sábado, 30 de abril de 2016

E Se Fosse Consigo? Bullying em debate

Um teste da tolerância dos portugueses às agressões e insultos a um jovem por três colegas, no meio da rua, dará o mote para o próximo programa de Conceição Lino E Se Fosse Consigo? Bullying em debate, em simultâneo na SIC e SIC Notícias, segunda-feira, às 20h50


Segundo indicam estudos recentes, mais de 20% da população escolar entre o 6º e o secundários já esteve envolvida em situações de bullying (6,3% como agressores, 19,4% enquanto vítimas). Apesar de todas as campanhas, apesar de todos os alertas, há crianças acossadas, humilhadas e maltratadas, que continuam a padecer de um sofrimento em silêncio.
O bullying é descrito como um fenómeno, que começou a ter a atenção da comunidade escolar e de psicólogos, a partir dos anos 90, e refere-se a um certo tipo de agressão, verbal ou física, na escola ocorrendo entre pares.
São atitudes quase tribais, que não se enquandram em comportamentos racionais, difíceis de entender, e, muitas vezes, a vítima, embora não padronizável, apresenta sinais de fraqueza, de timidez ou alguma característica diferenciadora, que a distingue dos restantes.
No vídeo, o depoimento angustiante de Paula Machado, uma mãe de uma criança que começou a dar, em casa, todos os sinais que os pedropsiquiatras identificam como alerta de bullying: ansiedade, depressão, auto-agressão, solidão, alterações de sono, rejeição da escola e até queixas psicosomáticas. Com apenas 12 anos, o menino é medicado com anti-depressivos e têm de tomar calmantes meia hora antes de ir para a escola.
Em plena luz do dia, numa artéria movimentada, três rapazes atacam verbal e fisicamente um colega. São três contra um. Quem vai achar que são coisas de miúdos e não se quer envolver? Quem se indigna e tenta proteger a criança, alvo das agressões dos colegas?

Bullying: e se fosse o seu filho?

Por  ANA LÚCIA MARTINS, JORNALISTA SIC

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MICHAEL C GRAY

Quantas vezes chegou a casa e perguntou ao seu filho "como correu a escola hoje?" Quantas vezes obteve uma resposta além de "correu bem". Nem sempre corre bem. Se olharmos para os mais recentes estudos, um terço dos jovens são vítimas de "bullying". Se assim for, não é errado concluir que mais de um terço serão agressores. Isolados ou em grupo, numa turma que compactua, são responsáveis por humilhações, agressões, maus tratos, exclusão ou ofensas feitas a outras crianças e outros jovens. Este tipo de violência que acontece em contexto escolar e de forma continuada envolve quem sofre, quem maltrata e quem não denuncia.

Paulo Costa, presidente da Associação Anti-bullying com Crianças e Jovens, sublinha a importância de os pais conversarem com os filhos: "Não digo conversar diretamente sobre se é vítima ou agressor mas podem dizer que ultimamente se fala muito de "bullying" e perguntarem como é o ambiente na escola. Não há colegas que tu vês sejam maltratados, excluídos? Através desta conversa podem ser sinalizados casos."

Paula Machado nunca imaginou que esta realidade lhe batesse à porta. O filho foi vítima de "bullying" muito antes de ela ter percebido os primeiros sinais. Passou a não querer ir à escola e as manhãs foram-se tornando cada vez mais difíceis assim que se aproximava a hora de ir para a escola. "Ele acordava de manhã a chorar e dizia: mãe como vai ser?". Chegou ao ponto de ter de tomar medicação, "para acabar o último período do 5º ano de escolaridade foi a meio de calmantes meia hora antes de sair de casa porque ele começou a fazer recusa escolar ".

Paulo Costa deixa ainda outro alerta aos pais "É preciso que os adultos reflitam sobre as suas atitudes porque muitas vezes são os próprios adultos a promover comportamentos de "bullying", comportamentos agressivos que naturalmente as crianças tendem a captar. Aquilo fica. Pode numa primeira fase não ser consciente mas vai para o subconsciente e se o adulto é de referência a criança pode pensar 'se ele fez eu também posso fazer'".

Ser um exemplo em casa pode fazer do seu filho um exemplo na escola. Estar atento aos sinais pode fazer a diferença na vida de quem mais gosta e na vida dos colegas. E se fosse o seu filho? Fosse ele vítima, agressor ou espectador, estaria disposto a intervir?

Depois de sofrer bullying por mancha no rosto, atriz faz ensaio para mudar padrões

bela atriz Paige Lauren Billiot de 23 anos, vive em Los Angeles, nos Estados Unidos. Ela sabe que sua carreira foi comprometida por ter parte do rosto coberto por uma mancha vermelha, que a acompanha desde o nascimento, mas a bela não desistiu fez um lindo ensaio para celebrar a sua marca registrada e engajar as pessoas a se amarem como são

“Eu criei este projeto para dar um espaço criativo para as pessoas colocarem luz nas suas ‘falhas’. Convido outras pessoas para celebrarem suas qualidades únicas e se juntarem ao projeto mandando seus trabalhos” escreveu a bela na apresentação do projeto.

