quarta-feira, 30 de maio de 2012

Projeto contra Bullying será ampliado em Eusébio, Forlaleza

Fortaleza. A campanha contra o Bullying, que vem sendo desenvolvida desde 2011 na Escola de Ensino Infantil e Fundamental Caruru, no Eusébio, poderá ter sua metodologia adotada por outras unidades de ensino naquele Município. Pelo menos, essa é a pretensão do vereador Tarcísio Cristiane, conhecido por Tarcísio da Cultura.

Ele disse que, ao ler matéria publicada no Diário do Nordeste, na edição do dia 23 passado, foi impulsionado para que a prática também se estenda não apenas pelas 35 escolas do Eusébio quanto também para suas creches. "É possível que alguém não entenda porque crianças em creches devam ser instruídas contra o Bullying. Na verdade, essa é uma ação que começa cedo e muito breve deve ser combatida", afirma o vereador.


A metodologia usada pelo professor André Limaverde envolve palestras, teatro de bonecos e até passeios ciclísticos, que tem por objetivo engajar a coletividade no ideal do respeito humano e na tolerâncias das diferenças

A iniciativa que entusiasmou Tarcício da Cultura faz parte do programa "Bullying: Na minha escola não", que foi concebido pelos professores André Limaverde e Josafá Menezes, respectivamente, de Educação Física e Informática. Eles consideraram o problema como um entrave na qualidade do aprendizado e, especialmente, na formação pessoal do estudante. Desse modo, pensaram em não apenas combater a prática, como também buscar formas preventivas.

Para Tarcísio da Cultura, a iniciativa dos professores chama a atenção pela ousadia e pelo discurso inovador. "Eles falam a linguagem dos jovens. Vão às ruas, fazem caminhada, dão visibilidade ao problema. Então, há um grande diferencial", ressalta .

Elogio
Com isso, ele garante que já na próxima segunda-feira encaminhará à Prefeitura de Eusébio, através da Secretaria de Educação, uma recomendação para que apreciem o programa adotado pela Escola do Cararu.

"Neste primeiro momento, queremos que os professores responsáveis sejam chamados a expor o projeto. Daí, então, poderemos fazer um fórum de discussão para que a luta contra o Bullying seja mais efetiva", afirmou Tarcísio da Cultura.

Também quem elogia o trabalho é a diretora do Departamento de Assistência aos Estudantes, mantida pela Secretaria de Educação, Maria do Carmo Bezerra. Ela diz que outras escolas municipais também adotam práticas efetivas contra o constrangimento de alunos.

No entanto, ressalta que a ação desenvolvida no Cararu obteve mais evidência, em vista da eficácia em sua divulgação. "Nós já nos empenhamos há muitos anos neste trabalho. E não vamos desmerecer um trabalho em função de outro. Contudo, o Cararu merece nota 10", disse. Para Maria do Carmo, o importante é que uma escola pode ensinar métodos que são positivos para outras unidades e isso somente engrandece o trabalho de alcançar o respeito humano recíproco.

Convivência
André diz que as primeiras experiências começaram em fevereiro do ano passado. O trabalho consiste de duas etapas. Na primeira, um turma de alunos é levada para uma sala de vídeo, onde se depara com cenas comuns de Bullying que ocorrem com alunos.

Depois, os temas são discutidos em sala de aula, quando também é uma oportunidade para se compartilhar vivências e discutir formas de melhor convivência na comunidade escolar.

"A educação dos jovens tem-se tornado muito difícil, dividindo a ausência de modelos educacionais e falta de limites por parte dos alunos", disse.

Andre ressalta que os pais delegam a responsabilidade de educar os filhos à escola e esta, por sua vez, necessita da família para que toda a comunidade possa trabalhar a real afetividade.

Mais informações:

Prefeitura de Eusébio

Rua Edmilson Pinheiro, 150, Autódromo
Telefone: (85) 3260-1492
www.eusebio.ce.gov.br 

Fonte: Diário do Nordeste

Estudantes gravam documentário com vítimas de Bullying na Boca Maldita

Um documentário com depoimentos de vítimas de bullying começou a ser produzido por estudantes em Curitiba. A ideia surgiu em debates realizados no colégio onde ficou evidente que o maior aliado da violência doméstica e do bullying é o silêncio.

No dia 5 de junho, durante todo o dia, em um estúdio montado na Boca Maldita, os curitibanos serão convidados a gravarem a sua história, relatando ainda um protesto contra este tipo de violência. Além desta ação, a campanha “Bullying é o fim” orienta a população através da distribuição de folhetos e revistas sobre o tema. Duzentos estudantes participam da campanha na terça feira, 5.

Na última segunda feira, 28 de maio, o Senado aprovou a criminalização do bullying e, nesta semana, a condenação dos pais pelo bullying praticado pelas filhas em Ponta Grossa deu destaque novamente ao problema, que tem preocupado tanto as famílias quanto os educadores.

“Quanto mais falarmos sobre o assunto, maiores são as chances deste tipo de violência diminuir. Na maioria das vezes a vítima tem medo de contar o que está acontecendo com receio de sofrer discriminação ainda maior, e, por isso, se refugia no silêncio, o que faz com que a violência prossiga”, explica o pedagogo Marcelo de Queiroz.

Ele salienta ainda que é importante que os estudantes entendam que este tipo de violência sempre aconteceu, mas que nem sempre as vítimas sabiam que poderiam ser protegidas. “Por isto queremos coletar as histórias de adultos, para que fiquem evidentes os danos que este tipo de atitude pode causar na vida das pessoas, muitas vezes para sempre”, conclui. 


Campanha “Bullying é o fim”
Dia 5 de junho, terça-feira, a partir das 8h30
Local: Boca Maldita – centro de Curitiba

Fonte: Paranashop

Aluna de 10 anos agredida com raquetes e pontapeada na barriga

Uma aluna de 10 anos terá sido violentamente agredida no recreio, por um colega da mesma idade, na EB2,3 Marco, no concelho de Marco de Canaveses. Pela descrição da encarregada de educação da vítima, a filha está a ser alvo de bullying (violência psicológica e/ou física) sem que a escola atue com a prontidão desejada. A escola, contudo, fala em ato isolado, negando tratar-se de bullying. E abriu um inquérito. 

 
foto António Orlando/JN
Aluna de 10 anos agredida com raquetes e pontapeada na barriga

 


A aluna, Maria (nome fictício), terá sido agredida no passado dia 24 de abril. O rapaz, José (nome fictício), de outra turma, terá partido uma raquete na cabeça da rapariga. Não satisfeito, ainda terá usado uma segunda raquete para continuar a agressão, que terminaria com o miúdo a puxar o cabelo (no caso, uma trança) a Maria, atirando-a ao chão e pontapeando-a, repetidamente, na barriga.

