sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Um ano depois da hello, 'novo Orkut' ainda tenta estimular comunidades

TEC TUDO

Rede social fez alguns esforços para incentivar o seu uso; relembre as principais iniciativas
Por Gabrielle Lancellotti, da Redação

Ahello, rede social de Orkut Büyükkökten — fundador do finado Orkut —, fez um ano. A plataforma, anunciada ainda em 2014, foi lançada em junho de 2016, chegou ao Brasil em agosto do mesmo ano e enfrentou problemas de lentidão no app. Segundo Büyükkökten, a proposta da rede é criar "amizades mais profundas e verdadeiras", em que as pessoas partilharão de interesses em comum e das mesmas paixões, dizendo ao mundo mais do que "curti" — em uma crítica direta ao Facebook.

Desde o lançamento, a hello alcançou 13 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, França, Nova Zelândia e, agora, em versão beta, na Índia. Durante o período, além de conquistar novos territórios, a rede fez alguns esforços para alavancar seu uso. Isto é, passou por mudanças na interface, ganhou recursos e, até mesmo, lançou um desafio com prêmios em dinheiro.

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Números

Segundo a plataforma, o total de downloads do aplicativo para celulares (Android e iOS/iPhone) ultrapassa a marca de 600 mil e o tempo de navegação de cada usuário é, em média, de 303 minutos por mês, ou cinco minutos por dia. Aproximadamente, são criadas, 42 novas comunidades por semana.

A plataforma não faz tanto sucesso quanto o Orkut — que foi desativado em 30 de setembro de 2014. Uma pesquisa recente do portal de estatísticas Statist revelou as redes sociais mais usadas no mundo. O Facebook reina em primeiro lugar, com dois bilhões de usuários ativos por mês — a hello não aparece no ranking. No Brasil, o resultado é semelhante, segundo levantameto do Ibope.

Vale considerar, porém, que a rede social tem apenas um ano e ainda há tempo de brigar pelo seu espaço em um mercado muito competitivo e dominado pelos produtos de Mark Zuckerberg. Procurada pelo TechTudo, a hello não revelou o número atual de pessoas que fazem parte da rede social.

Comunidades 'sem donos'

As Comunidades da hello foram implementadas no aplicativo seis meses após o lançamento. A versão Web do serviço foi prometida, mas ainda não chegou. Segundo a rede social, os temas preferidos dos brasileiros variam entre assuntos como séries, filmes, café e futebol. Inspiradas nas comunidades do Orkut, elas chegaram com algumas diferenças na hello: são abertas a todos e não é preciso ter autorização de um membro para entrar e participar. Não há donos. Usuários que mais interagem ganham a liderança. O conteúdo vai para um feed público, chamado de folio.

Atualmente, as cinco comunidades favoritas dos brasileiros são:

"Eu Amo o Netflix!" - Com 21.971 membros
"Música é vida 🎶" - Com 15.370 membros
"Trechos De Músicas" - Com 9.329 membros
"Paquera" - Com 4.425 membros
"Humor Inteligente" - Com 1,774 membros

Desafio das comunidades

O desafio das comunidades, lançado em fevereiro (medium.com/@thehellonetwork), foi a iniciativa mais ousada da rede social para incentivar a adesão e conquistar novos usuários. A competição premiou criadores de comunidades em três categorias ''Mais Popular'' (ganharam as três comunidades com mais membros), "Favorita da Equipe" (a equipe da hello selecionou suas três comunidades preferidas) e o "Grande Prêmio'' (para a comunidade que alcançou os primeiros cinco mil membros).

Os valores dos prêmios em dinheiro foram: R$ 100 para o criador da comunidade que ficou em primeiro lugar, R$ 75 para o segundo lugar e R$ 50 para o terceiro colocado. Quem fez um comentário nas comunidades vencedoras ganhou moedas virtuais para compras dentro do app.


Chats (bate-papo)

Em junho desse ano, as comunidades ganharam um bate-papo interno. A função para conversas em grupo foi criada em resposta a pedidos dos próprios usuários. Como uma espécie de fórum, todo o conteúdo dos chats também é exibido de forma pública e é aberto para a participação.

As salas de bate-papo contam com um arquivo de imagens enviadas, que pode ser acessado ao clicar no ícone localizado na barra de mensagens. Além disso, você pode “amar” mensagens específicas enviando um coração.


De acordo com Büyükkökten, "a Hello é a primeira rede social desenvolvida para amar e não para curtir". Entretando, cumprir esse propósito é um desafio. Mesmo com objetivo de estimular interações positivas entre as pessoas, as redes sociais são palcos para mensagens de ódio, abusivas e discriminatórias. A hello, por enquanto, ainda não sofre desse mal em larga escala no Brasil.

Segundo um estudo da ONG Ditch the Label, o Instagram superou o Facebook em casos de bullying e assédio virtual. Outra pesquisa afirma que a plataforma de fotos e vídeos do grupo é o pior aplicativo para a saúde mental de jovens. Resta torcer para que a hello seja uma alternativa viável.

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