Os registros estão reunidos em perfis no Tumblr e no Instagram. O projeto traz uma série de fotos clicadas por fotógrafos diferentes

Jessica Chastain revela que foi alvo de bullying na escola

Jessica Chastain revelou que foi alvo de bullying na escola. Em entrevista à Modern Luxury Magazine, a actriz de 39 anos conta que não era uma miúda «cool».


No editorial, Jessica Chastain posa para Brian Bowen Smith com peças de nomes como Stella McCartney, Bibhu Mohapatra e Givenchy.
«A escola não me correu lá muito bem. Era estranha e esquisita, não tinha muitos amigos. Tinha uma permanente horrorosa. Fritei o meu cabelo e tinha uma «afro» ruiva. Eu usava botas de cowboy. Definitivamente, não era uma miúda com estilo», relata.

Vítima de bullying por ser gago e ter falta de autoestima

O programa "E se fosse consigo?" de segunda-feira aborda o bullying e as consequências para as crianças e jovens. A discussão sobre o tema está a decorrer nas redes sociais e há já testemunhos. Fábio Roma partilha episódios de bullying de que foi vítima e o que sofreu em silêncio durante dois anos. O rapaz atribui a gaguez e a falta de autoestima ao bullying de que foi vítima na escola.

Maquiadora das famosas, Sal Moretti quer ser primeira bispa trans do Brasil

Ex-funcionária de Preta Gil é membro da igreja Pentecostal Ana Batista, no Rio. Ela contou história para o EGO: 'Cheguei a pedir para Deus me levar'


Laís GomesDo EGO, no Rio


Sal Moretti (Foto: reprodução/instagram)
Desde criança, Salvador Moretti sabia que era diferente dos outros meninos. O menino de Suzano, na Grande São Paulo, usava as roupas, sapatos e bijuteria das irmãs, não gostava de brincar de bonecos, pipas e sofria bullying na escola. Aos 9 anos, ele foi pela primeira vez a uma igreja evangélica levado por uma vizinha. Lá, ele frequentava os cultos e estudos e achava que seus sentimentos homoafetivos eram uma fase.
Aos 14 anos, Salvador teve certeza da sua homossexualidade. Foi quando decidiu contar aos seus pais. "Eu só tinha amigas mulheres, só andava com meninas, comecei a perceber que o que eu sentia era desejo por homens. Quando a puberdade chegou e começaram nascer os pelos em mim, fiquei incomodada. Eu achava que o meu desenvolvimento seria como o das minhas amigas e aquilo criou um conflito na minha mente. Eu já tinha percebido que era gay, não queria viver escondida, sempre tive uma liberdade grande, mas tinha medo da reação dos meus pais. Contei para minha mãe de uma forma espontânea. Ela ficou chocada, calada, mas entendeu. Para o meu pai contei alguns meses depois e a reação foi diferente, ele ficou um ano sem falar comigo. Meu pai nasceu em 1934, teve um pai algoz, uma infância pobre, catava lixo e eu tinha medo de como seria essa relação com a minha família. Minhas irmãs também não aceitaram, criticaram e ficavam na cabeça do meu pai dizendo que ele tinha que dar um jeito em mim, me levar para o psicólogo. Com essa crise me sentia invadida e incomodada e não achava que elas tinham esse direito", disse ao EGO.
Bullying na escola
A partir do momento que se assumiu, Sal passou a se vestir como mulher. Ia para escola usando calça de lycra, salto, cabelo vermelho. Até o dia que sofreu seu maior bullying, na escola. "Lembro que fui com uma calça verde abacate para o colégio, estava na 8ª série. Fui vaiada pela escola interia no intervalo. Eram 1.500 alunos. Foram dez minutos de vaias, só as duas amigas que andavam comigo ficaram do meu lado. Fiquei em choque. Elas me levaram para a diretoria. Chamaram meu pai, fiquei uma semana com febre, abalada, mas entendi que a vida seria daquele jeito e que eu precisava ser forte. Desde esse dia nada mais me intimidou", conta.