A agressão terá começado quando o rapaz acusou a rapariga de ter apelidado a mãe de prostituta, facto que terá sido desmentido pelas testemunhas arroladas para a participação disciplinar entretanto efetuada.

A encarregada de educação da vítima, Fernanda Guedes, só soube da agressão ao final da tarde. Na véspera, segundo relata, a filha já tinha sido agredida pelo mesmo rapaz. Aliás, pelo que conta, Maria tem sido perseguida por José desde os tempos do infantário da Barroca, na freguesia de Rio de Galinhas.



Já tinham sido separados
A progenitora não encontra explicação para o sucedido, pedindo apenas que a filha seja colocada a salvo do instinto agressivo do rapaz. 

Fonte: Jornal de Notícias de Portugal (por ANTÓNIO ORLANDO)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Professora é afastada após denúncia de bullying em escola do Paraná

Garoto que diz ter sofrido bullying está internado com síndrome do pânico.
Mãe relata que professora torceu o dedo dele em uma das situações.

Um estudante de oito anos está internado desde terça-feira (22) em um hospital de Londrina com síndrome do pânico. O diagnóstico foi confirmado pelo hospital nesta terça-feira (29). Segundo a mãe, que preferiu não se identificar, o garoto está na terceira série e sofreu bullying no Colégio Estadual Professor Aloísio Aragão, em Londrina, por colegas de classe e por uma professora.

Ele contou que foi discriminado pela professora por várias vezes por ser ‘gordinho’ e foi ameaçado de morte por dois alunos do quinto ano”, disse a mãe.

O Núcleo Regional de Educação (NRE) informou que abriu uma sindicância para apurar o caso e afirmou que a professora ficará afastada durante as investigações. “Ela nega toda a situação. Por isso, estamos ouvindo os alunos e outras testemunhas”, relatou a responsável pela ouvidoria Ângelita Martins Siqueira.

O estudante tem 1,46 m de altura e pesa 62 quilos. "Ele sempre reclamava da professora e chegava em casa muito nervoso. No início achei normal porque ele comentava que ela passava a lição no quadro muito rápido e não dava tempo de copiar. Até então, achei normal, já que os outros alunos também reclamavam disso", conta a mãe.

"Pouco tempo depois, ele chegou em casa com crises de convulsão e contou que a professora tinha o recriminado porque ele estava com o dedo na boca. Ele disse que ela torceu o dedo dele e falou que era pra ele tirar o dedo da boca porque  já era 'gordinho e não precisava daquilo", apontou.

A mãe disse ainda que o estudante reclama constantemente das ameaças e que tem crises de desespero. “Quando ele tem essas crises (...), fica falando o tempo todo que acha que vai morrer. É horrível. Ele não pode ficar sozinho de jeito nenhum. Não tenho nem palavras para descrever o quanto estamos revoltados com toda essa situação”.

A diretora do colégio, Adriana Regina de Jesus, disse que está preocupada com a denúncia e que vai aguardar a conclusão da sindicância aberta pelo NRE.

"Estamos muito tristes com todas essas acusações sobre a nossa escola. Nós temos um trabalho a respeito do bullying e isso nunca havia acontecido. A única coisa que poderíamos fazer por enquanto já fizemos, que era afastar a professora. Também conversamos com os alunos que são suspeitos de terem ameaçado de morte o estudante, mas ainda não temos provas", explicou.

Como denunciarA Secretaria da Educação do Paraná disponibiliza os contatos dos representantes dos núcleos de educação para possíveis reclamações, solicitações, denúncias, sugestões ou elogios sobre a prestação de serviços públicos referente à educação.

Fonte: G1



 

 

Bebês ajudam a reduzir bullying nas escolas

Bebês estão sendo levados às escolas primárias para interagir com crianças um pouco mais velhas, com o objetivo de melhorar os níveis de empatia entre as crianças e reduzir o bullying.

Interação com bebês ajuda crianças pequenas a desenvolverem a inteligência emocional. (YouTube)
Interação com bebês ajuda crianças pequenas a desenvolverem a inteligência emocional.

Dez escolas em Cardiff, Reino Unido, adotaram o método “As Raízes da Empatia” para ensinar jovens crianças a serem mais empáticas umas com as outras.

O curso faz com que as crianças se engajem em tarefas comunicativas com os bebês, o que se acredita que aumente os níveis de inteligência emocional.

O método, organizado pela ONG “Action For Children”, tem duração de nove meses e foi criado no Canadá. Também já foi adotado na Escócia.

O exemplo do sucesso do método vem na forma de uma das crianças, um garoto que era razoavelmente desapegado de seus colegas de classe. Após passar algum tempo com um dos bebês, ele disse algo parecido com: “Este bebê me achava especial. Ninguém nunca pensava em mim como especial”.

Os idealizadores do projeto esperam alcançar seus objetivos de reduzir os níveis de agressão entre crianças, assim como ajudar eles a construir relações mais respeitosas com seus semelhantes.

Fonte: Vírgula UOL

Bullying contra menores pode resultar em quatro anos de prisão

Agência Brasil
O grupo que discute o texto do novo Código Penal decidiu hoje (28) tipificar como crime a prática de bullying - ato de agredir fisicamente ou verbalmente algum menor de idade, de forma intencional e continuada. O crime foi classificado como "intimidação vexatória" e poderá resultar em até quatro anos de prisão quando o autor for maior de idade.

Quando o agressor tiver menos de 18 anos, o bullying será considerado ato infracional e, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o autor receberá medidas socioeducativas, como prestação de serviços, acompanhamento e internação.

Para que o crime seja tipificado, é preciso ficar provado que houve sofrimento da vítima a partir de uma pretensa superioridade do autor da violência.

O grupo também decidiu criminalizar a prática de stalking, que é perseguir alguém com ameaça à sua integridade física ou psicológica, invadindo sua privacidade ou liberdade. Classificado de “perseguição obsessiva ou insidiosa”, o crime pode resultar de dois a seis anos de prisão.

