quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O bullying não é brincadeira

Por Anita Adas*

A palavra bullying deriva do verbo inglês to bully e significa usar a superioridade física ou moral para intimidar alguém. Essa palavra tem sido adotada em vários países para definir todo tipo de comportamento agressivo, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais. As vítimas são os indivíduos considerados mais frágeis, transformados em objetos de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas e intimidadoras. E quando a violência é feita virtualmente, contando com ajuda da internet ou celulares para disseminá-la, ganha o nome de cyberbullying.

Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que quase 1/3 dos estudantes brasileiros afirma ter sofrido bullying alguma vez na vida escolar, sendo que o problema tem ocorrido, em maior proporção, nos colégios privados (35,9%) do que nos públicos (29,5%). Esse estudo faz parte da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009 e foi realizada com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.

O tema é tão importante que está tramitando no Senado um projeto que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e propõe que os estabelecimentos de ensino sejam também responsáveis por promover um ambiente escolar seguro e adotar estratégias de prevenção e combate a intimidações e agressões. Além disso, também sugere que o Ministério da Educação (MEC) coordene trabalhos para combater o bullying.

Esse é um fenômeno mundial e representa a violência moral velada – que também pode chegar a ser física e explícita –, imposta por meio de comportamentos desequilibrados, socialmente inadequados, intimidadores e repetitivos de uma pessoa ou de um grupo contra uma mesma vítima. Estudos indicam que o bullying produz consequências graves, que vão desde problemas de aprendizagem até sérios transtornos de comportamento, responsáveis por índices de suicídios e homicídios entre estudantes.

É fundamental reconhecer que a vida humana está sendo banalizada e que está ocorrendo o distanciamento daquilo que é inerente e essencial à nossa natureza: relacionar-se. Sabe-se que os humanos não são espontaneamente generosos, respeitosos e solidários; então, essas virtudes devem ser rotineiramente aprendidas e exercitadas. E esse é um dos papéis da educação escolar: formar o sujeito social.

A escola é o primeiro contato dos pequenos com o âmbito público, sendo este um espaço plural por natureza. É nela que crianças e adolescentes conhecem um conjunto de valores muitas vezes diferentes daquele de sua família – o âmbito privado – e, assim, devem aprender a estar na coletividade de forma harmoniosa e democrática.

Combater o bullying não é tarefa impossível, mas exige atenção, tempo e diálogo. É preciso vencer a conformidade. De início, é fundamental que toda a comunidade escolar – gestores, professores, funcionários em geral, alunos e pais – se conscientize de que o mundo tal como está é produto humano e que somos todos responsáveis por ele.

No material do Agora Sistema de Ensino – o novo sistema de ensino da Editora Saraiva, voltado para as escolas públicas do Ensino Infantil ao Ensino Médio –, são trabalhados os temas transversais propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC). Assim, os temas Ética, Trabalho e Consumo, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Orientação Sexual e Saúde são debatidos por meio de textos e de atividades que possibilitam a reflexão e a análise de situações que nos cercam diariamente.

O material pretende contribuir para a formação ética dos alunos, com a construção e o aprimoramento de sua capacidade de observar, de analisar e de refletir diante das situações do dia-a-dia e, por fim, posicionar-se como alguém que pensa, atua e, se necessário, transforma a realidade.

Sendo assim, princípios essenciais para a prevenção do bullying, como o respeito, a solidariedade e a justiça, entre outros, fazem parte do trabalho feito em sala de aula. Mas não adianta somente pedir que os alunos desenhem a pomba da paz ou cantem uma música que fale sobre a paz, tampouco acreditar que dizer uma única vez “não bata” ou “não faça” seja suficiente. É fundamental que a escola seja um local de trabalho pautado em princípios éticos, em que todos vivam um ambiente democrático e se compreendam como responsáveis pelas relações estabelecidas na instituição e, assim, comprometam-se com a construção de uma sociedade mais justa e humanizada.

*Coordenadora Pedagógica da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva

Vídeo de aluno sai da internet

Ciberbullyng // Imagens que mostravam aluno de 12 anos sendo obrigado a beber refrigerante cuspido por colega foram retiradas

A agonia do adolescente que foi vítima de ciberbullying numa escola privada da Zona Sul do Recife chegou ao fim. Ontem o vídeo em que o aluno de 12 anos, vítima de agressões verbais repetitivas, aparece bebendo um refrigerante que outro colega cuspiu, foi retirado do site www.youtube.com, sob responsabilidade do Google. Segundo a mãe do garoto, depois do episódio ele ficou deprimido e se recusava a ir à escola, temendo novas chacotas. A direção do colégio, localizado no bairro do Ibura, chamou os pais das crianças que praticaram o bullying para conversar sobre a situação. Um dos agressores admitiu a culpa e retirou o conteúdo da página. Aliviada, a vítima voltou a assistir aulas no final da tarde de ontem com uma certeza: o episódio servirá de lição para todos os alunos da unidade. Os nomes da vítima e dos colegas que praticaram a agressão, assim como o nome da escola, não serão divulgados para preservá-los, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Segundo a mãe do garoto que teve a imagemdivulgada no Youtube, a repercussão do caso, que ganhou manchete na edição do Diario de ontem, tranquilizou o adolescente. O jovem ficou satisfeito ao perceber diversas manifestações de repúdio ao ato praticado contra ele. "Nós conversamos e ele compreendeu que foi vítima de um erro cometido por outras crianças. Acho que meu filho está mais confiante e sabe que esse tipo de comportamento não irá se repetir", explica a mãe. Até o momento, a família não cogita entrar com ações contra os responsáveis pelos meninos envolvidos no bullying por danos morais. A agressão aconteceu em maio deste ano, mesma época em que o vídeo foi postado.

A situação que ocorreu dentro da escola, e ganhou grandes proporções por causa da internet, foi resolvida dentro do próprio ambiente escolar. Como apostam os educadores. Ontem de manhã, a direção da escola convocou uma reunião com os pais dos quatro alunos envolvidos de forma direta ou indireta no bullying. O encontro, de acordo com a direção, serviu para fazer os jovens entenderemque suas atitudes têm consequências, principalmente quando afetam outras pessoas. Os alunos foram advertidos e, caso repitam o ato, serão suspensos. A partir de agora, a escola ficará ainda mais atenta a provocações e discussões ocorridas em ambiente escolar. Para que situações não cheguem ao limite em que chegaram com o adolescente de 12 anos. A proibição do uso de celulares em sala de aula também será mantida. A partir de hoje, dois profissionais vão supervisionar a regra nos horários dos intervalos.

Legislação - Promotor do Ministério Público de Pernambuco, José Lopes Filho, especialista em crimes pela internet, defende a criação de uma lesgislação específica sobre o assunto no país. "Estamos defasados em 20 anos. Não temos política nem investigação direcionada", destacou. As vítimas podem prestar queixa à polícia, encaminhando a situação à ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco, por meio do número 3182-7000.

Fonte: Vida Urbana

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cartoon Network fará campanha contra bullying

Temas das propagandas foram definidos por meio de pesquisas com crianças de 6 a 12 anos

Parceria do Cartoon Network com a Unicef durará três anos

São Paulo - Em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o canal conhecido por desenhos associados à violência lançará o "Movimento Cartoon", com comerciais de temas como preservação do ambiente e valorização de atividades físicas.

Segundo as informações, duas campanhas serão veiculadas - uma contra bullying (violência nas escolas) e outra pelo consumo consciente da mídia.

Em entrevista à Coluna outro canal, Barry Koch, vice-presidente sênior e diretor geral do Cartoon Network na América Latina, ressalta estar consciente das críticas e admite que a campanha visa um reposicionamento.

Em princípio os trabalhos terão conteúdos na internet e em games, no entanto, segundo Koch, há possibilidades de mudar também a programação. A parceria com a Unicef durará três anos e os temas das propagandas foram definidos por meio de pesquisas com crianças de 6 a 12 anos.

