O que é o cyberbullying? Há um livro que explica

Por Vera Fortuna Publico PT

Lançamento é no Dia Nacional de Sensibilização sobre o Cyberbullying.

São recomendações para ajudar não só os pais, como os jovens a lidar com o problema que tem gerado, ano após ano, mais vítimas. Chama-seCyberbullying - Um Guia Para Pais e Educadores, foi escrito pelos psicólogos Sónia Seixas e Luís Fernandes, e pelo especialista em segurança na Internet Tito de Morais. É lançado dia 21 de Abril, em Lisboa, naquele que é o Dia Nacional de Sensibilização sobre o Cyberbullying

Já sabemos que o bullying é agressão (física ou psicológica) sistemática e repetida. O cyberbullying é o mesmo, só que acontece no espaço virtual pois as agressões são feitas através das redes sociais. Portanto, defende Sónia Seixas, "deixa marcas mais profundas, mais duradouras e mais perniciosas do que propriamente aquele bullying na escola”.

Porquê? Devido à audiência que é muito mais vasta do que aquela que assiste, por exemplo, na escola, explica. Através da Internet o mundo inteiro pode assistir. “As acusações perduram, ficam no tempo, podem ser vistas e replicadas, redireccionadas, partilhadas, ao passo que a agressão que acontece em contexto escolar, e não reduzindo o carácter desta, acontece num momento, na escola”, continua.

“O livro explica o que é o cyberbullying, fala sobre as principais manifestações dos comportamentos das vítimas, sendo que tem também uma parte mais prática, as abordagens de carácter mais complementar, que permitem aos pais e educadores intervir neste contexto. E mostra os mecanismos que a própria tecnologia tem que podem ajudar a cortar ou bloquear o descalabro de algumas situações mais problemáticas", explica a autora que com Luís Fernandes já escreveu Plano Bullying e Diz não ao bullying, todos editados pela Plátano Editora.

Segundo a publicação de EU Kids Online/Net Children Go Mobile em 2010 eram apenas 2% as crianças inquiridas vítimas de cyberbullying, em 2014 os números apontavam já para 5%.

Nos últimos tempos têm surgido várias iniciativas com a intenção de sensibilizar os jovens para a questão do cyberbullying. Em Outubro, tanto a Apple como a Coca-Cola lançaram campanhas nesse sentido – a Apple com um emoji da “Eu sou vítima” procurou encorajar as testemunhas a agirem; e a Coca-Cola lançou um desafio aos jovens norte-americanos para criarem soluções para acabar com este problema. Por cá, também existem iniciativas como a recente associação criada em Braga com o objectivo de ajudar vítimas e agressores.

Texto editado por Bárbara Wong