Afastamento da igreja
Aos 15 anos, Sal voltou para a igreja a convite de outra tia, mas, os pastores disseram que ele precisava se libertar. Ele conta que fez de tudo para se livrar da homossexualidade. "Eu creio que Deus pode fazer o que ele quiser. Sei que existem propósitos de Deus, então fui buscar essa libertação. Quero que fique claro que eu acredito. Eu vivi nesse conflito por três anos, deixei todos os meus amigos e fui buscar essa libertação que disseram que eu precisava. E eu realmente aceitei isso, pedia isso pra Ele, pra tirar esse sentimento de mim, do meu coração. E isso não acontecia, mas não porque Deus não pode, era porque não era isso o que Ele queria para mim". Mais uma vez, Salvador saiu igreja. Foi aí que começou a estudar e depois passou a trabalhar como maquiador em uma emissora de televisão.
Depois, Salvador conheceu e passou a trabalhar com a Bispa Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, onde ficou por dois anos. "Frequentei a Renascer por 2 anos. Sou muito grata a Bispa. Ela dizia para eu ser eu quem eu sou e não deixar Jesus, também dizia para eu não entregar o meu corpo para qualquer pessoa, porque nosso corpo é templo, lugar onde mora o Espirito Santo. Até hoje seleciono muito as pessoas com quem vou me relacionar", diz.
Sal Moretti e famosas (Foto: reprodução/instagram)Algumas das artistas com quem Sal trabalhou
(Foto: reprodução/instagram)
O reconhecimento profissional
Aos 23 anos, quando conheceu a atriz Paloma Duarte, Sal Moretti se mudou para o Rio de Janeiro. Foi então que ele conheceu também a cantoraPreta Gil, com quem trabalhou por sete anos. "A Paloma me ajudou muito! Ela pagou minha mudança e por um tempo me deu dinheiro para pagar minhas contas. Depois conheci a Preta. Viramos amigos. Ela estava começando a carreira dela quando começamos a trabalhar e viajar juntos. Sou eternamente grata às duas. Morei com a Preta por dois anos, ela é minha irmã de alma, me abriu muitas portas. Conheci o Brasil todo, vários países do mundo, fiquei de frente com muita gente importante, fiz o meu nome", conta ele que também já trabalhou com Anitta, Fernanda Paes Leme, Giovanna Ewbank e Adriane Galisteu, entre outras famosas.
A 'separação' de Preta Gil
Apesar do sucesso profissional, Sal Moretti desenvolveu uma depressão profunda e teve vontade de morrer. Foi quando decidiu que devia deixar de trabalhar com Preta Gil e cuidar mais de si mesmo. "Passei a sentir uma angustia, achava que era porque eu não estava indo à igreja e que Deus estava me castigando. Viajei o mundo todo, conheci pessoas importantes, mas tinha um vazio grande, vontade de morrer, comecei a ter uma depressão que virou síndrome do pânico, fiz terapia e quando a Preta casou cheguei a conclusçao de que precisava de tempo pra mim. Eu não me aceitava mulher porque não aceitava que Deus me aceitava sendo gay. Eu não me reconhecia. No dia do meu aniversário de 30 anos pedi a Deus para morrer. Ouvi uma voz muito forte e Deus me deu direcionamentos. Fui padrinho de casamento da Preta e quando ela voltou decidi conversar com ela, me sentia seguro porque ela tinha o Rodrigo e não ficaria sozinha. Ela mais uma vez foi maravilhosa comigo. Continuamos amigos, nossa relação vai muito além de patrão e empregado. Somos irmãs de alma."
Sal Moretti  (Foto: Instagram / Reprodução)Sal Moretti antes e depois
(Foto: Instagram / Reprodução)
O Recomeço
Sal passou a tomar hormônios femininos e a se aceitar e se vestir como uma mulher. E o destino o levou de volta a uma igreja evangélica alguns anos depois. "Eu não queria mais saber de igreja, mas de uma maneira muito louca a minha atual pastora me conheceu e conseguiu me levar até a Igreja Pentecostal Ana Batista. A princípio não queria ir, mas encontrei uma família e um lugar que não me julgou e me acolheu. Recomecei e desde então tem sido maravilhoso. Eu tive uma conversa com o meu pastor, disse a ele que não sou gay, que eu sou uma mulher, que minha alma é feminina, mas meu corpo é masculino e eu não era feliz assim. Eu mesma comecei a me referir a mim no feminino e as pessoas foram naturalmente me respeitando e aceitando. Nas igrejas as pessoas querem tirar o direito das pessoas de ter uma vida com Jesus, mas Ele não veio para julgar o mundo, e sim justificar, a pregação da minha igreja é: Ame ao outro, ame o outro como Deus mandou. Desde que me aceitei como trans minha vida mudou."
Sal Moretti (Foto: reprodução/instagram)Sal Moretti (Foto: reprodução/instagram)
Cirurgia, silicone e casamento
Assim como a mudança no visual, na maneira como as pessoas o chamam, Sal Moretti também está passando por uma mudança física. A maquiadora está tomando hormônios e se preparando para a cirrugia de mudança de sexo. "Tomo hormônio feminino toda semana, o meu corpo esta se transformando, uso sutiã, meus seios estão crescendo. Eu sou uma mulher e isso não é de agora. Isso é desde sempre. Estou esperando meus seios crescerem, vou colocar silicone, mudar meu nome. Ainda não operei. Tenho que esperar o tratamento com o hormônio, para fazer as mudanças que eu quero. Diminui o nível de testosterona e substitui por hormônios femininos. Quando fizer o efeito completo  então vou ver o que eu quero. A princípio não quero fazer nada, não quero botar bunda, quadril, sou muito delicada, não quero ficar grandona. Minha inspiração é a Victoria Beckham", diz, orgulhosa. A maquiadora falou também sobre seus sonhos. Assim como toda mulher, Sal planeja se casar. "Sou seletiva e estou esperando no senhor, acredito que Deus vai preparar meu marido e que o senhor vai trazer o melhor pra mim".