Ainda entre as ameaças, a comissão de juristas decidiu aumentar a punição para o crime de constrangimento ilegal, o que afetará diretamente a atuação dos guardadores de carro irregulares. Apesar de o texto não destacar a atuação dos “flanelinhas”, a adequação atingirá aqueles que ameaçarem donos de veículos como forma de obter dinheiro, que poderão pegar até quatro anos de prisão.

Caso a ameaça seja feita por mais de três pessoas, ou ainda se houver uso de arma de fogo, a pena pode chegar a seis anos e meio de prisão. O grupo entendeu, no entanto, que o simples fato de pedir dinheiro não é ilegal.

Os juristas definiram, ainda, que os médicos não podem obrigar pessoas maiores e capazes a fazer tratamento de saúde, como transplante de órgãos e transfusão de sangue. A mudança pretende atender a liberdade religiosa e a autonomia da vontade dos pacientes.

Nos crimes de sequestro, houve ajustes de penas: de um a quatro anos para sequestros simples, e até cinco anos se o sequestro tiver finalidades sexuais, se houver internação em casa de saúde ou se for praticado contra menores menores, idosos, companheiros, pais e filhos. A pena pode chegar a dez anos se o sequestro durar mais de seis meses. O crime de tratar pessoas como escravos recebeu pena de quatro a oito anos, que pode aumentar se houver violência ou tráfico de pessoas.

A comissão que elabora o anteprojeto do novo Código Penal no Senado foi formada em outubro do ano passado e deve concluir seu trabalho no próximo dia 25 de junho. Assim que o texto ficar pronto, começará a tramitar no Legislativo como um projeto de lei comum, que poderá ser alterado pelos parlamentares e pela Presidência da República.

O Código Penal brasileiro é de 1940, foi sancionado pelo então presidente Getúlio Vargas, e só teve alterações pontuais desde então. Com a chegada da Constituição de 1988 e com as crescentes mudanças na sociedade, o Legislativo decidiu revisar o texto, que hoje tem 361 artigos.

Fonte: Jornal do Brasil

Como os autores de Bullying escolhem suas vítimas?

Profª Ms. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri
Segundos pesquisas realizadas no mundo, inclusive no Brasil, e publicadas academicamente ou não, o fenômeno Bullying, quando não causa seqüela física, provoca conseqüências psicológicas ou emocionais graves nas vítimas, pois as atitudes agressivas dos seus autores não têm um motivo justo, e são adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia.
A literatura define esse fenômeno enquanto certas ações ocorridas em conjunto e/ou isoladas e, em língua portuguesa, para expressar as idéias de intimidação repetida, humilhação, agressão, ofensa, gozação, emprego de apelidos, assédio, perseguição, ignoração, isolamento, exclusão, discriminação, sofrimento, aterrorização, amedrontamento, tirania, dominação, empurrão, violência física, quebra e roubo de pertences daqueles que são vítimas de Bullying. (OLIVEIRA, 2007; COSTANTINI, 2004; FANTE, 2005; ALVES, 2005)
 Os autores de Bullying vitimizam pessoas que têm alguma característica que sirva de foco para suas agressões. Assim, por usar geralmente colegas da mesma sala de aula como suas vítimas, é uma forma de violência escolar, expressa de maneira sutil e, embora aconteça em todos os níveis de ensino, sua presença é notada com certa freqüência no Ensino Médio, fase que coincide com a adolescência, onde o indivíduo se encontra em transição física, emocional e psicológica entre a infância e a fase adulta.
Esta última característica justificou a minha pesquisa com alunos de primeira série de Ensino Médio, de três escolas distintas, de clientela oriunda de bairros variados, alcançando assim uma representatividade do município de Araraquara – SP, em minha dissertação de Mestrado.
Para Cleo Fante, o Bullying estimula a delinqüência e induz a outras formas de violência explícita, produzindo cidadãos estressados, deprimidos, com baixa auto-estima e incapacidade de auto-aceitação. (FANTE, 2005)
Acredito, que a produção de cidadãos estressados, conforme descreve Cleo Fante (2005), reflete na vida destes, quando chegam à fase adulta e é por causa disso, que tanto creio que o Bullying, também, acontece dentro de empresas, justificando a necessidade de se tratar o tema em palestras na Semana Interna de Acidente de Trabalho.
            Tal percepção vem ao encontro do que presenciei durante uma palestra que ministrei numa grande empresa de minha cidade; no final da palestra para 200 funcionários, uma senhora veio ao meu encontro, chorando copiosamente, e me disse que eu retratei toda a vida dela e que a partir de agora, ela nunca mais seria tomada pelo medo e covardia e que ela iria denunciar o que ela vivia diariamente na empresa, por ser gordinha, por ter cabelo encaracolado, por ter baixa estatura e por ser quieta.
            Achei louvável a atitude dessa senhora, porque meu intuito é, justamente, ajudar quem sofre a parar com as intimidações, porque imagino o sofrimento de ter que trabalhar pra sustentar a família e não ter paz para realizar esta atividade. Jesus!
Agora, pergunto: _ nenhum chefe percebeu o sofrimento dessa senhora?
Não posso julgar, mas com a experiência adquirida e meus estudos, aprendi que existem chefes e chefes, infelizmente, porque há quem não percebe a ocorrência de Bullying no espaço de trabalho, há quem vê e não se envolve, porque não quer ter problema, mas também, existe aquele que, além de fingir que não percebe, participa como espectador e na pior hipótese, usa de seu “poder” para intimidar o outro que tem que se calar diante da situação, para não perder o emprego, lamentavelmente.
Para Costantini, “O contexto relacional e psicológico que se produz com o Bullying é típico de um sistema em grupo fechado, problemático, que não encontrou brechas para desenvolver positivamente as relações entre seus membros”.  (COSTANTINI, 2004, p. 74)
Vale lembrar que muitos chefes não dão a devido importância ao Bullying, justamente porque em muitos casos a vítima não revela o seu sofrimento; assim, a subestimação dos adultos, quer professor, quer chefe, de maneira proposital ou não e a não ação contra o fenômeno, além da ideia de não envolvimento com os conflitos entre discentes ou funcionários e até mesmo a participação dos primeiros como espectador, permite que os atos de intimidação se perpetuem e não sejam coibidos como deveriam, muitas vezes passando a fazer parte do cotidiano escolar como numa situação “normal”.
Por fim, lembrei-me dos 3 atores sociais de Bullying e a Palavra de Deus, onde sugiro:
Para os espectadores: Salmos 1:1 – “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.
Para os agressores/intimidadores: Gálatas 6: 7-10 – “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.”
E, finalmente, para a vítima: Salmos 145: 14 – “O SENHOR sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos.” Salmos 146:7-9 – “O que faz justiça aos oprimidos, o que dá pão aos famintos. O SENHOR solta os encarcerados. O SENHOR abre os olhos aos cegos; o SENHOR levanta os abatidos; o SENHOR ama os justos; O SENHOR guarda os estrangeiros; sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios.” Isaías 43: 1-4 – “Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar. Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida.” Aleluia!                      