Fonte: Portal Exame

Notícias » Ciência e Meio Ambiente » Ciência e Meio Ambiente Crianças com alergia a comida também sofrem bullying

Estudo de diversos institutos sobre alergia a alimentos aponta que um novo tipo de intimidação ocorre nas escolas: provocações contra crianças que possuem alergias a certas comidas. As informações são do site LiveScience.

A pesquisa, que entrevistou crianças de escolas dos Estados Unidos, mostra que 30% dos estudantes sofre com bullying por causa de sua alergia a algum tipo de comida. O mais comum meio de provocação são os xingamentos. Mas 40% das crianças que possuem alergia e sofrem preconceito, além de ofendidas verbalmente, veem alimentos serem jogados em sua direção.

82% dos casos ocorrem na escola, com 80% destes envolvendo crianças da mesma classe. Os 20% restantes envolvem professores e funcionários da escola sendo os praticantes do bullying.

Fonte: terra

Secretaria da Educação de SP diz que investigará bullying contra bolivianos

Segundo relatos, imigrantes têm de pagar para não apanhar em escola. Descendente de bolivianos disse que tem medo e que se sente intimidado.

Escola Brás
Escola Estadual Padre Anchieta, no Brás, na
Região Central de SP (Foto: Fernanda Nogueira/G1)

A Secretaria Estadual da Educação de São Paulo disse, em nota enviada à imprensa nesta terça-feira (28), que vai investigar denúncia de bullying contra alunos imigrantes da Bolívia em escola da Região Central de São Paulo.

O assunto veio à tona em reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” nesta terça-feira. Estudantes e um professor disseram ao G1 que alunos imigrantes têm de pagar para não apanhar de outros alunos na Escola Estadual Padre Anchieta, no Brás. Os entrevistados pediram para não ser identificados.

A escola está localizada no bairro de São Paulo em que vivem milhares de imigrantes bolivianos. Muitos deles trabalham em confecções da região.

Segundo um professor da escola, estudantes exigem que os alunos bolivianos paguem lanche para eles. “Eles levam tapas na cabeça”, disse o professor. De acordo com o educador, os alunos sofrem preconceito e o clima é tenso na sala de aula. “Os grupos não se misturam. É um problema quando peço para fazerem trabalhos juntos”, afirmou.

De acordo com o professor, o bullying ocorre desde o ano passado na escola. “Alguns estudantes foram identificados, mas não foram punidos”, disse. Para ele, é preciso conscientizar os estudantes e não punir. “O problema aqui é que não tem assistente social, não tem psicólogo. Isso aqui é um depósito de gente”, disse.

Um aluno de 16 anos, do segundo ano do ensino médio, que é descendente de bolivianos, afirmou que não estuda tranquilo. “Tem grupos que intimidam”, afirmou. O pai de um estudante de 13 anos, ambos bolivianos, afirmou que o filho já teve dinheiro furtado da mochila. “Nunca acontece nada frente a frente”, disse.

Uma estudante brasileira disse que as ameaças acontecem às escondidas no pátio da escola e na sala de aula. “Dizem 'ou paga ou apanha'. Os supervisores nem veem”, afirmou. Outra aluna afirma que o problema também ocorre na Escola Estadual Eduardo Prado, próximo à escola Padre Anchieta, no Brás. “Já estudei lá e vi acontecer várias vezes”, afirmou.

Na nota enviada à imprensa, a Secretaria Estadual da Educação de SP afirma que enviou uma comissão de supervisores para investigar se houve omissão da direção da escola Padre Anchieta e poderá exonerar a diretora do cargo se o problema for confirmado.

Disse ainda que os casos serão analisados individualmente e que começará um projeto de combate ao bullying na escola. Segundo a secretaria, a escola tem um professor-mediador, que desenvolve atividades pedagógicas e procura resolver problemas na escola com alunos e professores.

O padre Mário Geremias, coordenador da Pastoral do Imigrante, na Região Central de São Paulo, disse já ter visto estudantes bolivianos de oito anos sofrerem agressão na rua. "Não sei de onde vem tanta agressividade. É fora do normal. O mais triste é que são da mesma idade", disse. Para o padre, tanto os pais dos agressores como a escola devem ser responsabilizados.

Segundo Marlene Valência de Vargas, da Associação de Residentes Bolivianos, os estudantes imigrantes sofrem discriminação. "Eles não reclamam. São tímidos, mas o problema acontece", disse.

A Secretaria da Educação de SP negou que ocorra bullying na Escola Estadual Eduardo Prado. Segundo a assessoria de imprensa, uma briga entre um aluno brasileiro e uma estudante boliviana fora da escola levou à suspensão dos estudantes há cerca de duas semanas.

Fonte: G1

Aluno denuncia bullying

O pai de um aluno da Escola 2,3 D. Dinis, de Quarteira, no Algarve, queixa-se do filho ter sido alvo de bullying por colegas mais velhos.

Por:Teixeira Marques

"Quatro alunos do curso de Educação Formativa, com cerca de 17 anos, queriam obrigar o meu filho, de dez anos, a chamar nomes à professora. Como o Samuel recusou e os denunciou à docente, vingaram-se", contou ao CM Rui Costa, pai do jovem aluno.

"Na sexta-feira, obrigaram-no, à estalada, a comer pequenas pedras. No domingo, o meu filho estava a brincar na rua, perto da escola, com outros jovens. Vieram os agressores e meteram-no, à força, dentro de um caixote do lixo público", refere Rui Costa, revoltado com o facto de ainda lhe terem arremessado uma beata a arder para dentro do recipiente. "Para o miúdo não sair, colocaram uma pedra na tampa. Só meia hora depois, os outros amigos do Samuel alertaram um adulto que passava no local e que libertou o meu filho", salienta Rui Costa, insatisfeito com a direcção da escola. "Receberam-me no hall de entrada e mandaram-me falar com a GNR".

Fonte do conselho directivo disse ao CM que o "aluno é problemático e de difícil integração", adiantando que "criou muitos problemas no ano passado e tem sido acompanhado pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens".

Fonte: Correio da Manhã

Aluno vítima de Cyberbullying

Vídeo feito na escola e postado no Youtube mostra estudante tomando refrigerante cuspido por colegas e sendo zoado em seguida


O chamado cyberbullying, já muito comum no Sudeste, está cada vez mais perto e real. Na manhã de ontem, uma família descobriu que um dos filhos, um garoto de 12 anos, estava sendo vítima do bullying virtual há quatro meses. Aluno de um colégio particular no bairro do Ibura, na Zona Sul, o menino foi empurrado, hostilizado e constrangido por colegas depois que bebeu, sem saber, um refrigerante onde outro estudante havia cuspido. O momento foi gravado por um celular e postado no Youtube. Na última segunda-feira, o vídeo começou a circular entre os alunos e a vítima descobriu que a brincadeira de mau gosto tinha sido ainda maior. O caso foi registrado na polícia, mas o trauma também ficou.



Nas imagens expostas na Internet, estudante aparece sendo hostilizado pelos colegas da escola Foto: Reprodução/Internet/Youtube
No vídeo, o garoto aparece sendo importunado por um grupo que, sorrindo, o empurra e desafia a tomar o refrigerante. Em seguida, eles dizem que a bebida estava cuspida e iniciam outra série de hostilizações. O menino ainda esboça uma reação com tentativas de socos, que não atingem ninguém. A mãe dele contou que a exposição nainternet foi o estopim para as brincadeiras que vem sofrendo. "Uma colega disse a ele como encontraria o vídeo. Depois disso, ele só faz chorar e dizer que quer trocar de colégio. Ele é muito ingênuo, não anda em grupinhos e acabou ficando mais vulnerável", comentou.

