domingo, 15 de maio de 2011

Educadores e o poder público estão atentos ao avanço do bullying no MS

Ações do governo e também dos vereadores de Campo Grande mostram preocupações com a difusão do bullying nas escolas. Projetos e programas foram criados para coibir o avanço do mal comportamento.

Para promover ações que visem a conscientização, a prevenção e o combate à disseminação do bullying, a Secretaria de Estado de Educação (SED), dentre outras iniciativas que já permeiam a rotina das escolas e em cumprimento à Lei nº 3887, de 6 de maio de 2010, instituiu nas escolas da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul a formação do “Comitê de Conscientização, Prevenção e Combate ao Bullying Escolar".

O objetivo do comitê é mobilizar a comunidade para ações de sensibilização e conscientização pautadas nas mudanças de postura e de atitudes, alcançando, desta forma, o combate ao bullying. Os ambientes escolares têm realidades diversas e, desta forma, cada unidade desenvolverá o seu calendário de ações de prevenção.

Para subsidiar as ações desenvolvidas pelos Comitês serão postados no site desta Secretaria material referente à temática, por meio das sugestões de atividades que são bimestralmente postadas pela equipe pedagógica da SED. Posteriormente, as ações desenvolvidas nas unidades escolares também estarão disponíveis no site.

Outro lado e apoio
A Câmara Municipal de Campo Grande deu início ao Programa de Combate ao Bullying Escolar, implantado no município de Campo Grande por meio da Lei Municipal nº 4.854/10, de autoria dos vereadores Paulo Siufi e Professora Rose.

Na ocasião os vereadores lançaram uma cartilha contra o Bullying, para corpo pedagógico e alunos das escolas municipais e estaduais.

O Programa inclui ainda atração musical e teatral do grupo Curumim, que se apresentará no Plenário Oliva Enciso, alertando sobre a importância do combate ao Bullying, encenação que também será levada às escolas, como forma de orientar os alunos.

NO MS TAMBÉM - Pais e toda a sociedade precisam estar atentos a este sério problema que está invadindo cada vez mais as escolas brasileiras.

SEMANA DE COMBATE AO BULLYING - Está em tramitação na Casa de Leis o Projeto de Lei nº 6.973/11, de autoria dos vereadores Paulo Siufi e Professora Rose, que institui a “Semana de Combate ao Bullying” a ser realizada de 18 a 22 de outubro de cada ano. A proposta deve ser encaminhada para votação em Plenário nos próximos dias.

O que fazer se o meu filho bate nos amiguinhos?
O que podemos observar, sem sombra de dúvida, na fase da pré-escola (de 2 a 4 anos aproximadamente) é que toda criança tem dificuldades para dominar suas emoções.

Quando é contrariada, ainda não tem maturidade emocional para se controlar e acaba explodindo: as crianças mais sentidas choram, outras mais agressivas partem para a ação batem, agridem ou mordem. É normal esse descontrole.

Freud, em sua teoria da personalidade, já dizia que, ao nascer , o homem tem apenas a primeira estrutura, o Id, que representa os instintos. Nos primeiros anos de vida precisamos ser atendidos imediatamente em nossas necessidades; se o bebê tem fome ele se põe a chorar; se está com frio, molhado ou com sono, não demora a demonstrar seu desconforto. Ele não sabe esperar, definitivamente não consegue esperar.

Pouco a pouco vai se formando a segunda estrutura, o Ego. Uma de suas funções mais importantes é desenvolver no indivíduo a capacidade de suportar as frustrações, os desejos não atendidos ou adiados. Quanto maior for a tolerância à frustração, mais o indivíduo cresce, mais ele se fortalece.

Como agir quando a agressão acontece?

Durante o período pré-escolar os pais controlam muitas das experiências de frustração e gratificação da criança determinando se ela será premiada ou castigada por comportamentos agressivos e servindo como modelo para imitação; essa é uma situação muito delicada, pois sabemos que um pai que emprega punição física para inibir comportamentos agressivos dos filhos também está servindo como modelo agressivo, demonstrando à criança o poder e a utilidade potencial da agressão.

Mesmo sabendo que nosso filho pequeno ainda não consegue dominar suas emoções, não devemos deixar que ele nos bata, chute ou agrida os outros. De modo nenhum.

Eles podem ter suas emoções ainda não dominadas, mas são muito capazes de entender os limites que lhes são colocados. A ação segura e firme porém carinhosa dos pais ajuda a criança a estruturar seu ego de forma mais rápida. Entretanto, por ignorar esse fato, muitos pais, ao verem seus filhos chorar e espernear por não tolerar alguma contrariedade, entre orgulhosos e assustados dizem: "Esse nosso filho tem muita personalidade". A cada vez que situações como essas acontecem, a criança aprende que funciona gritar, espernear e chutar para conseguir o que quer, e acaba repetindo esse comportamento.

DICAS E SUGESTÕES QUE AJUDAM -
•Se a criança insistir em nos machucar, deveremos segurar a sua maõzinha e dizermos bem sérios: "Isso não é bonito, você não pode me bater".

•Às vezes, deixar de fazer algo que a criança goste muito também funciona; por exemplo, devemos dizer que estamos tristes porque nosso filhinho agiu mal e que por isso não vamos mais brincar hoje ou descer para o playground. Ele irá compreendendo que cada ação provoca uma reação, que poderá ser de aprovação ou de restrição.

•Muitas vezes pudemos constatar que ignorar a agressão e recompensar os comportamentos cooperativos e pacíficos através de atenção e elogios poderá ser de grande eficácia.

•Dizer para a criança que nós entendemos que ela está sentindo raiva e que nós sabemos o porquê poderá ajudá-la muito no sentido de que sentir raiva não é um sentimento negativo , feio ou ruim, mas que deve ser controlado e não escondido.

•Finalmente, seria muito importante assegurar-se de que a criança não entenda a necessidade de frustrá-la, como falta de amor por ela. São duas coisas completamente diferentes.

Queridos pais, não se preocupem demais: vocês só estarão fazendo bem ao seu filho. Ele precisa de limites e um dia seguramente lhes agradecerá por isso.

Fonte: A Crítica

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