Referência Bibliográfica
ALVES, R. Sobre moluscos, conchas e beleza. Jornal Folha de São Paulo, 2002.
_________  A forma escolar da tortura. Jornal Folha de São Paulo, 2005.
COSTANTINI, A. Bullying: como combatê-lo? Tradução de Eugênio Vinci de Moraes. São Paulo: Itália Nova, 2004.

FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas – SP: Verus, 2005.
CINTRÃO, J. F. F., OLIVEIRA, J. M. Bullying: A origem do fenômeno e a responsabilidade da Escola. Tribuna Impressa de Araraquara, 2005.
CINTRÃO, J. F. F., OLIVEIRA, J. M. Bullying: Cuidado, pode estar ocorrendo com seu filho. Tribuna Impressa de Araraquara, 2005.
CINTRÃO, J. F. F. , OLIVEIRA, J. M. Bullying: alguns casos registrados na mídia. Tribuna Impressa de Araraquara, 2005.
OLIVEIRA, J. M. Indícios de Bullying no Ensino Médio de Araraquara –SP. Araraquara, 2006.
www.bibliaonline.com.br

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Comissão que discute novo Código Penal aprova criminalização do bullying

Crime será considerado no anteprojeto como "intimidação vexatória" e terá pena de um a quatro anos de prisão

A comissão de juristas do Senado que discute mudanças ao Código Penal aprovou nesta segunda-feira proposta para criminalizar a prática de bullying. O crime, que será considerado no anteprojeto de lei como "intimidação vexatória", terá pena de um a quatro anos de prisão.


Foto: Getty Images Pela proposta, se o crime for praticado por menores, ele será cumprido em medida sócio-educativa
Pela proposta, pratica o crime quem "intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir ou segregar" criança ou adolescente "valendo-se de pretensa situação de superioridade". O delito pode ser realizado por qualquer meio, inclusive pela internet. Se o crime for praticado por menores, ele será cumprido, em caso de condenação, em medida sócio-educativa.

A comissão também aprovou a criação do crime de stalking, conhecido popularmente de perseguição obsessiva. A proposta sugere a punição de até seis anos de prisão para alguém que perseguir outra reiteradamente, ameaçando sua integridade física ou psicológica ou ainda invadindo ou perturbando sua privacidade. O colegiado aprovou ainda o aumento da pena de prisão para o crime de ameaça, que subiu de um a seis meses para seis meses a um ano de prisão.

Fonte: IG

Irmã de Gael Garcia Bernal surpreende Cannes


CANNES O filme “Después de Lucía”, do mexicano Michel Franco, foi um dos destaques das mostras paralelas de Cannes, dominada por bons filmes latinos. Não por acaso, sagrou-se vencedor do prêmio do júri da mostra Um Certo Olhar (Un Certain Regard). Trata-se do segundo filme de Franco, que também exibiu sua estreia, “Daniel e Ana” (2009), há três anos em Cannes. 

Tim Roth, presidente do júri da mostra paralela, teria dito ao diretor que seu filme deveria estar na competição principal e levar a Palma de Ouro. “Tim Roth quase me fez chorar”, desabafou Franco, após a premiação.


“Después de Lucía” aborda o bullying sofrido na escola pela personagem da jovem atriz Tessa Ia González, de 17 anos, irmã do ator Gael García Bernal, que participou da novela “Rebelde” e faz apenas seu segundo filme – o primeiro como protagonista, após uma pequena participação em “Vidas Que Se Cruzam” (2008). Ela é uma das boas revelações do festival.

A trama se concentra na relação entre Roberto (Hernán Mendoza) e sua filha Alejandra (Tessa). Ele está muito deprimido após a morte de Lucía, sua esposa, e Alejandra tenta ajudá-lo. Ela sofre todo tipo de perseguições na escola e as suporta sem dizer nada porque não quer trazer mais problemas para o pai.


Em entrevista coletiva, Tessa Ia González explicou que sua personagem “tenta tomar o lugar da mãe e se cala sobre o que ocorre na escola para proteger seu pai e tudo vai se emaranhando, é algo parecido com quando uma pessoa diz uma mentira e tudo se complica”.

A atriz disse que nunca sofreu bullying, mas procurou saber mais sobre os abusos estudantis quando assumiu o papel e ficou estarrecida. “Isto é cada vez mais comum no México e, imagino, em vários outros países. As pessoas acham até normal os adolescentes de molestarem”, apontou.


O cineasta afirmou que, de fato, a história se inspira em fatos reais. “O roteiro do filme é uma mistura de elementos: histórias que estão acontecendo, casos em uma escola que conheço bem e outros que ocorreram com muitos alunos”, declarou Franco. “Nunca disse que ia fazer um filme sobre a violência nas escolas. A violência agora está em toda parte, não apenas nas escolas, mas também no ambiente de trabalho, nas ruas, nas casas”, reconheceu o jovem diretor de 33 anos.

“Filmar e fazer filmes é minha maneira de iniciar um diálogo, de entender o que está acontecendo. O nível de violência e crueldade não é exclusivamente do México nem da América Latina, é sentido de maneira mundial e tento entender a razão”, disse o diretor, citando os casos dos recentes massacres na Noruega e nos Estados Unidos. “Espero que meu filme encontre seu público, pois tem uma mensagem importante”, refletiu. Com a premiação em Cannes, ele já garantiu mais atenção.

Beja: Distrito com mais casos sinalizados pela CPCJ

O distrito de Beja é o que tem mais casos sinalizados pela Comissão de Protecção de Crianças e Joevns. A revelação é feit por Luísa Covas da CPCJ de Vidigueira no dia em que começa, naquele vila,  a Semana Social.