Ela destacou que o sofrimento do garoto provocou um transtorno na família, afetando inclusive o filho mais novo, que está preocupado e pergunta constantemente o que fizeram ao irmão dele. "Eu nunca vi meu filho tão triste. Ele não entende que isso passa, que é uma fase. Só sabe que está sofrendo", disse. O pai do menino deixou de ir trabalhar, na manhã de ontem, para registrar a queixa na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). "Nossa preocupação é solucionar o problema e retirar o vídeo da internet", afirmou. O delegado Albérico Pires orientou que a família tentasse um acordo com a direção da escola e os pais das crianças envolvidas. Caso não obtivesse sucesso, acionaria os pais ou mesmo a direção da unidade escolar.

Procurada pelo Diario, a diretora-administrativa da escola informou que não tinha conhecimento do vídeo nem das brincadeiras contra o menino. Ela informou que ele tem o comportamento discreto, mas nunca tinha presenciado ou ouvido queixas de agressões. Também garantiu que entraria em contato com a mãe do aluno agredido, considerada bastante presente na escola, para tentar solucionar o problema. Como maneira de prevenção ao cyberbullying, a diretora acrescentou que o colégio tem a prática de proibir a entrada de celulares nas salas. "Às vezes passa e nós apreendemos os aparelhos. Como o vídeo foi feito é sinal de que precisamos reforçar os cuidados", disse a diretora.

O procurador José Lopes Filho, coordenador do Caop Tributário e estudioso de crimes na internet, destacou que o caminho ideal é tentar um acordo com os alunos envolvidos. "Tentar conversar com os alunos é importante até mesmo por questões de educação e orientação. O bullying provoca prejuízos graves, especialmente quando se está em formação de personalidade", destacou. Se a conversa não surtir efeito, ele recomenda que os pais devem prestar queixa na polícia e encaminhar a denúncia à ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (3182-7000) para que a retirada do vídeo seja solicitada ao Youtube (do Google). (Ed Wanderley e Júlia Kacowicz)

Fonte: Vida Urbana

Os escritores mirins de Natuba

Mata Sul // Na zona rural de Vitória de Santo Antão, crianças entre sete e dez anos de idade publicam livros artesanais e mudam realidade escolar
Rafael Dias
rafaeldias.pe@dabr.com.br

Os livros são feitos de papel ofício dobrado, alguns grampeados, com gravuras desenhadas à própria mão e, assim como seus donos, carentes de serem lidos. Improvisados em sala de aula, são o único suporte a que crianças da Escola Estadual de Natuba, na zona rural de Vitória de Santo Antão, têm à disposição para registrar aquilo que brota de suas imaginações soltas. O suficiente, porém, para fazerem uma pequena revolução na terra do escritor Osman Lins, exemplo de que o livro pode transformar uma realidade de desinteresse escolar e bullying.



Iago do Prado escreve com empenho digno de profissional Foto: Inês Campelo/DP/D.A Press
Os escritores mirins de Natuba, que moram na comunidade homônima situada a cerca de 15 minutos do centro de Vitória por um acesso de terra batida, têm lida de gente grande. Ano passado publicaram oito livros, deste modo artesanal, e chegaram até a participar de uma tarde de autógrafos na própria escola. Autores na faixa etária entre sete e dez anos, eles não brincam quando a lição é escrever, tamanha a produção. Só neste ano já passa de 30 contos elaborados pelos alunos dos 3º e 4º anos (antigas 2ª e 3ª séries) do ensino fundamental.

Iago do Prado e Rafaela da Silva Souza, com 10 anos cada, são estudantes do 4º ano e escrevem com afinco de profissionais. Assim como outros colegas, foram "picados" pela literatura. "Quando começo a ouvir as histórias e ler os livros, dá vontade de escrever", disse Iago, que gosta de Vinícius de Moraes. Rafaela é fã da escritora infanto-adolescente Ruth Rocha. Nenhum dos dois sabe quantas histórias já criou. "Adoro criar histórias sobre a natureza", revelou Rafaela.

O fenômeno na Escola de Natuba começou há três anos a partir do projeto denominado Leitura no Pátio. Inicialmente, as atividades consistiam em leitura de livros na sala de aula. Em seguida, os estudantes eram incumbidos de relatar o que apreenderam da narrativa. No entanto, eles acharam pouco. Estimulados, queriam criar suas próprias histórias. O resultado foi um aumento na motivação dos alunos e na frequência e na matrícula escolar. Dos 173 matriculados ano passado, a escola conta com 322 estudantes neste ano letivo.

"Os livros surgiram espontaneamente. Já trabalhei em escola particular e nunca vi um interesse pela literatura deste jeito", comentou o professor e gestor da unidade, Antônio Arnaldo, que há um ano dirige a escola e, ao perceber a função pedagógica do livro, resolveu ampliar o projeto de leitura. Hoje, além das atividades de leitura três vezes por semana, a direção desenvolve o projeto de um jornal com alunos do 9º ano do ensino fundamental.

Mudança - Outro avanço na escola foi o uso do fardamento, que ganhou adesão quase geral. Filhos de camponeses, os alunos costumavam ir estudar de chinelo. "Agora 90% usam sapato e a roupa escolar. Os pais agora vêm até a escola para comunicar se o filho está doente e terá de faltar. As agressões por bullying também diminuíram", disse o gestor.

Recentemente, a escola teve o pátio, telhado, as três salas e a cozinha reformados, mas o colégio continua carente de um refeitório. O momento do lanche das crianças é improvisado na própria sala de aula.

Fonte: Diário de Pernambuco

Vídeo de criança do Recife constrangida por colegas é retirado do Youtube

O vídeo, postado no Youtube, que mostra um garoto, de apenas 12 anos, sendo hostilizado e constrangido por colegas de classe depois que bebeu, sem saber, um refrigerante cuspido por uma das crianças teve o conteúdo removido do site. Após a denúncia publicada pelo DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR, na tarde desta terça-feira (28), o google tornou o vídeo impróprio para visualização e, em seguida, alertado por colegas da escola, o aluno responsável pela postagem deletou o arquivo original de seu canal.

Nesta manhã, a mãe do garoto, autor do constrangimento virtual, esteve no colégio particular da Zona Sul do Recife, onde as crianças estudam, a convite da direção. De acordo com um dos proprietários da instituição, uma reunião com a coordenação pedagógica foi realizada para garantir que o episódio sirva de lição para todos os alunos, sem, no entanto, gerar danos psicológicos também à criança.

“É importante que nem o autor, nem a vítima, passem por maiores problemas e, por isso, é necessário acompanhamento. Foi uma brincadeira infeliz, mas como o garoto se identificou, acredito que não houve uma intenção real de dano, mas uma falta de orientação, que deve ser contornada”, defende, reiterando que é proibida a utilização de aparelhos celulares no interior da escola e que dois profissionais ficarão responsáveis por essa supervisão também no horário dos intervalos.

Segundo a família do menino de 12 anos, com os discursos de simpatia recebidos e a retirada do vídeo da internet, o garoto já se encontra menos abatido pelo episódio e é provável que ele volte à escola ainda essa semana. O caso foi registrado na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente na manhã de ontem, um dia após a descoberta do vídeo, postado desde maio.

Denúncia – De acordo com o promotor do Ministério Público de Pernambuco, referência em estudos de crimes na internet, José Lopes Filho, destacou que o caminho ideal é tentar um acordo com os alunos envolvidos. "Tentar conversar com os alunos é importante até mesmo por questões de educação e orientação. O bullying provoca prejuízos graves, especialmente quando se está em formação de personalidade", destacou. Se a conversa não surtir efeito, ele recomenda que os pais devem prestar queixa na polícia e encaminhar a denúncia à ouvidoria do Ministério Público de Pernambuco (3182-7000) para que a retirada do vídeo seja solicitada ao Youtube.

