quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Violência nas escolas por Tatiane Rosa Rodrigues

Violência nas escolas.


Disciplina Saúde na Escola
Vídeo-aula 19: Violência nas escolas. Por: Li Li Min/ Lilia de Freire R. De Souza.
Visualizada em: 28/11/2012

Baseados nesta vídeo aula e também no texto de apoio Violência na escola: identificando pistas para a prevenção de Kathie Njaine e Maria Cecília de Souza Minayo, vimos que:
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A adolescência é um momento critico da vida do ser humano no qual ocorre intensas mudanças biológicas, cognitivas, emocionas e sociais e se decide  padrões de comportamento é um período de grande vulnerabilidade e risco e as trajetórias estão intimamente relacionadas com as vivências tidas na infância.
 
Na adolescência existe uma forte necessidade de luta pela identidade, a qual muitas vezes é feita a partir da agressividade.

Os problemas psicológicos e comportamentais na adolescência, estão classificados em 03 (três) tipos:
1º Abuso de substância psicoativas;
 2º Abuso de internalização: manifestado por meio de pertubações emocionais e cognitivas como depressão e ansiedade;
3º Problemas de externalização: manifestado por meio de problemas comportamentais ou de atuação, sendo o problema mais comum o comportamento delinquente.

Distúrbio de conduta: é um transtorno caracterizado por um padrão de comportamento antissocial repetitivo e persistente em crianças e adolescentes. Ás vezes classificado como psicossocial ás vezes como psicopatológico.
 
Inclui aqui desobediência, birras, brigas, destrutibilidade, mentira e roubo. È o problema mental ,aos comum na infância e na adolescência: 7% em meninos e 3% em meninas.
 
A agressão de saúde física na infância é um problema de saúde pública e o que assombra é que sabemos que a probabilidade de crianças violentas tornarem-se adultos violentos é grande e assim temos a integridade tanto do agredido como do agressor em risco.
 
O aumento da violência, do distúrbio de conduta e de delinquência está cada vez maior e os fatores de riscos envolvem desde aspectos individuais que envolvem aspectos psicológicos, físicos e emocionais à fatores contextuais, como por exemplo a falta de disciplina e limites dos pais para com as crianças, a negligência e baixa importância à criança, doenças mentais dos pais, ou até mesmo aspectos socais como pobreza, desemprego, fracasso escolar, dentre outros.
 
Pensar na violência, nos comportamentos antissociais e delinquentes é algo que deve ser pensado pela escola, criando espaços para discussão, reflexão e que motivem o sentimento de pertencimento de cada aluno com o grupo, tal como a elevação da autoestima, o que ao meu ver ocorre muito a partir do autoconhecimento.
 
Ao ser pesquisado as causas na violência na escola na visão dos jovens, os mesmos apontam;
Afirmação da identidade;
*  Falta de reconhecimento por parte dos educadores;
*  Descaso e violência na escola (principalmente verbal dos funcionários);
*  Influência da mídia;
*  Negligência Familiar.
           
             
No quesito de afirmação de identidade os alunos apontam que o ao de comparação, de ser comparado à outros alunos é algo que vai contrário a isso, uma vez que estão em busca de reconhecimento e de elogios, a humilhação, algo que ao ver deles infelizmente também se faz frequente é algo que além de abalar a autoestima dos mesmos, faz com que reproduzam a atitude à outros.
             
No caso da influência da mídia tanto os educadores, como os próprios alunos identificam a valorização e motivação excessiva ao consumismo, a erotização, a banalização da violência e a valorização à modelos de sucesso, contrários aos esforço e até mesmo a escolarização, salientando o poder da sorte e até mesmo da desonestidade.
             
Ao falarmos de negligência familiar, é notório como a família vem delegando tudo à escola, e ainda existe a ausência de conversa franca junto à escola, afim de situar a escola das situações enfrentadas pela família e criar uma forma de intervenção conjunta.
            
Dentre as causas dessa negligencia dentre elas estão, o número elevado de filhos em contrapartida o pouco tempo de disponibilidade para a educação dos filhos, gerando assim a ausência afetiva e até mesmo a fata de estabelecimento limites e regras, tornando o companheirismo e a convivência algo exclusivo do ambiente escolar.
             
Unindo então o poder da mídia e a negligência das famílias, temos então um cenário onde o convívio familiar é trocado pelos programas de televisões, gerado assim uma crise de valores, que é ainda fortalecida pela própria violência existente nos lares que perpassam pelo machismo, dependência de substância psicoativas à problemas econômicos e de saúde diversos.
             
A natureza da violência também deve ser conhecida em sua amplitude, envolvendo assim a violência psicológica, moral, física e sexual.
             
Para os adolescentes a violência muitas vezes é vista como uma forma de comunicação. Reprodução ou assimilação ou até mesmo resultado da realidade vivenciada.
             
Na escola a violência ter inter relação com as situações de bairro, ela reproduz e é reproduzida. Tanto situações de dentro da escola podem ser resolvidas fora da escola, como situações de fora podem ser resolvidas dentro.
             
A diferença das práticas de violência nas escolas de naturezas particular e pública, também é destacada no texto. Nas escolas públicas ocorrem maior incidência de de agressões físicas e depredações/ pichações. Nas escolas particulares tem maior incidência a humilhação e roubos.
             
O texto referido nos mostra que dentre todas as formas de violência ocorridas dentro da escola, brigas, ameaças e agressões o porte de “armas brancas” é cada vez mais normal no ambiente escolar e se torna ainda mais preocupante ao se perceber através de pesquisas que a intencionalidade está realmente relacionada a ferir ou matar, no ano de 2000 no Brasil 68% dos homicídios foram derivados do uso de arma de fogo.
             
Um trabalho preventivo é necessário e possível, porém isso só ocorrerá através da união família, escola e mídia, a partir de ações respeitosas destes as nossas crianças e adolescentes, que valorize ações de autoconhecimento de elevação da autoestima e de aceitação da subjetividade e da legitimidade de cada ser humano.

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