Beja é o distrito que a nível nacional tem mais casos sinalizados pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. A revelação foi feita, no final da semana passada, em Santa Maria da Feira, no decorrer de um encontro da Comissão Nacional que juntou as várias comissões existentes no País.

Luísa Covas, presidente da CPCJ de Vidigueira, marcou presença neste encontro e afirmou que ficou surpreendida com esta informação que do seu ponto de vista tem que ser trabalhada a nível distrital. Relativamente ao concelho de Vidigueira afirmou que as situações que estão sinalizadas são semelhantes ao que passa noutros pontos da região e do País e têm a ver com negligência, exposição a comportamentos desviantes e maus tratos muitas vezes ligados à violência doméstica.

A Voz da Planície falou com Luísa Covas a propósito da Semana Social que a CPCJ de Vidigueira vai promover, a partir de hoje e até sexta-feira, em colaboração com outras entidades do concelho.

Para além do mural que começa a ser construído, hoje, subordinado ao tema “Um olhar sobre os maus tratos” a Semana Social inclui ainda uma sessão de informação sobre “Internet+Segura”, um peça de teatro sobre bullying e a apresentação do logótipo da CPCJ de Vidigueira.

Inês Patola

Fonte: Rádio Voz da Planícia de Portugal 

domingo, 27 de maio de 2012

Violência escolar por Carlos Eugênio Sombra Moreira


Violência escolar
Violência escolar
Carlos Sombra


     As escolas tornaram-se centros de disseminação da violência. A pedagogia do tudo pode, acorrentada ao sistema de leis que rege o setor educacional, onde crianças e adolescentes gozam de todos os direitos sem necessariamente cumprir os deveres, está jogando o poder institucional escolar na lata do lixo. A indisciplina, a falta de respeito aos pais e professores é a constatação do desmoronamento da estrutura familiar brasileira. Até quando a sociedade vai ficar olhando a degradação da família e da escola? Combater a violência escolar é, sobretudo, educar para a paz.

     Na pujança da vida, onde floresce os princípios básicos da essência moral e ética, é preciso lapidar a personalidade do ser humano. Essa é a fase de plantar a semente, que ao longo do tempo, germinará na formação do caráter. Esse período, também se constitui o nascedouro dos desígnios do ser humano. É o momento de fincar raiz. De conceituar valores culturais, que concerne os princípios fundamentais do respeito à vida. Respeitar o semelhante consiste nos fundamentos básicos que as pessoas precisam ter consciência, já nos primeiros anos de vida.

     O clima de tranquilidade que existia nas escolas, atualmente, faz parte de uma realidade distante. As famílias estão perdendo o domínio de seus filhos cada vez mais cedo. Constantemente são divulgados, nos meios de comunicação, acontecimentos de agressividade dentro dos colégios. As instituições escolares e seu corpo gestor, não encontram formas legais para punir os participantes de cenas lamentáveis de violência. Provocando o aumento das ocorrências. Crianças e adolescentes estão vitimando-se, em nome da impunidade que predomina no Brasil. E a escola tornou-se palco para esses acontecimentos plangentes.

     Todo cidadão tem seus direito, mas em contrapartida, precisa cumprir os deveres. Não se pode delegar direito, sem essencialmente, contrapor as obrigações. É inegável que muitas leis constituídas nas últimas décadas, trouxeram benefícios importantes para crianças e adolescentes. Entretanto, o jovem que ainda encontra-se em formação de suas individualidades, precisa ter a certeza que seus passos ditam o porvir. Suas atitudes refletem no meio social, e na comunidade onde ele habita. Estas podem trazer-lhes bons frutos, ou consequências vorazes.

     Faltam meios legais para as escolas agirem diante de atitudes inconsequentes, que veem ocorrendo frequentemente no ambiente escolar. Consumo de drogas, agressão a professores e colegas de sala, e os casos de bulem, são algumas situações agravantes. Como enfrentar essas circunstâncias que se tornam corriqueiras, perante uma legislação arcaica? Os educares levanta esse questionamento na tentativa de encontrar saídas para amenizar o problema. Entretanto, para aqueles iniciantes na carreira, que ainda não tiveram tempo para se adaptar ao sistema, optam por abandonar a profissão perante tantas situações conflitantes. Ser professor nesse país tornou-se uma profissão de rico.

     As leis brandas estão levando a juventude brasileira, a cair no mundo das drogas e da marginalidade. Esse fato está refletindo no seio da família e das escolas. A violência escolar é uma realidade que precisa ser repensada pela sociedade em geral. Para que algumas atitudes venham ser tomadas. No intuito de conter ações de vandalismo, em um ambiente que tem como propósito básico educar. Ações preventivas são necessárias para garantir a segurança de educandos e educadores.

      A escola é uma instituição que tem em seus objetivos primordiais difundir cultura, fomentar hábitos culturais e propagar a paz e a harmonia entre os semelhantes. Em suas ideologias, prima pela formação do ser humano. Essa finalidade não pode distanciar-se do ambiente escolar. Todavia, para continuar nesse propósito, é preciso que os olhos do poder volte-se para ela.

      Estruturar os colégios de psicólogos que possam acompanhar periodicamente o educando com a colaboração da família, e implantar um setor de segurança, já seria um bom começo na tentativa de solucionar o problema. Chega de romantismo barato na educação! Não se pode aceitar a ideia em um mundo contemporâneo, de o professor assumir o papel do médico, psicólogo e da família. É humanamente impossível para qualquer profissional, arcar com tantas atribuições tão significativas. Cada um com suas responsabilidades. Para que o ambiente escolar volte a ser um centro de segurança, paz e produção de conhecimento.

               
Carlos Eugênio Sombra Moreira
Professor e Escritor

Fonte: TV RUSSAS

Projeto auxilia na diminuição da violência nas escolas de MS

Fonte: Da assessoria em 17 de Maio de 2012

Aos 15 anos de idade, a estudante A.F, de uma escola estadual de Dourados, já passou por várias experiências infelizes. Ao invés de curtir seus ídolos, compartilhar suas primeiras emoções com as amigas, ela decidiu ir para outro lado: o caminho das drogas e da rebeldia. "Droga é uma felicidade passageira, depois que passa o efeito você volta a ser nada. É muito triste. Não existem limites e a gente nem percebe", concluiu a menor.