Primeira bispa transexual do país
Sal faz um trabalho voluntário em presídios falando para adolescentes e usa suas redes sociais para contar sobre sua transformação e testemunho. Mas ela quer mais. "Creio e acredito que serei a primeira bispa trans do Brasil. Na verdade missionária, na minha igreja os homens são bispos/pastores e as mulheres missionárias. Ser missionária é uma responsabilidade muito grande, ainda estou me preparando. Eu tinha tudo pra dar errado e dei certo. Sou assessorada pelos meus pastores, almoço com eles, sou tratada como filha. Vou estar num altar evangélico. Isso é honra de deus, é restituição.O que eu quero é falar do amor de Deus. Eu quero ser luz".
Mensagens de Sal Moretti nas redes sociais (Foto: reprodução/instagram)Mensagens de Sal Moretti nas redes sociais (Foto: reprodução/instagram)
Sal Moretti (Foto: reprodução/instagram)Sal Moretti  mostrando um dos looks do dia (Foto: reprodução/instagram)

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Estudantes da Etec Amim Jundi mobilizam escola para conscientizar sobre bullying

Ações marcaram o dia mundial de combate ao bullying.


Por: Da Assessoria

Ações realizadas pelos estudantes da Etec Amim Jundi marcaram o dia mundial de combate ao bullying (Foto: Cedida).Ações realizadas pelos estudantes da Etec Amim Jundi marcaram o dia mundial de combate ao bullying (Foto: Cedida).
Os alunos dos 2º anos do ensino médio da Etec Amim Jundi, de Osvaldo Cruz, turmas “A”, “B” e “C”, realizaram sob a supervisão da professora Célia Lima e com o apoio de toda a direção, professores e funcionários, uma série de ações/projetos conscientizadores em prol do Dia Mundial de Combate ao Bullying, comemorado no Brasil dia 7 de abril, mesmo dia em que Wellington Menezes de Oliveira invadiu a escola municipal no Rio de Janeiro e disparou contra os alunos presentes, deixando doze vítimas fatais. Na Etec o projeto foi elaborado com bastante tempo e levado a efeito nos dias 14 e 15 de abril.
Os projetos abrangeram alunos de outras escolas da cidade além da Etec e foram embasados nas Leis Municipais e no conteúdo teórico ministrado em sala de aula. Buscando envolver os alunos foram feitos teatros, pesquisas, dinâmicas, palestras e um “muro” com caixas de sapato para representar de maneira simbólica, a barreira que o desrespeito impõe na sociedade.
O muro foi construído pelos alunos do 2º A, com cerca de trinta caixas de sapato adaptadas e encapadas, que edificaram o citado “muro” na entrada da escola com a palavra “desrespeito” estampada ao centro e juntamente com diversas outras ofensas. E ao fim das apresentações, a escola se reuniu em torno daquele obstáculo para derrubar de maneira simbólica a barreira que o desrespeito impõe na sociedade.
Vale destacar as fases do projeto, sendo que primeiramente, após a base teórica, houve, após a análise de ideias, a escolha das melhores, onde após adaptações, ficou resolvido que haveria três dias de situações reais de bullying para ver a reação das pessoas, seria edificado um muro para ser rompido e uma apresentação para explicar o ocorrido e o título escolhido foi “E se fosse com você?”
O título representa perfeitamente o objetivo do projeto, ou seja, de causar o sentimento de empatia nas pessoas, de refletir e tomar para si, as dores de uma vítima.
Para realizar as pequenas intervenções foi posto a disposição os cargos de “Agressor”, “Vítima” e “Observador”. Os agressores e as vítimas entraram em um acordo sobre qual seria o motivo do bullying e os observadores ficaram encarregados de anotar nomes de pessoas que esboçassem reação sobre o ocorrido.
O momento escolhido para a intervenção foi o intervalo e os lugares foram o pátio, a quadra e o corredor entre salas do 1º e 2º. A Direção e os funcionários foram previamente avisados para que maiores problemas não ocorressem.
Apesar de serem os lugares mais frequentados pelos alunos, poucos reparam e se importaram com as cenas, comprovando que mesmo com uma série de cartazes espalhados pela escola, o bullying passa desapercebido como se fosse algo comum no cotidiano.
Já o “muro” foi construído com o intuito de ser quebrado pelas vítimas do teatro, para representar o fim do desrespeito. O nome dado foi “Muro da Felicidade”, significando que para alcançarmos a felicidade e o bem estar de todos, é preciso romper as barreiras do desrespeito.
Ao fim da intervenção e da montagem do “muro”, houve uma apresentação elaborada para os 1º e 2º anos foi montada, contendo apresentações de Power Point sobre o bullying e sobre o projeto, onde alguns participantes tiveram a oportunidade de compartilhar sua experiência. A apresentação também contou com uma representação das cenas ocorridas no intervalo e com o vídeo de Amanda Todd, garota canadense que sofreu bullying e cyberbullying e contou sua história em um vídeo e após o mesmo repercutir nas redes sociais, Amanda se suicidou. As vítimas usaram cartazes escritos “Diga não ao Bullying“ e “Eu sofri bullying por...” para expor a rotulagem que essas agressões trazem e o peso psicológico carregado por quem sofre, o resto da vida.
Cada turma deu um nome ao seu projeto: 2ºA - E se fosse com você?; 2ºB - Brincadeira ou bullying? (Teatro e palestra); 2ºC - Tirando o Bullying de cena. Houve a criação de página no Facebook (acesse aqui), que pode ser curtida por todos.
Ainda há a intenção de se fazer um Manifesto pela Avenida Brasil buscando conscientizar a todos da existência da prática do bullying. Assim com o pensamento de sempre se colocar a serviço e contribuir para que sejam realmente formados cidadãos ativos e respeitadores, a Etec, mais uma vez contribuiu para tal formação.
Com isso Etec Amim Jundi demonstra por que faz a diferença no Município e por que contribui de forma significativa para a educação e prática dos bons princípios da moral e ética.

