segunda-feira, 3 de julho de 2017

Documentário aborda treinamento duro para redimir jovens infratores

ESTADÃO
 Isabel Ribeiro

Rock and A Hard Place estreia nesta segunda-feira, 3, no HBO - Foto: Divulgação
Rock and A Hard Place estreia nesta segunda-feira, 3, no HBO
Divulgação
Dwayne Johnson, também conhecido como The Rock, produz e participa, frente às câmeras, de um novo documentário original do canal HBO. Trata-se de Difícil Decisão (o título original é Rock and A Hard Place), que será levado ao ar nesta segunda-feira, 3, às 22h05. Com 81 minutos de duração, o programa acompanha jovens infratores que passam por um rigorosíssimo treinamento no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, em busca de uma segunda chance.
Protagonista da série Ballers, exibida pelo mesmo HBO, e estrela de primeira categoria de longas-metragens de ação, o ator californiano classifica a obra como um dos filmes mais importantes com os quais ele está associado. Explica-se: ele próprio, na juventude, teve problemas com a polícia, chegando a ser preso cerca de oito vezes.
Com Difícil Decisão, Johnson propõe ao telespectador conhecer como funciona o Miami-Dade County Corrections and Rehabilitation Department Boot Camp Program. Nesse projeto, os jovens têm a oportunidade de negociar um longo período de detenção em troca de redenção. Para isso, eles são treinados durante 16 semanas em um severo acampamento.
No limite
No campo de correção, os instrutores levam os internos ao limite O documentário segue os cadetes por cada fase do programa. As primeiras semanas são as mais difíceis, marcadas por confronto verbal, intenso treinamento físico e disciplina rigorosa. Não pedir para sair é um grande desafio.
"Uma das maneiras pelas quais o campo opera é através de uma forma de bullying, mas em um sentido benigno. Eles (os treinadores) precisam identificar a fraqueza de cada um desses alunos – seja de linguagem, física ou o de temperamento", diz Jon Alpert, que divide a direção do documentário com Matthew O'Neill.
Alpert conta que os participantes são colocados em situações que, primeiro, põem essas vulnerabilidades em perigo para, depois, trabalharem um caminho de resolução.
Embora a rotina seja árdua, conforme o cronograma avança, o treinamento ganha aulas para gerir a raiva e trabalhar habilidades vocacionais. Os cadetes também são surpreendidos com testes que medem progresso e paciência. Os que conseguem concluir o programa podem ser reinseridos na sociedade.
A ação funciona. Os adolescentes aprovados no programa de reabilitação estão menos propensos a voltarem para a detenção. Entre os participantes, o índice de reincidência atual é de 11%, enquanto o nacional beira os 70%.

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