Identificando o Bullying - Desconfie se a criança ou adolescente passar a rejeitar a escola ou pedir para mudar de sala, especialmente quando há queda repentina no rendimento escolar. Vítimas desse tipo de violência psicológica também pode apresentar sinais de somatizações (diarréias, vômitos, dores abdominais, asma, insônia e pesadelos) e manifestar problemas emocionais, como tristeza e depressão, ou sociais, como isolamento do grupo. Durante e depois os episódios, é recomendável que a criança seja acompanhada por um tratamento psicológico para superar as perseguições.

Por Ed Wanderley, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Estudantes são obrigados a pagar 'pedágio' para não apanhar em escola de São Paulo

O SRZD levou à tona um assunto que representa sofrimento para muitos estudantes da rede de ensino pública e particular, na última terça-feira. Duas especialistas do bullying explicaram o que significa, as causas, consequências e o que fazer para se livrar do ridicularizadores e retomar a paz entre os alunos no ambiente escolar.

Os casos de bullying são comuns pelo Brasil. O último caso divulgado aconteceu em São Paulo, onde alunas bolivianas acusam outras estudantes de cobrar dinheiro para não agredir as alunas estrangeiras. Segundo uma das jovens, muitas vezes precisam dar o lanche, o celular, e até dinheiro para se livrarem das agressões.

"Elas pensam que mandam na gente", diz uma das vítimas do bullying.

A mãe da menina se mostrou indignada, pois a escola não teria tomado nenhuma providência em relação a violência praticada com a filha.

A Secretaria de Educação do estado apura o caso para saber se houve negligência da parte da unidade de ensino com as alunas vítimas de atos de violência e humilhação.

Fonte: SRZD

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Confira a programação do 1º Seminário sobre Bullying e Assédio Moral em Joinville

Evento é gratuito e acontece na Mitra Diocesana de Joinville.

PROGRAMAÇÃO:

8h - Credenciamento/ Novas Inscrições: 8h30 - Solenidade de abertura

9h - Bullying - O que fizemos com o que fazem conosco - Maria Tereza Maldonado. Moderação: Roberta Balsini

10h30 - Intervalo

11h - Bullying-Uma marca na história - Roberta Balsini e Gilda Balsini

12h30 - intervalo para almoço

14h - Palestra - Bullying e suas Considerações Jurídicas – Dr. Lélio Braga Moderação: Roberta Balsini

15h30 - Intervalo

16h - Assédio Moral no Ambiente de Trabalho – Dr. João Paulo Balsini Moderação - Edson de Souza Almeida

17h30 - Coquetel de Encerramento

OBS: As inscrições poderão ser feitas durante o dia, se ainda houver vagas para as palestras.

AN.COM.BR

Fonte: A Notícia

O que é bullying? Aprenda a identificar e combater

A palavra pode ser nova no nosso vocabulário, mas a prática é antiga e ainda não criaram um termo que defina, sem o estrangeirismo, a triste prática do bullying.

Ela tem se tornado frequente e muitos estudantes vêm sofrendo nas escolas do Rio. Para esclarecer mais sobre o assunto, ainda desconhecido por muitos, o SRZD ouviu a mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade, Marisa Siggelkow, e a psicóloga e doutora em Saúde Pública, Fátima Gonçalves, que integram o Laboratório de Práticas Sociais Integradas do Mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Universidade Veiga de Almeida.

As especialistas explicam que o bullying é um termo em inglês que representa o ato de violência praticado nas escolas, expresso tanto através do relacionamento entre as pessoas, quanto nas atitudes agressivas ao patrimônio. É caracterizado por atos de tirania, agressão e dominação de uma pessoa sobre outra, diante do desrespeito às regras. A prática pode acontecer entre os alunos e até mesmo entre os professores do centro de ensino.

Segundo elas, nem sempre uma implicância pode ser caracterizada como bullying, visto que é preciso levar em consideração a intenção de ferir e desqualificar a vítima.

Em meio a tantos conflitos e sofrimentos, há esperança que os envolvidos, tanto o agressor quanto a vítima, desenvolvam uma boa relação. As especialistas explicam que, quando a violência é detectada, é preciso que a escola tome atitudes para impor limites à situação, interrompendo o circuito de agressões. A partir daí, é possível que o perseguidor e o perseguido sejam auxiliados e mudem a relação existente, configurando uma outra maneira de expressar as diferenças, fugindo da violência.

A prática do bullying é diferente entre meninas e meninos

A estratégia de afetar o outro é diferente entre os sexos. Os meninos expressam sua insatisfação com a presença ou atitude de alguém através de agressões físicas, seja por praticar a violência batendo na vítima, ou manifestando a tirania nos cômodos da escola, por fazer pichações ofensivas e ridicularizadoras.

Já as meninas costumam brigar por inveja e ciúme. E para ferir o outro, espalham boatos que depreciam a vítima, enquanto intensificam a agressão verbal no momento em que a fofoca é transmitida.

Segundo a psicóloga e a psicanalista, todos os envolvidos na prática do bullying, seja o opressor, o alvo das agressões e os espectadores, "desfrutam" da dor causada à vítima.

Como enfrentar o bullying?

Cada vez mais os pais e os professores se sentem incapazes de conter a agressão caracterizada pela prática do bullying. Porém, é preciso aprender a conversar e a escutar os filhos e os alunos para que a situação seja revertida.

Segundo as especialistas, escola e responsáveis têm de se unir para reconhecer as frustrações e consequências do bullying e retomar a paz entre os envolvidos.

No último dia 21 de setembro, o "Diário Oficial" publicou uma nova lei que obriga as escolas do Rio a notificarem os casos de violência contra os alunos e professores ao Conselho Tutelar. A nova norma diz que os colégios que não notificarem as agressões podem ser punidos, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A nova lei vale tanto para as escolas públicas, quanto para as particulares.

Fonte: SZRD

Seminário em Joinville discute o que o professor deve fazer ao se ver destratado por aluno

Assunto fará parte dos temas do 1º Seminário de Bullying e Assédio Moral na Mitra Diocesana

Cláudia Morriesen | claudia.morriesen@an.com.br

Há seis semanas, uma professora foi surpreendida em Joinville pelo ataque de um aluno em sala de aula, minutos após começar a apresentar a matéria. Acostumada a acompanhar episódios de agressão envolvendo colegas em dez anos de profissão, ela tentou manter a calma e conversar com o estudante, que não havia compreendido um texto.

A intensidade das acusações, no entanto, assustaram a educadora. Com o detalhe de que as histórias de professores destratados por alunos que ela conhecia haviam ocorrido em colégios; ela dá aula numa faculdade.

— Ele [o aluno] interrompeu a aula e questionou a minha competência para ensinar. Listei meu currículo para ele, com calma, mas ele continuou com agressões verbais. Quando pedi silêncio, ele se levantou. Disse que pagava o curso e que, sem isso, eu não teria o que comer —, conta ela, que não quis se identificar.

Ela procurou a direção, mas sabia a resposta que receberia: nada a fazer a não ser chamar a atenção do aluno.

— Eles compreendem a situação, mas não querem perder o aluno.

Na semana seguinte, estava de volta à sala, ensinando o autor dos insultos.

Episódios parecidos são rotina em escolas e faculdades, mas raramente discutidos. Uma exceção é nesta terça, quando o assunto fará parte dos temas do 1º Seminário de Bullying e Assédio Moral, na Mitra Diocesana, que reunirá educadores, psicólogos, advogados e representantes de sindicatos.

Nos 25 anos em que a professora de língua portuguesa Rosemar Lourdes Tonett trabalhou na rede pública de Joinville, nove deles na direção, recebia quase diariamente professores que reportavam agressões e ameaças. Ela era a primeira instância na hora de resolver o caso. Mas, se o problema era grave, podia parar no conselho tutelar ou na delegacia.

— Hoje, o professor não deixa passar em branco. Abre boletim de ocorrência se achar preciso —, diz ela, que, aposentada, dá aulas em escola particular.

Rosemar acredita que o aluno habituado a agredir quer chamar atenção.