Candidata supera bullying e sonha com título de Musa dos Gladiadores

Larissa Francyelle, de 22 anos, é uma das finalistas do concurso que vai escolher a musa do Pouso Alegre Gladiadores, time de futebol americano do Sul de Minas


por GloboEsporte.com Pouso Alegre, MG

A professora de educação física Larissa Francyelle, de 22 anos, uma das finalistas do Concurso Musa dos Gladiadores, nasceu e ainda mora em São José do Alegre (MG), cidade de apenas 4 mil habitantes, que fica a 58 Km de Pouso Alegre (MG). Até chegar a esta fase do concurso, Larissa conta que precisou superar muitas coisas, inclusive a morte da mãe e o bullying que sofria enquanto criança.

- Eu era uma criança muito gordinha, sofri com bullying. Minhas mãe faleceu e inexplicavalmente uma mudança incrível aconteceu, mudança física mesmo. E além disso uma mudança mais aparente ainda, uma mudança no meu espírito. Tudo que aprendi com a dor da perda se transformou em vontade de viver e de orgulhar as pessoas que me amam - contam Larissa. 

O sonho com as passarelas e concursos de beleza começou para Larissa quando ela tinha 12 anos. O primeiro concurso foi aos 16, quando ela ganhou o título de Miss São José do Alegre e representou a cidade natal em concursos de cidades vizinhas. Aos 19, já cursando a faculdade de educação física em Itajubá (MG), ela voltou a concorrer e ganhou o título de Miss Itajubá e Miss Popularidade. Ela conta que só não tentou seguir a carreira de modelo por motivos pessoais.

- Cuido do meu pai, ele tem problemas de saúde, e é um prazer cuidar de alguém que cuidou tanto de mim - diz Larissa. 
Sobre o concurso de musa dos Gladiadores, ela conta que decidiu participar após receber uma mensagem de um amigo que é jogador da equipe. E diz também que sofreu durante a votação popular. Ela foi a 2ª colocada, com 15,01% dos votos, em uma enquete que recebeu mais de 243 mil votos.

- Achei super legal e interessante juntar as duas paixões, as passarelas, o glamour e o esporte. A votação foi uma fase muito intensa e tensa. Sabia que seria a fase mais difícil, pois precisaria de tempo para votar. Mais fui estrategista e consegui classificar em uma boa posição, agradeço muito aos meus amigos e familiares. 

Larissa conta que já conhecia o futebol americano por ser formada em educação física e diz que está muito ansiosa para o evento final, onde os jurados irão escolher a musa, no dia 6 de maio.

- Eu já conhecia sim o esporte, sou formada em educação física há 2 anos e acredito ser um esporte que está chegando com muita força. É muito pouco conhecido e praticado, principalmente na nossa região, mas também acredito que os Gladiadores vieram pra mudar isso. Eu como musa quero também contribuir para isso, fazer o esporte ser mais conhecido e valorizado. A expectativa está a mil, estou muito ansiosa mesmo. Farei o meu melhor e prometo contagiar de alegre quem estiver assistindo - finaliza Larissa.

Foi alvo de bullying durante 7 anos


O bullying é o próximo tema do programa "E Se Fosse Consigo?". A violência dentro do contexto escolar é uma realidade que atinge muitas crianças e jovens. Lançamos a discussão com o testemunho de David Carvalho, um jovem que diz ter sido alvo de bullying durante 7 anos.


A partir de uma situação encenada, com atores, o programa de Conceição Lino questiona até que ponto pode ir a indiferença e dá voz a testemunhas de quem conhece bem o significado da palavra bullying.
A sua opinião também conta por isso o debate sobre o tema começa agora a surgir nas redes sociais do programa. Pode partilhar no Facebook "E se fosse consigo?" a sua opinião ou a sua experiência.

Autor de golaço do Atlético lembra tempos de Real: 'Roubavam minha comida e chuteiras'


ESPN.com.br
EFE/JUAN CARLOS HIDALGO
Saul Comemora Gol Atletico de Madri Bayern Champions 28/04/2016
Saúl (dir) comemora o golaço da vitória do Atlético sobre o Bayern
Autor do golaço da vitória por 1 a 0 do Atlético de Madri sobre o Bayern de Munique, na última quarta-feira, pela semifinal da Uefa Champions League, o jovem Saúl Ñíguez tem apenas 21 anos, mas já tem muita história para contar no mundo da bola. Antes de se consolidar no time colchonero, ele passou pelo rival Real Madrid entre 2006 e 2008, sendo dispensado das categorias de base. Para piorar, sofreu com bullying dos colegasmerengues, que aprontavam poucas e boas com o meio-campista.

