De acordo com dados do Priory Group - a maior Organização, em Inglaterra, de hospitais e clínicas de saúde mental - o "sexting", partilhar fotografias explícitas de si mesmo, e o "bullying", repetidos atos de violência física e psicológica sobre o mesmo indivíduo, estão a alimentar uma onda de transtornos de ansiedade e depressão grave nas gerações mais novas.  O problema é ainda mais grave quando se trata de humilhar "meninas" que "são vítimas de constantes comentários cruéis sobre a sua aparência e peso", cita o Daily Mail.
Em 2014 um total de 262 jovens, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 12 e 17 anos de idade, foram admitidos num dos centros Priory, comparativamente com os 178 em 2010. Mas estes números são apenas uma estimativa, pois existem centenas de outros adolescentes em lista de espera. 
Outro dado preocupante do gabinete de estatítistas britânico revela que um quinto dos adolescentes e jovens adultos sofreram, só  ano passado, algum grau de depressão e ansiedade - uma percentagem maior do que noutras gerações passadas.  
A questão do anonimato 
Os psiquiatras culpam sobretudo o "sexting", um ato que os jovens vêem "como uma forma de namorar"  e a "chance de serem notados pelo sexo oposto". Mas as fotografias enviadas ou partilhadas podem provocar comentários extremamente desagradáveis. Além disso, nestes casos é habitual "partilhar as fotografias com outros sem que a pessoa que as enviou saiba".  
O bullying online, nas redes sociais, também é algo que preocupa os especialistas. 
O anonimato encobre as maiores crueldades e, por exemplo, sabe-se que em 2012-2013 o site Ask.fm foi diretamente responsabilizado pela morte de quatro adolescentes na Inglaterra e Irlanda. O caso de Hannah Smith é um deles: aos 14 anos, a jovem enforcou-se depois ter sido durante meses provocada por utilizadores anónimos, com questões relacionadas com o peso. 
Os psiquiatras não traçam um cenário otimista: O sexting "juntamente com o bullying online, vai fazer disparar o número de pessoas que sofre com questões de confiança, vergonha e auto-aversão" e, consequentemente aumentarão os casos de "auto-mutilação", avança o doutor Natasha Bijlani, psiquiatra no Hospital Priory Roehampton, ao Daily Mail.
"É necessário educar os jovens sobre os riscos de enviar imagens comprometedoras, de comunicar com desconhecidos online e lidar com o bullying", acrescentou. Até porque mais de metade dos adultos com graves problemas mentais, foram diagnosticados pela primeira vez quando crianças.