domingo, 2 de dezembro de 2012

Bullying como ele é!

Caroline Ropero Do Diário do Grande ABC

Divulgação

Alex, 12 anos, sofre bullying. Todo dia, ao pegar o ônibus escolar, recebe ameaças, xingamentos e empurrões de alunos que fazem o mesmo trajeto. Na escola, a violência continua. Os agressores consideram Alex diferente.

As histórias do garoto e de outros jovens norte-americanos estão no documentário Bullying, que deve estrear na sexta-feira (7) nas telonas. O longa mostra a realidade dos estudantes por meio de depoimentos e câmeras escondidas.

Tem gente que ainda acha que bullying é brincadeira, porém, cada vez mais, gera insegurança, transtornos alimentar e do sono, depressão, entre outras doenças. Há quem mude de escola, de cidade ou até abandone os estudos. Em alguns casos, as consequências são fatais: Ty Fields, de apenas 11 anos, se matou. Sua história também está no filme.

Originalmente, o termo bullying refere-se ao assédio moral nas escolas. No Brasil, é ato praticado em qualquer lugar, inclusive na internet. Segundo a psicóloga e advogada Lídia Gallindo, é "violência física ou psicológica feita de modo intencional e repetitivo. É exercida por uma pessoa ou grupo para intimidar, causar dor, angústia ou humilhação."

A primeira atitude da vítima deve ser pedir ajuda. "Não adianta agir com violência ou enfrentar o agressor porque, geralmente, quem pratica não está sozinho. Ignorar é pior, pois o sofrimento passa a ser encarado como rotina", explica Cleo Fante, autora de livros sobre bullying. "Se houver ameaça de roubo ou morte, tem de avisar a polícia", recomenda Leila Tadivo, psicóloga e professora do Instituto de Psicologia da USP.

Há leis municipais e projetos estaduais que estabelecem programas de combate ao bullying nas escolas por meio de palestras e orientações. No entanto, a luta tem de começar com cada um. Os pais de Taylor, outro garoto que se matou e está no documentário, reforçam que é essencial que os colegas se protejam. Para eles, se cada um fizer sua parte, o mundo será melhor.

 

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