— Com o tempo, percebíamos que eles tinham problemas, muitas vezes em casa. Fazem a cabeça do outros e formam uma teia para praticar as agressões. Precisam de plateia.

CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE

No consultório do cardiologista Osvaldo Soares Gonçalves, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, é comum chegar professores acreditando estar à beira de um infarto ou com graves problemas no coração. Eles sentem pulsações e falta de ar, mas não estão doentes.

— É psicossomático, estão apenas estressados. Encaminho a maioria para psicólogos ou psiquiatras, dependendo da gravidade do problema —, afirma.

Segundo Gonçalves, a maior reclamação é o estresse por causa da carga de trabalho e da tensão diária.

— É reflexo do caos no ensino, das agressões verbais e até físicas que os profissionais sofrem.

A maioria dos professores que acreditam estar com problemas no coração tem a mesma doença: síndrome de burn out. O distúrbio é comum entre profissionais que trabalham diretamente com pessoas e sofrendo desgastes físicos e emocionais. Os professores estão no topo dessa lista, ao lado de profissionais da saúde.

— Eles estão sempre se sentindo pressionados e sobrecarregados. Como não podem enfrentar os alunos, acabam guardando a angústia e desenvolvem doenças por causa disso —, afirma Gonçalves.

Em alguns casos, os professores se descobrem com problemas como hipertensão – quando não tinham nenhuma predisposição para a doença.

ESCOLA NÃO DEVE SER OMISSA

O professor que sofre agressão e ameaças dos alunos pode procurar seus direitos e processar o agressor como qualquer profissional. Segundo o professor João Carlos Balsini, que ministra Direito do Trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é dever do empregador garantir um ambiente de trabalho saudável e a lei deve ser aplicada também nas instituições de ensino.

Além disso, os artigos 932 e 933 do Código Civil mantém a responsabilidade dos pais pelos filhos menores de idade, independente da culpa direta dos pais.

— A situação é atípica e ainda não foi debatida no meio jurídico, mas se os professores são agredidos, cabe à empresa ou ao poder público tomar atitudes para resolver a situação —, afirma Balsini, convidado do seminário desta terça.

Ele acredita que, no caso dos professores, o termo certo para falar da agressão é assédio moral, quando a vítima é atingida no meio de trabalho, ainda que o assédio moral também seja um tipo de bullying, termo mais usado para tratar das agressões entre colegas de escola.

— O bullying é mais genérico, mas os dois são similares: são condutas agressivas que atingem a personalidade da vítima —, analisa.

Confira a programação do evento

AN.COM.BR

Fonte: Diário Catarinense

35% das crianças com alergia a comida sofrem com agressões de colegas

Professores e funcionários de escolas também fazem provocações, diz estudo

Getty ImagesGetty Images

Cerca de 25% das crianças sofrem com alergias alimentares


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Além das restrições na hora de comer, crianças que sofrem com alergias alimentares também têm de aguentar a zoeira dos colegas. De acordo com um estudo feito nos Estados Unidos, 35% desses pequenos relatam ter sofrido bullying ou provocações por causa do problema.

De acordo com a pesquisa, feita pela Escola de Medicina Monte Sinai, em 86% dos casos as provocações acontecem repetidas vezes. Colegas de classe são as pessoas que mais praticam o bullying contra essas crianças, mas, surpreendentemente, mais de 20% delas disseram ter sido zombadas por professores e outros funcionários da escola.

Entre aquelas que sofrem com o problema, 43% relataram que o agressor balançou o alimento que causa alergia em seu rosto e 64% passaram por agressões verbais. Scott H. Sicherer, principal autor do estudo, diz que 65% das crianças vítimas das provocações relataram ter sentimentos de vergonha e depressão por causa disso.

– Nós sabemos que a alergia à comida em crianças afeta a qualidade de vida das crianças e causa ansiedade, depressão e estresse. Mas esse é o primeiro estudo a explorar a questão do bullying sofrido por elas. Os resultados são preocupantes, já que eles mostram que as crianças não têm apenas que lidar com a alergia, mas também com a vergonha em relação aos colegas.

A recomendação é que as escolas prestem atenção ao problema.

Fonte: R7 Notícias

Lei Antibullying determina que escolas comuniquem casos ao Conselho Tutelar

A medida vale para escolas públicas e particulares de todo o estado do Rio de Janeiro

Joanna Medeiros

Foi sancionada pelo governo estadual a Lei Antibullying que torna obrigatória a notificação, que já era praticada em unidades de saúde, de casos de violência contra crianças e adolescentes em instituições de ensino. Os professores e funcionários de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro terão que denunciar a delegacias e conselhos tutelares este tipo de ocorrência.

O bullying é caracterizado por atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - valentão) ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

O Conselho Tutelar em Teresópolis vem realizando o trabalho de acompanhamento destes casos em escolas da cidade. Ana Paula Fischer, que é conselheira, falou sobre os impactos dessa legislação. “A princípio esse é um caso de percepção da escola, ou seja, da educação juntamente com o Conselho Tutelar. Caso seja detectada a prática de bullying, os pais e os menores serão notificados e acompanhados pelo órgão. Se não houver resultado imediato, o caso é encaminhado pelo Ministério Público para que sejam tomadas as medidas necessárias”, explicou.

De acordo com ela os conselheiros costumam agir como mediadores dentro dessa situação. “Dentro de um caso que estou cuidado, eu fui pessoalmente na escola, conversei com a diretora, com as meninas envolvidas, que foram ouvidas, a parte ofendida também foi ouvida. Nesses casos a gente sempre convoca os pais, e nesse exemplo específico, de cinco responsáveis, apenas dois apareceram na reunião, e a partir de agora o fato vai ser encaminhado para o MP, que vai cuidar de toda a parte judicial”, afirmou. Ana Paula completou dizendo que a participação dos pais é fundamental para que este tipo de fato não ocorra dentro das escolas.

Para a profissional, Teresópolis não tem tido muitos casos dessa prática: “Pelo que nós temos visto, os casos são poucos, mas como tudo que é ruim, a prática pode se espalhar, por isso nós precisamos fiscalizar e cuidar dos jovens, pois muitas pessoas ainda não tem o conhecimento necessário para distinguir o que é bullying ou não”.

A Vara da Infância, Juventude e do Idoso, juntamente com a Secretaria de Educação e o Conselho Tutelar realizam um trabalho para evitar que este tipo de fato se prolifere em Teresópolis.

As instituições que não cumprirem a nova norma podem pagar multas de três a 20 salários mínimos, alcançando até R$ 10.200,00.

Fonte: O Diário de Teresópolis

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Câmara discute hoje combate ao bullying

Luciana La Fortezza/ Com Redação

A polêmica sobre as ações envolvendo o viaduto inacabado no Centro ainda deve repercutir na sessão da Câmara de Bauru hoje. Os parlamentares, no entanto, também terão de voltar os olhos ao projeto de lei que dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao “bullying” escolar no município de Bauru. Muitas vezes tratado em silêncio pela vítima, o problema é capaz de provocar consequências para uma vida toda.


De acordo com o autor da proposta, o Pastor Luiz, que é presidente da Câmara, professores da educação básica da cidade, além da equipe pedagógica, deverão ser capacitados para implementar ações de discussão, prevenção e orientação do problema. Se o projeto tornar-se lei, a prática do bullying deverá ser comunicada por meio de ofício à Secretaria da Educação, Conselho Tutelar e pais de alunos, de modo que a autoestima da pessoa afetada seja recuperada.

O objetivo é a garantia da convivência harmônica no ambiente escolar, além de envolver a família no processo de construção de cultura e paz nas unidades de ensino. Por ser um problema presente em todas as áreas da sociedade, a titular da Secretaria Municipal de Educação, Vera Caserio, reconhece que ele deve estar presente nas escolas. Informa, porém, que nenhum caso chegou à pasta em virtude de sua gravidade.