Esta é a triste realidade de muitos jovens nesta faixa etária. Além das drogas, o problema da agressividade acaba servindo como escudo para se defenderem do que não conseguem explicar. Afinal, os jovens pensam que sabem tudo. A verdade é que a violência vem sendo uma constante nas escolas em todo o mundo. Apesar de ser um tema antigo, somente nos últimos anos vem se popularizando sob o conceito de bullying - palavra inglesa que significa intimidar e atormentar.

Mesmo não tendo números oficiais, a prática de atormentar os colegas envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), com sede em Brasília. Vale ressaltar que este índice está acima da média mundial, que varia entre 6% e 40%.

Contra o bullying, as escolas investem em estratégias de prevenção. Em Mato Grosso do Sul um livro vem servindo como base para esta mudança de comportamento e já está sendo aplicado em várias escolas brasileiras, é o livro "Tosco", escrito pelo psicólogo Gilberto Mattje e publicado pela Editora Alvorada.

Entenda o projeto - Estima-se que desde seu lançamento, em 2009, o "Projeto Tosco em Ação: Prevenindo a Violência na Escola", já tenha alcançado mais de 200 mil pessoas entre professores e alunos envolvidos diretamente com as atividades. Nestes quatro anos, o projeto conseguiu abranger as escolas da rede municipal de Campo Grande, todas as Unidades Socioeducativas de Internação e Semiliberdade de MS, e aproximadamente 340 escolas da rede pública estadual, envolvendo seus 79 municípios.

Os professores que já estão trabalhando com o projeto são unânimes em afirmar que se trata de uma evolução na educação. Além do estímulo à leitura, o que os surpreende é o interesse provocado pelo livro e a identificação imediata. "O livro tem influenciado de tal forma os alunos que muitos nos procuram para confidenciar suas histórias, pois em algum momento se identificaram com os personagens do livro ou até mesmo com o protagonista. Colher os frutos positivos desta leitura é muito gratificante", contou a professora Marta Arantes, da Escola Bom Jesus de Três Lagoas.

O mesmo resultado vem sendo experimentado na Escola Lígia, de Rio Brilhante. "Temos em nossa escola um aluno que após a leitura do Tosco passou a ter outro comportamento, agora positivo. A melhor parte é que agora ele é um aluno que está "antenado" com vários assuntos. Resultado: tirou dez em Língua Portuguesa, bem diferente da média seis que vinha apresentando. O livro está ensinando aos jovens que não se achavam importantes socialmente, a darem a volta por cima", reforçou a Coordenadora do Projeto Tosco na Escola Lígia, Gelci Ribeiro.

Para cada escola trabalhada, uma história de vida revelada. "Considero o Livro Tosco um fenômeno que tem capacidade de mudar o ponto de vista, a maneira de agir, maneira de pensar, e principalmente, o modo de interagir com as pessoas que nos cercam. O livro é a chave do cadeado que permite a reflexão e dá oportunidade para agirmos e tomarmos a melhor decisão", confessou a estudante Thayanni Arzamendia Cáceres, da Escola Estadua Prof° Geni Marques Magalhaes, de Ponta Porã.

O suporte vem sendo o grande diferencial deste projeto. Além do livro foi elaborado e distribuído material de apoio aos professores para subsidiar as práticas educativas. Isso sem mencionar a capacitação, que na Rede Estadual de ensino foi realizada no início do ano, com cerca de 350 coordenadores de área de Língua Portuguesa das escolas estaduais de MS. Vale lembrar que cada escola que participa do projeto tem um acompanhamento e assessoria contínua durante a aplicação e o desenvolvimento do projeto por meio de reuniões e fóruns online com o apoio da Editora Alvorada.

Como em Mato Grosso do Sul não existe pesquisa com tamanha abrangência sobre o contexto da violência nas escolas, ainda como parte do "Projeto Tosco em Ação", foi desenvolvido um questionário para coleta de dados. Segundo a coordenadora do núcleo de pesquisa da Editora Alvorada, Fernanda Pimentel F. de Miranda, as informações obtidas com esta pesquisa será a maior amostra no Estado e no País. "Queremos compreender a ótica dos professores e alunos sobre este fenômeno dentro e fora das escolas. Este trabalho é pioneiro no Brasil", afirmou Fernanda Miranda.

O trabalho de pesquisa conta com os esforços do Núcleo de Pesquisa e Núcleo de Projetos Educacionais da Editora Alvorada e Programa Escola de Conselhos - PREAE/UFMS, e está organizada em duas etapas: a primeira é para ampliar a compreensão do contexto de violência presente na escola e em seus arredores, construindo indicadores que possam subsidiar novas formas de intervenção sobre essa problemática. Já a segunda parte, consiste em avaliar o aproveitamento do projeto nas escolas onde foi utilizado, no intuito de identificar seus impactos, alcances e limites para lidar com a violência no contexto escolar.

A coleta dos dados é feita pela internet. Os questionários são acessados e respondidos online pelos professores e alunos que participam do Projeto. A estimativa é que pelo menos 140 mil pessoas estejam envolvidas diretamente com a pesquisa. As respostas já estão chegando das escolas participantes.

Além de tudo isso, o projeto trabalha principalmente nas redes sociais. Para tanto, dispõe de um fanpage com quase cinco mil participantes: www.facebook.com.br/livrotosco, blog e homepage do livro "Tosco", onde é possível compartilhar dados como: vídeos, fotos e textos. "A possibilidade de conhecer novos profissionais e expandir os horizontes é extremamente positivo. Acredito que não teríamos essa oportunidade sem o uso dessa ferramenta tecnológica", avalia o professor Paulo José dos Santos, de Campo Grande.

Fonte: Correio de Corumbá

Michel Gondry enquadra a juventude


CANNES Eclética talvez seja o adjetivo mais adequado para descrever a carreira do cineasta francês Michel Gondry, que iniciou sua carreira abusando da criatividade nos primeiros videoclipes da cantora islandesa Bjork. Catapultado para o circuito independente, se sentiu um estranho em sua primeira ida ao Festival de Cannes, com o longa “Natureza Quase Humana”, de 2001. Uma década depois ele retorna com um filme completamente pessoal.

