quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Mãe toma medida radical após filha arrancar o próprio cabelo

"Foi uma decisão muito difícil. Ela tem cachos dourados muito bonitos", desabafou a mulher, que agora quer conscientizar outras pessoas sobre o transtorno

Por Redação VEJA São Paulo


O que você faria se o seu filho pequeno puxasse os cabelos compulsivamente? Após muito sofrimento, a dona de casa Kerry Shearer optou por uma solução radical: raspou a cabeça da filha de apenas 2 anos de idade.

A família, que acredita que a menina sofre com tricotilomania, um transtorno que provoca o “impulso urgente e irreprimível de arrancar os próprios fios de cabelo ou pelos“, sentiu que a atitude era “a única solução”.

Infelizmente, a decisão de Kerry e seu marido, Gavin Shearer, não acabou com o comportamento compulsivo da pequena Isla. Agora, a pequena, que ainda não foi devidamente diagnostica por médicos, começou a arrancar os cabelos da própria mãe e de pentes espalhados pela casa.

“Foi uma decisão muito difícil. Ela tem cachos dourados muito bonitos. Assim que o cabelo dela não estava mais lá, ela começou a puxar os meus, ou puxar os fios de um pente“, desabafou a mulher ao The Daily Mirror.

“Eu tentei de tudo para pará-la, mas nada surtiu efeito. Eu sei que tricotilomania normalmente é ligada à ansiedade, mas a Isla é a criança mais feliz que eu conheço, então eu não sei o que está acontecendo“, revelou a mulher.

Especialistas acreditam que a menina, de fato, sofre com o transtorno, mas os médicos ainda esperam que isso possa ser apenas uma fase. “Eu quero ver um pediatra especializado. Mesmo se a Isla realmente passar por essa fase, eu sei que tricotilomania está ligada ao estresse, então poderia voltar quando ela crescer. Eu quero que o diagnóstico fique registrado, assim ajuda estará facilmente disponível no futuro, se ela precisar“, contou Kerry.

O cabelo da pequena Isla voltou a crescer no lado esquerdo de sua cabeça, mas no lado direito ela está com uma grande falha. O visual acaba atraindo os olhares de curiosos nas ruas, que perguntam o que Kerry fez com a filha: “Eu não quero que ela fique estressada, eu não quero que ela se sinta se mal, então eu dou o meu cabelo para ela brincar de vez em quando. Eu sei que eu não deveria, mas pelo menos isso dá uma chance ao cabelo dela“.

Kerry revela que está recebendo apoio de outras mães sofrendo o mesmo problema após procurar apoio em um grupo no Facebook. Agora, ela quer conscientizar outras pessoas sobre a condição: “Eu adoraria ver mais pessoas conhecendo a tricotilomania, que acontece com milhões de pessoas no mundo inteiro. Os irmãos da Isla sabem tudo a respeito e dão todo o apoio, então houve uma educação extra para eles também. Mas eu me preocupo com bullying“, contou a jovem.

“Seria bacana ver outros pais ensinando seus filhos sobre a condição, assim eles poderão entendê-la e saber que, só porque alguém é diferente, não quer dizer que eles são más pessoas“.

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