“Isso sempre preocupa, embora desconheçamos algum problema muito significativo. Nós não nos descuidamos. Oferecemos cursos, palestras aos professores para que saibam lidar com a questão, caso ela ocorra. O melhor remédio é evitar”, diz Caserio. Para tanto, os próprios pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos e às atividades escolares. “A criança é a mesma em casa e na escola. Ela dá indícios. Tanto aquela que está sofrendo quanto aquela que pratica”, alerta a pedagoga Mirela Medeiros.


Violência
De acordo com ela, o bullying sempre existiu, mas tem se acentuado nos últimos tempos também por conta da banalização da violência. “Elas (crianças) sentem isso e reproduzem. Como alguns valores estão se perdendo, as crianças ficam perdidas em relação a como tratar e se dirigir ao outro. As consequências da violência psicológica, às vezes, são mais profundas que a física”, comenta. Para evitar danos, além dos professores, outros profissionais e os próprios pais devem estar atentos ao assunto e devem ser procurados diante de eventuais casos, acrescenta Medeiros.

“Os professores estão preparados para lidar com isso, mas a demanda de trabalho deles é muito grande. O bullying não acontece só na escola, tem que ser debatido em todas as instituições. A vítima pode não conseguir aprender e ter problemas em todas as esferas sociais da vida”, explica. Segundo a pedagoga, para alguns grupos, a prática do bullying representa status, por essa razão, orientação a crianças e a jovens é imprescindível.


O que é

O bullying é caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem com ou sem motivação. São atitudes adotadas por um ou mais estudantes contra o outro, que provocam sentimentos como dor, angústia, medo e vergonha.

As vítimas de intimidação e chantagem normalmente são alunos indefesos, incapazes de motivar professores e responsáveis para agirem em sua defesa, segundo a exposição de motivos do projeto de lei, que entra na pauta da sessão legislativa de hoje em primeira discussão. O bullying é um problema nacional e internacional.


Outros assuntos

Além da questão do bullying, também entrará em primeira discussão na sessão legislativa de hoje, o projeto de lei que dispõe sobre a obrigatoriedade de fixação de cartazes com informações sobre as consequências do uso de anabolizantes e esteroides, de autoria do vereador Paulo Eduardo de Souza.

É dele ainda o projeto de lei que cria o Cadastro Municipal de Associações de Moradores. Em primeira discussão serão discutidos outros dois projetos de lei de autoria do prefeito Rodrigo Agostinho. Um deles altera a lei que estabelece o Estatuto do Funcionário Público. O outro fixa subsídio dos membros do Conselho Administrativo do Departamento de Água e Esgoto (DAE). Atualmente, o conselho é formado por dois engenheiros, além do presidente da autarquia.

De acordo com o presidente pelo DAE, Rafael Ribeiro, o projeto foi enviado à Câmara por conta de uma orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e sofreu as alterações recomendadas pela Comissão de Justiça e Redação do Legislativo. Informa também que os valores fixados não foram majorados ou diminuídos, mas mantidos. Ressalta tratar-se apenas de uma regularização.

Já em segunda discussão tramita projeto de lei que dispõe sobre a estrutura organizacional da Comissão Permanente de Licitações e outro referente à instalação de hidrantes urbanos em Bauru.

Fonte: JCNET

Estudantes portugueses são mais violentos que espanhóis

A investigadora Tânia Paias elaborou um estudo sobre “bullying” e convivência escolar onde concluiu que os alunos portugueses recorrem mais à violência que os espanhóis.

A investigação, citada pelo jornal i, refere que os alunos espanhóis optam insultos verbais, ao passo que os portugueses utilizam a agressão física com maior frequência.

Mas a investigadora salientou que «os alunos portugueses são mais agressivos tanto na violência física com na verbal».

O estudo decorreu numa escolha do 3.º ciclo algarvia – com 230 alunos entre os 12 e os 15 anos – e numa escola em Múrcia, Sul de Espanha – 217 alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 18. 14

Fonte: Bola PT

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Escolas do Rio terão de notificar polícia em caso de bullying

Lei sancionada também prevê comunicação ao Conselho Tutelar. Multa por omissão chega a 20 salários mínimos

Bruno Boghossian / RIO - O Estado de S.Paulo

O governo do Rio sancionou uma lei que obriga diretores de escolas públicas e particulares de todo o Estado a notificar a polícia e o Conselho Tutelar em casos de bullying. Caso a medida não seja cumprida, os estabelecimentos poderão pagar multas de 3 a 20 salários mínimos - pena prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para a omissão de maus-tratos.

A lei estende para os estabelecimentos de ensino um modelo de notificação compulsória de violência contra crianças e adolescentes que já era adotado em unidades de saúde. Funcionários de hospitais e clínicas devem notificar autoridades policiais e conselhos tutelares quando forem observados casos de agressão contra menores.

O texto abrange tanto agressões físicas contra os jovens quanto pressões psicológicas, sem restringi-las ao ambiente escolar. Segundo a lei, a violência contra a criança e o adolescente é caracterizada quando uma ação ou omissão "resultar em morte, lesão corporal, sofrimento físico, sexual ou psicológico".

A nova lei determina que os procedimentos sejam feitos sob sigilo junto a delegacias e ao Conselho Tutelar, com o objetivo de proteger a vítima. A Secretaria Estadual de Educação informou que orientou as escolas a adotarem esses procedimentos.

Um grupo de trabalho foi formado na secretaria para elaborar um formulário-padrão, que deverá ser usado para as notificações feitas pelos estabelecimentos públicos e particulares.

Lei torna obrigatória a notificação de casos de bullying no Rio

RIO - Os casos de bullying e de violência contra crianças e adolescentes em escolas públicas e particulares do Rio terão que ser notificados à polícia. A lei instituindo a medida foi sancionada pelo governador Sérgio Cabral nesta quinta-feira e prevê multa de três a 20 salários mínimos (até R$ 10.200) para instituições de ensino que descumprirem a norma. A medida já é obrigatória em hospitais e estabelecimentos de saúde.

Pelas novas regras, professores e funcionários de escolas terão que denunciar os casos a delegacias e conselhos tutelares, o que, muitas vezes, acaba não acontecendo, de acordo com o autor do projeto de lei, deputado estadual Andrê Corrêa (PPS). A obrigatoriedade da notificação permite que os casos também sejam investigados.

"Os estabelecimentos educacionais, onde a criança e o adolescente frequentam diariamente, dotados de equipes multiprofissionais, estão capacitados a detectar estes casos", justifica Corrêa, no projeto de lei.

No fim do ano passado, uma pesquisa do IBGE revelou que cerca de um terço (30,8%) dos estudantes em todo o país informou já ter sofrido bullying. De acordo com a pesquisa, a maior proporção ocorreu em escolas privadas (35,9%). Já nas públicas, os casos atingiram 29,5% dos estudantes. A maioria das vítimas era do sexo masculino.

Fonte: O Globo

Alunos de São Gabriel têm aulas sobre perigos das drogas e bullying

Até dezembro, quase 400 alunos do 5º ano das escolas de São Gabriel do Oeste terão semanalmente uma aula diferente. Começou, na semana passada, a oitava edição do Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência (Proerd), no qual os estudantes têm aulas sobre os perigos das drogas, os efeitos do produto sobre o corpo e os riscos para o indivíduo e para a sociedade.

Este ano, as lições do Proerd serão incrementadas com um assunto cada vez mais frequente nas escolas- os danos causados pelo bullying, que abrange todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas adotadas por estudantes com outros. Entre ações configuradas como bullying, estão ofensas, gozações, humilhações, discriminação, intimidação e perseguição. “Há uma lição no Proerd que abrange a cidadania e o respeito, por isso está sendo feita a abordagem desse tema atual e preocupante”, aponta o instrutor do Proerd Péricles Coelho.

