quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Quase metade dos jovens brasileiros já sofreu bullying no trabalho

Pesquisa feita com jovens estudantes e estagiários revelou que metade deles já foi vítima do bullying. ‘Se você não ligar, diminuiu’, diz um jovem.


Fonte: Jornal Nacional TV Globo

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Uma pesquisa concluiu que o bullying não é só uma realidade das escolas brasileiras. Para muitos jovens, ele continua no mercado de trabalho.
Os cabelos compridos e o jeito que não é o do típico machão foram a deixa.
“Incomodava piadas sem graça, sabe, assim, tipo: ‘ah, falar do cabelo’. O que mais teve piada foi cabelo e o meu jeito”, lembra um homem.
O motivo pode até variar, mas o desconforto com as brincadeiras de mau gosto não. No primeiro estágio, aos 14 anos, o problema dele era o com o próprio nome.
“Sempre colocando apelidos, estereótipos ou coisa do gênero”, afirma um outro homem.
Ele se dá bem com o nome, mas teve dificuldade em lidar com as provocações.
“Começava com piadinhas, tal, até aí sem problemas. Mas chega um certo ponto e começava a ficar chato, crítica a situação, entendeu?”, diz o homem.
Ruim para quem já é mais velho e experiente, o bullying pode ser pior ainda para quem é jovem e está só começando a carreira. E apesar de toda discussão sobre o assunto, no ambiente de trabalho, o respeito ainda parece longe do ideal. Uma pesquisa feita com 5 mil jovens estudantes e estagiários no Brasil revelou que pelo menos metade deles já foi vítima do bullying.
E 33% disseram levar na esportiva para não sofrer ainda mais, mas 7% admitiram que foram vítimas e reagiram praticando bullying. Dois extremos de jovens que não sabem direito como dar um basta em situações que vão da zombaria ao assédio moral. Um mal que deve ser cortado pela raiz.
“O bullying ele veio de uma questão meio infantil que não foi corrigida, do se aceitar, aceitar o outro como ele é, e muitas vezes a gente pratica o bullying para apontar o defeito do outro pra que ninguém veja o meu”, explica Rafaela Gonçalves, responsável pela pesquisa.
Descobrir parceiros e maneiras de enfrentar é sempre um grande alívio.
“É meio bola de neve, sabe? Mas eu acho que se você não ligar, diminui, do que se você se sentir ofendido e acabar, tipo, ficando pior”, afirma um homem.
“Já tento conversar com os superiores, encarregados responsáveis pelo setor para poder estar deixando a situação um pouquinho mais tranquila”, conta outro homem.

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