que consumia antes, regada a água com gás.