"Quando eu tinha oito, nove anos, vim fazer testes com eles [Real Madrid]. Me roubavam as chuteiras, minha comida, me colocaram de castigo sem poder pisar em Valdebebas [centro de treinamento do Real] por coisas que não fiz", contou o atleta, em entrevista ao jornal El Mundo.
"Teve uma vez que mandaram uma carta xingando o treinador dizendo que fui eu que escrevi. Eu disse que não fui eu, porque sabia que não havia sido eu, mas não adiantou", explicou o atleta, que nasceu em Elche, mas se mudou ainda na infância para a capital espanhola para tentar o sonho de virar jogador.
No entanto, Saúl diz que não se arrepende dos anos em que vestiu (ou pelo menos tentou vestir) a camiseta blanca: "Não me dói nada (lembrar do bullying), porque foi uma experiência boa no sentido de que aprendi muita coisa, amadureci muito", afirmou

Bullying e as crianças com sobrepeso

Ana Regina Caminha Braga - Escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar - anaregina_braga@hotmail.com pela NOTSUL


Bullying é um tema que repercute não apenas no cenário escolar, mas possui desdobramentos em outras instâncias da vida das pessoas. Todavia, é importante consolidar seus conceitos e lutar para o combate de sua progressão no meio escolar. O papel que a escola precisa desempenhar em relação ao bullying com as crianças, em específico nos casos de sobrepeso, é o de amenizar qualquer distância que menospreza ou impossibilita o outro de mostrar o seu potencial.

Como mestre e pesquisadora da educação é possível compreender que a escola precisa trabalhar e se desenvolver para que a tomada de consciência aconteça de modo geral, desde a equipe pedagógica, o administrativo até os discentes. Por isso, devemos estar atentos para detectar o processo e trabalhar em prol dos alunos vitimizados pelo bullying. Essa mobilização talvez seja uma alternativa para diminuir tal sofrimento. Cabe também ao núcleo escolar proporcionar aos alunos a participação em feiras culturais, exposições, diálogo com outros colegas e assim por diante, deixando-os mais à vontade no meio. 

A obesidade infantil pode ter inúmeras consequências, inclusive na vida adulta. Os problemas de saúde não são apenas físicos, mas também psicológicos. As crianças com sobrepeso têm uma imagem corporal negativa, que leva a uma baixa autoestima; sentem-se ansiosos em relação ao peso, discriminados e estigmatizados por colegas e adultos. Isto tem consequência no comportamento, além da condição de afetar negativamente seu progresso acadêmico e social. Da mesma maneira, o tratamento deve ser multidisciplinar e incluir vários profissionais. É de extrema importância a intervenção na família e na escola, com planos que possam mediar o estilo de vida saudável.

Essas crianças chegam aos consultórios bastante sofridas, e mesmo assim sabemos que a maior parte delas não terá atendimento adequado, e, em alguns casos, nem o reconhecimento da situação. Diante do exposto, a principal forma de lutar para evitar o bullying é investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Orientar os pais para que possam ajudar, pois os mesmos devem estar sempre alertas para o problema, seja o filho vítima ou agressor, ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. Em muitos casos é esquecida a prática de cuidar do agressor, este também pede socorro.

Muitas crianças que são vítimas desse ato preferem não frequentar as aulas por medo de serem humilhadas, e outras preferem iniciar dietas milagrosas para adquirir um corpo magro e se adequar ao modelo de sociedade para não mais sofrerem o bullying. O bullying é um problema sério que precisa ser extinto, com o apoio do colégio, pais e próprios alunos. O culto do corpo perfeito já está contaminando, por essa razão as crianças preferem ser magras a ser saudáveis. Estar em sobrepeso não é ser saudável, no entanto, não é motivo para ser humilhado. E isso requer um tratamento multidisciplinar.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Estudante denuncia bullying em escola pública durante palestra da Esmal



Ação deu início ao calendário de atividades do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) para 2016


