quarta-feira, 12 de julho de 2017

AL e MPE acompanham medidas adotadas por escola após agressão a aluno deficiente

FOLHA MAX

Da Redação

Acompanhados pelo promotor de Justiça Miguel Slhessarenko, deputados que compõem a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto e Lazer da Assembleia Legislativa visitaram a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Salim Felício, localizada no bairro Parque Cuiabá. O colégio virou notícia depois que um aluno deficiente auditivo foi agredido por outros colegas no banheiro.

O presidente da Comissão, professor e deputado Allan Kardec (PT), compareceu à escola na manhã dessa terça-feira (11) juntamente com o deputado Jajah Neves (PSDB). Assim como o representante do Ministério Público, eles foram recebidos pelo diretor Jair da Silva Feitosa. A assessora da Secretaria-Adjunta de Políticas Públicas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Rosângela Roquete, também acompanhou a visita.

Allan afirma que foram apresentadas medidas adotadas pela direção da Escola depois da agressão, bem como reivindicadas melhorias na infraestrutura. “Pelos relatos, isso parece que foi algo pontual, pois não há outros casos de violência extrema como essa. O Conselho Tutelar, a Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente, os pais, a Seduc e o MP foram acionados. Agora, é aguardar as investigações e acompanhar o desfecho disso”.

O presidente da Comissão ressaltou ainda que a Assembleia Legislativa vai discutir melhorias para sugerir ao governo, como a construção de um prédio próprio. A Escola Salim Felício não tem quadra poliesportiva, mas apenas um espaço cimentado sem cobertura.

O diretor da Escola, Jair Feitosa, informou que a unidade abriga 483 alunos e usa um prédio alugado há quase 30 anos. Atualmente, o custo é de R$ 14 mil mensais. Ele reclama ainda que a divulgação da agressão por parte da imprensa não foi feita com base nos registros oficiais. “Logicamente que, ao ver uma criança amarrada no banheiro, a cena me chocou, mas não foi nem 10% do divulgado. Isso prejudica a imagem da Escola, pois não houve tentativa de colocar a cabeça da criança no vaso, como falaram”.

O promotor de Justiça Miguel Slhessarenko ressaltou ainda que serão debatidas alterações no Regimento Interno da Escola para contemplar leis recentes que coíbem o bullying, por exemplo.

“Nessa história, não há bandidos e nem mocinhos. Todas são crianças que precisam de estrutura e um ambiente saudável para estudar”, completa Jajah Neves.

Além de detalhar as medidas adotadas, a direção da Escola ainda apresentou a professora que cuida de alunos deficientes. São cerca de 30 estudantes que precisam de atendimento especial.

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