A esta altura, Gondry já é conhecido por filmes oníricos como “Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças” (2004), pelo qual levou o Oscar de Melhor Roteiro Original, mas sua carreira guarda projetos muito distintos entre si. Após dirigir a superprodução hollywoodiana “O Besouro Verde” (2011), que foi orçada em US$ 125 milhões, ele traz à mostra Quinzena dos Realizadores, do Festival de Cannes, “The We and The I”, longa de baixíssimo orçamento, filmado quase inteiramente dentro de um ônibus em horário escolar e com um elenco de jovens sem nenhuma experiência frente às câmeras. 


O projeto foi motivado por uma ideia que o diretor teve há mais de 20 anos, quando presenciou a volta de estudantes para casa em um ônibus parisiense. Ele notou que o comportamento dos jovens mudava conforme o grupo se reduzia a cada ponto de parada. O caos inicial, as brincadeiras maldosas e as conversas superficiais eram substituídos por momentos de maior intimidade e discussões de teor mais pessoal e filosófico.

Para levar essa constatação para as telas, Gondry selecionou cerca de 40 estudantes de um escola pública do bairro nova-iorquino do Bronx e com eles iniciou um longo processo de workshops e entrevistas. Com um roteiro de apenas 24 páginas, Gondry utilizou histórias verídicas do próprio elenco para desenvolver a trama. “À medida que eu conhecia os garotos, eu deixava a história emergir e se tornar aquilo que eu queria contar”, ele contou, durante entrevista coletiva no Festival de Cannes. 


“Eu visualizava a trama com quatro ou cinco personagens principais. Um deles tinha acabado de deixar seu pai, e a outra era uma garota um tanto acima do peso, e por isso sofria bullying o tempo todo. Isso é algo que eu de fato vivenciei. Eles existem em todo lugar, os que cometem o bullying, as vítimas, a garota que precisa de muita atenção”, revelou.

No entanto, o processo revelou muito mais, com algumas das cenas sendo puros extratos da realidade. Em certo momento, por exemplo, um casal gay passa a discutir a relação. “Aquilo não estava previsto no roteiro. Aconteceu na hora, como uma briga de verdade, e acabou sendo incorporado à montagem final. O filme todo teve essa dinâmica”, contou o diretor. 


Aos 49 anos de idade, Gondry não permite se acomodar com escolhas óbvias e seguras. Segundo ele, estar em contato com um elenco tão jovem o possibilitou se renovar, e por ter sido um jovem tímido, ele revelou ter se identificado com o drama vivido por aqueles que sofrem bullying. Apesar disso, por vezes foi difícil manter os jovens concentrados.

“Chegamos a um ponto em que tivemos que pedir a eles para deixarem seus celulares de lado. Eles têm todas as notícias de suas vidas através de mensagens de texto”, comentou. “Eu achei que seria interessante ver o ônibus ter um pequeno modelo da sociedade como um todo, aonde a comunicação vem em diversas camadas, de voz para voz, de mensagens de texto para mensagens de vídeo”.


Para ele, este é o primeiro filme em que se sentiu completamente livre para fazer o que quisesse e sem ter que se preocupar com o que pensariam. Apesar disso, Gondry não despreza as produções em maior escala e de apelo mais popular. “Eu gosto de ambos os tipos de filme e não quero ter que escolher entre as duas situações. Gosto de cinema popular. Acredito que se eu fosse Christopher Nolan ou alguém cujos filmes fizessem bilhões de dólares nas bilheterias, aí sim teria que fazer essa escolha”.

Atualmente, Gondry está filmando “L’écume des jours”, cujo enredo remete a seus filmes mais fantasiosos. Na trama, Audrey Tautou (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”) sofre com o nascimento de uma flor em seus pulmões. O diretor também atua no filme no papel de um médico. Logo em seguida, ele deve dirigir uma animação sobre o linguista Noam Chomsky, quem ele teve a oportunidade de entrevistar.

Lucas Procópio, estudante e amante do cinema, espectador descontrolado e aspirante a cineasta. 

Fonte: Terra

Como surgiram os apelidos?

Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC

Claudinei Plaza Não se sabe ao certo quando surgiram, mas acredita-se que existam há centenas de anos. Estão ligados à origem dos sobrenomes. No passado, eram os apelidos que ajudavam a diferenciar o nome das pessoas. Na Espanha e em Portugal, por exemplo, acrescentavam as terminações ez e es ao nome do pai; Antunes era o filho de Antônio, enquanto Sanchez, o de Sancho.

Outro modo de denominar alguém era pelo lugar de nascimento ou moradia. Alguns portugueses podiam ganhar o apelido de Coimbra, Lisboa, Resende ou Alcântara (cidades do país). Havia ainda os que recebiam por causa da profissão, como Ferreira (vem de ferreiro) ou Barbeiro. Um lenhador podia ser chamado de Pinheiro e um caçador de Raposo ou Lobo. Na França, eram comuns nomes como Fritier, que significa vendedor de peixe frito.

A característica física e a personalidade eram outras formas de nomear. O rei Pepino, o Breve, que governou os francos dos anos 751 a 768, era baixinho; por isso, o apelido. Ricardo I, que reinou na Inglaterra no século 12, foi chamado de Coração de Leão, pois era considerado muito corajoso.

OFICIAL
Com o passar dos anos, a população mundial cresceu e, assim, foi necessário acrescentar mais um nome ao registro. Antes, cada pessoa tinha apenas um, como Maria ou João. Somente no século 15, o apelido tornou-se oficial. Tanto que em Portugal e na Espanha, a palavra apelido significa sobrenome.

Atualmente, também serve para diferenciar pessoas, principalmente quando há dois amigos com o primeiro nome igual. Às vezes, até os pais nos chamam de modo diferente. Pode ser que José torne-se apenas Zé, e Renata seja Rê ou Renatinha. Esse tipo de apelido é denominado hipocorístico; significa que quem o chamou demonstra carinho ou intimidade.

Por que o Alexandre é pato e o Paulo Henrique, ganso?

Você conhece Alexandre Rodrigues da Silva? Pode acreditar, já ouviu falar nele. Trata-se do nome verdadeiro de Alexandre Pato, jogador do Milan (time de futebol da Itália). O atleta recebeu o apelido por causa da cidade em que nasceu: Pato Branco, no Paraná. Na infância, entretanto, sua família o chamava de Bebetinho por causa de Bebeto, que jogou na Seleção Brasileira na década de 1990.

E o Ganso? O jogador do Santos Paulo Henrique Lima ganhou o apelido na adolescência, enquanto tentava vaga no time. Um funcionário do clube viu o rapaz e outros jovens aspirantes e disse: "Lá vem aquele monte de gansos."

