sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ariquemes: Defensoria Pública orienta sobre bullying em escola

Há um aumento gradativo nos casos de agressões por parte de algumas crianças e adolescentes que não respeitam os colegas e os professores

O Bullying e os Direitos da Criança e do Adolescente são os temas principais da palestra que os defensores públicos Guilherme de Ornelas e Rafael Myajima, do núcleo da Defensoria Pública do Estado no município de Ariquemes, ministrarão às 16 horas desta quinta-feira (22), na escola estadual Jardim das Pedras. A palestra é destinada aos pais, professores e a um grupo formado por 23 alunos, com idade entre 09 e 15 anos, escolhidos pela direção da escola.


Os defensores Miyajima e Ornelas afirmaram que a palestra tem por objetivo conscientizar pais, alunos e professores sobre essa forma de agressão, que na maioria das vezes acarreta sérios problemas psicológicos à vitima. “Precisamos contribuir para formação cidadã de nossas crianças e adolescentes e, consequentemente, para a construção de uma sociedade justa, solidária e com baixos índices de criminalidade”, enfatizaram.

A Jardim da Pedra trabalha com o ensino fundamental do 1º ao 9º ano, e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), totalizando 570 alunos nos três turnos. A direção atua com inclusão digital- onde cada aluno tem direito a um laptop, que pode ser levado para casa como apoio às atividades escolares. Eles têm direito ainda a usar a internet.

A vice-diretora Juraci Leide Prata declarou que a direção da escola vem registrando um aumento gradativo nos casos de agressões por parte de algumas crianças e adolescentes, que não respeitam os colegas e os professores. “Apesar de desenvolvermos ações visando à harmonia do ambiente escolar, com a participação dos estudantes e da família, em alguns casos essas medidas não apresentam resultados concretos”, frisou.

Ela disse que ao detectar a agressividade por parte do aluno, o primeiro passo adotado pela direção do educandário é o diálogo para verificar o motivo da rebeldia. “Quando não coseguimos êxito nessa empreitada, chamamos os pais para, juntos, tentarmos encontrar uma solução para o problema”, acrescentou Juraci. Mas, tem casos especiais, de acordo com a vice-diretora, que mesmo adotando todas essas ações o aluno não se sensibiliza.

Juraci atribui a rebeldia à desestruturação familiar. “A maioria deles são filhos de pais separados, cuja mãe trabalha fora e os filhos passam o dia sozinhos em casa ou na rua e vão à escola porque são obrigados”. A educadora explicou que existem também alguns deles que têm pais presentes, mas apresentam sérios problemas de relacionamento no ambiente escolar.

Ela citou o caso de um grupo de alunos que recentemente colocou massa de instalar vidros nas fechaduras das portas. Os atos de rebeldia na Jardim da Pedra, segundo ela, são praticados sempre pelo mesmo grupo de estudantes. “Os pais perderam a autoridade. As crianças e adolescentes não respeitam mais ninguém, os palavrões fazem parte do cotidiano”, observou Juraci, dizendo que os filhos ameaçam denunciar os pais quando recebem algum tipo de punição mais severa.

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