As aulas são ministradas por policiais militares capacitados no tema. Para o secretário municipal de Educação, Jeferson Tomazoni, o projeto vem ao encontro das políticas de redução de violência. “As crianças estão constantemente expostas à violência, às drogas”, aponta o secretário. “Por isso, o programa vem principalmente como prevenção e conscientização sobre os perigos e as consequências das drogas”.

Fonte: idest.com.br

‘Dia Sem Bullying’ será hoje em Botucatu

Botucatu - Hoje, às 10h, os alunos da Escola Américo Virgínio dos Santos que atuam no programa JCC realizarão evento denominado “Dia Sem Bullyig” (intimidação, provocação nas escolas, geralmente de aluno contra aluno).

Trata-se de uma peça de teatro montada pelos próprios alunos a qual tratará das faces do Bullying nas escolas. Na segunda parte do evento, terá apresentação da sargento Maria Ester Alves Lima, da Polícia Militar, que abordará o mesmo tema em forma de palestra. Ela é formada em psicologia e atua nesta área há muitos anos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Livraria Luz e Vida e BV Films exibem Para salvar uma vida

A Livraria Luz e Vida e a BV Films lançam em Curitiba, no dia 25 de setembro, o filme Para salvar uma vida, um projeto que aborda a realidade vivida por diversos jovens, como sexualidade e gravidez na adolescência, aborto, bullying, drogas, alcoolismo e até suicídio. O filme mostra o relacionamento entre pais e filhos e entre amigos. “O projeto Para salvar uma vida fará com que os adolescentes reflitam sobre suas atitudes e valores. Não será apenas um entretenimento, mas gerará mudanças nas suas vidas”, afirma o consultor de gestão da Editora Luz e Vida, Toni Musumeci. Voltado para maiores de 12 anos, o DVD do filme poderá ser encontrado a partir de outubro na Livraria Luz e Vida e outras livrarias do segmento. Para saber mais sobre o filme acessar o www.salvarumavida.com.br .

O filme
Para salvar uma vida conta a história dos jovens Jake Taylor e Roger Dawson. Enquanto o primeiro é popular, joga basquete e está sempre cercado de amigos e da namorada, o segundo é solitário e se sente rejeitado por todos. Jake e Roger eram amigos de infância, mas a diferença de realidade os afastou. Frágil e desamparado, Roger pensa em se suicidar. Diante dos acontecimentos, Jake questiona seu modo de viver e isso pode ser um recomeço de uma nova amizade.

Fonte: expressa@expressacom.com.br

Notícias » Notícias Governo sanciona nova lei antibullying para escolas do Rio

Professores e funcionários de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro terão que denunciar casos de violência contra crianças e adolescentes, inclusive o bullying, a delegacias e conselhos tutelares.

Decretada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e sancionada pelo governo estadual, a lei torna obrigatória a notificação, que já era praticada em unidades de saúde. As instituições que não cumprirem a nova norma podem pagar multas de 3 a 20 salários mínimos, alcançando até R$ 10.200,00.

Segundo o autor do projeto de lei, deputado André Corrêa (PPS), a intenção é coibir qualquer violência, física ou psicológica, incluindo o bullying. "Depois da família, são os professores que estão em contato direto com os alunos. É importante estar atento aos sinal", adverte a coordenadora da ONG Não bata, eduque, Márcia Oliveira.

A Secretaria Estadual de Educação deverá ainda criar um formulário-padrão para as notificações.

Fonte: O Dia

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Governo publica lei para combater bullying nas escolas

Uma lei de que trata do combate ao bullying foi publicada hoje no Diário Oficial do Estado. A lei 17.151, de 16 de setembro, prevê que as escolas da rede pública e privada de educação infantil, ensino fundamental e Ensino Médio devem incluir em seu projeto pedagógico medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate ao bullying escolar.

O bullying é definido pela lei estadual como: a prática de atos de violência física ou psicológica de modo intencional e repetitivo, exercida por individuo ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de constranger, intimidar, agredir, causar dor, angústia ou humilhação à vítima.

Como exemplos de bullying a lei cita o ato de promover e acarretar a exclusão social, subtrair coisa alheia para humilhar, perseguir, discriminar, amedrontar, destroçar pertences, instigar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos e ambientes virtuais.

A lei determina que as escolas promovam discussões que visem capacitar professores e servidores para o desenvolvimento de ações de prevenção, orientação e solução do problema, e ainda que procurem envolver a família do aluno no processo de construção da cultura de paz nas escolas e na sociedade. A lei foi publicada hoje e entrará em vigor após 180 dias.

Fonte: Goiás Agora

Bullying: uma forma de abuso







Bullying é uma forma de abuso


Logo depois da volta às aulas, a notícia de que Billy Lucas, um aluno de 15 anos, suicidou-se em Greensburg, Indiana, após ser exposto por um período a um “antigay bullying”, o problema do quanto bullying pode ter impacto na vida de uma pessoa vem à tona.

De acordo com a psicóloga Karina Lapa, uma pessoa é vítima de bullying quando ela é exposta, repetidamente, durante um certo período, a ações negativas de uma outra pessoa ou grupo contra ela. Essa definição inclui três fatores importantes: comportamentos agressivos e negativos, tempo e desequilíbrio de poder entre as partes.


“Bullying é uma forma de abuso pois se caracteriza por repetidos atos de violência, durante um certo período de tempo, tanto de uma pessoa com outra, como de um grupo contra uma determinada pessoa, onde claramente existe um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”, disse Lapa. “Agora, esse desequilíbrio de poder pode estar baseado na realidade, ou não. Quem se sente mais ‘poderoso’ ataca aquele mais vulnerável, e o que é percebido como o que tem ‘menos poder’. Seja esse poder fisico ou social.”


Pesquisas indicam que no Brasil 5% a 35% das crianças em idade escolar já se envolveram com bullying, somando vítimas e agressores. Nos Estados Unidos esses números são ainda mais alarmantes: 23 % dos alunos da 4ª a 6ª séries já foram vítimas de bullers muitas vezes. Entre alunos da 6ª a 10ª séries, 17% reportaram ter sido vitimizados por bullers algumas vezes, com 8% desses sendo “bullied” pelo menos uma vez na semana. Resumindo, 1 em cada 3 crianças foram ou serão vítimas desse ato de violência. Crianças ou jovens obesos, homossexuais ou que tem alguma deficiência fisica ou mental têm a chance de serem “bullied” 63% aumentada.

A escola em que Lucas estudava, Greensburg High School, disse não estar ciente de que o aluno passava por essa situação, mas seus colegas disseram que o abuso era constante, e sempre direcionado ao que seus abusadores assumiam sobre sua orientação sexual.

Bullying consiste de 3 tipos de abuso – o verbal, emocional e o físico, explica Lapa. Tipicamente involve métodos sutis de ameaça, bem como de manipulação emocional, tapinhas, murros, surras, puxões de cabelo, orelha, empurrões, gritos, xingamentos ou zombaria e humilhação pública, ou em casos mais severos como lesão corporal e até a morte, ou mesmo chegando ao extremo do suicídio, como o caso de Lucas.

“As escolas estão abarrotadas de ‘bullers’”, diz Lapa. “Seja porque eles veem violência em casa e a reproduz, seja porque estão passando por problemas familiares no momento, e atuam de forma disfuncional nos outros, ou porque simplesmente têm a índole ruim e perversa desde cedo, e maltratam não somente a pessoas mas também a animais”.

Como identificar se seu filho é vítima de bullying:


Uma vítima do bullying em idade escolar precisa dos adultos para enfrentar os seus agressores. Não somente para que os ajude a identificar o comportamento do bullying, bem como para desenvolver as ferramentas emocionais para poder se defender. Apoio e suporte familiar e escolar são fundamentais. Existe diferença de como meninos e meninas praticam o bullying: meninos atacam mais fisicamente, e meninas psicologicamente, com fofocas, e pelo cyberbullying (através da internet, por exemplo), apesar de hoje em dia haver vários casos onde as meninas também atuam de forma fisicamente agressiva.