Dicom / TJ-AL

Foto: Caio Loureiro / Dicom - TJ/AL
Ação foi realizada na Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça
Ação foi realizada na Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça
“Até mesmo em minha sala, consigo identificar a prática do bullying e, na escola em geral, também. Muitas crianças sofrem com ele e o praticam. É como uma corrente: você é vítima e, se achar correto, vai fazer o mesmo com alguém mais fraco do que você. No final, quem for mais fraco, vai receber a carga de todo mundo”, compartilhou o estudante Wendell Taffarel, de 17 anos, durante palestra sobre bullying e violência na escola, promovida pela Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), na segunda-feira (25), na Escola Estadual Alfredo Gaspar de Mendonça, na parte alta de Maceió.
A instituição de ensino, localizada no conjunto Eustáquio Gomes, foi a primeira, entre as 24 escolhidas neste ano, a ser beneficiada com ação. Cerca de 150 estudantes esclareceram suas dúvidas sobre o tema com o juiz André Avancini, titular da Comarca de São Miguel dos Campos, que ministrou a palestra. O Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) da Esmal é coordenado pelo magistrado Hélio Pinheiro Pinto.
Ainda de acordo com Wendell, que cursa o 3º ano do ensino médio, a ação serviu para conscientizar os estudantes sobre a ilegalidade do bullying e deve ser estendida para outras pessoas “A palestra foi boa porque deixou claro, para quem pratica e acha que o bullying é uma brincadeira inofensiva, que esta é uma prática ilegal”, declarou.
Magistrado alerta sobre a ilegalidade da prática e orienta vítimas a buscar ajuda
Na oportunidade, foi feita uma reflexão sobre o tema, mostrando o conceito de bullying, suas formas mais comuns e como as pessoas devem proceder caso sejam vítimas do problema, seja notificando a escola ou dando conhecimento à família. “A base que nós tivemos foi um estudo sobre o bullying, incluindo a legislação que existe sobre o tema (Lei n° 13.185/2015) É importante coibir esta prática, que pode trazer problemas muito grandes para quem sofre com ela”, alertou o juiz André Avancini.
O magistrado contou ainda que se preocupou, durante a preparação para a palestra, com a forma que abordaria o assunto. “Busquei, efetivamente, trazer um linguajar mais próximo dos estudantes, tanto para facilitar a compreensão quanto para não deixar o momento cansativo para eles”, concluiu, destacando que a ação reforça o compromisso da Justiça alagoana em levar cidadania aos jurisdicionados.
De acordo com a servidora do PCJE Ana Valéria Pitta, o tema foi escolhido com base na necessidade da escola. A servidora informou ainda que, ao todo, 24 escolas, sendo 15 do município e nove do estado, serão beneficiadas com as ações do Programa neste ano, graças à parceria firmada entre o Tribunal de Justiça de Alagoas, por meio da Esmal, a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed) e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
“No próximo mês, abordaremos a violência e a exploração sexual contra a mulher e também levaremos às escolas palestras sobre eleições, já que este é um ano eleitoral”, adiantou Ana Valéria.
Cronograma desta semana
Mais cinco escolas públicas de Maceió receberão palestras sobre o bullying. Nesta terça-feira (26), às 8h30, será a vez da Escola Estadual Prof.ª Gilvana Ataíde, localizada no bairro Santa Lúcia. Na quarta (27), às 9h, o tema será abordado na Escola Estadual Prof.ª Anaias de Lima Andrade, no Vergel do Lago; e, às 14h30, na Escola Municipal Prof.ª Neide Freitas França. Na quinta-feira (28), às 14h, a palestra será realizada na Escola Municipal João Sampaio, no bairro Jardim Petrópolis. Já na sexta (29), às 8h30, na Escola Municipal Prof. Antidio Vieira, no Trapiche.
Temáticas para 2016
Entre os temas que também serão trabalhados com os estudantes, neste ano, estão: “Direitos e deveres dos alunos e professores à luz do Eca e da CF”; “Direitos e deveres fundamentais”; “Eleições: o papel dos partidos políticos no Estado Democrático de Direito brasileiro” e “Mediações de conflitos na comunidade escolar”.
O PCJE faz parte da Coordenação de Projetos Especiais da Esmal, que tem ainda mais dois projetos: Estágio e DNA. Já Escola Superior da Magistratura é coordenada interinamente pelo desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Uma Escola para todos

Siro Darlan para o Jornal do Brasil

A Escola Estadual Tasso da Silveira tem uma tatuagem de violência em sua história quando 12 crianças foram assassinadas em abril de 2011 por um ex-aluno que voltou para vingar-se do bullying sofrido ao longo do período em que estudou nessa escola. O poeta que emprestou seu nome já havia profeticamente cantado em seus versos A urbe violenta (1928) : “Oh, amanhã, na urbe violenta, o sol queimará de novo a caliça lisa dos edifícios monstruosos,e do chão se erguerão outra vez as nuvens turbilhonantes de poeira...Amanhã, a multidão passará convulsa pelas ruas,e as paixões, como cães,sinistramente ladrarão...Amanhã, eu irei, como os outros, para a vertigem dolorosa,e desejarei, e lutarei,e serei miserável e mesquinho,e me esquecerei de mim mesmo,e desconhecerei o meu irmão,e tornar-me-ei mais ínfimo que o pó...)”.
A doutrina de proteção integral para crianças e adolescentes firmada pela Carta Maior não tem sido suficiente para proteger as crianças brasileiras da violência que as acomete em todos os espaços, sobretudo naqueles em que se exige maior cuidado, nas famílias e nas escolas. No ano passado a Presidente sancionou a lei que obriga a capacitação de docentes e de equipes pedagógicas para a implementação de ações de discussão, prevenção, orientação e solução das causas que levam à prática do bullying. Essa lei, malgrado sua boa intenção somente terá eficácia quando familiares e profissionais de educação promoverem amplo debate sobre a necessidade e formas de proteção prioritária à infância e à adolescência.
Nos Estados Unidos desde 1898 que existe um estudo avançado de programa educacional para profissionais que trabalham com crianças e jovens na New York School of Aplied Philanthropy. E em 1903 Mary Harris Mother Junes organizou a marcha denominada “Children`s Crusade” que atravessou vários estados norte-americanos conscientizando os cidadãos para a necessidade de afastar as crianças da exploração do trabalho infantil e garantir uma escola de qualidade para todos.
No Brasil, apesar de termos leis garantidoras de cuidados e proteção à infância desde 1924, quando foi criado o primeiro Juizado de Menores do Brasil e termos aprovado uma das mais modernas e bem elaboradas leis do planeta, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que já está em vigor há 26 anos, nossa prática ainda deixa muito a desejar. Na Cidade Olímpica, que paga um preço alto pela falta de cuidados com a infância e a juventude não sequer os 63 Conselhos Tutelares necessários para zelar pelos direitos de crianças e adolescentes, e os 17 instalados não funcionam em sua plenitude porque não dispõem de equipamentos sociais necessários, nem pessoal qualificado para cuidar dos cidadãos mais importantes de uma sociedade: suas crianças e adolescentes.
* desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e membro da Associação Juízes para a democracia.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Programas colaboram para criar clima de paz nas escolas

Agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um colega: essa é a definição do bullying. Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações preconceituosas podem apresentar doenças psicossomáticas.


Agindo de maneira preventiva, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) colabora no desenvolvimento de práticas em escolas com maior índice de vulnerabilidade social ou que demonstrem interesse nessas orientações.


A Escola Paulo Freire do município de Canarana é um exemplo de que o intercâmbio de ideias entre Seduc e unidade escolar resultam em boas práticas. A escola desenvolve desde o início do ano letivo o projeto “Vida: por uma cultura de paz”, que envolve todos os profissionais e alunos. 


Os 800 jovens matriculados no Ensino Médio participam de diálogos, dinâmicas, práticas esportivas e ações de valorização pessoal e da vida. “Procuramos incentivar as atitudes positivas por meio de elogios e ações de caridade e generosidade mútua”, pontua a professora articuladora do Ensino Médio Inovador na unidade, Maira Pertile.


Ela explica que o colégio desenvolve o projeto “Árvore do bem”. Na primeira etapa os alunos assistiram ao filme “A corrente do bem”, do diretor Mimi Leder, que conta a história de um professor de Estudos Sociais que faz um desafio aos seus alunos em uma de suas aulas: que eles criem algo que possa mudar o mundo. Os alunos são chamados a refletir sobre o filme e praticar pelo menos uma boa ação por dia.


A coordenadora do Projeto Paz na Escola da Seduc, Ana Carolina de Jesus Costa, esteve em Canarana e ressalta que as atividades desenvolvidas na Escola Paulo Freire a transformaram em um caso de experiência exitosa.


Segundo ela, a orientação para as unidades escolares é de agir antes que as situações de atrito se agravem. Às vezes o problema demora a ser identificado e é preciso reagir imediatamente. Para ela, a escola não pode se isentar, tem que incluir todos no combate ao bullying e prevenção à violência.


Manual


Ana Carolina explica que o projeto Paz na Escola possui um Manual de Proteção e Prevenção que é amplo e diversificado, sendo a questão do bullying apenas uma das violências com orientações preventivas. Os profissionais das escolas estaduais podem requisitar uma cópia desse documento à Coordenadoria de Projetos Educativos da Seduc. Mas também é importante para os gestores conhecerem as ferramentas de apoio que já possuem.


“Os profissionais podem reforçar o regimento interno e fortalecer o trabalho com os parceiros, a exemplo do Conselho Tutelar e o Centro de Referência e Assistência Social. Além de registrar todos os acontecimentos no livro Ata, para respaldar a escola em caso necessidade. Nosso foco é a prevenção, temos o trabalho de orientar, e começamos no ano passado a fazer as formações dos profissionais em unidades identificadas em área de vulnerabilidade para prevenir a reincidência”, frisa a coordenadora.


Valores


Em Várzea Grande, o projeto “Uma cultura de paz: Família, Escola e Sociedade” realizado em parceria com a Seduc, desenvolve valores humanos, limites, ações de prevenção e combate ao bullying e ao uso de drogas. Os estudantes também são apresentados aos seus direitos e deveres, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).


O projeto beneficia 24 escolas estaduais no município, por meio de dinâmicas, oficinas, conversas, entre outras ações desenvolvidas em sala de aula. Nos dois anos de ação mais de oito mil crianças já foram beneficiadas.  


As escolas também possuem autonomia para realizar ações com entidades públicas parceiras em cada região, a exemplo do Projeto Educação e Justiça realizado na Escola Estadual São Luiz em Cáceres. O projeto consiste em oficinas e palestras realizadas no pátio da escola. 


Nesses momentos pais, alunos e professores, participam de palestra, oficinas e dinâmicas ministradas por profissionais do Ministério Público, Seduc, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Policia Militar e Conselho Tutelar. A ação envolve cerca de 300 alunos, 450 pais e 60 profissionais, além dos parceiros. “O objetivo é conscientizar os responsáveis sobre a importância do acompanhamento no aprendizado dos filhos, e o papel das famílias na prevenção à violência nas escolas”, finaliza Ana Carolina.


Caso tenham interesse na orientação da Coordenadoria de Projetos Educativos os profissionais das unidades escolares podem entrar em contato por meio do telefone (65) 3613-6306.