Pode magoar

É preciso tomar muito cuidado ao criar apelido para alguém. Quando está ligado às características físicas, por exemplo, pode ser bullying (conjunto de agressões repetitivas que humilham e magoam). Isso é bastante comum, principalmente na escola, mas não pode ser encarado como simples brincadeira.

O apelido que ofende traz consequências ruins. Quem o recebe, em geral, fica triste e sem vontade de ir para a escola, podendo até adoecer. Se receber apelido de mau gosto, peça para que não o chame daquele modo. Caso não pare, conte o que está acontecendo a um adulto de confiança. Lembre-se: é melhor ignorar as agressões e se afastar da pessoa que a faz. Se tiver colega que enfrente o problema, encoraje-o a denunciar.


Geovanna Sanz Gimenes, 9 anos, de Ribeirão Pires, recebeu apelido dos colegas da escola. No início, não se importava, mas quando descobriu o significado, pediu para não falarem mais daquela forma. "Queria que me chamassem só de GG." A garota acredita que um apelido é legal somente se estiver relacionado ao verdadeiro nome da pessoa. É importante respeitar a opinião do amigo. "Ele precisa gostar e autorizar. Senão, é melhor chamar apenas pelo nome."
Consultoria de Júlio César da Assunção Pedrosa, bacharel em Letras pela USP e revisor de textos na Universidade Federal do Oeste do Pará; e do educador Marcos Liba.

Fonte: Diário do Grande ABC

sábado, 26 de maio de 2012

Violência Escolar, ou Bullying por Yago A. Chahad

A violência escolar, também conhecida como bullying, sempre foi comum em todos os lugares do mundo, mas nos últimos tempos vem tendo maior relevância, se tornando até uma "praga" anúnciada por todos os colégios. Cada um tem seu ponto de vista sobre tal coisa, mas é uma violência igual as outras, apenas muda o ambiente que a mesma é inserida, tornando ela algo que pode mudar por completo um ser humano, pois age na base da pessoa, a escola, no local onde deveria ser o mais seguro para as crianças, acaba se tornando um verdadeiro "ringue" de luta em muitos lugares...

  • “ A violência é o maior câncer da sociedade, seu crescimento transformasse em neoplasia de tristezas e queixumes, não se iluda, somente a paz e o amor podem dizimá-la.” ( Antonio Paiva Rodrigues).
O que causa a violência escolar, bullying?

Em grande parte das vezes o bullying ocorre quando um se sente superior ao outro, pode também ser causado pelo transtorno de caráter, sentimento de impunidade e outras coisas do tipo.

Quem são os principais alvos desse tipo de violência?

Normalmente isso ocorre com as pessoas mais tímidas que tem pouco envolvimento social, em pessoas de grupos diferentes e em até pessoas com problemas, como doenças, até pessoas que não se submetem facilmente.

Quais as consequências do bullying?

As principais são...
  1. baixa auto-estima,
  2. medo,
  3. angústia,
  4. pesadelos,
  5. falta de vontade de ir à escola e rejeição da mesma,
  6. ansiedade, dificuldades de relacionamento interpessoal,
  7. dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar,
  8. dores de cabeça, dores de estômago e dores não-especificadas,
  9. mudanças de humor súbitas,
  10. vómitos,
  11. urinar na cama,
  12. falta de apetite ou apetite voraz,
  13. choro,
  14. insónias,
  15. medo do escuro,
  16. ataques de pânico sem motivo,
  17. sensação de aperto no coração,
  18. aumento do pedido de dinheiro aos pais e familiares,
  19. furto de objectos em casa, surgimento de material escolar e pessoal danificado,
  20. desaparecimento de material escolar,
  21. abuso de álcool e/ou estupefacientes,
  22. auto-mutilação,
  23. stress,
  24. suicídio. 
 
 Como se pode ver, o bullying leva as pessoas que são por natureza boas, muitas veses para o caminha ruin, podendo cometer até o suicídio, algo que é normal quando ocorrem esses tipos de violência, mas não apenas na escola, mas em qualquer lugar, dependendo da gravidade.

Sugestões : 

Não existe muito o que falar sobre isso, é algo péssimo que vem ocorrendo a milhares e milhares de anos e cada vez piora. As escolas, os governos, os país devem dar mais enfase para isso com seus alunos e filhos, com as crianças, pois o futuro está nas mãos de quem hoje é criança, se isso continuar ocorrendo, imagine como será o mundo daqui a alguns anos, será terrível. Se todos priorizarem isso, com certeza o bullying, violência escolar, irá baixar e muito. 

Yago A. Chahad 
 

Projeto Paz nas escolas de Feira de Santana, BA, reduz violência em 90%

Projeto Paz nas escolas reduz violência em 90%
Marcos Vinicius/ Divulgação

A Guarda Civil Municipal está desenvolvendo o projeto Paz nas escolas, que tem como objetivo reduzir a violência nas escolas. Várias escolas da rede municipal de ensino foram visitadas com o intuito de prevenir a violência no âmbito escolar.
 
O comandante da Guarda Civil Municipal, Marcos Vinicius Alves, informa que as rondas serão realizadas nas escolas da sede e zona rural de Feira de Santana. “Com a realização do projeto constatamos uma redução no índice de violência no ambiente escolar de 90%”, destacou.
 
 
O projeto operação Paz nas Escolas foi implantado no mês de abril de 2011. No ano passado foram apreendidos 154 armas brancas como estilete, facas e canivetes, o resultado do projeto vem dando tão certo que esse ano até o momento foram encontradas 8 armas, e que foram entregues pelos próprios alunos.
 
Isso se deve também a um trabalho em conjunto com pedagogos e professores, que realizam palestras sobre o risco do porte de armas nas unidades de ensino e informações sobre ações que podem evitar a violência dentro e fora da escola.
 
Marcos Vinicius destacou ainda, que no inicio do projeto houve algumas barreiras, principalmente com o poder judiciário e dentro do próprio município, mas quando houve a adesão da sociedade principalmente da impressa, o projeto alavancou.
 
“Foi comprovado que Feira de Santana, foi o único município do Brasil a ter um projeto de prevenção á violência nas escolas”, afirmou.
 
As queixas mais frequentes que Guarda Civil Municipalencontram nas escolas é de brigas e degradação ao patrimônio público
FONTE: Da redação da Folha do Estado da Bahia