As mudanças de comportamento dos seus filhos devem servir como um sinal de aterta. Uma criança retraída, introspectiva, que cai com o rendimento escolar, se desinteressa pela escola ou pelos amigos, que chora facilmente, ou está apresentando comportamento agressivo desproporcional ao estímulo oferecido, ou que até chega em casa com manchas, arranhões ou mordidas pode estar sendo vítima de bullying através de agressões fisicas ou psicológicas. Muitas vezes essas crianças não falam o que está acontecendo, por medo de retaliação, por vergonha ou até mesmo medo da reação dos pais, mas cabe a eles estarem atentos, perguntarem, e se envolverem.

O bullying pode também afetar adultos, que sofrem com essa forma de violência dia-a-dia, em seus ambientes de trabalho, e até mesmo familiares, podendo causar consequências graves e ter efeitos secundários a curto ou longo prazo como: sintomas psicossomáticos, transtorno do pânico, fobia social, depressão, anorexia e bulimia (principalmente no caso de jovens gordinhos, baixa auto-estima, queda do rendimento escolar, e transtorno do estresse pós-traumático, alem de outos).

Karina Lapa é psicóloga brasileira licenciada pelo Estado da Flórida. Ela também é Mediadora de Famílias, certificada pela Corte Suprema da Flórida. Atualmente ela é diretora da sua clínica, a South Florida Counseling Agency, onde atende a crianças, adolescentes e adultos. Para maiores informações, visite o site www.southfloridacounseling.net, ou chame o tel (954) 370-8081 begin_of_the_skype_highlighting (954) 370-8081 end_of_the_skype_highlighting.

Bullying e ECA são os temas mais pedidos nas palestras do Projeto 'OAB vai à Escola'

O projeto “OAB vai à escola” em parceria com a Prefeitura de Campo Grande tem realizado diversas palestras nas escolas municipais, voltadas a professores, alunos e pais. O objetivo é levar as informações que vão de encontro com a realidade e interesse da sociedade. Entre os temas mais solicitados estão a questão do Bullying e o ECA, problemas comuns nas escolas.

Por mês, o Projeto visita cerca de trinta escolas, onde são abordados temas diversificados como ECA, Trânsito e a Cidadania, Direitos Humanos, Discriminação Racial, Violência contra a mulher, Estatuto do Idoso, Direito do Trabalho do Menor, Direito do Consumidor, Direito Ambiental, Álcool e Drogas, Relacionamento Familiar, Motivação e Ética no Trabalho, Políticas Afirmativas e Sistemas de Cotas, Pedofilia, entre outros.Para 2011, o Projeto “OAB vai à Escola” prepara uma nova cartilha que contará com novos textos, temas e será ilustrada com desenhos dos alunos das escolas que participam do projeto.

Na sexta-feira (18), a coordenadora da comissão, Eugênia Portela de Siqueira Marques, ministrou aos alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal Arlindo Lima a palestra sobre o “Bullying: um mal que pode ser evitado”. Entre as diversas formas da agressão foi citada a ciberbullying, que ocorre por meio das ferramentas virtuais, como orkut, MSN, blogs, etc.

Segundo Eugênia, a Comissão recebe mais de cinqüenta solicitações para o agendamento de palestras. Além disso, afirma que a aceitação é positiva já que o projeto complementa o conteúdo escolar. “Os alunos precisam ter conhecimento de outros temas relacionados aos direitos do cidadão e ao exercício da cidadania. Nós complementamos esse trabalho, principalmente pela formação dos membros que possuem conhecimentos jurídicos sobre os temas e abordam com propriedade as questões, o que dificilmente poderia ser feito pelos professores das escolas”.

Fonte: Correio do Estado - CC

Prefeito Efaneu sanciona lei sobre o bullying escolar de autoria do vereador Tio Milton

da assessoria de imprensa da Prefeitura de São Roque

O Prefeito de São Roque, Efaneu Nolasco Godinho, sancionou na última semana, o projeto de lei do legislativo, nº 3.509, de autoria do vereador Milton Brasil Cavalcanti (Tio Milton) sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas escolas municipais de educação básica do município.

Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

Assessor Consultor, Dr. Júlio Meneguesso, Prefeito Efaneu e o vereador Tio Milton, celebram a sanção da Lei sobre o bullying escolar

O projeto de lei tem como objetivo, prevenir e combater a prática do bulling nas escolas; capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema; orientar os envolvidos em situação de bullying, visando a recuperação da autoestima, o pleno desenvolvimento e a convivência harmônica no ambiente escolar e envolver a família no processo de construção da cultura de paz nas unidades escolares. Além disso, o decreto regulamentador estabelecerá as ações a serem desenvolvidas, como palestras, debates, distribuição de cartilhas de orientação aos pais, alunos e professores, entre outras iniciativas.

Para o vereador Tio Milton, a sanção da lei pelo Prefeito Efaneu, é muito importante para o município, já que poderá atender aos anseios de muitas famílias que tem filhos em situações de bullying. “Criei essa lei observando a necessidade de muitas famílias e agora poder ver ela sancionada, e em breve em atividade, me deixa muito orgulhoso e com mais garra para buscar criar novas leis que atendam as famílias são-roquenses”, afirma Tio Milton.

Por meio da lei sancionada o Departamento de Educação observará agora a necessidade de realizar diagnóstico das situações de bullying, nas unidades escolares, bem como o seu constante acompanhamento, respeitando as medidas de proteção estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente para desenvolver o trabalho junto a toda rede municipal de ensino.

O Prefeito de São Roque, Efaneu Nolasco Godinho, comemora a criação e a implantação desse importante projeto de lei para o município. “Leis como esta do bullying são importantes demais para nossa cidade. Afinal, o jovem muitas vezes sofre calado e isso só lhe traz malefícios, agora com a lei em vigor e o apoio do Departamento de Educação, conseguiremos trazer mais qualidade de vida para nossos alunos”, completa Godinho.

A lei entrou em vigor com a publicação dos atos oficiais nesta sexta-feira, dia 24 de setembro de 2010, após isso, o Departamento de Educação da Prefeitura de São Roque irá fazer a análise e a conseqüente implantação do projeto.

Fonte: São Roque, SP

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Alerj aprova lei e obriga escolas a notificarem violência contra crianças e adolescentes

Instituições que descumprirem estarão sujeitas a punições.

Norma foi publicada nesta terça-feira (21) no Diário Oficial.
A Assembleia Legislativa do estado do Rio (Alerj) informou nesta terça-feira (21) que escolas públicas e particulares terão obrigatoriamente que notificar aos Conselhos Tutelares casos de violência contra crianças e adolescentes. A lei, publicada em Diário Oficial, afirma que as instituições que descumprirem a norma estarão sujeitas a punições previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com a Alerj, as unidades de saúde já são obrigadas a reportar violência contra crianças e adolescentes. Agressão contra estudante

Em agosto, a mãe de uma aluna de uma escola municipal na Zona Oeste do Rio prestou queixa na delegacia de Santa Cruz. A polícia investiga a agressão contra a filha da mulher, uma estudante de 12 anos, dentro da sala de aula supostamente pela mãe de uma colega de turma dela. As duas são do sexto ano. De acordo com a menor, no meio da tarde, a mãe da colega entrou na sala e, mesmo na presença da professora, a segurou pelo braço e permitiu que a filha a agredisse. Em seguida, a própria mulher também teria batido na menina. A mãe suspeita da agressão já havia deixado a escola quando a polícia chegou e levou a aluna machucada junto com a diretora do colégio para o Hospital Pedro II. "É chato, imagina teu o filho na escola, estou trabalhando, achando que está seguro, achando que está tudo ok, e você não pode ficar tranquila", afirmou a mãe da vítima. A Secretaria municipal de Educação informou que a direção da escola vai aplicar o regimento escolar, que estabelece normas de conduta para os alunos. E que poderão ser impostas medidas disciplinares e pedagógicas.